sexta-feira, 17 de junho de 2016

Marchas de Santo António de Lisboa

10 a 13 de Junho de 2016


Participantes
Os Musketeiros: Rui, Isabel, Vitor, Madalena, Zé Manel e Mirita.

Dia 10 - sexta
Manhã
Saímos de Tavarede pelas 07H00, da manhã, no nosso miniautocarro de 6 lugares até Lisboa.
Chegados a Lisboa dirigimo-nos para a Residencial Florescente para fazermos o check-in, situada na Rua Portas de Santo Antão. Localizada no centro histórico de Lisboa, na Baixa Pombalina, este alojamento fica perto das Praças dos Restauradores e do Rossio, onde foi um pouco complicado chegarmos por causa dos condicionamentos de trânsito que encontramos no caminho. A Residencial Florescente encontra-se nas imediações dos restaurantes, das lojas e dos bares de Lisboa. Santa Maria Maior é uma excelente escolha entre viajantes que estão interessados em arquitetura, caminhadas na cidade e centro histórico. Fomos recebidos pelo rececionista Nuno.
Depois de descarregarmos as malas, fomos estacionar o carro junto à residência da Rita, filha do Tó Simões, na Quinta dos Alcoutins. Dois de nós, o Rui e Zé Manel, fomos fazer este serviço e cujo percurso foi: “Restauradores, Av. Liberdade, Marquês de Pombal, Av. Fontes Pereira de Melo, Saldanha, Av. da República, Entrecampos, (pelos túneis), Campo Grande e Calçada da Carriche.”
Após termos estacionado o carro, chamámos um táxi que nos levou até à zona do Cais do Sodré, junto ao Mercado da Ribeira, onde já se encontravam os nossos companheiros de viagem. O Mercado da Ribeira - também conhecido por Mercado 24 de Julho, é o principal mercado lisboeta desde 1892, quando foi inaugurado com um interior em ferro e uma grande cúpula de inspiração oriental. Em 2014 passou a ser gerido pela revista Time Out Lisboa, e acrescentou bancas dedicadas à restauração e comércio. As bancas tradicionais de venda de produtos frescos encontram-se no piso térreo.
O espaço de restauração, com mesas corridas em estilo cantina, abriu em maio de 2014, e tornou-se um destino gastronómico.
Mistura bancas de chefs conceituados com várias marcas de produtos nacionais, e a oferta varia entre o marisco, pregos, hambúrgueres, sushi e gelados, entre outras especialidades. Ao centro estão as bancas das bebidas.
Foi neste local que almoçámos, tendo como opção o Restaurante da “Marlene Vieira”.

Tarde
Após o almoço, voltamos pela Ribeira das Naus, um espaço ribeirinho entre a Praça do Comércio e o Cais do Sodré onde se construíram muitas das naus dos navegadores portugueses. Hoje, é um grande passeio ajardinado que convida a apanhar banhos de sol. Esta requalificação recriou a antiga doca, mas trata-se de um projeto de espaço público contemporâneo, em grande parte pedonal. O trânsito divide uma escadaria que desce até à água e um jardim que se estende até aos edifícios da Marinha Portuguesa. Apesar de não serem permitidos mergulhos, esta é considerada a "praia" do centro da cidade, que conta com um quiosque com esplanada ao serviço de quem pretende ficar a admirar a paisagem. Junto a esta esplanada encontra-se um monumento dedicado ao pintor e escritor Almada Negreiros, colocado na celebração dos 120 anos do seu nascimento. O nome de Ribeira das Naus foi dado a partir da construção do Paço da Ribeira às novas tercenas que o rei Dom Manuel I mandou edificar a ocidente do novo palácio real, construído sobre o local das tercenas medievais. No passado, a Ribeira das Naus foi, ainda, designada de "Arsenal Real da Marinha" quando as suas instalações foram construídas no mesmo local, no âmbito da reconstrução da Baixa de Lisboa depois do Terramoto de 1755. Já em 1910, passou a designar-se "Arsenal da Marinha de Lisboa". Esta reinvenção da Ribeira das Naus, enquanto espaço de lazer público, resulta da eliminação da barreira física do limite das instalações da Marinha e uma nova localização do eixo viário, e prepara-se para ser uma autêntica varanda para o Tejo, num local cheio de história e estórias por contar.

