quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Faz hoje 65 Anos…

Holocausto Nazi
Hoje em muitos lados do Mundo há gente que quer esquecer, ou fazer esquecer ou ainda desmentir, fazer um branqueamento dos factos mais terríveis da história da humanidade constituindo um perigo no presente e que não ajuda na construção de um futuro de paz e de justiça.
Faz hoje 65 anos que quando as tropas soviéticas libertaram o campo de concentração de Auschwitz, a 27 de Janeiro de 1945, encontraram gigantescas pilhas de roupa de adultos e de crianças e toneladas de cabelos humanos. Esta data insere-se num contexto da libertação, em 1945, pelas tropas soviéticas do maior campo de concentração nazi de Oswenzim onde os nazis massacraram 1,1 milhões de pessoas, na sua maioria, de origem judaica. As principais actividades que recordam esta data, serão realizadas na Polónia não só no lugar do antigo campo de concentração como também na Cracóvia onde terá lugar o Fórum Internacional sob o lema “A vida ao meu povo”.

O Holocausto Nazi consistiu em por em prática um plano de genocídio da população Judaica. Em 1933 a vida dos Judeus era normal e estável, ou seja, iam à escola, brincavam, iam ao teatro, cinema, tinham os seus negócios e tudo que um cidadão alemão fazia. No mesmo ano, em 30 de Janeiro, Hitler chega ao poder como Chanceler da Alemanha. Ressentido pela humilhação do Tratado de Versalhes, pois a Alemanha foi obrigada a pagar elevadas indemnizações, a perder as colónias, não podia possuir exército e nem qualquer tipo de fortificações e, como qualquer outro país, estava em dificuldades depois da Depressão, Hitler prometeu "rasgar" o Tratado e acreditava na superioridade da raça Ariana. Com a subida de Hitler ao poder estava instalada na Alemanha uma ditadura absoluta, que era alimentada por uma ideologia nazi racista (só existe uma raça superior - a raça ariana. As outras raças eram um factor de perturbação na sociedade e haveria que destrui-las ou então teriam de servir a raça superior), com isto começa uma perseguição aos Judeus. As SS haviam sido criadas como guarda pessoal de Hitler e seriam a vanguarda do movimento nazi para confirmar o povo alemão como raça superior. O chefe das SS (Himmler) pediu aos alemães que seguissem as teorias genéticas nazis e melhorassem a raça.
Os judeus começam por ser obrigados a registarem-se e a usar uma ligadura com uma estrela de David amarela no braço, para não se confundirem com a raça Alemã e para mais facilmente serem identificados. Pelas ruas Alemãs vêem-se as primeiras frases contra os judeus como: "Nicht für Juden", (interdito a judeus ) ou "porcos Judeus". Estes vêem a sua vida a entrar num beco sem saída, pois são constantemente perseguidos, humilhados e mal tratados na rua. Em 1933/35 são publicadas as leis raciais e são retiradas as lojas e negócios aos judeus, os médicos são proibidos de exercer a sua profissão, nenhum judeu pode ter um cargo político e é lhes retirado o direito de cidadão, ou seja, não são considerados cidadãos alemães. Em 1938 dá-se a "Kristallnacht", (Noite de Cristal), mais de 200 sinagogas são destruídas, 7500 lojas fechadas, 30 000 judeus do sexo do masculino enviados para campos de concentração. Neste mesmo ano, foram construídos os primeiros ghettos na Alemanha, onde isolavam os judeus do mundo exterior (separados por um muro). Cerca de 600 000 judeus morreram em ghettos com fome e doenças. Hitler decide então começar a eliminar em maior número os judeus.Para isso os Einsatzgruppen capturavam e levavam os judeus para valas, onde eram obrigados a despirem-se, para em seguida serem mortos a sangue frio. Nestes momentos a dor, o choro, os gritos e os tiros misturavam-se no ar. É então que em 1941 se encontra a "Solução Final". Os Judeus eram capturados e levados em comboios para os campos de concentração. O que ficou mais conhecido foi o de Auschwitz. Mas muitos deles não conseguiam chegar com vida, pois morriam com doenças e fome, porque a viagem era muito longa e as condições higiénicas não eram as melhores, visto que viajavam em vagões para o gado, apinhados e só havia um balde para as necessidades. Não havia água nem alimentos. Com isto muitos judeus morriam ou adoeciam.Quanto aos outros (aqueles que aguentavam a viagem) não sabiam para onde iam nem o que os esperava embora lhes tivesse sido dito quando embarcaram nos comboios que iam emigrar para trabalhar no Leste da Europa. Chegados aos campos eram separados por filas de mulheres, outras de homens e de crianças. Aqueles que estavam em condições físicas iriam trabalhar, (pensando que iriam sobreviver), os outros seriam imediatamente mortos.Os judeus eram levados para as câmaras de gás, onde se despiam e em seguida eram mortos com gás. Depois os corpos eram queimados em crematórios ou então faziam-se algumas atrocidades, como: utilização da pele para candeeiros ou experiências médicas com as crianças.
Este dia é o da Lembrança do Holocausto de 2010, que evoca o extermínio deliberado de seis milhões de judeus pelo regime nazi da Alemanha.

