quarta-feira, 26 de março de 2014

Visita a Lisboa

29 e 30 DE JULHO DE 2013
1º Dia
Poucos minutos depois das oito da manhã partimos para Lisboa: eu, a minha esposa, a minha filha Vanda, o seu marido Miguel e o seu filho Tiago.
Esta nossa viagem até à capital tem o grande objetivo de levar o Tiago pela primeira vez a visitar o Jardim Zoológico e o Oceanário, aproveitando também para ver no Pavilhão do Conhecimento, uma exposição sobre os dinossauros.

A capital portuguesa possui uma riqueza cultural e gastronómica ímpar, fazendo dela um ótimo destino de férias. Considerada por muitos como uma das mais bonitas cidades do mundo, Lisboa apresenta ao turista que a visita inúmeras atividades e diversos pontos de grande interesse.
Foi com esta perspetiva e interesses que seguimos para Lisboa.

Um pouco depois das 10H00, estávamos a chegar ao Parque das Nações, onde fomos deixar o carro no estacionamento do Hotel Ibis, onde iremos pernoitar esta noite.
Depois de fazermos o chek-in no hotel, fomos tirar os bilhetes de um dia para andarmos no metropolitano, que nos transportou até às portas do Jardim Zoológico.
O Jardim Zoológico de Lisboa, localiza-se em Sete Rios. Atualmente reúne um conjunto representativo de todo o planeta, com cerca de 2000 animais de 332 espécies diferentes, assim divididos:
  • 114 mamíferos
  • 157 aves
  • 56 répteis
  • 5 anfíbios e
  • 1 coleção de artrópodes.
A ideia para a criação de um jardim zoológico em Portugal, nomeadamente em Lisboa, remonta a 1882, conforme rumores que começaram a circular na imprensa lisboeta em Agosto daquele ano. À época ainda não existia na península Ibérica nenhum parque dedicado à flora e fauna exóticas do mundo.
A 19 de Fevereiro de 1883 um grupo de notáveis portugueses reuniu-se para a apresentação do projeto, e com o incentivo do próprio rei D. Luís foi elaborada uma escritura (5 de Setembro de 1883), após os necessários estudos e levamento de capital. Em seguida iniciaram-se as obras nos terrenos escolhidos, em São Sebastião da Pedreira, com a construção de pavilhões, viveiros e gaiolas, para manter os primeiros animais em exposição. 


Desse modo, a 28 de Maio de 1884, foi inaugurado solenemente o Jardim Zoológico de Lisboa, com uma coleção de 1127 animais à disposição do público, alguns dos quais doados pela Família Real Portuguesa e outras personalidades.
As suas primitivas instalações, no Parque de São Sebastião da Pedreira, foram então transferidas em 1894 para os terrenos de Palhavã, no terreno onde hoje se situa a Fundação Calouste Gulbenkian. Mais tarde, em 1905, o Jardim Zoológico foi transferido para a sua atual localização, na Quinta das Laranjeiras, em Sete Rios.
Mas foi apenas em 1907 que foram assinadas as escrituras com as cláusulas para o estabelecimento definitivo do Jardim Zoológico no Parque das Laranjeiras. O rei D. Manuel II foi convidado para presidente honorário da instituição, a suceder a D. Carlos I, seu pai.
Ainda antes do almoço começámos a visita no zoo, onde o Tiaguinho muito curioso via os animais que ele tanto aprecia. Uma das diversões que desfrutámos foi o teleférico.

 

O Teleférico

Dá uma volta completa ao parque num circuito em forma de triângulo e atinge uma altura máxima de cerca de 20 metros, possibilitou durante 20 minutos que nós observássemos todo o zoo a partir de uma perspectiva diferente, possibilitando também uma das belas vistas da paisagem urbana da cidade de Lisboa.
Chegou então a hora do almoço. Fomos almoçar numa daquelas esplanadas onde se pode degustar uma comida simples e rápida, mas bastante apetitosa, no Restaurante La Baguette. O Tiago escolheu um dos menus do Restaurante McDonald’s, o Happy Meal, uma refeição muito divertida com douradinhos: O filete de peixe saiu do alto mar bem fresco e branquinho. Então nós cobrimo-lo de pão ralado e demos-lhe um bronzeado crocante. O seu novo look dourado é um sucesso entre as crianças, que os comem alegremente até ao fim.
Depois do almoço o Tiago quis ir brincar no insuflável da girafa. Fomos de seguida ver mais alguns animais enquanto não chegava a hora irmos ver os golfinhos.
Às 15H00, teve início o espectáculo na Baía dos Golfinhos, onde está recriada uma típica aldeia piscatória portuguesa, com uma recriação de um farol inclusive, é composto por um conjunto de três piscinas com 6 metros de profundidade e 36 metros de diâmetro no seu conjunto e contou com quatro exemplares de golfinhos nariz de garrafa.
Tem uma capacidade de 1800 pessoas e possui cobertura para os dias de chuva e para o sol intenso do Verão. O espectáculo durou cerca de 1 hora no qual fez também parte uma apresentação com leões marinhos. O espectáculo foi bastante diversificado com todas as acrobacias e truques que os animais conseguem fazer, mais uma parte de exercícios aquáticos entre os golfinhos e os seus treinadores.
Como estava muito calor e a Vanda já estava um pouco fatigada, ela e o Tiago foram dar uma volta no comboio fazendo a visita de uma forma confortável.

