26 de Agosto de 2017
Sábado
39º - BODAS
DE MÁRMORE: tantos anos pressupõem que o casal já passou por muitas situações e que um
polimento faz a relação voltar a brilhar como um mármore. Pedra calcária,
branca ou de cores e suscetível de polimento. Assim como o mármore precisa de
um polimento, depois de tantos anos, a relação do casal também. O 39º aniversário de casamento não tem nenhum objeto ou
símbolos tradicionais ligados a ele. A renda, no entanto, é
o material associado a este aniversário em tempos modernos.
Saímos de Tavarede pelas
10H00: Rui / Isabel, Vitor / Madalena e Zé / Mirita, para um passeio
comemorativo dos nossos 39º aniversários de casamento com uma visita à região
de Aveiro.
Paramos
na cidade de Ílhavo para uma visita ao Museu Marítimo, embarcando assim numa
viagem surpreendente da pesca do bacalhau e de toda a envolvência que esta
atividade teve nas populações do litoral, tanto na componente etnográfica como
na económica.
Podemos
visitar e subir a bordo de um bacalhoeiro em tamanho natural, ver os apetrechos
e imaginar a dureza desta faina, assim como a vida de imensos homens, que
fizeram deste barco a sua casa durantes os largos meses nos mares gelados das
regiões da Gronelândia e da Terra Nova.
Visitamos em
seguida a sala dedicada à Ria de Aveiro onde podemos apreciar uma mostra de
diversas embarcações em tamanho real relacionadas com a pesca e outras
atividades relacionadas com a Ria. Também o humor ali está representado com uma
coleção de painéis de pinturas de proas dos barcos moliceiros.
Outras
coleções ali podemos visitar e contemplar como: pintura, escultura, cerâmica,
desenho e conchas de todo o mundo de algas marinhas.
Já na parte
final da visita a este Museu tivemos o prazer de apreciar o Aquário dos
Bacalhaus, um tanque com a capacidade de 120 metros cúbicos de água,
reproduzindo as condições do habitat natural destes peixes dos mares do Norte,
tanto a nível da temperatura de cerca de 12ºC, assim como no que respeita à
salinidade. Os bacalhaus foram oferecidos pelo Museu Marítimo de Alesund na
Noruega.
Acabamos
esta visita já perto das 13H00, hora para continuarmos o nosso passeio na
direção de Gafanha da Nazaré onde tínhamos o nosso almoço marcado para as 13H30
no
Restaurante A Traineira Wine Foods. Este é um espaço, que já
conhecíamos, onde nos podemos deliciar com deliciosos pratos de cozinha
tradicional portuguesa, dos quais escolhemos: Entradas
- rissóis de camarão, bolos de Bacalhau, ovas de bacalhau e salada de polvo;
Prato
principal
- línguas de Bacalhau fritas com açorda, misto de Bacalhau abafado, lombinhos
de Bacalhau confitados sobre cama de migas.
Logo
após o repasto fizemos a troca de prendas com os respetivos cônjuges, desejando
que o futuro traga muita saúde para continuarmos a fazer este convívio por
muitos e longos anos, ficando uma mensagem:
“Com fios bordamos cada ponto que fortaleceu a
manta que abriga os 39 anos do nosso casamento.
Juntos ajudamos a tecer, montar e desfrutar do
nosso amor.
O Amor é fogo que arde sem se ver.… e a chama que
há entre nós nunca se apagou. Cresceu ao longo de 39 anos, criando até
maravilhosas labaredas.
Não nos tem faltado o calor que só o amor pode dar.
Não nos tem faltado o calor que só o amor pode dar.
O amor é paciente, é prestável, não é
invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura
o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento, não
se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta.
O amor jamais passará!”
Foi
a segunda vez que aqui viemos para comer... bacalhau. O bacalhau aqui é muito
bom, talvez os outros pratos também sejam bons... O menu não é extenso, mas tem
alguma variedade de pratos, onde o rei e senhor da ementa é o bacalhau. O
restaurante é acolhedor e está bem decorado. E a comida é mesmo boa.
Apesar das notas positivas ficamos um pouco dececionados, considerando as espectativas que criamos da primeira vez que aqui estivemos. A simpatia do pessoal não foi tão calorosa como da primeira vez, tendo-se notado principalmente no final do almoço. O atendimento foi apenas simpático. Até parecia que nos queriam ver pelas costas o mais rápido possível.
