PASSEIO AO FESTIVAL DA CEREJA EM RESENDE
30 e 31 de Maio de 2009
Preambulo
Este é a primeira descrição que faço sobre os muitos passeios que já fizemos e que não tive oportunidade de aqui deixar os seus respectivos testemunhos.
Não quero nem devo iniciar o relato deste passeio, sem primeiro aqui destacar o seu organizador, o meu amigo Tó Simões. Já há alguns (bons) anos tenho o prazer de ter percorrido alguns (muitos) quilómetros, por terras de Portugal, Espanha, França e Inglaterra com ele e com muitos dos nossos companheiros de viagem que ainda hoje nos acompanham e outros que por diversas razões têm deixado de nos acompanhar. Sempre tudo organizado em todos os detalhes, sem falhas. Mais uma vez preparou este passeio com muita qualidade e dedicação, como já tem sido hábito. Tiveram início estes passeios com um objectivo: o de angariar fundos para a construção do Centro de Dia de Tavarede. Mais tarde o objectivo não menos nobre foi o de ajudar os cofres da Sociedade de Instrução Tavaredense, que como toda a gente sabe vive como outras associações de cultura e recreio sem o apoio devido, das entidades estatais e outras.
Dia 30
O dia começou para mim muito cedo. Até porque me deitei cerca das 02:00 horas da manhã, visto ter estado no jantar de aniversário da minha filha, a Vanda. Normalmente diria que acordei às 06:00 horas da manhã, mas derivado ao que disse atrás não sei se cheguei a adormecer. Bom, tínhamos que sair cedo para aproveitar bem o dia! A manhã estava linda, com uma temperatura amena, convidando ao passeio e adivinhando já um dia quente. Às 07:30horas estávamos a sair no autocarro, junto à Igreja de Tavarede, rumo à região paraíso das cerejeiras. Antes porém ainda fizemos um pequeno desvio pela Chã, para apanhar alguns companheiros de viagem que ali nos aguardavam. Mas ainda faltava um companheiro, o qual só na Tocha entrou, o Ti Valentim, o homem que com ele fez embarcar três esmerados leitões que fizeram as delícias ao nosso paladar e à vontade de comer, no almoço já muito perto de Resende.
09H00 – Mais coisa menos coisa, fizemos uma paragem “técnica” para tomar café, descansar e não só…
Alguns minutos depois seguimos viagem até Arouca. O nosso organizador Tó Simões, teve o cuidado, como é já habitual, de nos ler alguns trechos sobre a região e localidade que vamos visitar, o que enriquece os nossos conhecimentos e nos prepara para percebermos o que vamos encontrar. Neste caso Arouca, que é uma vila portuguesa da Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte e sub-região do Entre Douro e Vouga. O município é limitado a norte pelos municípios de Castelo de Paiva e Cinfães, a leste por Castro Daire, a leste e a sul por São Pedro do Sul, a sul por Vale de Cambra, a sudoeste por Oliveira de Azeméis e a noroeste por Santa Maria da Feira e por Gondomar. Doçaria conventual de Arouca: A doçaria conventual de Arouca é uma requintada doçaria monástica. Confeccionada pelas freiras, era considerada o ex-libris do convento, sendo com ela presenteadas as entidades civis e eclesiásticas consideradas merecedoras de proventos das reais monjas. Com a extinção das mesmas, a sua continuidade foi preservada através da sua criadagem e por transmissão familiar até aos presentes dias, apesar da dificuldade na obtenção das matérias-primas, utilizando os métodos ancestrais e o cariz e fórmulas primitivas. Entre os ingredientes utilizados, encontram-se os ovos, açúcar e amêndoas. São exemplos da doçaria conventual desta vila as castanhas doces, as roscas de amêndoa, as barrigas de freira, o manjar de língua, o pão de S. Bernardo, as morcelas e os charutos.
Património: Anta do Casal-Mau; Memorial de Santo António do Burgo ou Arco da Rainha Santa, Dólmen da Aliviada ou Mamoa 1 da Aliviada ou Dólmen pintado de Escariz; Mosteiro de Arouca ou Convento de Santa Maria ou Convento de Santa Mafalda ou Mosteiro de Santa Maria de Arouca e o túmulo de Santa Mafalda; Pelourinho de Trancoso; Aldeia de Drave ou Aldeia regional do Lugar de Drave; Pelourinho do Burgo (fragmentos); Calvário de Arouca, Púlpito de Arouca, Alminhas de Arouca; Capela da Santa Casa da Misericórdia ou Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arouca; Pelourinho de Arouca; Pelourinho de Cabeçais; Castro do Monte Valinhas; Igreja de São Miguel de Urrô.De todo este património escolhemos visitar o Mosteiro de Santa Maria de Arouca e o túmulo de Santa Mafalda. Em seguida, percorremos as ruelas empedradas desta vila até a um local também muito acarinhado pelos seus habitantes que é o Calvário. Tirei algumas fotos destes locais que muito apreciei.
Não quero deixar de salientar o Geoparque de Arouca, o qual não tivemos oportunidade de visitar, mas que um dia espero poder satisfazer minha curiosidade. Fica aqui um pequeno apontamento deste local para assim dar a conhecer aos leitores da sua existência.
Geoparque de Arouca: O futuro Geoparque Arouca pretende valorizar os bens geológicos presentes no concelho, como a paisagem de xisto e granito da Serra da Freita, a Frecha da Mizarela, as quedas de água do rio Paiva, os fósseis de trilobites do Ordovício, e os vestígios de extracção mineira do tempo romano. Pedras Parideiras: Fenómeno de granitização único no país e raríssimo no mundo inteiro. Situa-se em plena Serra da Freita, no lugar da Castanheira, próxima da famosa Frecha da Mijarela ou Mizarela. Ao que se sabe, idêntico fenómeno só será conhecido numa região da Ucrânia, na Rússia. Trata-se de um afloramento granítico que tem incrustados nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexo. As pedras parideiras são rochas graníticas com numerosos nódulos de coloração dourada que, em determinadas circunstâncias de temperatura, se destacam da rocha-mãe, jazendo então no solo às centenas. Na linguagem popular as pedras parem outras e daí o nome de pedras parideiras. Os nódulos com a forma de discos circulares ou medalhões, têm contornos bastante regulares, mais ou menos circulares, com superfície lisa e forma típica biconvexa. Este fenómeno atrai a este lugar muitos curiosos e alguns estudiosos. Dada a contínua delapidação das pedras parideiras, por muitos turistas que aí demandam, muitas das quais constituem os muros de vedação dos terrenos, a Câmara Municipal de Arouca, viu-se obrigada a vedar a principal área, onde este fenómeno era mais extenso.
Continuámos o nosso passeio por estradas que serpenteavam pelas margens do rio Douro.
E após alguns quilómetros e o muito calor que nesta altura já se fazia sentir (valeu-nos o ar condicionado do autocarro e a água que se ia consumindo), passámos por Castelo de Paiva.