O Holocausto pertence à Humanidade e não apenas aos judeus.
É necessário evocar a memória de todos aqueles seres inocentes, que foram escravizados, dizimados e exterminados - judeus, ciganos, polacos, eslavos, homossexuais, pessoas com deficiências e outras - em nome do mito da raça suprema.
É urgente reflectir sobre o racismo e a intolerância em geral, que se prolongaram ao longo do século XX e deste século, que motivaram crimes enormes e que rotulamos como “genocídios”.
É impensável e não se imagina, mas à nossa volta continua a opressão e a destruição de povos por pertencerem a grupos étnicos diferentes em lutas competitivas por territórios (com interesses estratégicos), recursos (económicos) e poder político.

Haja consciência!


Origem: Texto e fotografias retirados da Net.

PALHAÇADA!

PALHAÇADA!
Recebi hoje no meu mail este soneto que não resisto em transcrever para que mais pessoas possam ler e assim poder comparar o que acontecia em 1969 e o que acontece agora neste ano de 2010.

Os “BILTRES” de que fala o soneto não são os mesmos, mas são iguais!

Os portugueses vão ter 0% de aumento nos seus ordenados...

…vamos ver agora os aumentos que vão ter “os fantoches em São Bento”?...

A política do engano, está na moda!

Palhaços!

Tudo tão actual que até mete raiva!...


José Régio

Soneto (quase) inédito) de José Régio
Em memória de Aurélio Cunha Bengala

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno “sacrifício”
De trinta contos – só! – por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

(Em 1969 no dia de uma reunião de antigos alunos)

E a raiva ainda é mais profunda, ainda mais se acentua quando ao receber na minha caixa de correio do computador algumas mensagens, notícias que nos dá conta das trapaças, das faltas de transparências, dos oportunismos que neste país brotam como “tortulhos”…

E penso nesta vida, na minha vida, quando recebo o chamado “lembrete de Quintanilha”:


Só um lembrete do Quintana...

'A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Desta forma, eu digo:

Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo,

pois a única falta que terá,

será desse tempo que infelizmente não voltará mais.'

Mário Quintana


Ainda mesmo assim vamos tendo algum tempo…
Eu, vou tendo algum tempo…

Nota: textos e fotos retirados da net.

domingo, 17 de janeiro de 2010

SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO TAVAREDENSE

JOGOS FLORAIS

Os Jogos Florais organizados pela Direcção da Sociedade de Instrução Tavaredense, na comemoração do seu 106º aniversário tiveram a participação dos sócios e amigos da Colectividade. Os textos a concurso tinham de se subordinar ao tema: “Caminhos do Teatro”.
Não tendo a pretensão e o formalismo de ser um concurso com uma carga competitiva, é porém uma tarefa que desempenho com muito empenho, alegria e alguma emoção.
A cerimónia de entrega dos prémios, teve lugar na Sessão Solene, do Aniversário da SIT, realizada no dia 17 de Janeiro de 2010.
Foi também com grande emoção e satisfação que recebi uma menção honrosa, pela minha produção literária, na modalidade de Poesia, no Escalão B, cujo título "Venho por aqui...".
Seguidamente à leitura do meu trabalho poético, foi-me entregue um troféu e certificado de participação.
A Presidente cessante da Direcção, Maria Clementina Reis Jorge da Silva no discurso final, salientou o significado desta iniciativa como forma de premiar a originalidade e a imaginação dos concorrentes, felicitando todos os participantes.