Apesar das notas positivas ficamos um pouco dececionados, considerando as espectativas que criamos da primeira vez que aqui estivemos. A simpatia do pessoal não foi tão calorosa como da primeira vez, tendo-se notado principalmente no final do almoço. O atendimento foi apenas simpático. Até parecia que nos queriam ver pelas costas o mais rápido possível.
Após
o almoço continuamos o nosso passeio por terras de Aveiro, onde chegamos já perto das 17H00.
Encontramos
uma cidade cheia gente que saboreava os doces da região, refrescava e passeava
nos muitos barcos moliceiros que pela ria navegavam num vai e vem constante.
Os barcos moliceiros iniciciaram a sua função por volta do século XIX
sendo utilizados para apanhar moliço, o lodo existente na ria que, depois de
estendido para secar ao sol, servia de fertilizante às terras arenosas dos
agricultores da região. Nestes tempos modernos puseram fim ao trabalho de
moliceiro por causa da utilização (infelizmente) dos adubos químicos. Um barco
moliceiro faz parte da tradição local e um passeio pela ria torna-se
indispensável para viver Aveiro como ela é: Veneza Portuguesa. Os barcos moliceiros são
considerados raridades com uma decoração muito colorida nas proas e popas de
pinturas ingénuas e ao mesmo tempo apimentadas.
Decidimos
então dar uma voltinha pela ria proporcionando-nos assim uma perspetiva
diferente da cidade com os seus canais históricos e a arquitetura Arte Nova. Marcamos numa
das empresas ali existentes o nosso passeio que só se realizou às 18H00.
Entretanto enquanto esperávamos pela hora, informaram-nos de que os bilhetes
davam direito a visitar o Zeca uma loja de lembranças originais e cafetaria
onde podemos provar gratuitamente umas Raivas tradicionais, feitas à mão e onde
saboreamos o licor de alguidar.
Regressamos então à beira-ria onde iniciamos o passeio que durou cerca
de 45 minutos e percorreu os canais da cidade, onde um guia foi realçando
aquilo se via de mais interessante.
Os passeios
transportam-nos resumidamente por 4 canais:
- No Canal
Central percorremos o centro da parte baixa da cidade, desde o jardim do
Rossio, podemos ver um núcleo de
edifícios de Arte-Nova. Neste canal passamos por baixo da Ponte dos Amores,
assim chamada graças a dois finalistas da Universidade de Aveiro, que
incentivaram o público em geral a deixar um laço, como símbolo de um amor e
amizade.
- O Canal
das Pirâmides
foi construído século XIX e estende-se da zona da antiga Lota de Aveiro até ao
Canal Central. Podemos desfrutar da paisagem composta por pequenas pirâmides de
sal branco.
- É no Canal
de São Roque que
podemos ver as tradicionais casas de Pescadores, marnotos e peixeiras, percorremos
a zona velha e mais pitoresca da cidade de Aveiro. Este canal é atravessado por
diversas pontes onde se destaca a Ponte de Carcavelos, que foi
construída em 1953 e tem 2 particularidades: a importância para as gentes que
trabalhavam nas salinas, sendo o ponto de passagem obrigatório para as jornadas
de trabalho no Sal; é conhecida pela ponte dos namorados, pois é costume os casais
irem apreciar a vista do pôr do sol e as fotografias de casal ali tiradas são uma
lembrança de uma relação que se quer duradoira.
- Podemos no
Canal do Cojo apreciar
o centro comercial Forum Aveiro e a Cerâmica Campos, antiga fábrica de cerâmica
recuperada e convertida no atual centro cultural e de congressos de Aveiro.
Este Canal antigamente era designado por Ribeira das Azenhas, por ali existirem
muitos daqueles engenhos e deu nome à fábrica fundada em 1775 por João Rodrigues
Branco - Fábrica do Côjo.
O passeio de moliceiro na ria
para descontrair e apreciar a cidade foi ótimo também para relaxar depois duma boa
refeição. As Rias têm charme e a cidade está linda, com muita luz e animada com
muita gente. Foi uma excelente opção passarmos a tarde na Ria, nesta Cidade e
por esta Região.
Regressamos
a casa muito satisfeitos por passarmos este dia juntos e por termos
comemorarmos este ano o nosso 39º Aniversário de Casamento.
Vamos
viajar no nosso tempo, devagarinho, até ao 40º
Aniversário - Bodas de
Esmeralda.
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