Seguimos na direção da Praça do Município e fizemos a visita ao Museu do Dinheiro, que está situado numa igreja do século XVII, reconstruída em estilo barroco tardio depois do terramoto de 1755, é agora um museu que dá a conhecer a história do dinheiro no mundo.
O bilhete de entrada vem com um código de barras, que permite registar as ações do visitante na exposição, ficando disponíveis online para partilha nas redes sociais. Junto à bilheteira, dentro de uma casa-forte de sete toneladas, onde se guardavam as reservas de ouro do país, podemos tocar numa barra de ouro com mais de 12kg, com um valor de cerca de meio milhão de euros.
Neste museu podemos ver centenas de exemplares raros de notas e moedas de todo o mundo, incluindo a primeira nota portuguesa e a primeira nota e a primeira moeda no Ocidente e no Oriente. Numa vitrina podemos ver tesouros numismáticos que testemunham a epopeia dos Descobrimentos, a moeda cunhada com ouro do Brasil, e ainda um objeto singular - um oban (moeda japonesa em ouro).
Este museu também tem uma parte interativa, onde os visitantes podem cunhar uma moeda (esta parte não estava operacional) e imprimir uma nota com a nossa própria imagem, o que aconteceu.
Ainda podemos no museu descer ao subsolo para ver uma construção medieval - um troço da Muralha de D. Dinis, descoberto em 2010. A muralha separava o Tejo da cidade medieval, e defendia-a de ataques vindos do mar. Vestígios arqueológicos encontrados à sua volta estão agora em exposição, testemunhando a história da Lisboa ribeirinha ao longo de mais de mil anos.

Após sairmos deste Museu fomos procurar dois tuck-tuck que nos levaram até ao Castelo de São Jorge para uma visita, localizado na freguesia de Santa Maria Maior (Castelo), o nome atual deriva da devoção do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João I no século XIV. Ao longo do tempo o castelo foi remodelado, pois que na primeira metade do século XX estava em avançado estado de ruína. Na década de 1940 foram feitas obras de reconstrução, levantando-se grande parte dos muros e alteando-se muitas das torres. Por esse motivo, ao contrário do que se poderia pensar à primeira vista, o "carácter medieval" deste conjunto militar deve-se a esta campanha de reconstrução, e não à preservação do espaço do castelo desde a Idade Média até aos nossos dias.

Ergue-se em posição dominante sobre a mais alta colina do centro histórico, proporcionando aos visitantes uma das mais belas vistas sobre a cidade e o estuário do rio Tejo. Podemos apreciar a paisagem, tirando algumas belas fotografias. O Castelo São Jorge, declarado Monumento Nacional em 1910, pouco antes da implantação da República.



Finda a visita, a qual nos agradou bastante, começamos a descer a colina na direção da Baixa. Apanhámos o elevador panorâmico do antigo Mercado do Chão do Loureiro, que nos levou até à Rua da Madalena/Largo Adelino Amaro da Costa (Largo do Caldas).
A partir dali descemos na direção da Praça da Figueira, nas proximidades da Praça de D. Pedro IV (Rossio). No desenho do Marquês de Pombal para a Baixa, a praça foi o principal mercado da cidade. Em 1885 foi aí construído um mercado coberto, demolido nos anos 50. Hoje, os edifícios de quatro andares são ocupados por hotéis, lojas e cafés e a praça já não é um mercado. Nesta praça encontra-se a estátua equestre de bronze de D. João I erguida em 1971.