É uma vila portuguesa no Distrito de Aveiro, região Norte e sub-região do Tâmega. O município é limitado a norte pelos municípios de Penafiel e Marco de Canaveses, a leste por Cinfães, a leste e a sul por Arouca e a oeste por Gondomar. Tradicionalmente rural, foi no passado marcado pela exploração carbonífera do Pejão. Em virtude de uma política municipal, orientada para a reconversão económica local, novas e modernas unidades fabris surgiram, em zonas industriais, devidamente infra-estruturadas e construídas para o efeito, destacando-se os investimentos nas áreas do calçado, têxtil, madeiras e mobiliário, metalomecânica e construção de roulottes e auto-caravanas, que trouxeram mais progresso e emprego para a região. Património: Monumento funerário do Sobral ou Marmoiral, Anta do Vale da Rua, Penedo de Vegide com duas sepulturas escavadas, Capela da Quinta de Vegide, Edifício da Cadeia ou Edifício dos antigos Paços do Concelho, Igreja de Santa Marinha ou Igreja Paroquial de Real, Casa da Quinta da Fisga ou Solar da Fisga, pátios e jardins, Fonte dos Jardins da Quinta da Boavista, Pelourinho de Raiva, Casa da Boavista e Quinta da Boavista integrando fonte.
E a estrada continuava…
CINFÃES - É uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Tâmega. O município é limitado a norte pelos municípios de Marco de Canaveses e Baião, a leste por Resende, a sul por Castro Daire e Arouca e a oeste por Castelo de Paiva. A origem do nome parece ter sido Cynfanes. A vila de Cintiles procederá de nome pessoal, no genitivo Cintilanis ou seja 'Cinfilanis villa'. A meio da vertente, que se empina do Montemuro ao rio Douro, surge o burgo, ufano dos seus ínclitos horizontes. O terreno é retalhado por minifúndios, em que cada um possuiu o seu campo. Propriedades com a respectiva casa, riais ou menos patriarcal, o que transmite ao concelho uns latejos de ancestralidade. Quase todas as casas estão viradas para o rio Douro, e enquanto umas se apresentam com fachadas nuas, outras carregam, com dignidade os respectivos brasões. Dos romanos ficaram as vilas de Cidadelhe. Património: Quer nas regiões altaneiras quer no vale surgem-nos locais que pelos materiais recolhidos em prospecção e em escavação nos sugerem uma ocupação pré-histórica do calcolitico e do bronze. Locais como Alto do Castelinho (Nespereira). Coroas (Ferreiros), Roda do Merouço (Nespereira) e Castelo Velho (Ervilhais. Nespereira) fornecem materiais como moinhos manuais oblongos e cerâmicas não torneadas que, por se encontrarem muito desidratadas pela exposição aos agentes erosivos, não permitem uma classificação segura. No Alto do Castelinho são ainda perceptíveis restos do amuralhado que certamente circundava o cabeço, já na Quinta da Cheira (Cidadelhe, Cinfães) foram exumados em contexto de escavação moinhos manuais, artefactos em sílex e materiais ceramológicos da idade do cobre e do bronze, associados a buracos de poste e a silos. De igual ou talvez superior importância seria o Castelo de S. Paio, na freguesia de S. Cristóvão de Nogueira. Implantado na linha dos 400 m, domina o vale e o curso do ribeiro com o mesmo nome até este se juntar ao Douro, perto da Barragem do Carrapatelo. O povoado desenvolveu-se em torno de um maciço rochoso que lhe servia de acrópole e ocuparia uma área vasta, a atender pela dispersão do material arqueológico. Só são visíveis pequenos troços de uma das muralhas, voltada a Norte. Há notícia de abundantes achados no aro deste povoado como bases, capitéis. Colunas de várias espessuras, silhares almofadados, um forno, moedas e inscrições, que pela sua qualidade e importância têm despertado a atenção de arqueólogos e de epigrafistas desde os inícios deste século.
Inicialmente estava marcado o almoço, pelas 13H00, no Restaurante “Bengalas”, em Resende. O nosso organizador entretanto já nos tinha informado de que tal não era possível visto o restaurante se encontrar encerrado por motivos de saúde da proprietária. Por isso, o Ti Valentim, que como já disse anteriormente, para além de ser um dos nossos companheiros de viagem também tinha feito embarcar com ele três magníficos leitões, que diga-se em abono da verdade, se têm portado lindamente durante toda a viagem!!!!.... Por isso durante uma boa parte desta etapa preocupámo-nos em tentar descobrir um local, aprazível, para podermos degustar os nossos tostadinhos e simpáticos companheiros. A fim de alguma procura conseguimos um pequeno espaço junto a um café (à sombra), para o tal já tão desejado almoço. Depois de nos satisfazermos enchendo as barriguinhas e aliviarmos um pouco as bexigas e não só, continuámos o nosso passeio agora já com o sentido das terras de Resende, onde chegámos após uma vintena de minutos. RESENDE: Coração do Douro - Estende-se na margem Sul do Douro entre os concelhos de Cinfães e Lamego numa extensão de cerca de 17 km. Divide uma área total de 122,7 km2 por 15 freguesias: Anreade, Cárquere, Feirão, Felgueiras, Freigil, Miomães, Ovadas, Panchorra, Paus, Resende, S. Cipriano, S. Romão, S. João de Fontoura, S. Martinho de Mouros e Barrô, que marca o início da Região Demarcada do Douro. O Concelho é essencialmente rural, com uma actividade baseada no cultivo de cereais, batata e produções de azeite, vinho e cereja. A cereja, que amadurece duas a três semanas mais cedo do que no resto da Europa, é considerada o ex-libris do concelho, ocupando uma posição de destaque na economia local. Com raízes anteriores à nacionalidade, doada a D. Egas Moniz por D. Afonso Henriques em 1130, foi durante a Idade Média uma das Honras mais respeitadas do reino. Uma população que continua a viver do que a terra oferece, num cenário que preserva a ruralidade, mas que acompanhou a história e guardou dela memórias grandiosas.Finalmente chegámos a Resende. Foi a primeira vez que visitei esta vila. O trânsito estava um pouco confuso pois estavam a chegar alguns outros autocarros e muitos automóveis ligeiros. Mesmo antes do nosso autocarro estacionar saímos rapidamente do mesmo. O Tó Simões marcou o tempo de 2 horas para podermos percorrer o recinto do Festival da Cereja. Logo sentimos o grande calor que se fazia sentir em Resende. As sombras do recinto eram os locais mais procurados, onde muita gente se refrescava e também saboreava cerejas. Haviam muitas cerejas, quilos e quilos de cerejas. Resende acolheu neste fim-de-semana de 30 e 31 de Maio o VIII Festival da Cereja onde toneladas de cereja foram disponibilizadas a preços especiais por cerca de 130 produtores e vendedores do concelho. Foi um fim-de-semana repleto de animação onde a rainha da festa foi a cereja. Foi uma oportunidade única de provar e adquirir as afamadas cerejas de Resende a preços especiais e ver a mostra de produtos artesanais ligados à cereja. Fazia tanto calor, que suponho muitas das cerejas estavam “cozidas”. Mas as pessoas não deixavam de as comprar e saborear. Muita gente por ali também assistia ao desfile dos ranchos folclóricos das diferentes freguesias de Resende que em cima de um palco faziam a sua exibição. Alguns de nós já um pouco cansados e com muita sede fomo-nos sentar num dos cafés que ali existiam, esperando pela hora que já não tardava para embarcarmos no nosso autocarro.
Por volta das 18H00 saímos de Resende rumo a Lamego.