 

A Quintinha, foi outro dos locais que tivemos o prazer de visitar, possibilitando os visitantes de estar em contacto com a vida rural e os animais de quinta podendo ter a oportunidade de os alimentar e acariciar e ainda observar o cultivo de vários produtos hortícolas.
Um dos locais sempre interessantes de ver foi o reptilário, onde visitante obtém várias informações acerca de répteis com a amostra de tartarugas, iguanas, crocodilos e até uma pitão com vários metros de comprimento e na qual o visitante é convidado a tocar. Não se realiza em dias de temperatura abaixo de 20ºC. O reptilário possuiu umas das melhores colecções de répteis do mundo e foi remodelado recentemente com uma ponte sobre o recinto dos aligátores americanos. É mantido a uma temperatura constante acima dos 20ºC.
O dia esteve com muito calor, mas o Tiaguinho nunca esmoreceu e manteve sempre uma grande energia, assim como um extraordinário interesse e curiosidade em tudo o que via, principalmente nos animais, a grande paixão dele.
Mas a visita chegou ao fim e fomos para o metropolitano onde o Tiaguinho adorou andar. Foi a primeira vez!

Chegados novamente ao Parque das Nações, deslocá-mo-nos até ao Hotel Ibis, onde retemperámos as forças.

Cerca das 19H30, fomos escolher um restaurante para jantarmos.
O escolhido foi o Restaurante D’Bacalhau, situado na zona ribeirinha do Parque das Nações na EXPO, especializado na confecção de bacalhau. Um Restaurante com um espaço agradável, moderno, mantendo a tradição deste prato português tão desejado por todo o mundo!
O nosso menu foi como entradas uns grandes, quentes e deliciosos bolos de bacalhau; estavam excelentes, para começar não podia ser melhor.
Como segundo prato e após difícil escolha pela variedade apresentada decidimos pelo “Misto de Bacalhau com 4 pratos” para 4 pessoas; dos quatro pratos constavam: Bacalhau com Natas, Bacalhau à Brás, Bacalhau com Broa e Bacalhau Grelhado à Lagareiro. Foi uma ótima escolha pois quaisquer dos pratos estavam uma delícia.
Depois do jantar nada como passear um pouco pelo Parque das Nações, pois a noite estava com uma temperatura ótima. O Tiago estava muito feliz! Corria e saltava, curioso com tudo o que tinha e estava a passar neste dia inesquecível para ele.
Antes de nos deitarmos para um descanso reparador ainda passámos pelo Centro Comercial Vasco da Gama.

Hotel Ibis Parque das Nações, está localizado no Parque das Nações em Lisboa, permitindo chegar em poucos minutos a pé a locais de interesse como Feira Internacional de Lisboa, Casino de Lisboa, Oceanário, Pavilhão Atlântico e Centro Comercial Vasco da Gama. Aqui dormimos num quarto Standard Não Fumador e equipado com a nova cama íbis, uma cama de última geração em conforto, secretária, internet, pavimento flutuante, TV LCD com os melhores canais e casa de banho com chuveiro. Tem estacionamento coberto pago mas para nós foi gratuito; o pequeno-almoço em buffet foi ótimo e retemperador. O hotel é acolhedor e confortável, o serviço no geral foi estupendo e os rececionistas excelentes, muito simpáticos e sempre muito disponíveis.

2º Dia
Este nosso segundo dia em Lisboa, começou por arrumar o carro no parque de estacionamento do Centro Comercial Vasco da Gama.
Fomos entretanto para o Oceanário de Lisboa que se localiza no Parque das Nações em Santa Maria dos Olivais. Constitui-se em um aquário público e instituição de pesquisa sobre Biologia marinha e Oceanografia. É o segundo maior oceanário do Mundo e contém uma extensa colecção de espécies - aves, mamíferos, peixes e outros habitantes marinhos. Foi construído e inaugurado no âmbito da Expo 98, a última exposição mundial do século XX, com o tema "Os Oceanos, um Património para o Futuro". Os designes conceitual, de arquitectura e de exibição são do arquitecto norte americano Peter Chermayeff. Com uma área total de 20.000 metros quadrados, o Oceanário tem cerca de 7.500.000 litros de água divididos por mais de 30 aquários e 8000 organismos (entre animais e plantas) de 500 espécies diferentes. No seu interior, a principal atracção é o aquário central, com 5.000.000 de litros, representando o Oceano Global, onde coexistem várias espécies de peixes como tubarões, barracudas, raias, atuns e pequenos peixes tropicais. Destacam-se ainda mais quatro diferentes aquários que representam, pela sua riqueza natural em termos de fauna e flora, os habitats marinhos do Atlântico Norte (costa dos Açores), do oceano Antártico, do Pacífico temperado (costas rochosas) e do Índico tropical (recife de coral). Separados do aquário central por grandes painéis de acrílico estrategicamente colocados, cria-se a ilusão de estar perante um único aquário.
O mascote escolhido do Oceanário de Lisboa é o boneco Vasco (com o mote: "O Vasco é boa onda!"), em referência ao navegador português Vasco da Gama. O "Vasco" encontra-se em dois lugares para "saudar" os visitantes: em frente à entrada principal e na baía em frente ao Oceanário (porto do rio Tejo).
Foi então o “Vasco” que nos recebeu e principalmente o Tiaguinho.
O Tiaguinho sempre muito interessado teve aqui mais uma primeira visita que nunca mais vai esquecer.
O entusiasmo e a curiosidade foram constantes, tanto no aquário principal, como pelos diversos locais onde os peixes constantemente pela nossa frente apareciam no seu calmo e ondulante nadar.
Após cerca de duas horas de visita saímos maravilhados e “cansados” de tanta maravilha.
Pelas 14H00 fomos almoçar no Centro Comercial Vasco da Gama, desta vez a pedido do Tiaguinho – Pizzas.