Em seguida transcrevo a minha poesia premiada para que conste aqui neste meu sítio e a possa assim partilhar com os meus amigos visitantes.

Venho por aqui…



Há caminhos que sigo,
Os do sonho da vida e do amor.
E o sonho fascina-me e prossigo…
São os caminhos onde dou cor
Com tintas de destino.
E tudo aquilo que imagino
É encontrar o meu caminho...

Venho por aqui…
Consigo ver nos teus olhos, cada cor do sentir,
Cada reflexo da tua máscara,
Cada sentido que pões em cena,
Somente contigo…
Vem comigo, basta persistir e seguir…
Eu sigo... Vem comigo…

Venho por aqui…
Vou sem destino, sem saber onde chegar.
Mas não me deixes sozinho, a esperar…
Bailamos no sonho assim como uma criança!
Mas o coração grita: – É mentira!
As interrogações que me perseguem,
Quantas delas são máscaras?

Venho por aqui…
Quem de nós tem a coragem
De aceitar a sua imagem?
Se eu ficar aqui só mais um pouco não dramatizo,

Não quero perder tempo a mentir.
As máscaras que ponho estão já sem cor...
E fico tentado a uma longa viagem…

Venho por aqui…
Não me reveles teus sentimentos.
Sei que preciso viver a intensidade de cada desejo.
Era eu uma criança há quantos anos?
Hoje, removo a máscara de mim,
Que querem que eu faça?
Vejo um rosto que não é meu, uma imagem sem graça…

Venho por aqui…
À noite a minha máscara é a do dia
E as estrelas no céu
Não significam nada para mim.
Pertenço a um teatro de máscaras e o meu palco é a roda do tempo.
Mas eu não lamento
Que a máscara possa ser eu!

Venho por aqui…
O tempo está a chegar ao fim e sou o actor principal.
Para ti, sou a máscara simples,
Para mim, a máscara da vida,
A da criança renascida,
Sem fascinação, feitiço e magia.
Aquela que um dia…

