Toledo, Segóvia, Ávila,
Escorial, Vale de Los Caídos, Madrid, Alcalá de Henares, Parque Europa e
Salamanca
23 a 27 de Maio de 2018
3º DIA: 25 -
sexta-feira
Depois
do pequeno-almoço, saímos já com as malas para iniciarmos o passeio deste dia. A
razão de termos transportado as malas, era a de mudarmos de hotel.
Crítica:
Para este dia estava
previsto inicialmente visitarmos o El Escorial e o Vale dos Caídos, mas
novamente houve alteração e acabamos por passar o dia em Madrid.
Madrid é a capital e a maior
cidade da Espanha e a terceira maior cidade da União Europeia, depois de
Londres e Berlim, e sua área metropolitana é a terceira maior da UE, depois de
Londres e Paris. Apesar de possuir uma infraestrutura moderna, a cidade
preservou muitos de seus bairros e ruas históricas. Entre seus marcos estão o Palácio Real de Madrid; o Teatro Real;
o Parque do Retiro, fundado em 1631; o edifício da Biblioteca Nacional da
Espanha, fundada em 1712; vários museus nacionais e o chamado "Triângulo
de Ouro da Arte", localizado ao longo do Paseo del Prado e composto
por três importantes museus de arte: o Museu do Prado, o Museu Rainha Sofia e o
Museu Thyssen-Bornemisza. A Praça de
Cibeles também se tornou um dos principais símbolos da cidade.
Pela
manhã, por que estava tempo chuvoso, o “guia” decidiu que fossemos até à Estação Ferroviária de Atocha, que não
estava previsto. Considero ter sido tempo perdido.
Fomos visitar o Monumento às Vítimas de 11 de Março de 2004,
existente nesta Estação Ferroviária de Atocha, no qual foram assassinadas 192
pessoas para além de numerosos feridos. Este lugar é para nos fazer pensar e
nunca ser esquecido aquele terrível acontecimento.
Dentro da estação existe um espaço todo envolto em penumbra, que
tem início num corredor e termina num local mais amplo com um buraco cilíndrico
de vidro no teto, permitindo aos visitantes ver o seu interior onde estão registadas
centenas de mensagens de apoio de todo o mundo.
Nas paredes internas foram inscritos os nomes das pessoas que
morreram neste ataque.
Novamente, depois desta estadia em Atocha, saímos à procura do
almoço.
Passamos
de autocarro pela Fonte de Cibeles.
Depois
fomos até ao restaurante para almoçarmos. Mas até chegarmos andamos a percorrer
as ruas de Madrid, primeiro à
procura do restaurante e segundo encontrar um local onde pudéssemos parar para
nos podermos apear.
Por
fim, depois de mais meia hora de viagem lá conseguimos entrar no Museo del Jamon, na Carrera de San
Jerónimo, ao lado da Puerta Del Sol,
para almoçar.
É
de salientar de que o Museo não é um Museu, mas é uma rede de restaurantes
especializada em servir o jámon serrano,
um famoso tipo de presunto cru espanhol. O ambiente é bastante pitoresco, com
as peças de presunto dependuradas. Fica no centro histórico e é um misto de bar
e restaurante. Serve tapas de jámon,
tem um minimercado onde se pode comprar porções de jámon Ibérico. O menu que nos foi servido, já pré-combinado com a
organização foi como entradas: fatias de presunto (jámon);
primeiro
prato:
arroz branco com milho, cenoura, ovo mexido, miolo de camarão e pedaços de
jámon;
segundo
prato: puré com fatias de carne;
e
sobremesa: gelado; além de bebidas. Tudo veio muito bem servido e saboroso. O
atendimento para além de não ser especial, foi bom.
Depois
de almoço, caminhamos até à zona da Plaza Mayor. Antes de entrarmos na Plaza,
fomos visitar o Mercado de San Miguel.
Este
local é imperdível pela sua linda arquitetura. É um mercado belíssimo e muito
movimentado, com lojas, restaurantes e com bancas apresentando produtos de
primeira qualidade, tudo muito limpo e arrumado, apesar do grande movimento de
pessoas ali presentes num constante entra e sai.
Ali
podemos encontrar diversas especialidades gastronómicas, que devido à hora pós
almoço e tempo, não podemos sentar, apreciar e experimentar alguns dos
petiscos: queijos, tapas, diversas azeitonas, doces, vinho, cerveja, etc.
O
tempo contava e tivemos de continuar o nosso passeio entrando em seguida na Plaza Mayor, que se situa no centro da
cidade de Madrid a poucos metros da Puerta del Sol.