Depois do almoço fomos ver uma outra exposição, esta no Pavilhão do Conhecimento, também muito desejado e aguardado pelo Tiaguinho, sobre Dinossauros.
Esta exposição com o título “T-rex quando as galinhas tinham dentes”, transporta os visitantes numa viagem ao tempo dos dinossauros. Foi isso que tenho a certeza que aconteceu com o Tiaguinho, um tema que ela muito aprecia. Foi muito gratificante ter proporcionado esta visita ao Tiaguinho que espantado e muito interessado olhava com muita curiosidade os robots Dinossauros, que parecem verdadeiros.
Já no andar superior deste pavilhão encontrámos três exposições:
1ª. Explora
O Explora é uma” verdadeira floresta de fenómenos naturais”. Cada módulo é uma autêntica obra de arte onde o Homem contribui com o engenho, e a natureza com a surpreendente beleza dos seus fenómenos.
A exposição Explora está dividida em cinco áreas temáticas: Luz, Visão, Perceção, Ondas e Sistemas (bué) complexos.
2ª. Vê, Faz, Aprende!
O Tiaguinho experimentou, tocou, mexeu e observou. Deitou-se numa cama de pregos com muita valentia, sentou-se ao volante de um carro com rodas quadradas e tentou descobrir a misteriosa chave da arca do tesouro, entre muitas outras atividades que experimentou.
3ª. Brincar Ciência
Como o espaço Brincar Ciência se destina exclusivamente aos pequenos exploradores da ciência entre os 3 e os 6 anos, o Tiaguinho aqui divertiu-se imenso. Neste espaço o Tiaguinho pode vestir um fato de astronauta e entrar dentro de um foguetão.
E foi a Casa Inacabada, a que não acaba nem por nada, o local favorito do Tiaguinho e muita pequenada que ali se divertia. Eles constituíram a brigada especial que puseram mãos à obra para tentarem ter a casa fica pronta. Os “maquinistas” manobravam a grua para içar os materiais, os “aprendizes de pedreiro” construíram as paredes com os tijolos e os painéis de espuma. O andaime ajuda à construção e carrinhos de mão, baldes e roldanas facilitavam o trabalho da equipa.
O Tiaguinho, tal como todas as outras crianças, assim que chegaram a este estaleiro, vestem o colete de trabalho e colocam o capacete de proteção. Cumpridas estas regras, passam a barreira de segurança e são informadas sobre as condições de segurança, as missões e as tarefas a cumprir. Cada um desempenha o seu papel e… mãos à obra.
E foi assim que durante algum tempo o Tiaguinho se divertiu à grande com todo aquele envolvimento divertido e de entreajuda entre todos os participantes.

Saímos então do Pavilhão do Conhecimento, com o Tiaguinho cansado, mas também satisfeito e eufórico.
Fomos para o carro que se encontrava no parque de estacionamento do Centro Comercial vasco da Gama, para nos dirigirmos para o Centro Comercial Colombo onde decidimos jantar antes de regressarmos a casa, na Figueira da Foz.
Jantámos cerca das 19H30 no Restaurante “O Páteo”, onde se come comida à portuguesa. O Tiaguinho com muito apetite comeu com vontade uma grande tijela de sopa de legumes, seguido de uma bela banana.
Saímos de Lisboa pelas 21H00. O Tiaguinho fez o descanso do “guerreiro” todo o caminho, ou seja, adormeceu à saída de Lisboa e quando chegámos à Figueira, cerca das 23H00, saiu do carro a dormir direitinho para a sua caminha, onde de certeza estava a sonhar com o Jardim Zoológico, o Oceanário, os Dinossauros…

domingo, 25 de agosto de 2013

PASSEIO À “PIA DO URSO”

27 de Julho de 2013

Às 08H00, partimos do Largo da Igreja de Tavarede, num autocarro da AVIC com cerca de 60 lugares, conduzido pelo motorista habitual, Magalhães. A primeira paragem foi feita em Carriço, para comprar pão para o almoço. Foram feitos também os primeiros contatos entre os companheiros de viagem, tomar o pequeno-almoço para quem ainda não tivesse feito e fazer outras necessidades urgentes…
Por volta das 09H00, chegámos ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, conhecido como Mosteiro da Batalha situa-se na Batalha e foi mandado edificar em 1386 por D. João I como agradecimento à Virgem Maria pela vitória na Batalha de Aljubarrota.


Este mosteiro dominicano foi construído ao longo de dois séculos até cerca de 1517, durante o reinado de sete reis de Portugal, embora desde 1388 já ali vivessem os primeiros dominicanos.
Exemplo da arquitetura gótica tardia portuguesa, ou estilo manuelino, é considerado património mundial pela UNESCO, e em 7 de Julho de 2007 foi eleito como uma das sete maravilhas de Portugal.
O IPPAR o classifica como Monumento Nacional, desde 1910. Fizemos uma visita ao Mosteiro.