Talvez?...
Venha por aqui…




JOMACO

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ANO NOVO - 2010

2009 - Ano Novo em Lisboa - 2010

Há já alguns anos que tinha pensado com a minha esposa fazer uma passagem de Ano em Lisboa. Foi este ano o escolhido para celebrar e receber o ano 2010. Então decidi descobrir através da net o que haveria de diversão, na hora em que os fogos de artifício explodem nos céus. A minha pesquisa incidiu nas zonas com características peculiares que atraem milhares de pessoas, como a Baixa Pombalina, Rossio, Chiado, Bairro Alto, Belém e Parque das Nações.
- A Baixa Pombalina, é no coração de Lisboa. Localiza-se sobre as ruínas que foram destruídas por um terramoto (1755). Trata-se de uma zona muito quadriculada e linear, foi uma zona estudada e idealizada por Marques de Pombal. A zona da baixa, é a zona comercial e de ócio por excelência em Lisboa, tem teatros, cinemas, restaurantes, monumentos, é uma área onde se encontram numerosas diversões. Nesta quadra festiva, os passeios nocturnos pela baixa são uma constante oferta aos habitantes de Lisboa e turistas. Um mundo mágico de iluminação, fantasia e sonho com as iluminações natalícias e alguma animação, que vão desde o Chiado até ao Rossio.
- Quanto ao Rossio, a Praça de D. Pedro IV, delimita a norte a área da Baixa Pombalina e é, desde há seis séculos, o coração de Lisboa. Renascida dos escombros deixados pelo terramoto de 1755 que assolou o País, a Praça do Rossio, com os seus cosmopolitas edifícios pombalinos, espaço soalheiro e acolhedor, que se enche de forasteiros ao longo de todo o ano. No centro da Praça ergue-se numa coluna de 28m de altura, a estátua de D. Pedro IV, o primeiro imperador do Brasil independente, aqui colocada em 1870. Na sua base existem quatro figuras femininas, alegorias à Justiça, à Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas a D. Pedro. Esta coluna encontra-se iluminada com um adereço natalício de luz. No lado norte da praça fica o Teatro Nacional D. Maria II, que recebeu o nome da filha de D. Pedro, D. Maria II, cuja fachada está decorada com uma monumental cascata de luz. Muitas tradições ainda se mantêm nesta praça e uma delas é a paragem no Café Nicola ou na Pastelaria Suíça, que continuam a ser o dia-a-dia típico do bom lisboeta e também dos turistas. Todo o espaço envolvente se encontr a iluminado com decorações luminosas de Natal.
- No Chiado, que é um dos locais mais prestigiados de Lisboa e que fica situado entre o Bairro Alto e a Baixa de Lisboa, aqui se podem encontrar as mais diversas lojas de designers, ateliers, galerias de arte, museus, restaurantes, cafés típicos e modernos, livrarias, teatros e muitas manifestações artísticas e culturais. A estátua Luís de Camões, no largo com o seu nome, a Rua Garrett, os famosos cafés (entre eles o célebre “A Brasileira”, cuja esplanada ostenta a figura do poeta Fernando Pessoa sentado num dos seus locais preferidos da cidade). Até 6 de Janeiro, há Natal no Chiado e a decoração natalícia está em destaque e é baseada num conceito que cruza as formas fractais dos crochés com as das estrelas e flocos de neve.
- Outra sugestão é no Bairro Alto, famoso pela sua animada vida nocturna todo o ano e que se transforma para esta festa ao ar livre na noite de 31 de Dezembro.
- Também este ano a Câmara Municipal de Lisboa preparou um grande evento de fim de ano, com um concerto junto à Torre de Belém, que inicialmente era animado pelos XUTOS & PONTAPÉS. Lamentavelmente a organização informou que devido a doença súbita que acometeu o guitarrista dos Xutos & Pontapés, Zé Pedro, o concerto da banda, tinha sido cancelado tendo entretanto o município da capital conseguido assegurar, em alternativa, a presença dos GNR. Acabou a noite em grande com um grandioso espectáculo de pirotecnia, nas margens do Tejo!
- O Parque das Nações com a sua Torre Vasco da Gama, voltou a ser uma das grandes referências para esta passagem de ano, com a realização de um espectáculo de Fogo de Artifício. O enquadramento da Torre Vasco da Gama e do “Mar da Palha” fez com que a zona norte do Parque das Nações se transformasse por completo.
Esta minha estadia em Lisboa não pode ficar completa se não falasse sobre a mega-Árvore de Natal ZON, que iluminava a cidade do alto do Parque Eduardo VII. Tal como no ano passado, a magia da época natalícia pode contar com a estrutura, montada no topo do Parque Eduardo VII, que rejubilava de alegria com cores especialmente escolhidas para a quadra.
É sabido que estes eventos foram afectados de diversas maneiras pelo mau tempo (chuva, vento e frio) que se fez sentir naqueles últimos dias do ano de 2009. Nós próprios presenciámos algumas dessas alterações.
