domingo, 10 de outubro de 2010

VIAGEM DE SONHO

PASSEIO À ILHA DA MADEIRA


Este é o relato dos dias de visita que realizei à Ilha da Madeira, juntamente com a minha esposa e com outros 50 amigos, cuja organização foi da responsabilidade do amigo António Simões. Mais uma vez está de parabéns pela maneira impecável como correu esta viagem, sem falhas, onde não faltou o respeito mútuo, a alegria, o convívio e a boa disposição.

Pensei fazer um relato mais ou menos pormenorizado deste maravilhoso passeio mas foi tanta coisa bonita que vi (que vimos), que se iria tornar fastidioso e nunca seria fiel ao que os olhos viram e o coração sentiu. Optei por escrever alguns breves tópicos, acompanhados por fotografias.

Dia 1/10/2010: Às 03H00 da manhã, juntámo-nos aos outros companheiros de viagem no Largo da Igreja de Tavarede, onde já se encontrava o autocarro da AVIC, que nos transportou até ao Aeroporto de Lisboa. Após o Check-in, embarcámos no avião, um Airbus A320: Comprimento: 37,57m; Envergadura: 34,10m; Passageiros: 161.




A chegada ao Aeroporto do Funchal deu-se às 09H30. Já lá se encontrava um autocarro, cujo motorista o senhor João Rodrigues, que para além de nos transportar até ao Hotel Apartamentos da Sé, onde deixámos a bagagem e tomámos conta dos quartos, ainda nos acompanhou ao longo dos dias que por ali viajámos. O senhor João Rodrigues, um madeirense de gema, morador no Caniço um lugar que fica entre o Aeroporto de Santa Maria e o Funchal, facto que ele fez questão de nos dizer quando por lá passámos, não se esquecendo de mostrar o prédio onde habitava. A simplicidade deste senhor era enorme e logo com grande simpatia nos ia informando do que nos era necessário, num sotaque que aperta e contrai as vogais, para que a nossa estadia fosse bastante proveitosa. Até nos disse que conhecia a Figueira da Foz, pois já cá tinha estado a cumprir o serviço militar em 1972, no quartel CICA2.
Fomos então visitar o Mercado Típico dos Lavradores onde se encontra um pouco de tudo, desde flores, vegetais, fruta e até algumas especialidades da gastronomia regional tais como o bolo do caco, não esquecendo também o peixe. As vendedeiras vestidas a rigor com os seus fatos típicos vendem aos turistas próteas, antúrios e estrelícias, entre muitas outras flores.



De tarde embarcámos num autocarro descapotável para um TOUR PANORÂMICO DA CIDADE DO FUNCHAL. Este demorou cerca de 3 horas e foi muito interessante, com o seguinte percurso: Avenida do Mar, Teleférico, Rua 31 de Janeiro (Praça Autonomia), Madeira Wine Institute, Avenida Arriaga, Madeira Casino, Quinta Magnólia, Hotel Madeira Panorâmico, Hotel Regency Palace, Fórum Madeira, Hotel Alto Lido, Lido Gardens, Hotel Porto Mare, Hotel Gorgulho, Hotel Cliff Bay e Hotel Reid’s.





Dia 2/10/2010: Às 7H00 já estávamos a tomar o pequeno-almoço, e às 8H00 já no autocarro, conduzido pelo senhor João Rodrigues, iniciámos o nosso segundo dia de visita à Madeira. O nosso passeio decorreu por diversas povoações, maravilhámo-nos com paisagens deslumbrantes nesta natureza pródiga, de odores a mar e flores numa mistura inebriante: Serra de Água, Encumeada, Paul da Serra, S. Vicente, S. Jorge, Ponta Delgada, Seixal, Ribeira da Janela, Porto Moniz, Achadas da Cruz, Ponta do Pargo, Fajã da Ovelha, Paúl do Mar, Calheta, Ponta do Sol, Ribeira Brava, Cabo Girão, Câmara de Lobos, entre outras mais por onde passámos.






O almoço foi em Porto Moniz, no Restaurante “A Orca”, onde entre outros petiscos o prato principal foi constituído por “ESPADA”, em deliciosos filetes cobertos por banana frita e semilhas cozidas (batatas para os continentais).







Em Câmara de Lobos, vila piscatória, ouvimos a história da pesca do peixe-espada preto, a qual está associada à PONCHA, uma mistura de aguardente de cana com mel e limão. Para além da “Poncha” também saboreámos outras bebidas tradicionais tais como a “Nikita” e a “Pé de Cabra”.
Visitámos o Cabo Girão, o promontório mais alto da Europa e o segundo maior do mundo, que se ergue sobre o mar do alto dos seus seiscentos e tal metros.

Dia 3/10/2010: Finalmente conseguimos acordar e tomar o pequeno-almoço mais tarde, pelas 9H30. Como este dia era livre, eu e a minha esposa optámos por percorrer alguns locais do Funchal, alguns dos quais antigos, mas com as suas fachadas e as próprias casas muito cuidadas e com as praças, pracetas e recantos muito agradáveis. Todos os locais estão emoldurados por árvores, que muito admirei, como os jacarandás e as sumaúmas. São inúmeros os jardins, com muitas flores e espécies de árvores diferentes das que estamos habituados a ver no continente.