Após um pequeno percurso no autocarro, chegámos cerca das 11H00 à PIA DO URSO, onde fizemos a visita ao local. Localizada na freguesia de São Mamede, esta aldeia recuperada mostra aos visitantes as habitações em pedra típicas desta região serrana.
Envolvida por uma bela paisagem, tem o primeiro Ecoparque Sensorial de Portugal, destinado a invisuais, dando-lhes a conhecer o local através dos restantes sentidos, nomeadamente o tato e o olfato. Ao longo do percurso podem observar-se as formações geológicas - as chamadas pias - onde antigamente os ursos bebiam água, daí a origem do nome deste local. Além da paisagem atrativa e da calma envolvente, o parque é composto por diversas estações interativas e lúdicas. No tempo dos Romanos, o lugar de Pia do Urso era utilizado como ponto de passagem, restando ainda na localidade de Alqueidão da Serra (Porto de Mós), um troço da via então existente e que servia os grandes povoados, nomeadamente Olissipo (Lisboa), Collipo (Batalha/Leiria) vindo a cruzar-se depois na direção de Bracara Augusta (Braga) a Mérida, então capital da Lusitânia. Na Idade Média, mais precisamente em 1385, a Pia do Urso foi local de passagem das tropas comandadas por D. Nuno Álvares Pereira, na caminhada efetuada de Ourém a Porto de Mós com destino a Aljubarrota onde, nesse local, decorreu uma das batalhas mais decisivas para a afirmação da independência de Portugal.
O Condestável, de acordo com os relatos de então, terá aproveitado este local paradisíaco para efetuar uma paragem e, assim, descansar. As tropas lusas terão aqui recolhido algumas pedras lascadas utilizadas na Batalha de Aljubarrota. Cerca de 500 anos mais tarde, o Concelho da Batalha, a Freguesia de São Mamede, e em particular o lugar da Pia do Urso, foi também ponto de passagem dos militares das invasões francesas, que por entre pilhagens e massacres efetuados, dizimaram populações e património.
Dada a singularidade do espaço natural onde está inserido, o lugar de Pia do Urso carrega em si um misto de fábula e magia, prevalecendo duas lendas em redor deste lugar, que a seguir se dão conta de forma sumária. 1. Começando pela provável origem do nome desta localidade, dizem os mais antigos que a designação se ficou a dever ao facto de um urso (provavelmente um Urso Ibérico) aproveitar uma das pias existentes no maciço rochoso e aí beber água com frequência; a pia em questão está devidamente assinalada no local. 2. Outra lenda aborda a existência, há alguns anos, de uma oliveira diferente das demais, em virtude desta apresentar a rama preta e ao longo da sua vida nunca ter produzido azeitona. A explicação para estes factos bizarros, apontavam os mais idosos, relacionava-se com a hipótese de, aquando da permanência naquele local dos exércitos franceses, a oliveira ter servido de esconderijo de armas, munições e pólvora.
Após a visita, percorrendo o percurso descrito no folheto oferecido no local, num dos parques de merendas existentes, tivemos o nosso almoço: frango assado, batatas fritas, pão, fruta, vinho, água e refrigerantes. O repasto não foi 100% satisfatório pois que alguns dos companheiros se queixaram da reduzida comida a que tiveram acesso: frango e fruta. Será que foi mal calculada a quantidade de frango? Será que a fruta foi mal calculada também? Será que houve companheiros que comeram mais que a dose individual prevista? Também os guardanapos de papel que chegaram em dose suficiente, não chegaram para todos. Mas neste caso eu pessoalmente e também o nosso organizador, vimos pessoas com maços de guardanapos debaixo dos pratos. De futuro convém arranjar estratégia para estas situações não sucederem. Convinha no entanto que as pessoas aprendam a viver em comunidade. Grande parte dos companheiros de viagem eram os mesmos de outros passeios onde também houve almoço ambulante. Nunca tinham sucedido estes percalços… mas desta vez… Após bebermos as bicas e algumas ginjinhas, seguimos na direção das Grutas da Moeda, para uma visita prevista para as 14H30.

As Grutas da Moeda localizam-se na freguesia de São Mamede, concelho de Batalha, distrito de Leiria. As grutas foram descobertas em 1971 por dois caçadores que andavam a perseguir uma raposa.
A curiosidade levou-os a explorar o algar em toda a sua extensão, logo uma sala - a "Sala do Pastor", repleta de formações calcárias. Durante perto de dois meses, os dois homens continuaram a escavar as estreitas fendas que se seguiram à primeira caverna, desvendando pouco a pouco as demais salas e galerias que hoje se incluem no percurso visitável.
A beleza da gruta é assegurada pela diversidade de materiais argilosos e de calcites. Os nomes das salas sugerem as imagens que cada uma evoca ao visitante: "Presépio", "Pastor", "Cascata", "Virgem", "Cúpula Vermelha", "Marítima", "Capela Imperfeita", "Bolo de Noiva", "Abóbada Vermelha" e "Fonte das Lágrimas". A extensão visitável da gruta é de 350 metros, atingindo-se uma profundidade de 45 metros. A temperatura interior da gruta é, em média, de 18º C. A entrada e saída da gruta é feita em locais diferentes, envolvidos por uma característica paisagem serrana.
Lenda da Gruta: segundo a tradição local, um homem abastado das redondezas, ao passar por um matagal em torno de um covão, foi atacado e saqueado por um bando de malfeitores que o assassinaram, como era frequente em tempos idos. O corpo sem vida foi atirado para o precipício cavernoso e, na pressa, os assaltantes deixaram cair, com o corpo da vítima, o saco das moedas que esta transportava e cujo roubo fora o móvel do crime. As moedas se espalharam pelo precipício, perdendo-se irremediavelmente, o que deu ao algar o nome pelo qual ainda hoje é conhecido.

Após a visita às Grutas e à loja de recordações, dirigimo-nos no autocarro para Ourém. Onde tínhamos visita guiada marcada para as 17H00. Entretanto a nossa viagem estava a correr tão bem e sem percalços que o horário previsto estava cerca de uma hora avançado. O Tó Simões contatou com o local da visita para se poder assim antecipar a hora da dita visita, o que aconteceu.
O Castelo de Ourém, também conhecido como Paço dos Condes de Ourém, localiza-se na cidade de mesmo nome, freguesia de Nossa Senhora das Misericórdias, concelho de Ourém, distrito de Santarém, em posição dominante sobre a vila medieval e a ribeira de Seiça. O castelo ergue-se no topo de uma colina, na cota de 330 metros acima do nível do mar. Apresenta planta no formato triangular irregular, com torres nos vértices.
Ao centro da sua praça de armas abre-se uma cisterna de planta ogival, alimentada por uma fonte. A torre Noroeste é conhecida como Torre de D. Mécia, por ali ter sido confinada aquela infortunada esposa de D. Sancho II. No lado Norte do castelo abre-se o Terreiro de Santiago, com uma estátua do Condestável D. Nuno Álvares Pereira ao centro.