O Centro Comercial Colombo é um centro comercial e de lazer localizado na freguesia de Carnide, em Lisboa. O Colombo teve, como habitualmente, também uma árvore de Natal, uma das maiores estruturas natalícias de interiores que conheço. Na Praça Central do Centro Colombo, onde estava a árvore, erguia-se um espaço mágico que neste Natal recebeu as crianças e os pais num ambiente divertido e repleto de brincadeira, mas que transmitia uma mensagem muito importante de harmonia e paz entre os povos de todo o Mundo. Para a celebração deste Natal, as marcas Oliveira da Serra e Fula e o Centro Colombo desafiaram todos os portugueses e não só, que se deslocaram até ali, para a construção de uma Grande Aldeia da Paz, espaço que proporcionou momentos didácticos, numa iniciativa que visava o apoio ao Instituto de Apoio à Criança (IAC).
Nunca gostei do Inverno. Para mim são muito insuportáveis os dias pequenos, escuros e frios. Principalmente o frio. Mas já regressei ao lar. Estou agora a escrever estas linhas no conforto da minha casa. O quente me conforta. Continuo a ouvir, lá fora, a chuva e o vento. E o frio que não sinto, mas pressinto… Tenho a TV ligada para ir tomando contacto com a situação meteorológica, dos acidentes, do país… e evidentemente que não me posso esquecer daquelas pessoas cuja situação de pobreza os levou ao limite da privação de direitos básicos e bens de necessidade primária para uma vida humana. Os excluídos, os “sem abrigo”.
A inclusão social destas pessoas é urgente. Não pode ser só apenas quando é Natal e acontece o Fim de Ano, que as entidades oficiais e a comunicação social se lembra de dar grandes destaques às ceias, bens essenciais como roupa e sapatos, ao fugaz conforto de um local aquecido, ao carinho de muita gente voluntária!
Claro que há muita gente que faz voluntariado durante todo o ano! É de louvar! Mas não chega, é insuficiente e será sempre insuficiente.
Quem vive nas grandes cidades habitua-se a “tropeçar” nos “sem abrigo”. Um problema social degradante e triste. Gente que espera (?) com um olhar vazio: idosos, jovens, pessoas “sem idade”, imigrantes…
Aconteceu assim também a nós “tropeçarmos” com esta situação, nesta estadia em Lisboa. Infelizmente era difícil, ou melhor, impossível não acontecer…
Há quem espere que o Ano Novo traga mais esperança na melhoria das condições de vida dos portugueses, com o abrandamento da crise económica, com a diminuição do desemprego e com uma justiça social realmente igual para todos. Façamos votos que em 2010, os corruptos sejam na realidade descobertos e castigados, o governo seja mais democrático e socialista, que a mentira não seja utilizada também para governar.
Acabo este meu primeiro texto do Ano de 2010, transcrevendo pequenos enxertos, os quais achei muito pertinentes, retirados da mensagem de Ano Novo, do Presidente da República:
"Na lógica do nosso sistema constitucional, não compete ao Presidente da República intervir naquilo que é o domínio exclusivo do Governo ou naquilo que é a actividade própria da oposição, Portugal dispõe de um Governo com todas as condições de legitimidade para governar, um Governo assente numa maioria relativa conquistada em eleições ainda há pouco realizadas"; "novo quadro parlamentar, aliado à grave situação económica e social que o País vive, exige especial capacidade para promover entendimentos"; "Os portugueses compreenderiam mal que os diversos líderes políticos não se concentrassem na resolução dos problemas das pessoas e que não empenhassem o máximo do seu esforço na realização de entendimentos interpartidários"; "absolutamente desejável que os partidos políticos desenvolvessem uma negociação séria e chegassem a um entendimento sobre um plano credível para o médio prazo, de modo a colocar o défice do sector público e a dívida pública numa trajectória de sustentabilidade"; "O Orçamento do Estado para 2010 é o momento adequado para essa concertação política, que, com sentido de responsabilidade de todas as partes, sirva o interesse nacional"; "tempos difíceis"; "ainda de maior exigência e responsabilidade para os detentores de cargos públicos"; "o reforço da competitividade externa das nossas empresas e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção estrangeira"; "o apoio social aos mais vulneráveis e desprotegidos e às vítimas da crise".
Na noite de Ano Novo tudo acontece como em todas as noites do ano.
Não existe nenhuma paragem na marcha do Tempo.
Mas temos sempre a esperança de que a partir dessa altura tudo seja diferente, para melhor.
Este ano nós queremos desejar a todos uma dose dupla de saúde e alegria, com muita boa sorte na realização de todas as coisas que são desejadas. E que o ano nos traga muita força e coragem.

Um mágico 2010 para todos nós!