Lanchamos na Confeitaria Nacional, fundada em 1829 por Balthazar Roiz Castanheiro.
Foi na Confeitaria Nacional que foram instalados os primeiros telefones de Lisboa, entre a sua fábrica e a Confeitaria. Mais tarde, depois de constituída a Companhia dos Telefones, foi entregue a essa Companhia a sua conservação e ainda hoje se mantém esse telefone privativo, com um número simbólico, sem ligação para a rede. A fachada e a decoração interior de traça pombalina honram a tradição da casa e transportam-nos aos tempos do fundador Balthazar Roiz Castanheiro.
São muitos os pormenores que não deixam ninguém indiferente: a esquina onde se enaltece os mais de 180 anos de história; as meladas na fachada que relembram alguns dos grandes reconhecimentos conquistados ao longo da história; no interior as pinturas murais, o teto espelhado, os pormenores em madeira trabalhada... No primeiro andar podemos encontrar um requintado salão de chá, local que ocupamos para o nosso lanche. É hoje considerada interesse municipal e faz parte da história da cidade.

Passamos então pela Praça D. Pedro IV, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio delimita a norte a área da Baixa Pombalina e é, desde há seis séculos, o coração de Lisboa. Renascida dos escombros deixados pelo terramoto de 1755 que assolou o País, a Praça do Rossio, com os seus cosmopolitas edifícios pombalinos, espaço soalheiro e acolhedor, animou-se com hotéis que se enchiam de forasteiros, lojas, tabacarias e, como não poderia faltar, inúmeros cafés, instituição muito portuguesa onde se conversava, se conspirava, se falava dos assuntos políticos, se discutiam as artes. Bem no centro da Praça ergue-se numa coluna de 28m de altura, a estátua de D. Pedro IV, o primeiro imperador do Brasil independente, aqui colocada em 1870. Na sua base existem quatro figuras femininas, alegorias à Justiça, à Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas a D. Pedro. Em 1889 foram acrescentadas duas fontes monumentais, uma de cada lado da coluna, hoje em dia coloridas pelas flores vendidas pelas já tradicionais floristas do Rossio. O pavimento da Praça, em meados do século XIX, foi coberto com a tradicional Calçada Portuguesa, com motivos ondulantes pretos e brancos. No lado norte da praça fica o Teatro Nacional D. Maria II, que recebeu o nome da filha de D. Pedro, D. Maria II. A sul, está um gracioso arco, obra de arquitetura Pombalina de finais do século XVIII, que estabelece a ligação com a rua dos Sapateiros. Apesar das muitas alterações no estilo de vida ao longo dos seis séculos de existência desta Praça, muitas tradições ainda se mantêm, e uma paragem no Café Nicola ou na Pastelaria Suíça continua a ser o dia-a-dia típico do bom lisboeta.

Chegamos à Rua das Portas de Santo Antão, onde fomos finalmente tomar conta dos nossos quartos na Residencial Florescente.
Depois de nos refrescarmos e fazermos algum descanso, fomos jantar num restaurante situado ali na vizinhança, “O Churrasco”.
Ali escolhemos um dos pratos mais apreciados deste local que é o frango grelhado no carvão com batata frita caseira às rodelas e uma boa salada para acompanhamento. É considerado o melhor frango no espeto em toda a cidade de Lisboa.