Pelas 18H00 chegámos a Fátima é uma cidade do concelho de Ourém, Distrito de Santarém. Sua fama mundial se deve ao fato de que, em 13 de maio de 1917, a Virgem Maria apareceu aos pastorinhos, na forma de Nossa Senhora de Fátima. Existe o conto não confirmado que a topónimo deriva de uma princesa moura local de nome Fátima que, depois de haver sido capturada pelo exército cristão durante a Reconquista, foi dada em casamento a um conde de Ourém. Aceitando o cristianismo, foi batizada recebendo o nome de Oriana em 1158.
Às terras serranas o conde deu o nome de Terras de Fátima, em memória dos seus ancestrais, e ao condado o nome de Oriana, depois Ourém. Tornou-se mundialmente conhecida pelas aparições marianas aos três pastorinhos (Lúcia, e seus primos Francisco Marto e Jacinta Marto), que aí tiveram lugar entre 13 de Maio e 13 de Outubro de 1917, no lugar da Cova da Iria. A construção do Santuário de Fátima, é um dos mais importantes santuários marianos do Mundo. O Santuário é composto principalmente pela Capelinha das Aparições, o Recinto do Rosário, a Basílica de Nossa Senhora do Rosário e colunatas, a azinheira grande, casa de retiros de Nossa Senhora do Carmo e Reitoria, casa de retiros de Nossa Senhora das Dores e albergue para doentes, praça Pio XII e Centro Pastoral Paulo VI, e também a vasta Basílica da Santíssima Trindade, inaugurada a 13 de Outubro de 2007. Destacam-se ainda a Capela do Lausperene (onde está permanentemente exposto o Santíssimo Corpo de Cristo na Hóstia Consagrada) e a Capela da Reconciliação, dedicada à celebração do Sacramento da Reconciliação.

A visita a este local de culto era livre. Cada um poderia fazer o que queria. Enquanto alguns se deslocaram para o Santuário, outros escolheram petiscar qualquer coisa e matar a sede, pois o calor era grande.
Às 19H45, saímos de Fátima para Tavarede, onde chegámos por volta das 21H00.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Nelson Mandela

Faz hoje 95 anos
Nasceu a 18 de julho de 1918, foi eleito em 1994 o primeiro presidente negro da África do Sul, depois de décadas de luta contra o regime segregacionista da minoria branca que governou a África do Sul. Herói da luta antiapartheid, é um advogado, ex-líder rebelde e ex-presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prémio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.

A ONU apela a todos para dedicarem hoje 67 minutos a uma boa ação, em memória dos 67 anos de militância cívica de Nelson Mandela.

Algumas frases de Nelson Mandela (Madiva)

A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo.

O bravo não é quem não sente medo, mas quem vence esse medo.

Se você falar com um homem numa linguagem que ele compreende, isso entra na cabeça dele. Se você falar com ele em sua própria linguagem, você atinge seu coração.

Não há nada como regressar a um lugar que está igual para descobrir o quanto a gente mudou.

Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.

Uma boa cabeça e um bom coração formam sempre uma combinação formidável.
Você não é amado porque você é bom, você é bom porque é amado

Eu sou o capitão da minha alma.


Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram.

Uma boa cabeça, um bom coração, formam uma formidável combinação !

Bravo não é quem sente medo, é quem o vence.

Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.

Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.

Perdoem. Mas não esqueçam!

PARABÉNS MADIBA!

segunda-feira, 1 de julho de 2013

SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

107.º ANIVERSÁRIO
O Sporting comemora o seu 107.º aniversário hoje, 1 de Julho, com o sentimento de orgulho e pertença.
Sporting Clube de Portugal, é um clube multidesportivo com sede em Lisboa no Complexo Alvalade XXI. Apesar de competir com sucesso em vários desportos diferentes, o Sporting é um clube sobretudo conhecido pela sua equipa de futebol. Fundado em Lisboa em 1 de julho de 1906, é um dos "Três Grandes" clubes de futebol em Portugal.
Com mais de 100.000 sócios registados, as suas equipas, atletas e simpatizantes são muitas vezes apelidados de Leões pelos seus fãs. Durante o primeiro século de existência do clube, as equipas e os atletas do Sporting ganharam 3 medalhas de ouro olímpicas, bem como muitas de prata, bem como medalhas de ouro e milhares de títulos nacionais e distritais. Sendo também o segundo clube do Mundo com mais títulos no conjunto de todas as modalidades.
Durante o período de fundação (1906), José Alvalade tinha o desejo de transformar o Sporting num " ...grande clube, tão grande como o maior da Europa". No desejo de abrir caminho numa altura em que o desporto em Portugal, era ainda uma atividade no seu estágio de desenvolvimento e de características muito elitistas, os primeiros "Sportinguistas" conseguiram fundar aquele que se tornou nos dias de hoje no bem sucedido Sporting Clube de Portugal.
O Sporting Clube de Portugal tem mais de três milhões de fãs em todos os continentes, com mais de 300 clubes de adeptos, escritórios e delegações,8 bem como mais de 150.000 afiliados.
Internamente, o Sporting ganhou um total de 18 títulos portugueses da Liga, 19 títulos de Campeonato de Portugal /Taça de Portugal e 7 títulos portugueses da Supertaça (44 títulos nacionais).
Internacionalmente, o Sporting venceu a Taça dos Vencedores de Taças 1963-64 e foi vice-campeão na Taça UEFA 2004-05.
Somando todas as modalidades em que compete ou já competiu, o Sporting é o terceiro clube europeu com mais taças europeias conquistadas, sendo apenas superado por Barcelona e Real Madrid. O atletismo contribuiu com mais títulos, seguido do hóquei em patins, sendo que o futebol apenas ganhou um. O Sporting é também o segundo clube europeu com mais títulos conquistados, sendo apenas superado pelo Barcelona.