Ufa! Que calor… Já no interior do autocarro é o paraíso. O ar condicionado era refrescante e agradável. E sem me aperceber dos quilómetros que se foram percorrendo chegámos a um local muito aprazível onde estavam várias pessoas que se refrescavam nas águas do rio Douro. Ali também encontrámos umas mesas com bancos, parecendo que estavam à nossa espera. Nosso jantar foi simples, mas bem gostoso. Comemos uns franguinhos assados que vieram da Figueira, não a voar mas deitadinhos numas covetes bem acondicionados. Fomos molhando as nossas gargantas com diversas bebidas que não estando muito frescas nos refrescaram do calor que ainda se fazia sentir por estas paragens.
Novamente nos acondicionámos no autocarro agora já com o rumo apontado para a cidade de Lamego, onde nos aguardava um quartinho que nos iria retemperar as forças para o dia seguinte.
O passeio levou-nos a serpentear por estradas bem integradas nesta zona.
Chegados a Lamego decidimos, como era ainda cedo e o sol ainda nos fazia companhia, ir visitar o Santuário da Senhora dos Remédios. A vista lá de cima era esplêndida. Tirei algumas fotografias. Alguns dos nossos companheiros de viagem (que ainda não estavam cansados) decidiram descer a escadaria. Já cá em baixo na avenida juntaram-se a nós. Em seguida fomos tomar conta dos nossos quartos na residencial SOLAR DA SÉ, onde pernoitámos.
A noite estava muito amena e convidava a um passeio. Apesar de cansados ainda não apetecia irmo-nos deitar. À saída da residencial eu e a minha esposa, encontrámo-nos com o senhor Rosado e sua esposa, que nos disseram que iam encomendar a famosas bolas de carne de Lamego. Aproveitámos a sugestão. Em seguida juntaram-se a nós a D. Maria da Luz, esposa do senhor Fadigas (este esteve ausente deste passeio por motivos particulares) e o casal Manuel e Isaura Curado. O nosso passeio levou-nos ao salão de chá onde se faziam as encomendas das ditas bolas. Ali saboreámos algumas fatias das mesmas acompanhadas com um cházinho muito saboroso que nos aconchegou as barriguinhas e nos preparou para uma noite descansada e reparadora para enfrentarmos a viagem do dia de amanhã. LAMEGO - Cidade e sede de concelho do distrito de Viseu, situa-se na margem esquerda do rio Balsemão, no sopé nordeste da serra de Montemuro, 12 km a sul do rio Douro. Povoação de origem muito remota era um núcleo muito importante e chegou a ser sede de bispado no período suevo (século VI) e visigótico. Foi reconquistada aos Mouros, a título definitivo, por Fernando Magno em 1057. No século XIII, Lamego era um importante centro administrativo e económico, em parte relacionado com a fixação de um significativo núcleo de judeus que se dedicavam ao trabalho de metais, comércio e mesmo medicina. O concelho de Lamego (164 Km2), de topografia bastante acidentada, entre a serra de Montemuro e o Douro, é essencialmente agrícola. Produz vinhos afamados, fruta, cereais e carnes, nomeadamente porcos, de que se faz o saboroso presunto. A cidade de Lamego, situada na zona vinhateira do Douro, conheceu um período de prosperidade (século XVIII a meados do XIX) ligado ao apogeu do vinho do Porto. Depois da filoxera e com a alteração dos circuitos comerciais, a cidade perdeu parte da função de entreposto, vivendo bastante da população flutuante que frequenta os estabelecimentos de ensino secundário e pela que presta serviço na importante unidade militar. Possui destilarias de aguardente e importantes caves vinícolas, que, inclusivamente, produzem um vinho espumante muito apreciado. Do ponto de vista monumental, a cidade é muito rica. A sé é um edifício muito antigo que foi sujeito a imensas e profundas alterações ao longo dos tempos. Da época medieval subsistem o castelo - o conjunto de muralhas, a torre de menagem quadrangular e a cisterna - e a igreja de Almacave, templo românico já fora dos muros. Dos finais do século XVI, princípios do XVII, embora com adornos interiores de talha barroca posteriores, são as igrejas de Santa Cruz e do Desterro . O período do Barroco é, de facto, o mais bem representado tanto na arquitectura civil - diversos palácios - como na religiosa. Merecem, no entanto, destaque o Paço Episcopal, hoje museu, e o Santuário da Senhora dos Remédios, situado na colina fronteira ao morro do castelo, com uma escadaria monumental e a igreja já rocaille, porque a construção, iniciada nos meados do século XVIII, se prolongou até ao XX.
Dia 31
09H00 – Saída de Lamego
Como a saída do autocarro estava prevista para as 9 horas, fui às 8,30 horas com alguns companheiros de viagem levantar as bolas já encomendadas no dia anterior. A manhã estava com uma temperatura tão agradável que convidava a um passeio. Mas as horas estavam a ficar apertadas e aquilo que poderia ser um passeio transformou-se quase numa corrida contra-relógio, pois as bolas tiveram um ligeiro atraso na sua preparação. Mas conseguiu-se cumprir o horário mesmo assim.
Iniciámos o nosso segundo dia de viagem, com os bons dias do nosso organizador e que nos foi dando umas dicas sobre o percurso de hoje. Após alguns quilómetros fizemos uma paragem “técnica”, para beber o café do meio da manhã e aliviar as bexigas. E o nosso passeio continuava com muita alegria e disposição.
Mas o ar condicionado do autocarro que já ontem se cansou de trabalhar por breves instantes, hoje parece que nos quer pregar uma partida. O nosso motorista lá vai dar um “toque” quando paramos o autocarro e lá se vai aguentando, mas…
Com a passagem dos quilómetros lá nos fomos aproximando de Tarouca. O percurso era curioso pois nos levaria a um conjunto de locais cistercienses. Locais estes que nos surpreenderam verdadeiramente pelas suas características peculiares.
TAROUCA - é uma cidade do Distrito de Viseu, Região Norte sub-região do Douro. É sede de um município, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Armamar, a leste por Moimenta da Beira, a sul por Vila Nova de Paiva, a sudoeste por Castro Daire e a noroeste por Lamego. Uma das 10 freguesias é denominada por Ucanha. Foi vila e sede de concelho até 1836, quando foi suprimido e anexado ao concelho de Mondim da Beira. A freguesia foi integrada no actual município em 1898. Na Ucanha nasceu o célebre filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos.
Foi aqui que entretanto tivemos o grato prazer de parar e de visitar a Torre e ponte gótica, que logo nos impressionou pelo lugar e pela originalidade, que quase não vale a pena tecer grandes comentários.A Torre de Ucanha está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910. A sua existência já vem documentada no século XII. D. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva de Egas Moniz, Teresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território de Ucanha. A Ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de uma estrada que passava ali perto. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei e foram os monges quem mais beneficiou da velha ponte, convertida em apreciável fonte de rendimento pelos direitos de portagem que seriam cobrados. Em 1324, D. Dinis pretendeu favorecer as gentes e vila de Castro Rei, concedendo-lhes o privilégio da passagem de Moimenta para Lamego, mas face à pressão dos frades de Salzedas, o rei confirmou tal privilégio a Ucanha.
