quinta-feira, 14 de março de 2013

PASSEIO ÀS AMENDOEIRAS EM FLOR

09 e 10 de Março de 201
No 1º dia, cuja saída estava marcada para as 08H00, aconteceu um imprevisto o qual fez com que a nossa partida só tivesse acontecido às 08H30. Pela primeira vez o nosso organizador Tó Simões, também adormeceu. Acontece a qualquer um!
A primeira paragem foi no café/restaurante “Lagoa Azul”, situada junto à Barragem da Aguieira, para os primeiros contactos com os companheiros de viagem, tomar o pequeno-almoço e outras necessidades…
Reiniciámos o nosso passeio, chegámos a Trancoso: cidade do distrito da Guarda, situada num planalto em que o ponto mais alto tem 898m de altitude. Foi elevada a cidade em 9 de Dezembro de 2004. Encontra-se hoje rodeada de muralhas, da época dionisiana, com um belo castelo, também medieval, a coroar esse majestoso conjunto fortificado. Destacam-se as igrejas paroquiais de Santa Maria e de São Pedro, a Casa dos Arcos, do séc. XVI, a igreja da Misericórdia, a Casa do Gato Preto (um curioso edifício do antigo bairro judaico), e o Pelourinho, estilo manuelino. Aqui se travaram importantes batalhas, entre as quais a de Trancoso, em 1385, num planalto a poucos quilómetros do centro histórico, que impôs pesada derrota às tropas invasoras e que antecipou o resultado da batalha de Aljubarrota. Foi-nos dada uma hora para podermos passear pelas ruas desta cidade, visitar alguns daqueles locais históricos e tirar algumas fotografias.
Não foi esquecida a rua do Conde de Tavarede e também fazer uma visita ao café com o mesmo nome, já que este conde nos faz recordar um pouco da história da nossa terra, Tavarede.
Também fizemos uma visita à 10ª Feira do Fumeiro, salão dos Saberes e dos Sabores dos Castelos do Côa, a decorrer no Pavilhão Multiusos de Trancoso, onde estavam expostos e comercializados produtos de artesanato, fumeiro, queijos, azeite, vinhos, pão e doces regionais.