História
Primórdios
O Sporting Clube de Portugal tem as suas origens na fundação do Belas Football Clube em 1902 por iniciativa de dois irmãos, Francisco e José Maria Gavazzo. Dois anos depois, tendo o Belas Football Clube realizado um único jogo de futebol contra o Sport Lisboa, alguns dos seus sócios Fundadores criaram o Campo Grande Football Clube. Apesar do nome, esta associação dedicava-se especialmente a festas, bailes e piqueniques, o que gerou alguns conflitos com alguns membros que entendiam que a prática desportiva deveria ser a sua principal vocação. Em 13 de Abril de 1906, durante uma Assembleia Geral, as opiniões divergentes quanto ao objetivo da instituição levaram à saída de 5 membros. Um deles, José Alvalade manifestou imediatamente a intenção de formar um novo clube recorrendo à ajuda financeira do seu avô, o Visconde de Alvalade, Dr. Alfredo Augusto das Neves Holtreman, que tutelou a criação do novo clube e disponibilizou os terrenos para o campo de jogos na sua própria quinta.

“Vou pedir dinheiro ao meu avô e ele me dará dinheiro para fundar um outro clube” - prometeu José Alvalade

“Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa”José Alvalade

Fundação
Ora que abarcava as atuais zonas do Lumiar, Campo Grande e Alvalade, em Lisboa. Os dez sócios fundadores foram José Alvalade, José Maria Gavazzo, Frederico Seguro Ferreira, Alfredo Augusto das Neves Holtreman, Fernando Soares Cardoso Barbosa, José Stromp, Henrique Almeida, Leite Júnior, João H. Scarlett, Francisco Quintela Mendonça e Alfredo Botelho. Realizaram a primeira Assembleia Geral em 8 de Maio de 1906 com o objetivo de eleger a direção. Foi então eleito o Dr. Alfredo Augusto das Neves Holtreman como Presidente da Direção, sendo-lhe conferido o título de "sócio-protector" em virtude de todo o apoio prestado à criação do novo clube. Nesta reunião, Holtreman afirmou que pretendia que o clube, na ocasião ainda sem nome definido, fosse "um grande clube, tão grande como os maiores da Europa". A primeira direção, que se manteria em funções até 1910, era ainda constituída por José Holtreman Roquete, como vice-presidente e pelos primeiro e segundo secretários, respetivamente Frederico Seguro Ferreira e Henrique Leite. A 26 de Maio foi adotado o nome Campo Grande Sporting Clube mas, a 1 de Julho, por sugestão de António Félix da Costa Júnior, a Assembleia Geral aprovou a alteração definitiva para Sporting Clube de Portugal. Esta foi uma data marcante uma vez que, em Julho de 1920, por proposta de Nuno Soares Júnior, a Assembleia Geral adotou a data de 1 de Julho de 1906 como a da fundação oficial do Sporting. Em contraste com outros clubes rivais, os sportinguistas defendem que a forma de contabilizar a idade do clube é a mais correta, uma vez que não se recorre à fundação de entidades anteriores que lhe deram origem nem contabilizando períodos de inatividade, mais ou menos longos, para justificar a sua ancestralidade.

Presidentes
• 1906 - 1910 Alfredo Augusto das Neves Holtreman (Visconde de Alvalade)
• 1910 - Luís Caetano Pereira
• 1910 - 1912 - José Holtreman Roquette (José Alvalade)
• 1912 - 1913 - Luís Caetano Pereira
• 1913 - 1914 - José da Mota Marques
• 1914 - 1918 - Daniel Queirós dos Santos
• 1918 - Mário de Lemos Pistacchini
• 1918 - António Nunes Soares Júnior
• 1918 - 1921 - Mário de Lemos Pistacchini
• 1921 - António Nunes Soares Júnior
• 1921 - 1922 - Manuel Garcia Carabe
• 1922 - 1923 - Júlio Barreiros Cardoso de Araújo
• 1923 - 1924 - Pedro Sanches Navarro
• 1924 - 1925 - Júlio Barreiros Cardoso de Araújo
• 1925 - 1926 - José Salazar Carreira
• 1926 - 1927 - Pedro Sanches Navarro
• 1927 - 1928 - António Nunes Soares Júnior
• 1928 - 1929 - Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte
• 1929 - Eduardo Mário Costa
• 1929 - 1931 - Álvaro José de Sousa
• 1931 - Artur Silva
• 1932 - Álvaro Luís Retamoza Dias
• 1932 - 1942 - Joaquim Guerreiro de Oliveira Duarte
• 1942 - 1943 - Augusto Amado de Aguilar
• 1943 - Diogo Alves Furtado
• 1943 - 1944 - Alberto da Cunha e Silva
• 1944 - 1946 - Augusto Fernando Barreira de Campos
• 1946 - 1953 - António José Ribeiro Ferreira
• 1953 - 1957 - Carlos Cecílio Nunes Góis Mota
• 1957 - 1958 - Francisco do Cazal-Ribeiro
• 1958 - 1961 - Guilherme Braga Brás Medeiros
• 1961 - 1962 - Gaudêncio L. da Silva Costa
• 1962 - 1963 - Joel Azevedo da Silva Pascoal
• 1963 - 1964 - Horácio de Sá Viana Rebelo
• 1964 - 1965 - Martiniano A. Piarra Homem de Figueiredo
• 1965 - 1973 - Guilherme Braga Brás Medeiros
• 1973 - Orlando Valadão Chagas
• 1973 - Manuel Henrique Nazareth
• 1973 - 1986 - João António dos Anjos Rocha
• 1986 - 1988 - Amado de Freitas
• 1988 - 1989 - Jorge Manuel Alegre Gonçalves
• 1989 - 1995 - José de Sousa Cintra
• 1995 - 1996 - Pedro Miguel de Santana Lopes
• 1996 - 2000 - José Alfredo Parreira Holtreman Roquette
• 2000 - 2005 - António Augusto Serra Campos Dias da Cunha
• 2005 - 2009 - Filipe Soares Franco
• 2009 - 2011 - José Eduardo Fragoso Tavares de Bettencourt
• 2011 - 2013 - Luís Godinho Lopes
• 2013 - Bruno de Carvalho