E como o passeio não pode parar por aqui, o autocarro seguiu para Salzedas, que é uma das 10 freguesias do concelho de Tarouca. A freguesia de Salzedas é formada pelas povoações de Cortegada, Meixedo, Murganheira, Covais de Cima, Salzedas (Vila) e Vila Pouca. Situada na margem direita do rio Varosa tem como principal actividade a agricultura (azeite, vinho, baga de sabugueiro, milho, centeio, batata e árvores de fruto). A sua origem remonta ao século XII, tendo aí sido construído o Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Salzedas por ordem de D. Teresa Afonso, esposa de Egas Moniz. Chegou a ser um dos maiores e mais ricos mosteiros portugueses, detentor de uma biblioteca notável. Actualmente representa um ponto turístico onde se destaca o Mosteiro (monumento nacional), a antiga Judiaria (conjunto de casas da época medieval), os miradouros/Locais de Culto de Santa Bárbara e Senhora da Piedade e a ponte Românica de Vila Pouca, situada num dos locais mais pitorescos e recatados do rio Varosa.O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, pertencente à Ordem de Cister, data do século XII, e o seu espaço foi doado pela mulher de D. Egas Moniz. Sofreu obras de ampliação nos séculos XVI, XVII e XVIII, nomeadamente ao nível da fachada e dos claustros. No seu interior destacam-se as seguintes peças: Pinturas de Pascoal Parente (século XVIII), que seguem as gravuras seiscentistas de Arnoldus von Wasterhout; Pinturas(século XVI) atribuídas a Vasco Fernandes, representando S. Sebastião e Santo Antão, que faziam parte do antigo retábulo; Túmulos medievais dos primeiros condes de Marialva (D. Vasco Coutinho e mulher, e, D. João Coutinho); Órgão positivo de seis registos. Não quero deixar de observar, para as pessoas não tão cuidadosas no olhar que, são visíveis entre os dois pilares da nave, num arco em ogiva à esquerda do transepto e na abóbada de berço do tramo da capela colateral Norte, as marcas da existência de outras duas igrejas anteriores à actual. A fachada não é muito comum e os seus espaços interiores com aquele aspecto de ruínas peculiares inspiraram-nos uma simpatia muito grande.
Não muito longe deste mosteiro fomos confrontados com a existência de um pequeno troço da antiga judiaria de Salzedas. Fantástico!
E assim, com o passar dos quilómetros fomo-nos aproximando da hora de almoço onde chegámos à hora prevista, perto do meio-dia.
TABUAÇO - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, um município limitado a norte pelo município de Sabrosa, a leste por São João da Pesqueira, a sueste por Sernancelhe, a sudoeste por Moimenta da Beira e a oeste por Armamar. As raízes da vila de Tabuaço remontam a tempos mais velhos do que a própria nacionalidade portuguesa. Durante a Pré-História, vários foram os povos que aqui se instalaram e desenvolveram a sua acção, visível quer em ruínas de abrigos e castros, quer em vestígios de instrumentos de trabalho, como peças de cerâmica ou primitivos lagares e lagaretas de azeite e vinho. Mas, talvez a maior riqueza patrimonial de Tabuaço seja o seu património natural. Paisagem sem igual, forte nos seus contrastes entre a serra e o vale, entre os tons de verde e amarelo da vinha e os azuis da água e do céu, as encostas de vinhedos e socalcos a perder de vista ou as amendoeiras em flor, no início da Primavera, saúdam e fazem as maravilhas dos locais e dos visitantes.
Entre as 17 freguesias que integram o município de Tabuaço encontra-se a vila de Sendim, um dos locais agendados na nossa viagem para uma paragem para almoço por volta das 12 horas, na Adega Típica “A Tarraxa”, para degustar uma boa tábua de enchidos, queijos e não só. É um restaurante de ambiente familiar com comida caseira e gastronomia típica de Trás-os-Monte e Alto Douro. Ementa - Entradas: presunto, queijo, chouriça, salpicão. Pratos de Carne: Picanha e Javali. Sobremesas: mousse de ananás, arroz doce, doce de abóbora com requeijão.E o almoço lá aconteceu. Mas não posso deixar de dizer (e esta é a minha opinião) que a qualidade já não é a mesma desde que lá estive pela última vez. A dita tábua de enchidos e queijos, não trazia os mesmos sabores que eu tanto apreciei. O queijo não era desta região, mas sim dos Açores. Da última vez lembro-me que foram assados uns enchidos na lareira que existe na sala. Desta vez não apareceram os enchidos fossem lá assados onde fossem. Penso que o proprietário com a outra sala a funcionar se está a desleixar na qualidade. Mas no geral o almoço agradou. Ah, já me estava a esquecer de outro pormenor e este em relação às sobremesas. Só havia cerejas e os poucos pratitos de arroz doce que apareceram foi porque as pessoas perguntavam se não havia mais nada para além da fruta. Espero que para a próxima que por lá passarmos já esteja tudo melhor e que tenha sido apenas um dia complicado.
Continuámos o nosso passeio já a aproximarmo-nos do final. E eis que chegámos a outra localidade.
MOIMENTA DA BEIRA - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, sede de município é limitado a nordeste pelo município de Tabuaço, a sueste por Sernancelhe, a sul por Sátão, a oeste por Vila Nova de Paiva e Tarouca e a noroeste por Armamar. A localização geográfica do concelho de Moimenta da Beira, entre o vale do Douro, de clima tipicamente mediterrânico e as terras altas da Beira Alta, de clima de montanha, propicia a existência de comunidades vegetais e animais variadas. Famosa pela produção de vinho, de maçã, principalmente da espécie "bravo esmolfe", e, também, por ter sido o concelho onde Aquilino Ribeiro viveu em várias fases da sua vida, na pequena aldeia de Soutosa.
Na continuação do passeio parámos alguns quilómetros depois para saborear alguns sabores de queijos e presunto numa casa típica que também vendia estes produtos característicos da região. Mais uma vez embarcámos no autocarro que nos levaria à última paragem prevista.
AGUIAR DA BEIRA - é uma freguesia portuguesa do concelho de Aguiar da Beira, localizada a norte do concelho, a freguesia de Aguar da Beira tem por vizinhos as freguesias de Gradiz a norte, Sequeiros a leste, Souto de Aguiar da Beira a sueste, Valverde e Coruche a sul e Pinheiro a sudoeste e os concelhos de Sernancelhe e Sátão a noroeste. É a segunda freguesia do concelho em área, a mais populosa e também a segunda em densidade demográfica. Património - Pelourinho de Aguiar da Beira, Fonte Ameada, Torre Ameada.Não quero deixar de focar o trabalho de restauro que se viu por toda a parte. Dias Loureiro é filho desta terra e parece que não se esqueceu dela. Agora que se fala muito no BPN, talvez não seja descabido dizer que até a casa onde está situado o dito banco pertence à mãe do antigo político que é descrito a cima. Mais uma vez regressámos ao autocarro. Agora sem mais nenhuma paragem, passando apenas por:
PENALVA DO CASTELO - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região do Dão-Lafões, sede de município é limitado a norte pelo município de Sátão, a nordeste por Aguiar da Beira, a leste por Fornos de Algodres, a sul por Mangualde e a oeste por Viseu.
Por fim cansados mas felizes, por tudo ter corrido pelo melhor e pelo excelente convívio havido entre todos, chegámos à nossa terra. Como sempre as despedidas não são fáceis, sobretudo depois de dois dias bem passados, entre bons amigos, onde os momentos vividos, se irão perpetuar na memória de todos, tendo ficado a promessa de um novo encontro brevemente.
21H00 – Chegada a TAVAREDE
30 e 31 de Maio de 2009
Preambulo
Este é a primeira descrição que faço sobre os muitos passeios que já fizemos e que não tive oportunidade de aqui deixar os seus respectivos testemunhos.