Depois do jantar descemos a Rua Augusta, situada num dos quarteirões mais movimentados de Lisboa. Fechada ao trânsito, esta rua conta com todo o tipo de lojas para todo o tipo de gostos, com vendedoras de flores, vendedores de castanhas assadas, artistas de rua independentes como o 'homem-estátua' ou o familiar tocador de harmónica e muito, muito mais. O velho estilo arquitetónico, originário da reconstrução de Lisboa levada a cabo pelo Marquês de Pombal depois do terramoto de 1755, ainda está intacto, por isso pode ver muitos dos edifícios com o seu traçado original.
Passamos então pelo arco que abre caminho para a Praça do Comércio também conhecida como Terreiro do  Paço, é uma das praças mais majestosas de Lisboa e foi, em tempos, a principal entrada marítima da cidade. O arco está decorado com estátuas de personalidades históricas, como Vasco da Gama e Marquês do Pombal. Ainda hoje pode ver a escadaria em mármore que sai do Rio Tejo em direção à Praça do Comércio. O nome Terreiro do Paço é, claramente, uma referência ao Palácio que aqui esteve durante 400 anos, até à altura do terramoto de 1755 que o destruiu quase na totalidade. Os espaçosos edifícios arqueados, que se estendem pelos outros três lados da praça, são hoje sede de departamentos governamentais e de alguns restaurantes. E por falar em restaurantes, é também nesta praça que encontra o café mais antigo de Lisboa: o "Martinho da Arcada" abriu as portas com candeeiros que ainda funcionavam a petróleo, passando depois para a iluminação a gás e muito mais tarde para a eletricidade. O "Martinho da Arcada" viveu as grandes revoluções dos últimos dois séculos e recebeu à sua mesa clientes como Bocage, Fernando Pessoa e Amália. No centro da Praça do Comércio, em tempos usado como parque de estacionamento e devolvido recentemente aos Lisboetas, encontra a estátua do Rei José I, rei de Portugal na altura do terramoto de 1755.
Muito perto desta estátua, foi montado um palco onde a partir das 22H00, assistimos ao espetáculo “Deixem o Pimba em Paz”.
Este foi um concerto em que algumas das canções mais populares e acarinhadas pelo público serão reinventadas por músicos conceituados do jazz e da música clássica. Com arranjos de Mário Laginha, Filipe Melo e Nuno Rafael e o acompanhamento da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Bruno Nogueira e Manuela Azevedo mostram-nos o pimba como nunca foi visto antes, com a cumplicidade de alguns dos grandes nomes da música portuguesa (Jorge Palma, Marante e Sara Tavares).
Assistimos a finalizar este espetáculo a um fogo-de-artifício, bem enquadrado nas músicas que se cantaram em cima do palco. Foi sem dúvida uma grande noite a finalizar um dia para nós muito bem passado.

Dia 11 - sábado
Manhã
Após o pequeno-almoço na nossa residencial, fomos à Fundação Millennium bcp - Núcleo Arqueológico, mas não conseguimos horário compatível com a nossa disponibilidade. Ficará assim esta visita pendente para futuro.

Como estávamos perto da Igreja de Santo António e da Sé Catedral de Lisboa, fomos aproveitar para fazer uma visita as estes dois monumentos religiosos. No dia de hoje era a véspera das grandes festas dedicadas ao Santo António e aos casamentos integrados nestas comemorações. Foi por isso a nossa oportunidade para com alguma calma podermos cumprir a nossa vontade para nos deslocarmos a estes locais sem a confusão de gentes que no dia seguinte era certo acontecer.
A Igreja de Santo António é um edifício localizado na freguesia de Santa Maria Maior (), que se encontra alegadamente no local da casa onde Santo António nasceu, junto à antiga Porta do Mar, que existia na muralha de acesso ao interior de Lisboa medieval, e assume-se como seu santuário. Ao lado, encontra-se um pequeno museu a ele dedicado. Manda a tradição que os jovens que tencionam casar, no dia do casamento, visitem a igreja, rezem e deixem flores para Santo António, que é o intercessor dos recém-casados.
Estava a acontecer um serviço religioso. Mas tivemos a possibilidade de descer e visitar a cripta, onde há um painel de azulejos modernos que celebra a visita do Papa João Paulo II em 1982. Compramos também ali uns pãezinhos de Santo António.
Dali fomos visitar a Sé Catedral de Lisboa, onde no dia seguinte tinha lugar os Casamentos de Santo António. A Sé de Lisboa, ou Igreja de Santa Maria Maior, é a sede do Patriarcado de Lisboa e da Paróquia da Sé. A sua construção teve início na segunda metade do século XII, após a tomada da cidade aos mouros por D. Afonso Henriques, e apresenta-se hoje como uma mistura de estilos arquitetónicos. É classificada como Monumento Nacional desde 1910. A visita estava condicionada pois já ali se faziam os preparativos para a transmissão televisiva, com a presença dos técnicos. Também ali se encontravam os casais de noivos que provavelmente estavam a ultimar os preparativos.