DEMONSTRAÇÃO DE VIGOR
Ontem em Assembleia Geral do Clube
30.06.2013
O presidente do Conselho Diretivo do Sporting, Bruno de Carvalho, no final da Assembleia Geral do Clube, salientou: “Este resultado traz uma responsabilidade acrescida. Os sócios ouviram as nossas explicações, o nosso projeto e sempre afirmei que o problema do Sporting não era uma questão de união, mas sim de confiança.”
Bruno de Carvalho admitiu: “Neste momento temos o Clube pronto para nos dar apoio e força e nós sentimos esse peso da responsabilidade. Sinto que não existia outra alternativa e neste momento os associados sabem qual é a situação e para onde queremos caminhar. Foi uma grande demonstração de vigor do Sporting. O Clube voltou a ser o dono do seu destino, com capacidade de decisão e de gestão, que era absolutamente fundamental.”

GRANDE REVISTA À PORTUGUESA NO TEATRO POLITEAMA

26 de Junho de 2013
Pelas 13H30, saiu do Largo da Igreja de Tavarede rumo a Lisboa, um autocarro da AVIC, conduzida mais uma vez pelo Magalhães, com 58 ocupantes e cuja organização é da responsabilidade do Tó Simões.
Pelas 16H30, estávamos a iniciar a visita à Casa-Museu Amália Rodrigues.
“A Fundação Amália Rodrigues é uma pessoa coletiva de direito privado e tipo fundacional sem fins lucrativos de solidariedade social e utilidade pública em geral, instituída por testamento de Amália Rodrigues, sua última vontade, exarado por escritura em 30 de Setembro de 1997 vindo a ser reconhecida em 25 de Janeiro de 2000 mediante a publicação na III Série do Diário da República n.º 38, de 15 de Fevereiro de 2000, através da Portaria n.º 281/2000.
Tem por missão auxiliar os mais desfavorecidos, instituições de beneficência ou de solidariedade social e nesse propósito, desenvolver todas as atividades que entender como adequadas à realização dos seus fins, sem nunca esquecer a vontade real ou presumível da sua fundadora.
Além do Presidente, a Fundação é constituída por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Conselho Geral, com competências definidas nos seus Estatutos publicados no Diário da República n.º 301, da III Série, de 29 de Dezembro de 1999.
Tem a sua sede na Rua de São Bento n.º 193, em Lisboa, onde funciona a Casa Museu Amália Rodrigues, aberta ao público para visitas todos os dias do ano exceto às segundas-feiras e Feriados.
Reconhecida de utilidade pública com efeitos retroativos à data do pedido, por despacho da Presidência do Conselho de Ministros, assinado pelo Senhor Primeiro-Ministro, José Sócrates, em 28.09.2007.
A Fundação Amália Rodrigues é detentora dos direitos de nome e imagem da fadista, gerindo este património imaterial com o objetivo de captar apoios e receitas para concretizar a ação de solidariedade social que, por testamento de Amália Rodrigues, constitui o objetivo nuclear da Fundação.
Para fazer jus a este desiderato, a Fundação promove e apoia exposições e eventos associados ao nome de Amália Rodrigues e ao Fado, publicações literárias, álbuns e registos fonográficos e videográficos, objetos de ornamentação e coleção (desde joalharia a artigos de consumo alimentar).”
Visitamos então esta casa do nº 193 na Rua de São Bento, carregada de história onde Amália Rodrigues viveu meio século e onde também veio a morrer em 1999 e que foi transformada em museu com o objetivo de preservar e dar a conhecer aos seus muitos admiradores todo o ambiente, os espaços e objetos que povoaram a vida da artista e são testemunho vivo da sua carreira e das suas vivências pessoais. A Casa-Museu teve algumas remodelações, mas houve o cuidado de manter quase tudo como Amália deixou.
No total, encontram-se expostas mais de 30 mil peças.

No hall, em lambril de azulejos com motivos florais do séc. XVIII, já podemos apreciar muitas obras de arte.
A sala de estar, em lambril de azulejos azuis com motivos florais do séc. XVIII, guarda algumas das peças mais preciosas, como uma guitarra e bandolim do século XIX, um piano, diversas medalhas e condecorações.
A sala de jantar encontra-se preparada para uma noite de festa, com a mesa posta, numa mobília, séc. XIX, entre muitas outras peças que a compõem e decoram.
No piso superior encontramos o espaço mais íntimo e pessoal, o quarto de dormir, onde estão expostos objetos como perfumes, vestidos, um xaile, sapatos e joias.
Na Ante-Câmara: encontramos diversos quadros; vitrina com joias de cena; objetos de adorno e em prata; espelho Império; cómoda D. Maria; arca com Gavetas e um Busto de Amália em bronze.
No Quarto de Amália: sobre a cama pintura italiana, séc. XVIII; cómoda folheada a pau santo D. José / D. Maria, fins do séc. XVIII; oratório português policromado, séc. XVII; quadro a óleo sobre cobre, com motivos religiosos; toucador onde Amália se maquilhava; e vestidos usados em espetáculos.
Para quem gosta da Amália e do Fado, vai gostar de fazer esta visita. Nós gostámos de a fazer. Fomos guiados pela amiga e confidente de Amália, Estrela, que ao longo da visita respondeu a todas as dúvidas, assim como também foi contando histórias da fadista. Esta visita proporcionou-nos a possibilidade de conhecer mais um pouco a vida de Amália, que se encontra presente em toda casa e em cada um dos objetos e do mobiliário que constituíram o seu dia-a-dia.

