segunda-feira, 2 de março de 2015

PASSEIO AO FESTIVAL GASTRONÓMICO DA CHANFANA NA LOUSÃ

26 de Fevereiro de 2015

Por sugestão do meu amigo Vítor Azenha, combinámos ir até à cidade da Lousã, para degotarmos chanfana.
Estava a acontecer o IV Festival Gastronómico da Chanfana que se realizava entre o dia 20 de Fevereiro e o dia 1 de Março.
Cerca das 11H00 da manhã saímos de Tavarede, nós os dois juntamente com as nossas dedicadas esposas, a Madalena e Mirita.

Pelas 12H30, chegámos à Lousã.
A nossa primeira preocupação foi a de encontrarmos, para o nosso repasto, um dos 18 restaurantes aderentes a este evento.
A nossa escolha recaiu no Restaurante Casa Velha, local já anteriormente usado por ambos os casais em alturas anteriores e do qual ficámos satisfeitos não só pelo serviço mas também pela qualidade da comida.

Segundo informações anteriormente conseguidas, o nome deste restaurante foi herdado das instalações originais, que eram, efetivamente, uma "casa velha".
A família que é hoje proprietária do espaço renovado, com excelentes condições, onde se sente a atmosfera rústica. Foi-nos apresentada a ementa mas a nossa decisão foi como era óbvio: CHANFANA. A Chanfana à Moda da Lousã, cuja carne de cabra que não sabe a bode, isto é, tenra, com um belíssimo ponto de cozedura, de deixar memória.
O repasto foi regado com o vinho da casa de Silgueiros, que se deixou escorregar muito bem…
As sobremesas, produzidas com base em produtos endógenos do Concelho, nomeadamente a castanha e o Mel DOP Serra da Lousã, o Licor Beirão e a pastelaria tradicional. Haviam várias sobremesas, mas a tarte de queijada com doce de abóbora, foi a mais apreciada.
O modo como somos atendidos também conta. Como já sabíamos, sentimos efetivamente, o profissionalismo e a simpatia, em especial da moça que nos apoiou.
Em seguida fomos dar um pequeno passeio pela vila da Lousã que provavelmente teve origem ainda nos tempos de ocupação muçulmana. Reza a lenda que um emir, ou um rei, teria mandado aqui erguer o castelo para proteger a sua filha. O nome deste emir seria Arunce, e em sua homenagem tanto a povoação quanto o castelo tiveram o nome de Arouce.
Na vila da Lousã, a planície funde-se com a montanha, e muitos são os locais de interesse, como as magníficas casas do século XVIII que se espalham pela Vila. O complexo paisagístico que integra o Castelo de Arouce, o conjunto de Ermidas que formam o Santuário de Nossa Senhora da Piedade e as Piscinas Fluviais são de uma beleza notável.
Assim, subimos a Serra da Lousã com o ponto mais elevado a 1202 metros no Alto do Trevim.




Valeu a pena conhecer o complexo natural de Nossa Senhora da Piedade, situado num vale maravilhoso, perto do rio que por ali corre e no qual se destacam as piscinas fluviais.



Fomos até ao topo onde visitámos o complexo religioso de grande beleza, marcado pela existência do castelo medieval (século XI) e onde toda aquela paisagem se tornou inesquecível.
Apesar do muito frio que ali se fazia sentir, esta visita valeu a pena.
Chegou então a hora de regressarmos a casa.
Foi o que fizemos, mas não deixámos de antes parar em Tentúgal para o lanche na pastelaria “A Pousadinha”.