Acabadas estas visitas fomos para a estação do Metro dos Restauradores, adquirir bilhetes para um dia.
O nosso destino foi então o Centro Comercial Colombo, onde aproveitamos para almoçar. Escolhemos o Restaurante “O Provador”, para degustarmos um dos pratos do dia: Chocos fritos à setubalense
Já com as barrigas reconfortadas demos um pequeno passeio por este Centro Comercial.

Tarde
Novamente descemos para a estação do Metro, que nos transportou então até ao Centro Comercial Vasco da Gama, situado no Parque das Nações.
Estava um dia com muito sol e calor. A sede estava a apoquentar as nossas gargantas. Fomos então dar uma volta pelo recinto do Parque das Nações, onde pudemos descansar e refrescar num dos bares existentes.
Chegou entretanto a hora do Jantar e escolhemos para tal o Restaurante D’Bacalhau, situado no Parque das Nações, especializado na confeção de bacalhau. Para entradas pedimos uns bolos de bacalhau que estavam muito saborosos. Escolhemos um Misto de 4 Bacalhaus: Bacalhau com Broa, Bacalhau à Lagareiro, Bacalhau com Natas e Bacalhau à Brás.
A comida estava boa, gostamos muito! O atendimento foi simpático e o ambiente tranquilo.

Após o jantar descemos novamente à estação do Metro do Oriente, agora na direção da estação do Metro do Chiado.

O ambiente no Chiado estava animado, com muita gente e alguns artistas de rua. Passamos pelos Armazéns do Chiado, mas já não podemos entrar dado o adiantado da hora. Descemos a Rua do Carmo até ao Rossio.

Fomos até à residencial, onde no seu salão de convívio ficámos algum tempo a conversar numa saudável cavaqueira. Chegou a hora de descansarmos.

Dia 12 - domingo
Manhã
Depois do pequeno-almoço, descemos à estação do Metro dos Restauradores, para irmos até à estação do Metro de Santa Apolónia.

O objetivo para nos deslocarmos a esta zona da cidade foi a de visitar o Museu Militar de Lisboa. Teve o seu início em 1842, no Arsenal Real do Ezersito, pelo Barão de Monte Pedral. Em 1851, por decreto real de D. Maria II de 10 de Dezembro de 1851, foi batizado como Museu de Artilharia, nome que conservaria até 1926. Nos finais do século XIX e início do século XX, o seu primeiro diretor, General José Eduardo Castelbranco, fez decorar novas salas com trabalhos dos nossos melhores artistas da época. O espaço passou a chamar-se Museu Militar. O edifício do Museu encontra-se classificado como Imóvel de Interesse Público, por Decreto de 25.10.1963.

A mostra das coleções museológicas desenvolve-se ao longo de 33 espaços expositivos.


O visitante que percorre o museu pode verificar que a natureza das coleções não passa unicamente pelas peças bélicas, mas também pelo património artístico patente na pintura, azulejaria e escultura, pela mão de insignes artistas dos séculos XVIII, XIX e XX.
Foi uma visita muito bem conseguida, devido ao grande interesse das coleções que pudemos apreciar ao longo de todas as salas que constituem o museu.

O tempo estava quente mas lá seguimos a pé nas calmas, até ao Museu do Fado que visitámos.

Foi inaugurado a 25 de Setembro de 1998 e é um museu consagrado ao universo do fado e da guitarra, localizado no bairro de Alfama. O edifício do museu foi outrora uma estação elevatória de águas, a Estação Elevatória do Recinto da Praia. Foi construído em 1868 e é hoje Monumento de Interesse Público. Este espaço cultural é atualmente uma referência entre os espaços culturais de Lisboa. Conta com uma exposição permanente, um espaço de exposições temporárias, um centro de documentação, uma loja temática, um auditório, um restaurante e a Escola do Museu, onde são ministrados cursos de guitarra portuguesa e de viola de Fado.