Não quero nem devo iniciar o relato deste passeio, sem primeiro aqui destacar o seu organizador, o meu amigo Tó Simões. Já há alguns (bons) anos tenho o prazer de ter percorrido alguns (muitos) quilómetros, por terras de Portugal, Espanha, França e Inglaterra com ele e com muitos dos nossos companheiros de viagem que ainda hoje nos acompanham e outros que por diversas razões têm deixado de nos acompanhar. Sempre tudo organizado em todos os detalhes, sem falhas. Mais uma vez preparou este passeio com muita qualidade e dedicação, como já tem sido hábito. Tiveram início estes passeios com um objectivo: o de angariar fundos para a construção do Centro de Dia de Tavarede. Mais tarde o objectivo não menos nobre foi o de ajudar os cofres da Sociedade de Instrução Tavaredense, que como toda a gente sabe vive como outras associações de cultura e recreio sem o apoio devido, das entidades estatais e outras.
Dia 30
O dia começou para mim muito cedo. Até porque me deitei cerca das 02:00 horas da manhã, visto ter estado no jantar de aniversário da minha filha, a Vanda. Normalmente diria que acordei às 06:00 horas da manhã, mas derivado ao que disse atrás não sei se cheguei a adormecer. Bom, tínhamos que sair cedo para aproveitar bem o dia! A manhã estava linda, com uma temperatura amena, convidando ao passeio e adivinhando já um dia quente. Às 07:30horas estávamos a sair no autocarro, junto à Igreja de Tavarede, rumo à região paraíso das cerejeiras. Antes porém ainda fizemos um pequeno desvio pela Chã, para apanhar alguns companheiros de viagem que ali nos aguardavam. Mas ainda faltava um companheiro, o qual só na Tocha entrou, o Ti Valentim, o homem que com ele fez embarcar três esmerados leitões que fizeram as delícias ao nosso paladar e à vontade de comer, no almoço já muito perto de Resende.
09H00 – Mais coisa menos coisa, fizemos uma paragem “técnica” para tomar café, descansar e não só…
Alguns minutos depois seguimos viagem até Arouca. O nosso organizador Tó Simões, teve o cuidado, como é já habitual, de nos ler alguns trechos sobre a região e localidade que vamos visitar, o que enriquece os nossos conhecimentos e nos prepara para percebermos o que vamos encontrar. Neste caso Arouca, que é uma vila portuguesa da Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte e sub-região do Entre Douro e Vouga. O município é limitado a norte pelos municípios de Castelo de Paiva e Cinfães, a leste por Castro Daire, a leste e a sul por São Pedro do Sul, a sul por Vale de Cambra, a sudoeste por Oliveira de Azeméis e a noroeste por Santa Maria da Feira e por Gondomar. Doçaria conventual de Arouca: A doçaria conventual de Arouca é uma requintada doçaria monástica. Confeccionada pelas freiras, era considerada o ex-libris do convento, sendo com ela presenteadas as entidades civis e eclesiásticas consideradas merecedoras de proventos das reais monjas. Com a extinção das mesmas, a sua continuidade foi preservada através da sua criadagem e por transmissão familiar até aos presentes dias, apesar da dificuldade na obtenção das matérias-primas, utilizando os métodos ancestrais e o cariz e fórmulas primitivas. Entre os ingredientes utilizados, encontram-se os ovos, açúcar e amêndoas. São exemplos da doçaria conventual desta vila as castanhas doces, as roscas de amêndoa, as barrigas de freira, o manjar de língua, o pão de S. Bernardo, as morcelas e os charutos.
Património: Anta do Casal-Mau; Memorial de Santo António do Burgo ou Arco da Rainha Santa, Dólmen da Aliviada ou Mamoa 1 da Aliviada ou Dólmen pintado de Escariz; Mosteiro de Arouca ou Convento de Santa Maria ou Convento de Santa Mafalda ou Mosteiro de Santa Maria de Arouca e o túmulo de Santa Mafalda; Pelourinho de Trancoso; Aldeia de Drave ou Aldeia regional do Lugar de Drave; Pelourinho do Burgo (fragmentos); Calvário de Arouca, Púlpito de Arouca, Alminhas de Arouca; Capela da Santa Casa da Misericórdia ou Capela da Santa Casa da Misericórdia de Arouca; Pelourinho de Arouca; Pelourinho de Cabeçais; Castro do Monte Valinhas; Igreja de São Miguel de Urrô.De todo este património escolhemos visitar o Mosteiro de Santa Maria de Arouca e o túmulo de Santa Mafalda. Em seguida, percorremos as ruelas empedradas desta vila até a um local também muito acarinhado pelos seus habitantes que é o Calvário. Tirei algumas fotos destes locais que muito apreciei.
Não quero deixar de salientar o Geoparque de Arouca, o qual não tivemos oportunidade de visitar, mas que um dia espero poder satisfazer minha curiosidade. Fica aqui um pequeno apontamento deste local para assim dar a conhecer aos leitores da sua existência.
Geoparque de Arouca: O futuro Geoparque Arouca pretende valorizar os bens geológicos presentes no concelho, como a paisagem de xisto e granito da Serra da Freita, a Frecha da Mizarela, as quedas de água do rio Paiva, os fósseis de trilobites do Ordovício, e os vestígios de extracção mineira do tempo romano. Pedras Parideiras: Fenómeno de granitização único no país e raríssimo no mundo inteiro. Situa-se em plena Serra da Freita, no lugar da Castanheira, próxima da famosa Frecha da Mijarela ou Mizarela. Ao que se sabe, idêntico fenómeno só será conhecido numa região da Ucrânia, na Rússia. Trata-se de um afloramento granítico que tem incrustados nódulos envolvidos por uma capa de biotite em forma de disco biconvexo. As pedras parideiras são rochas graníticas com numerosos nódulos de coloração dourada que, em determinadas circunstâncias de temperatura, se destacam da rocha-mãe, jazendo então no solo às centenas. Na linguagem popular as pedras parem outras e daí o nome de pedras parideiras. Os nódulos com a forma de discos circulares ou medalhões, têm contornos bastante regulares, mais ou menos circulares, com superfície lisa e forma típica biconvexa. Este fenómeno atrai a este lugar muitos curiosos e alguns estudiosos. Dada a contínua delapidação das pedras parideiras, por muitos turistas que aí demandam, muitas das quais constituem os muros de vedação dos terrenos, a Câmara Municipal de Arouca, viu-se obrigada a vedar a principal área, onde este fenómeno era mais extenso.
Continuámos o nosso passeio por estradas que serpenteavam pelas margens do rio Douro.
E após alguns quilómetros e o muito calor que nesta altura já se fazia sentir (valeu-nos o ar condicionado do autocarro e a água que se ia consumindo), passámos por Castelo de Paiva.
É uma vila portuguesa no Distrito de Aveiro, região Norte e sub-região do Tâmega. O município é limitado a norte pelos municípios de Penafiel e Marco de Canaveses, a leste por Cinfães, a leste e a sul por Arouca e a oeste por Gondomar. Tradicionalmente rural, foi no passado marcado pela exploração carbonífera do Pejão. Em virtude de uma política municipal, orientada para a reconversão económica local, novas e modernas unidades fabris surgiram, em zonas industriais, devidamente infra-estruturadas e construídas para o efeito, destacando-se os investimentos nas áreas do calçado, têxtil, madeiras e mobiliário, metalomecânica e construção de roulottes e auto-caravanas, que trouxeram mais progresso e emprego para a região. Património: Monumento funerário do Sobral ou Marmoiral, Anta do Vale da Rua, Penedo de Vegide com duas sepulturas escavadas, Capela da Quinta de Vegide, Edifício da Cadeia ou Edifício dos antigos Paços do Concelho, Igreja de Santa Marinha ou Igreja Paroquial de Real, Casa da Quinta da Fisga ou Solar da Fisga, pátios e jardins, Fonte dos Jardins da Quinta da Boavista, Pelourinho de Raiva, Casa da Boavista e Quinta da Boavista integrando fonte.