A hora do almoço estava a chegar.
Como o tempo estava muito incerto, intervalando o sol, as nuvens, o vento e a chuva, não combinando com o almoço que estava pensado ser em regime de piquenique, o nosso organizador Tó Simões, antecipando a impossibilidade de o fazermos ao ar livre, conseguiu um local bem aconchegado.
Assim, por intermédio do nosso amigo professor João Carlos, que é natural desta região, fomos recebidos por pessoas da sua família que nos abriram as portas do Centro de Dia de Cótimos, localidade de onde é natural. Ali degustámos os leitões que nos aconchegaram os estômagos. Em seguida fomos até ao café local onde tomámos as bicas e não só… as quais foram oferecidas pelo nosso amigo João Carlos, que assim nos fez mais esta surpresa. Ficamos muito agradecidos não só a este nosso amigo, como também aos seus familiares: irmã, tio e prima, que nos receberam e acompanharam permanentemente com grande simpatia. Um grande OBRIGADO para todos eles!
Seguimos para Marialva: aldeia designada Civitas Aravorum à época romana. D. Afonso Henriques mandou-a repovoar, concedendo-lhe o primeiro foral em 1179. Conhece-se novo repovoamento durante o reinado de D. Sancho I, no séc. XIII, altura em que o povoado terá extravasado além muros, formando-se assim o Arrabalde. Localizada numa alta colina, Marialva é a aldeia onde vive a lenda da Dama dos Pés de Cabra e cuja importância remonta aos tempos da feira medieval que ali se realizava. Tivemos 30 minutos, para podermos fazer a visita a este local e tirar umas fotografias.
Em seguida o nosso destino foi Vila Nova de Foz Côa: cidade do distrito da Guarda. Recebeu o seu primeiro foral em 1299, concedido por D. Dinis, tendo sido renovado pelo mesmo monarca em 1314. Em 1514, foi concebido um novo foral por D. Manuel I. Destacam-se três Monumentos Nacionais: o castelo de Numão, o Pelourinho e a Igreja Matriz, com fachada manuelina. Nas suas raízes, Vila Nova de Foz Côa encontra o homem paleolítico que, com modestos artefactos, vincou na dureza do xisto ambições e projetos do seu universo espiritual e material, fazendo deste santuário o maior museu de arte rupestre ao ar livre, hoje Património da Humanidade. Elevada à categoria de cidade em 12 de Julho de 1997. O tempo continuava muito incerto e estava muito frio com vento à mistura, nos 30 minutos concedidos demos uma volta pela feira, onde alguns ainda compraram alguns produtos locais. Como é já hábito algumas senhoras por ali andavam a vender alguns produtos em lã: botas, gorros, meias, etc..
Chegámos então a Vila Flor: vila sede de município. Capital do Azeite, no coração da Terra Quente Transmontana. D. Dinis, Rei Poeta, aquando da sua passagem por este burgo até então denominado por "Póvoa d´Álem Sabor", ficara encantado e rendido à beleza da paisagem e, em 1286, carinhosamente a rebatizou de "Vila Flor". Cerca de 1295, D. Dinis manda erguer, em seu redor, em jeito de proteção, uma cinta de muralhas com 5 portas ou arcos. D. Manuel I viria, mais tarde, a atribuir novo Foral a Vila Flor, reformulando o anterior, em Maio de 1512, o qual pode ser apreciado no Museu Municipal Dra. Berta Cabral. Durante 60 minutos, tentámos conhecer um pouco esta vila, onde também estava a acontecer uma Feira do Fumeiro a qual visitámos.
Cerca das 19H30 entrámos em Mirandela: que é a segunda maior cidade do distrito de Bragança. O rei D. Afonso III deu-lhe a carta de foral a 25 de Maio de 1250. Foi elevada a cidade a 28 de Junho de 1984. Caladunum era o antigo nome da atual cidade de Mirandela. A cidade de Mirandela localiza-se no Vale do Rio Tua, numa zona aplanada de solos muito férteis onde se cultivam oliveiras. À sua volta encontram-se muitos montes e por essas razões em Mirandela verifica-se um micro-clima, caracterizado por Verões abafados e quentes, que lhe dão a alcunha de Terra Quente Transmontana. A dormida e jantar foi no Grande Hotel D. Dinis - localizado junto ao Rio Tua em pleno coração de Mirandela, encontra-se a uma curtíssima caminhada de vários lugares emblemáticos. Com 130 quartos climatizados, dispondo de uma varanda donde se pode desfrutar a paisagem, casa de banho, telefone direto, televisão a cores e ainda 2 piscinas exteriores. Dispõe ainda de infraestruturas para congressos, banquetes, casamentos, exposições e receções. Este hotel tem diversas opções de refeição ao seu dispor, incluindo um restaurante, onde após um breve descanso e um duche reparador, pelas 20H30, tivemos um ótimo jantar. Em seguida e antes do sono desejado, estivemos alguns de nós confraternizando em amena cavaqueira numa acolhedora sala com bar e televisão.
No 2º dia, fomos acordados às 07H15, o pequeno-almoço foi às 08H00 e a saída do hotel pelas 09H00.
Vila Real foi o nosso próximo destino - cidade capital de distrito, crescida num planalto situado na confluência dos rios Corgo e Cabril, a cidade está enquadrada numa bela paisagem natural (Escarpas do Corgo), tendo como pano de fundo as serras do Alvão e, mais distante, do Marão. Com mais de setecentos anos de existência, Vila Real foi outrora conhecida como a "Corte de Trás-os-Montes", devido ao elevado número de casas brasonadas que então tinha. A região de Vila Real possui indícios de ter sido habitada desde o paleolítico. Vestígios de povoamentos posteriores, como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a presença romana. Porém com as invasões bárbaras e muçulmanas verifica-se um despovoamento gradual. Em 1289, por foral do rei D. Dinis, é fundada efetivamente a Vila Real de Panóias, que se tornará a cidade atual.
Tivemos 60 minutos para visitar alguns dos monumentos e conhecer um pouco esta cidade.
Então o nosso passeio direcionou-se para Peso da Régua - cidade do distrito de Vila Real, sede de município, elevado a cidade em 1987. É também conhecida como a capital internacional do vinho e da vinha. É o centro da região demarcada do Douro. Fica na parte central da Linha do Douro, entre Porto e Pocinho. No dia 3 de Fevereiro de 1837, Peso da Régua foi elevada a vila. Peso da Régua foi elevada à categoria de cidade a 14 de Agosto de 1985.Em 1988 foi reconhecida pelo Office Internacional de la Vigne et du Vin como Cidade Internacional da Vinha e do Vinho. A acompanhar vinhos da Região Demarcada do Douro e o Vinho do Porto. O edifício da Companhia Geral da Agricultura de Trás-os-Montes e Alto Douro, atual sede do Museu do Douro, fundada em 31 de Agosto de 1756 por Marquês de Pombal, cuja função primordial foi a demarcação das vinhas que poderiam produzir vinho do Porto, fazendo nascer a primeira região demarcada e regulamentada do mundo: a Região Demarcada do Douro. Visitámos o Museu do Douro e passeámos pela zona ribeirinha onde apreciámos uma vista maravilhosa e única, cujas fotos que tirei não conseguem captar toda a beleza da paisagem.
O almoço estava marcado e já nos esperava no Restaurante O Maleiro: desde 1975, num local muito acolhedor e com ambiente familiar, podendo disfrutar da verdadeira cozinha tradicional: sopas à escolha: canja de galinha e sopa de legumes; vitela assada no forno à transmontana com batata e arroz do forno, sobremesas variadas, destacando o leite-creme! O ambiente é de facto familiar pois o dono do restaurante, muito simpático, sempre à roda das mesas a perguntar se estava tudo bem, a esposa é uma das cozinheiras e os filhos servindo nas mesas sempre solícitos e amáveis. Um restaurante que recomendo a todos visitar.