O almoço foi na Tasca Típica “A Muralha”, situado quase em frente ao Museu do Fado.
O ambiente foi acolhedor e caraterístico de Alfama.
A empregada que nos atendeu era muito simpática e afável. Escolhemos para nossa ementa a sardinha assada com salada e pimentos assados. Foi uma boa opção que fizemos para comemorar o Santo António.

Tarde
Depois do almoço, lá continuamos a pé na direção da Casa dos Bicos, por onde passámos.
Já na zona do Rossio, entrei na igreja de São Domingos mas não fiz a visita que queria. Aparentemente é muito interessante o seu interior. Será uma visita para fazer com calma noutra ocasião.
Estava muito calor. Encaminhámo-nos para a nossa residencial, onde fomos recuperar as forças para logo à noite podermos aguentar a noite de Santo António e o desfile das Marchas.
À hora do jantar lá fomos escolher um restaurante ali pela Baixa. Foi o Restaurante “O Cesteiro” o escolhido.



A ementa foi algo diversificada, mas os homens foram para um Bacalhau cozido com Grão; as outras escolhas caíram num Arroz de Tamboril e numa Grelhada Mista.

Entretanto chegou a hora de assistir ao 84.ºdesfile das Marchas Populares de Santo António, na Avenida da Liberdade: Convidados: Marcha Popular de Portimão; Dança do Dragão da Lo Leong Sport General Association de Macau. Alinhamento: Infantil “A Voz do Operário”; Mercados; Bela Flor – Campolide; Campo de Ourique; Carnide; Penha de França; Bairro da Boavista; Bairro Alto; Benfica; Ajuda; Madragoa; Alto do Pina; São Vicente; Bica; Mouraria; Santa Engrácia; Marvila; Graça; Alcântara; Alfama; Olivais; Lumiar.
Este ano, as Festas e as Marchas inspiraram-se em dois temas principais: o 170.º Aniversário do nascimento de Bordalo Pinheiro e o 50.º Aniversário da construção da Ponte Sobre o Tejo (Ponte 25 de Abril).
Milhares de espectadores desceram e subiram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, para assistirem ao desfile das Marchas de Santo António.
Haviam alguns locais onde as Marchas obrigatoriamente tinham de dançar. Nesses locais concentravam-se grandes quantidades de pessoas que ali puderam assistir às respetivas exibições. Nos espaços onde as Marchas não dançavam haviam milhares de pessoas que não tiveram o direito de ver essas Marchas a dançar nem sequer a desfilar. Nestes espaços as Marchas vinham simplesmente desmanchadas, com os seus participantes a correrem uns atrás dos outros, alguns a beberem umas cervejolas, enfim, com uma postura completamente fora do contexto de Marcha e de Desfile. Uma falta de respeito para a esmagadora maioria das pessoas que como eu ficaram dececionadas por terem assistido a um não desfile.
Foi a Marcha de Alfama a vencedora.

A nossa noite acabou num convívio de amizade, na sala de espera da nossa residencial, em alegre cavaqueira.

Dia 13 - segunda
Manhã
Após o Pequeno-almoço, fizemos o Chek-out na Residencial Florescente. É Feriado em Lisboa.
Chamámos dois táxis que nos levaram até ao nosso carro estacionado na Quinta dos Alcoutins, no Lumiar. Ali da Calçada da Carriche, saímos em direção à Figueira da Foz.
O nosso almoço foi já no Paião, no Restaurante “O Peleiro”.

Só nos restou dizer goodbye, voltar a casa e ficar com as memórias de um excelente fim-de-semana prolongado.
Saudades duma cidade incrível que é Lisboa.
A única coisa que poderei dizer depois de um fim-de-semana destes é:
- Até à próxima!