Cerca das 18H00, chegámos à Baixa lisboeta.
Ficámos pela Rua das Portas de Santo Antão, onde iríamos jantar e mais assistir ao espetáculo no Teatro Politeama, Grande Revista à Portuguesa.
Alguns dos companheiros de viagem, seguiram a minha escolha de jantar no Restaurante “O Churrasco”.
Quase em frente do Coliseu, é um dos restaurantes que frequento sempre que vou a Lisboa. E tal como o seu nome indica, a especialidade é o frango assado no espeto, apesar de se poderem escolher outras especialidades tais como: Amêijoas; Arroz de marisco; Enguias; Ensopado de Enguias; Lampreia; Peixe Grelhado; Bacalhau assado; Bacalhau à Tia Anica; Arroz de Tamboril; Entrecosto de Vaca na Brasa; Tachinho da Casa; Cabrito assado; Carne de porco à alentejana; Carnes grelhadas; Coelho; Costeleta de novilho; Frango assado; Javali…
A decoração interior apresenta as paredes revestidas a madeira, com alguns painéis de azulejo e quadros espalhados por todas elas. Mas a nossa escolha para o jantar foi na esplanada.
Como eu e a minha esposa já conhecemos o frango assado sempre fantástico, aconselhámos os nossos companheiros de mesa a escolher este prato. Todos aceitaram. De início os empregados perguntam sempre: Peito ou perna? Pessoalmente comecei pelo peito. Claro que para acompanhamento sugeri as batatas fritas às rodelas, estaladiças e saborosas. Também decidimos optar por acompanhar também com o esparregado. Como estava muito calor, uma bebida fresca estava a calhar: vinho branco.
Uns adereços não muito usuais enfeitam as mesas: taças de barro com um molho picante, que com um pequeno pincel constituem uma boa opção para "pincelar" o frango, no nosso caso.
Os frangos, assim outras iguarias, são assados no carvão à vista de quem passa, junto à montra que dá para a rua, por um empregado muito simpático e com uma mão mágica que confere aos seus assados um gostinho especial.
Não quero deixar de salientar o alto nível profissional dos restantes funcionários.
Tal como eu também os meus companheiros não saíram desiludidos deste restaurante e até prometeram voltar na próxima vez que se deslocarem a Lisboa.

Às 21H00, tal como foi combinado pelo nosso organizador, Tó Simões, estávamos em frente ao Teatro Politeama, onde nos foram distribuídos os bilhetes.
Às 21H30, em ponto como mandam as regras, teve início a "GRANDE REVISTA À PORTUGUESA".
Este ano o Teatro Politeama está a comemorar 100 anos de existência. Para assinalar este facto, Filipe La Féria propôs apresentar esta revista.
Também ao comemorar 20 anos, da apresentação do musical “Passa por mim no Rossio”, La Féria volta a este género tão querido do público português com este musical que passa em revista toda a atualidade do nosso País com crítica mordaz, humor, música e coreografias, numa produção que de certeza ficará na memória de todos os portugueses.
“A Grande Revista à Portuguesa” tem como principais intérpretes os populares atores João Baião, Marina Mota, Vanessa, Maria Vieira, Ricardo Castro e Rui Andrade, à frente de um grande elenco de atores, cantores, bailarinos e acrobatas tendo quinzenalmente uma nova atração que contará com a participação dos maiores cantores e cómicos do espetáculo em Portugal como Herman José, Maria Rueff, Anabela, Fernando Mendes, Joaquim Monchique entre muitos outros.
“A Grande Revista à Portuguesa” é uma mega-produção que homenageia o género mais genuíno do nosso Teatro num espetáculo que revisita o humor e a arte de ser português. Conta com um texto original de La Féria e figurinos de Costa Reis, convida os espetadores a uma viagem ao Portugal de hoje com todos os seus “heróis”, fantasmas e hilariantes situações e equívocos, que proporciona uma noite de gargalhadas num país deprimido e em crise.
Ao rirmos das nossas tragédias, rirmos de nós mesmos é um espetáculo sofisticado, digno dos maiores palcos do mundo, interpretado por grandes artistas e que recorre aos mais sofisticados meios tecnológicos de vídeo em leds.
“A Grande Revista à Portuguesa” será um espetáculo histórico que marcará uma nova fase no Teatro para o grande público sob a direção, a arte e o engenho de Filipe La Féria.

Tive assim a grande oportunidade te assistir a um grande espetáculo. Os textos são políticos, críticos, bem escritos.
Os cenários são fabulosos! O guarda-roupa é deslumbrante!
A Marina Mota é uma senhora! A sua elegância, o seu talento e a sua jovialidade, estão aqui patentes com toda a sua pujança.
O João Baião é um verdadeiro “animal” de palco: a sua entrega, a sua versatilidade, com uma garra que até “cansa”; é impensável vê-lo quieto; é difícil imaginar este musical sem ele.
A Maria Vieira é um “mini vulcão”: a sua criatividade, a sua emotividade, todo o seu talento, torna-se uma peça fundamental para o espetáculo ser completo.
O Ricardo Castro, com algumas intervenções notáveis. Penso que vai continuar a aumentar o seu talento e que será um dos grandes actores do futuro.
A Vanessa arrasou com a sua voz e as suas fabulosas interpretações: no sem-abrigo e na marionete; foi emocionante.
Não quero deixar de salientar também o nome de Filipe Albuquerque, uma grande voz e um grande talento que desperta e a considerar no futuro.
Grande corpo de baile, que nos cria momentos de sonho.
Parabéns a todo o elenco e todas as pessoas que ajudaram a por o espetáculo de pé.
Adorei o espetáculo e merece ser visto e revisto!
Este espetáculo globalmente é um sonho!
É um espetáculo imperdível!

PS: como não se pode obter fotos nos locais visitados, utilizei algumas resultantes de alguma pesquisa da net.