E a estrada continuava…
CINFÃES - É uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Tâmega. O município é limitado a norte pelos municípios de Marco de Canaveses e Baião, a leste por Resende, a sul por Castro Daire e Arouca e a oeste por Castelo de Paiva. A origem do nome parece ter sido Cynfanes. A vila de Cintiles procederá de nome pessoal, no genitivo Cintilanis ou seja 'Cinfilanis villa'. A meio da vertente, que se empina do Montemuro ao rio Douro, surge o burgo, ufano dos seus ínclitos horizontes. O terreno é retalhado por minifúndios, em que cada um possuiu o seu campo. Propriedades com a respectiva casa, riais ou menos patriarcal, o que transmite ao concelho uns latejos de ancestralidade. Quase todas as casas estão viradas para o rio Douro, e enquanto umas se apresentam com fachadas nuas, outras carregam, com dignidade os respectivos brasões. Dos romanos ficaram as vilas de Cidadelhe. Património: Quer nas regiões altaneiras quer no vale surgem-nos locais que pelos materiais recolhidos em prospecção e em escavação nos sugerem uma ocupação pré-histórica do calcolitico e do bronze. Locais como Alto do Castelinho (Nespereira). Coroas (Ferreiros), Roda do Merouço (Nespereira) e Castelo Velho (Ervilhais. Nespereira) fornecem materiais como moinhos manuais oblongos e cerâmicas não torneadas que, por se encontrarem muito desidratadas pela exposição aos agentes erosivos, não permitem uma classificação segura. No Alto do Castelinho são ainda perceptíveis restos do amuralhado que certamente circundava o cabeço, já na Quinta da Cheira (Cidadelhe, Cinfães) foram exumados em contexto de escavação moinhos manuais, artefactos em sílex e materiais ceramológicos da idade do cobre e do bronze, associados a buracos de poste e a silos. De igual ou talvez superior importância seria o Castelo de S. Paio, na freguesia de S. Cristóvão de Nogueira. Implantado na linha dos 400 m, domina o vale e o curso do ribeiro com o mesmo nome até este se juntar ao Douro, perto da Barragem do Carrapatelo. O povoado desenvolveu-se em torno de um maciço rochoso que lhe servia de acrópole e ocuparia uma área vasta, a atender pela dispersão do material arqueológico. Só são visíveis pequenos troços de uma das muralhas, voltada a Norte. Há notícia de abundantes achados no aro deste povoado como bases, capitéis. Colunas de várias espessuras, silhares almofadados, um forno, moedas e inscrições, que pela sua qualidade e importância têm despertado a atenção de arqueólogos e de epigrafistas desde os inícios deste século.
Inicialmente estava marcado o almoço, pelas 13H00, no Restaurante “Bengalas”, em Resende. O nosso organizador entretanto já nos tinha informado de que tal não era possível visto o restaurante se encontrar encerrado por motivos de saúde da proprietária. Por isso, o Ti Valentim, que como já disse anteriormente, para além de ser um dos nossos companheiros de viagem também tinha feito embarcar com ele três magníficos leitões, que diga-se em abono da verdade, se têm portado lindamente durante toda a viagem!!!!.... Por isso durante uma boa parte desta etapa preocupámo-nos em tentar descobrir um local, aprazível, para podermos degustar os nossos tostadinhos e simpáticos companheiros. A fim de alguma procura conseguimos um pequeno espaço junto a um café (à sombra), para o tal já tão desejado almoço. Depois de nos satisfazermos enchendo as barriguinhas e aliviarmos um pouco as bexigas e não só, continuámos o nosso passeio agora já com o sentido das terras de Resende, onde chegámos após uma vintena de minutos. RESENDE: Coração do Douro - Estende-se na margem Sul do Douro entre os concelhos de Cinfães e Lamego numa extensão de cerca de 17 km. Divide uma área total de 122,7 km2 por 15 freguesias: Anreade, Cárquere, Feirão, Felgueiras, Freigil, Miomães, Ovadas, Panchorra, Paus, Resende, S. Cipriano, S. Romão, S. João de Fontoura, S. Martinho de Mouros e Barrô, que marca o início da Região Demarcada do Douro. O Concelho é essencialmente rural, com uma actividade baseada no cultivo de cereais, batata e produções de azeite, vinho e cereja. A cereja, que amadurece duas a três semanas mais cedo do que no resto da Europa, é considerada o ex-libris do concelho, ocupando uma posição de destaque na economia local. Com raízes anteriores à nacionalidade, doada a D. Egas Moniz por D. Afonso Henriques em 1130, foi durante a Idade Média uma das Honras mais respeitadas do reino. Uma população que continua a viver do que a terra oferece, num cenário que preserva a ruralidade, mas que acompanhou a história e guardou dela memórias grandiosas.Finalmente chegámos a Resende. Foi a primeira vez que visitei esta vila. O trânsito estava um pouco confuso pois estavam a chegar alguns outros autocarros e muitos automóveis ligeiros. Mesmo antes do nosso autocarro estacionar saímos rapidamente do mesmo. O Tó Simões marcou o tempo de 2 horas para podermos percorrer o recinto do Festival da Cereja. Logo sentimos o grande calor que se fazia sentir em Resende. As sombras do recinto eram os locais mais procurados, onde muita gente se refrescava e também saboreava cerejas. Haviam muitas cerejas, quilos e quilos de cerejas. Resende acolheu neste fim-de-semana de 30 e 31 de Maio o VIII Festival da Cereja onde toneladas de cereja foram disponibilizadas a preços especiais por cerca de 130 produtores e vendedores do concelho. Foi um fim-de-semana repleto de animação onde a rainha da festa foi a cereja. Foi uma oportunidade única de provar e adquirir as afamadas cerejas de Resende a preços especiais e ver a mostra de produtos artesanais ligados à cereja. Fazia tanto calor, que suponho muitas das cerejas estavam “cozidas”. Mas as pessoas não deixavam de as comprar e saborear. Muita gente por ali também assistia ao desfile dos ranchos folclóricos das diferentes freguesias de Resende que em cima de um palco faziam a sua exibição. Alguns de nós já um pouco cansados e com muita sede fomo-nos sentar num dos cafés que ali existiam, esperando pela hora que já não tardava para embarcarmos no nosso autocarro.
Por volta das 18H00 saímos de Resende rumo a Lamego.
Ufa! Que calor… Já no interior do autocarro é o paraíso. O ar condicionado era refrescante e agradável. E sem me aperceber dos quilómetros que se foram percorrendo chegámos a um local muito aprazível onde estavam várias pessoas que se refrescavam nas águas do rio Douro. Ali também encontrámos umas mesas com bancos, parecendo que estavam à nossa espera. Nosso jantar foi simples, mas bem gostoso. Comemos uns franguinhos assados que vieram da Figueira, não a voar mas deitadinhos numas covetes bem acondicionados. Fomos molhando as nossas gargantas com diversas bebidas que não estando muito frescas nos refrescaram do calor que ainda se fazia sentir por estas paragens.