Durante o nosso passeio fomos visitar a Igreja do Colégio de São João Evangelista, que pela sua magnitude e riqueza, aconselho a todos a sua visita obrigatória. Mas o sino da Sé Catedral não nos deixou esquecer que a missa dominical estava a terminar e que tínhamos combinado com alguns dos nossos companheiros encontrarmo-nos à saída para o almoço. Ali nos juntámos ao Tó Simões e aos casais Manuel e Rosa Margato e Manuel e Isaura Curado.

Para retemperar as forças e como já estava na hora fomos almoçar o que aconteceu desta vez no Restaurante “O Violino”, entre outras coisas começámos pelas entradas: Lapas grelhadas e Pão do Caco com manteiga de alho, como prato principal Espetadas Regionais. Já retemperados fomos apanhar um autocarro que nos levou para o Jardim Botânico, que se tornou realidade em 1960. Situado a cerca de 3 km do centro do Funchal, na Quinta do Bom Sucesso, apresenta condições para uma vegetação exuberante. Por todo o jardim são observáveis formas harmoniosas e cores contrastantes, onde podem ser vistas mais de 2000 plantas.

Depois da visita ao Jardim Botânico, apanhámos o teleférico e subimos até ao Monte descobrindo uma paisagem deslumbrante e mais lá do alto podemos apreciar a fantástica beleza desta luxuriante ilha, nesta viagem inesquecível, que termina na estação do Monte no Largo das Babosas. Vale a pena conhecer e desfrutar das paisagens maravilhosas que a Ilha da Madeira oferece, entre vales, montes, habitações pitorescas, uma vegetação luxuriante, vistas de um local privilegiado. Apenas um senão, a Igreja de Nossa Senhora do Monte estava fechada, ficamos desolados. Depois de nos refrescarmos fizemos a viagem de regresso num autocarro de carreira que nos trouxe até à baixa do Funchal, cujo percurso foi feito com rapidez e grande perícia do motorista, por aquelas encostas abaixo.



Dia 4/10/2010: Novamente acordámos cedo pois o passeio deste dia constava de um percurso demorado: Monte, Pico do Areeiro, Pico Ruivo, S. Jorge, Santana, Faial, Ribeiro Frio, Sto. António da Serra, Camacha, Machico, Ponta de S. Lourenço, entre outros locais que visitámos. O Almoço foi em Santana no Hotel Restaurante “O Colmo”, cujo prato principal foram os filetes de “Espada”.

Santana é das zonas turísticas mais emblemáticas da ilha da Madeira a nível turístico. Tudo porque as casas onde as suas gentes viviam, em maior número, noutros tempos, acabaram por resultar num cartaz por excelência do destino. São casas em triângulo e cobertas de palha.
Na Eira do Cerrado, a vista é de quase 500 metros a pique até à vila do Curral das Freiras. Outrora, o centro da cratera do vulcão, a vila é um dos poucos locais da Madeira onde não se contempla o mar. A comunidade local vive cercada de montanhas e de verde mas o túnel que agora lhe dá acesso veio melhorar a estradita antiga recortada em curvas e contracurvas apertadas.
Ribeiro Frio é um parque natural localizado num vale profundo do norte da ilha rodeado de montanhas. É uma paragem popular entre locais e turistas devido às piscinas de cultura de truta e fascinantes trilhos na natureza, ideais para quem gosta dum passeio tranquilo.

A Ponta de São Lourenço é a ponta mais a leste da Madeira e é uma reserva natural com vistas panorâmicas do Oceano Atlântico e de espectaculares formações rochosas; é uma paisagem única muito diferente do resto da ilha.
Deste ponto avista-se o aeroporto de Santa Maria. A viagem estava quase a chegar ao fim. O Funchal foi o nosso destino.

Dia 5/10/2010: 6H00 da manhã. Tocou o telefone para acordarmos. 7H30, saímos do Hotel para o autocarro que nos levou para o aeroporto. 10H00, saída do Funchal. 11H30 chegada a Lisboa.
O autocarro da AVIC, já nos aguardava, conduzida pelo motorista já nosso conhecido Magalhães. O almoço já nos esperava no Restaurante “A Valenciana”. O passeio já estava na etapa final. No caminho para a Figueira passámos pela zona do Bombarral, para visitar a Quinta dos Loridos.




A Quinta dos Loridos é um bonito Solar, situado na freguesia do Carvalhal, concelho do Bombarral. Outrora, estas terras foram pertença do Mosteiro de Alcobaça, que as doou a João Annes Lourido, em 1430. No século XVI a família Sanches de Baena reconstruiu este Solar que é hoje um belo exemplo da nobre arquitectura rural do século XVIII, ostentando o orgulhoso brasão da família Sanches de Baena. A Quinta dos Loridos é hoje uma unidade hoteleira de luxo e também uma afamada produtora de vinhos, nomeadamente de espumantes. O Jardim Oriental Buddha Eden, com uma área de 35 hectares, lago artificial e plano para 6 mil toneladas de estátuas, encanta, um espaço de calma e paz de espírito.

19H30 – Chegámos a Tavarede.

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