À saída do restaurante estava a chover. Junto ao autocarro andavam umas mulheres a vender os célebres rebuçados da Régua, que fizeram algum negócio connosco.
Destino seguinte Lamego - cidade do distrito de Viseu, a segunda maior. Considerada uma cidade histórica e monumental, pois possui uma grande quantidade de monumentos, igrejas e casas brasonadas, sendo também uma diocese portuguesa. Foi em Lamego que teriam decorrido as lendárias Cortes de Lamego, onde teria sido feita a aclamação de D. Afonso Henriques como Rei de Portugal e se estabeleceram as "Regras de Sucessão ao Trono". No concelho são numerosos os monumentos religiosos, dos quais se destacam a Sé Catedral, a Igreja de São Pedro de Balsemão e o Santuário da Nossa Senhora dos Remédios, que dá também o nome a Romaria anual cujo dia principal é o 8 de Setembro, que é também o feriado municipal. Conhecida também pela sua gastronomia, da qual se destacam os seus presuntos, o "cabrito assado com arroz de forno" e pela produção de vinhos, nomeadamente vinho do Porto, de cuja Região Demarcada faz parte, e pelos vinhos espumantes. Muitos de nós já conhecemos muito bem esta cidade, pelas vezes que já a visitámos noutros passeios, tendo inclusive pernoitado nela. Visita quase obrigatória é ao Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.


Na vinda para o centro da cidade, fizemos uma prova de queijo, presunto, enchidos e vinhos na “Presunteca”, onde se adquiriram alguns destes produtos assim como a famosa Bola de Lamego, recheada com presunto e queijo e também com bacalhau.

Já no autocarro encaminhamo-nos na direção da Barragem da Aguieira, que se situa no leito do Rio Mondego, nos limites do concelho de Penacova, no distrito de Coimbra, e do concelho de Mortágua, no distrito de Viseu. Concluída no ano de 1979, entrou em funcionamento no ano de 1981. Barragem do tipo "Arcos Múltiplos", é formada por três arcos e dois contrafortes centrais, nos quais se situam dois descarregadores de cheia. Tem 89 metros de altura e o comprimento do coroamento é de 400 metros. Os seus principais objetivos são a produção e fornecimento de energia hidroeléctrica, a irrigação agrícola e o controle de cheias, sobretudo na chamada região do Baixo Mondego. A sua albufeira estende-se pelos concelhos de Penacova, Carregal do Sal, Mortágua, Santa Comba Dão, Tábua e Tondela, correspondendo a uma área inundada de 2 000 hectares e a uma capacidade total de 423 000×10³ m³. Através da albufeira, estabelece-se o fornecimento de água aos municípios vizinhos, designadamente à cidade de Coimbra. Ainda que com algumas restrições, nas suas águas desenvolvem-se várias atividades de recreio e lazer, tais como a pesca, banhos e natação, navegação à vela e a remos, pelo que não é de admirar a alta afluência de pessoas que a ela se dirigem. As aldeias submersas - A construção da Barragem da Aguieira, obrigou à submersão de diversas aldeias, destacando-se Breda, no concelho de Mortágua, e Senhora da Ribeira e Foz do Dão, no concelho de Santa Comba Dão.
O nosso passeio estava assim próximo do fim. Estávamos a acabar onde começámos. Fizemos uma paragem no café/restaurante “Lagoa Azul”, para aconchegarmos as nossas barrigas.

Chegámos a Tavarede por volta das 20H30.
Mais uma vez desejámos outro passeio para breve.
Até sempre!

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