Novamente nos acondicionámos no autocarro agora já com o rumo apontado para a cidade de Lamego, onde nos aguardava um quartinho que nos iria retemperar as forças para o dia seguinte.
O passeio levou-nos a serpentear por estradas bem integradas nesta zona.
Chegados a Lamego decidimos, como era ainda cedo e o sol ainda nos fazia companhia, ir visitar o Santuário da Senhora dos Remédios. A vista lá de cima era esplêndida. Tirei algumas fotografias. Alguns dos nossos companheiros de viagem (que ainda não estavam cansados) decidiram descer a escadaria. Já cá em baixo na avenida juntaram-se a nós. Em seguida fomos tomar conta dos nossos quartos na residencial SOLAR DA SÉ, onde pernoitámos.
A noite estava muito amena e convidava a um passeio. Apesar de cansados ainda não apetecia irmo-nos deitar. À saída da residencial eu e a minha esposa, encontrámo-nos com o senhor Rosado e sua esposa, que nos disseram que iam encomendar a famosas bolas de carne de Lamego. Aproveitámos a sugestão. Em seguida juntaram-se a nós a D. Maria da Luz, esposa do senhor Fadigas (este esteve ausente deste passeio por motivos particulares) e o casal Manuel e Isaura Curado. O nosso passeio levou-nos ao salão de chá onde se faziam as encomendas das ditas bolas. Ali saboreámos algumas fatias das mesmas acompanhadas com um cházinho muito saboroso que nos aconchegou as barriguinhas e nos preparou para uma noite descansada e reparadora para enfrentarmos a viagem do dia de amanhã. LAMEGO - Cidade e sede de concelho do distrito de Viseu, situa-se na margem esquerda do rio Balsemão, no sopé nordeste da serra de Montemuro, 12 km a sul do rio Douro. Povoação de origem muito remota era um núcleo muito importante e chegou a ser sede de bispado no período suevo (século VI) e visigótico. Foi reconquistada aos Mouros, a título definitivo, por Fernando Magno em 1057. No século XIII, Lamego era um importante centro administrativo e económico, em parte relacionado com a fixação de um significativo núcleo de judeus que se dedicavam ao trabalho de metais, comércio e mesmo medicina. O concelho de Lamego (164 Km2), de topografia bastante acidentada, entre a serra de Montemuro e o Douro, é essencialmente agrícola. Produz vinhos afamados, fruta, cereais e carnes, nomeadamente porcos, de que se faz o saboroso presunto. A cidade de Lamego, situada na zona vinhateira do Douro, conheceu um período de prosperidade (século XVIII a meados do XIX) ligado ao apogeu do vinho do Porto. Depois da filoxera e com a alteração dos circuitos comerciais, a cidade perdeu parte da função de entreposto, vivendo bastante da população flutuante que frequenta os estabelecimentos de ensino secundário e pela que presta serviço na importante unidade militar. Possui destilarias de aguardente e importantes caves vinícolas, que, inclusivamente, produzem um vinho espumante muito apreciado. Do ponto de vista monumental, a cidade é muito rica. A sé é um edifício muito antigo que foi sujeito a imensas e profundas alterações ao longo dos tempos. Da época medieval subsistem o castelo - o conjunto de muralhas, a torre de menagem quadrangular e a cisterna - e a igreja de Almacave, templo românico já fora dos muros. Dos finais do século XVI, princípios do XVII, embora com adornos interiores de talha barroca posteriores, são as igrejas de Santa Cruz e do Desterro . O período do Barroco é, de facto, o mais bem representado tanto na arquitectura civil - diversos palácios - como na religiosa. Merecem, no entanto, destaque o Paço Episcopal, hoje museu, e o Santuário da Senhora dos Remédios, situado na colina fronteira ao morro do castelo, com uma escadaria monumental e a igreja já rocaille, porque a construção, iniciada nos meados do século XVIII, se prolongou até ao XX.
Dia 31
09H00 – Saída de Lamego
Como a saída do autocarro estava prevista para as 9 horas, fui às 8,30 horas com alguns companheiros de viagem levantar as bolas já encomendadas no dia anterior. A manhã estava com uma temperatura tão agradável que convidava a um passeio. Mas as horas estavam a ficar apertadas e aquilo que poderia ser um passeio transformou-se quase numa corrida contra-relógio, pois as bolas tiveram um ligeiro atraso na sua preparação. Mas conseguiu-se cumprir o horário mesmo assim.
Iniciámos o nosso segundo dia de viagem, com os bons dias do nosso organizador e que nos foi dando umas dicas sobre o percurso de hoje. Após alguns quilómetros fizemos uma paragem “técnica”, para beber o café do meio da manhã e aliviar as bexigas. E o nosso passeio continuava com muita alegria e disposição.
Mas o ar condicionado do autocarro que já ontem se cansou de trabalhar por breves instantes, hoje parece que nos quer pregar uma partida. O nosso motorista lá vai dar um “toque” quando paramos o autocarro e lá se vai aguentando, mas…
Com a passagem dos quilómetros lá nos fomos aproximando de Tarouca. O percurso era curioso pois nos levaria a um conjunto de locais cistercienses. Locais estes que nos surpreenderam verdadeiramente pelas suas características peculiares.
TAROUCA - é uma cidade do Distrito de Viseu, Região Norte sub-região do Douro. É sede de um município, subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Armamar, a leste por Moimenta da Beira, a sul por Vila Nova de Paiva, a sudoeste por Castro Daire e a noroeste por Lamego. Uma das 10 freguesias é denominada por Ucanha. Foi vila e sede de concelho até 1836, quando foi suprimido e anexado ao concelho de Mondim da Beira. A freguesia foi integrada no actual município em 1898. Na Ucanha nasceu o célebre filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos.
Foi aqui que entretanto tivemos o grato prazer de parar e de visitar a Torre e ponte gótica, que logo nos impressionou pelo lugar e pela originalidade, que quase não vale a pena tecer grandes comentários.A Torre de Ucanha está classificada pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910. A sua existência já vem documentada no século XII. D. Afonso Henriques doou, em 1163, à viúva de Egas Moniz, Teresa Afonso, o couto de Algeriz, acrescentando-lhe o território de Ucanha. A Ponte deve ter sido construída pelos romanos, no seguimento de uma estrada que passava ali perto. Teresa Afonso, fundadora do Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, doou ao convento o couto que recebera do rei e foram os monges quem mais beneficiou da velha ponte, convertida em apreciável fonte de rendimento pelos direitos de portagem que seriam cobrados. Em 1324, D. Dinis pretendeu favorecer as gentes e vila de Castro Rei, concedendo-lhes o privilégio da passagem de Moimenta para Lamego, mas face à pressão dos frades de Salzedas, o rei confirmou tal privilégio a Ucanha.
