segunda-feira, 6 de julho de 2015

Os novos inquilinos do Panteão Nacional

Não concordei com a Amália no Panteão e agora também tenho a mesma opinião sobre o Eusébio.
A última vez que lá fui fazer uma visita, recordo-me, que senti um orgulho profundo e um respeito enorme, por aquelas personalidades que ali se encontram. Aprendi na escola da sua importância na história do nosso país. Uns verdadeiros heróis nacionais.
O Panteão Nacional para mim é o sítio onde estão os heróis da pátria; é-me muito dificilmente considerar estas duas personalidades (Amália e Eusébio) inseridas na galeria dos heróis nacionais.

Recorrendo à Lei 28/2000  de 29 de Novembro, que define e regula as honras do Panteão Nacional:
Artigo 2.º
“1 - As honras do Panteão destinam-se a homenagear e a perpetuar a memória dos cidadãos portugueses que se distinguiram por serviços prestados ao País, no exercício de altos cargos públicos, altos serviços militares, na expansão da cultura portuguesa, na criação literária, científica e artística ou na defesa dos valores da civilização, em prol da dignificação da pessoa humana e da causa da liberdade.
2 - As honras do Panteão podem consistir: 
a) Na deposição no Panteão Nacional dos restos mortais dos cidadãos distinguidos;
b) Na afixação no Panteão Nacional da lápide alusiva à sua vida e à sua obra.

Aceito que a minha opinião sobre este assunto não esteja correta.
Mas, segundo a Lei 28/2000, custa-me a lá encaixar as personalidades em causa.
Quanto à Amália, ainda admito ser discutível, quando na Lei se lê “…na criação… artística (?)”, mas que me faz confusão, faz.
Mas e então um dia será que Carlos do Carmo, também possa ter esta distinção?

Eusébio, nem numa linha consigo descobrir para poder concordar com a sua entrada no Panteão.
Eusébio foi um nome incontornável no futebol do seu tempo, deu grande contributo nas conquistas do Benfica e por isso é só um símbolo legítimo da história do Benfica. E que mais? A presença na selecção nacional no mundial de 66? E mais?...
E por exemplo: Figo que contribuiu para a selecção portuguesa ser segunda num Europeu, terceiro noutro e também terceiro num mundial?!
E já agora, Rosa Mota e Carlos Lopes? Não ganharam medalhas, até de ouro nos jogos olímpicos?
E porque não Joaquim Agostinho? Um super-atleta português que empolgou os portugueses em Portugal, em França e qualquer país, sendo considerado um símbolo da emigração portuguesa.


E ainda, Cristiano Ronaldo? Considerado o melhor jogador do Mundo, as bolas de ouro que já ganhou; é o jogador português com mais prémios individuais e colectivos ganhos até hoje.

Porque não estão lá Fernando Pessoa e José Saramago?
“… na expansão da cultura portuguesa, na criação literária,…”

Será que Fernando Pessoa não foi uma figura relevante da nossa cultura?
Será que um Prémio Nobel da literatura, como José Saramago, não levou longe o nome de Portugal?
E poderia aqui fazer uma enorme lista de nomes de personalidades que se justificava serem propostos para figurar no Panteão Nacional.

Entrou-se no exagero.
Para se poder fazer parte da galeria de heróis do Panteão, eram necessários 5 anos de espera para se tomar a decisão; por causa da Amália passou para 1 ano e agora para Eusébio a decisão aconteceu passados alguns dias após a sua morte. E ainda por cima quando aconteceu a decisão final e oficial no parlamento, esta foi por unanimidade. Incrível!
O mediatismo ultrapassou o racional.
A democracia por vezes dá lugar à mediocracia.
Por vezes tomam-se decisões emotivas em vez de racionais e pensadas.

Apesar de não apreciar Alberto João Jardim, acabo este meu desabafo com uma sua afirmação:
“O Panteão Nacional não pode ser banalizado".

sexta-feira, 3 de julho de 2015

“A Noite das Mil Estrelas” de Filipe La Féria

02 de Julho de 2015

Eram 14H00 horas quando saímos do Largo da Igreja de Tavarede, em autocarro, em direcção a Cascais.
Pelo caminho fizemos uma paragem “técnica”, já habitual, para eventuais necessidades pessoais.
Cerca das 17H00, como estava previsto chegámos a Cascais junto à Boca do Inferno, onde por 30 minutos por ali passeámos… e não só.
Partimos entretanto para o centro da cidade de Cascais.
Desfrutamos das belezas desta vila e aproveitamos o sol que se fazia sentir.
Escolhemos então um restaurante entre muitos que por ali existem para jantarmos.
Saímos então da vila pelas 20H15, para o Estoril, onde fomos assistir no Casino Estoril, às 21h30, ao musical “A Noite das Mil Estrelas”, da autoria de Filipe La Féria, no Salão Preto e Prata.
Escrito e encenado por Filipe La Féria, “A Noite das Mil Estrelas” dizem ser o maior musical apresentado no nosso País.
E de facto é um espectáculo grandioso e fascinante.
Pessoalmente acho que todos os seus espetáculos que vi e vi-os todos, não consigo fazer comparações entre eles. Não sei qual é o melhor, todos foram maravilhosos. Cada um é diferente dos outros.
Este espetáculo propôs uma viagem pelos momentos mais relevantes da história do Casino Estoril, desde os anos trinta até hoje.
É uma homenagem às grandes estrelas que por ai actuaram como: Amália, Elis Regina, Charles Aznavour, Maysa Matarazzo, Júlio Iglésias, Liza Minnelli, Grace Kelly, Margaret de Inglaterra, Nina Simone, José Carreras, Montserrat Caballé, Ray Charles, Elton John, Soraya do Irão, Jorge Amado, Salvador Dali, entre muitas.
Como protagonistas sobressaíram: Alexandra, Gonçalo Salgueiro, Pedro Bargado, Vanessa, Rui Andrade, David Ripado, Dora, Cláudia Soares, João Frizza, Catarina Mouro e Inês Herédia acompanhados por um corpo de bailarinos, acrobatas e uma Orquestra ao vivo.
Foi uma noite bem passada, com mais esta grande criação de bom gosto, elegância e glamour, de uma alta qualidade artística num sensacional, inesperado e grande espectáculo de La Féria.

Findo o espectáculo regressámos a nossa casa, onde chegámos por volta das 02H20.


PS: Já que não se pode obter imagens no espetáculo, as que são aqui colocadas foram retiradas da net.