E como o passeio não pode parar por aqui, o autocarro seguiu para Salzedas, que é uma das 10 freguesias do concelho de Tarouca. A freguesia de Salzedas é formada pelas povoações de Cortegada, Meixedo, Murganheira, Covais de Cima, Salzedas (Vila) e Vila Pouca. Situada na margem direita do rio Varosa tem como principal actividade a agricultura (azeite, vinho, baga de sabugueiro, milho, centeio, batata e árvores de fruto). A sua origem remonta ao século XII, tendo aí sido construído o Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Salzedas por ordem de D. Teresa Afonso, esposa de Egas Moniz. Chegou a ser um dos maiores e mais ricos mosteiros portugueses, detentor de uma biblioteca notável. Actualmente representa um ponto turístico onde se destaca o Mosteiro (monumento nacional), a antiga Judiaria (conjunto de casas da época medieval), os miradouros/Locais de Culto de Santa Bárbara e Senhora da Piedade e a ponte Românica de Vila Pouca, situada num dos locais mais pitorescos e recatados do rio Varosa.O Mosteiro de Santa Maria de Salzedas, pertencente à Ordem de Cister, data do século XII, e o seu espaço foi doado pela mulher de D. Egas Moniz. Sofreu obras de ampliação nos séculos XVI, XVII e XVIII, nomeadamente ao nível da fachada e dos claustros. No seu interior destacam-se as seguintes peças: Pinturas de Pascoal Parente (século XVIII), que seguem as gravuras seiscentistas de Arnoldus von Wasterhout; Pinturas(século XVI) atribuídas a Vasco Fernandes, representando S. Sebastião e Santo Antão, que faziam parte do antigo retábulo; Túmulos medievais dos primeiros condes de Marialva (D. Vasco Coutinho e mulher, e, D. João Coutinho); Órgão positivo de seis registos. Não quero deixar de observar, para as pessoas não tão cuidadosas no olhar que, são visíveis entre os dois pilares da nave, num arco em ogiva à esquerda do transepto e na abóbada de berço do tramo da capela colateral Norte, as marcas da existência de outras duas igrejas anteriores à actual. A fachada não é muito comum e os seus espaços interiores com aquele aspecto de ruínas peculiares inspiraram-nos uma simpatia muito grande.
Não muito longe deste mosteiro fomos confrontados com a existência de um pequeno troço da antiga judiaria de Salzedas. Fantástico!
E assim, com o passar dos quilómetros fomo-nos aproximando da hora de almoço onde chegámos à hora prevista, perto do meio-dia.
TABUAÇO - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, um município limitado a norte pelo município de Sabrosa, a leste por São João da Pesqueira, a sueste por Sernancelhe, a sudoeste por Moimenta da Beira e a oeste por Armamar. As raízes da vila de Tabuaço remontam a tempos mais velhos do que a própria nacionalidade portuguesa. Durante a Pré-História, vários foram os povos que aqui se instalaram e desenvolveram a sua acção, visível quer em ruínas de abrigos e castros, quer em vestígios de instrumentos de trabalho, como peças de cerâmica ou primitivos lagares e lagaretas de azeite e vinho. Mas, talvez a maior riqueza patrimonial de Tabuaço seja o seu património natural. Paisagem sem igual, forte nos seus contrastes entre a serra e o vale, entre os tons de verde e amarelo da vinha e os azuis da água e do céu, as encostas de vinhedos e socalcos a perder de vista ou as amendoeiras em flor, no início da Primavera, saúdam e fazem as maravilhas dos locais e dos visitantes.
Entre as 17 freguesias que integram o município de Tabuaço encontra-se a vila de Sendim, um dos locais agendados na nossa viagem para uma paragem para almoço por volta das 12 horas, na Adega Típica “A Tarraxa”, para degustar uma boa tábua de enchidos, queijos e não só. É um restaurante de ambiente familiar com comida caseira e gastronomia típica de Trás-os-Monte e Alto Douro. Ementa - Entradas: presunto, queijo, chouriça, salpicão. Pratos de Carne: Picanha e Javali. Sobremesas: mousse de ananás, arroz doce, doce de abóbora com requeijão.E o almoço lá aconteceu. Mas não posso deixar de dizer (e esta é a minha opinião) que a qualidade já não é a mesma desde que lá estive pela última vez. A dita tábua de enchidos e queijos, não trazia os mesmos sabores que eu tanto apreciei. O queijo não era desta região, mas sim dos Açores. Da última vez lembro-me que foram assados uns enchidos na lareira que existe na sala. Desta vez não apareceram os enchidos fossem lá assados onde fossem. Penso que o proprietário com a outra sala a funcionar se está a desleixar na qualidade. Mas no geral o almoço agradou. Ah, já me estava a esquecer de outro pormenor e este em relação às sobremesas. Só havia cerejas e os poucos pratitos de arroz doce que apareceram foi porque as pessoas perguntavam se não havia mais nada para além da fruta. Espero que para a próxima que por lá passarmos já esteja tudo melhor e que tenha sido apenas um dia complicado.
Continuámos o nosso passeio já a aproximarmo-nos do final. E eis que chegámos a outra localidade.
MOIMENTA DA BEIRA - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, Região Norte e sub-região do Douro, sede de município é limitado a nordeste pelo município de Tabuaço, a sueste por Sernancelhe, a sul por Sátão, a oeste por Vila Nova de Paiva e Tarouca e a noroeste por Armamar. A localização geográfica do concelho de Moimenta da Beira, entre o vale do Douro, de clima tipicamente mediterrânico e as terras altas da Beira Alta, de clima de montanha, propicia a existência de comunidades vegetais e animais variadas. Famosa pela produção de vinho, de maçã, principalmente da espécie "bravo esmolfe", e, também, por ter sido o concelho onde Aquilino Ribeiro viveu em várias fases da sua vida, na pequena aldeia de Soutosa.
Na continuação do passeio parámos alguns quilómetros depois para saborear alguns sabores de queijos e presunto numa casa típica que também vendia estes produtos característicos da região. Mais uma vez embarcámos no autocarro que nos levaria à última paragem prevista.
AGUIAR DA BEIRA - é uma freguesia portuguesa do concelho de Aguiar da Beira, localizada a norte do concelho, a freguesia de Aguar da Beira tem por vizinhos as freguesias de Gradiz a norte, Sequeiros a leste, Souto de Aguiar da Beira a sueste, Valverde e Coruche a sul e Pinheiro a sudoeste e os concelhos de Sernancelhe e Sátão a noroeste. É a segunda freguesia do concelho em área, a mais populosa e também a segunda em densidade demográfica. Património - Pelourinho de Aguiar da Beira, Fonte Ameada, Torre Ameada.Não quero deixar de focar o trabalho de restauro que se viu por toda a parte. Dias Loureiro é filho desta terra e parece que não se esqueceu dela. Agora que se fala muito no BPN, talvez não seja descabido dizer que até a casa onde está situado o dito banco pertence à mãe do antigo político que é descrito a cima. Mais uma vez regressámos ao autocarro. Agora sem mais nenhuma paragem, passando apenas por:
PENALVA DO CASTELO - é uma vila portuguesa no Distrito de Viseu, região Centro e sub-região do Dão-Lafões, sede de município é limitado a norte pelo município de Sátão, a nordeste por Aguiar da Beira, a leste por Fornos de Algodres, a sul por Mangualde e a oeste por Viseu.
Por fim cansados mas felizes, por tudo ter corrido pelo melhor e pelo excelente convívio havido entre todos, chegámos à nossa terra. Como sempre as despedidas não são fáceis, sobretudo depois de dois dias bem passados, entre bons amigos, onde os momentos vividos, se irão perpetuar na memória de todos, tendo ficado a promessa de um novo encontro brevemente.
21H00 – Chegada a TAVAREDE
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