É
uma praça retangular, rodeada de todos os lados de edifícios de três pisos,
sendo a sua entrada apenas possível através dos nove pórticos. Tem 129 metros
de comprimento e 94 de largura. Existem ao todo 237 varandas ao longo de toda a
praça. O pórtico mais conhecido é o Arco de Cuchilleros, na esquina sudoeste da
praça. Ao centro, no lado norte, ergue-se a Casa de la Panadería e à sua
frente, no lado sul, a 'Casa de la Carnicería. Debaixo dos pórticos, nas
suas arcadas, estão estabelecidas lojas tradicionais, constituindo um dos
pontos turísticos de maior relevo na cidade.
Por
ali encontravam-se muitos vendedores ambulantes que fizeram as delícias dos
companheiros de viagem que fizeram negócio com um simpático africano.
Depois
de passearmos um pouco por esta Praça, dirigimo-nos para também conhecermos a Puerta del Sol que é um dos locais mais
famosos e concorridos da cidade. É neste local que se encontra desde 1950, o quilómetro
zero das estradas espanholas.
O
edifício mais antigo da Puerta del Sol é a Real Casa de Correos e nele
destaca-se o relógio da torre que foi construído e doado no séc. XIX por José
Rodriguez de Losada, e que faz tradicionalmente a contagem decrescente para a
entrada do novo ano todos os 31 de Dezembro, assim como o tradicional comer das
passas. A Puerta del Sol é um local de encontro, um lugar de passagem
entre várias zonas de Madrid. É visita obrigatória para todos os que se
deslocam à capital espanhola.
Depois
destas visitas estava programada uma visita ao Palácio Real de Madrid, também denominado de Palácio de Oriente, residência real desde Carlos
III até ao reinado de Alfonso XIII. Embora não seja habitado pelos atuais
monarcas, o recinto permanece como a residência oficial dos reis, que é
utilizado somente para ocasiões de gala, almoços, receções oficiais, entregas
de prémios e audiências. Com uma área de 135 000 m² e 4318 quartos, é o maior palácio
real na Europa. Foi construído no mesmo local onde se encontrava um outro palácio,
denominado de Real Alcázar de Madrid,
destruído por um incêndio que durou três dias, no ano de 1734.
Mas
esta visita não se realizou, infelizmente, por causa da incompetência do guia.
De fato, um casal que fazia parte do nosso grupo foi assaltado. Por isso
tiveram que contatar, por telemóvel, as entidades bancárias para anular futuros
levantamentos. Esta situação poderia ter sido resolvida sem a presença do guia,
que também por falta de preparação da viagem não estava informado dos horários
de funcionamento do Palácio.
Por
isso quando chegamos ao local para levantar os ingressos de entrada para a
visita, já tinha passado a hora para o levantamento dos mesmos.
Grande
falha do guia, que nos prejudicou por não podermos fazer esta importante visita
e por a mesma já estar paga.
Só nos restou esperar pelo autocarro
para nos levar até ao Hotel Segóvia
Sierra de Guadarrama de 4 estrelas, onde ficamos duas noites. Fizemos o
check-in, jantamos e pernoitamos.
O Segovia
Sierra De Guadarrama foi construído em 2001 e combina um estilo prático e
facilidades modernas. O hotel está localizado no Complexo Residencial de Los Angeles de San
Rafael e fica a 21 km de
distância do Aqueduto de Segóvia. Tem uma localização bonita, próxima de
igrejas, castelo e palácio. O hotel dá rápido acesso ao lagos e montanhas. O
aeroporto de Madrid-Barajas está localizado aproximadamente 65 km de distância.
O hotel está situado perto de locais de interesse cultural, como o Mosteiro El
Escorial, a Fábrica de Vidro Real, o Palácio Riofrío e as muralhas medievais de
Ávila. A
propriedade é composta por 150 quartos com isolamento acústico com uma vista
fantástica para o vale. Não há barulho nos quartos porque são à prova de som.
Depois de nos acomodarmos nos respetivos
quartos, às 21H00 foi-nos servido um ótimo jantar no restaurante existente em
regime de bufett. É de salientar a simpatia dos funcionários.
Fomos a seguir ao jantar, com alguns
companheiros de viagem ao bar irlandês que fica ao lado do hotel, onde
estivemos em amena cavaqueira, convivendo um pouco. É para isso que servem
também estes passeios.
Finalmente regressamos
aos nossos quartos para uma noite de sossego, descansada e retemperadora.
4º DIA: 26 - sábado
O café
da manhã (pequeno-almoço) foi servido, no restaurante onde foi na noite
anterior o nosso jantar, em regime de buffet.
Saímos
do Hotel às 09H00 e embarcamos no nosso autocarro que nos levou até ao Vale de
Los Caídos, para uma visita.
Crítica:
Mais uma vez o nosso
guia mostrou não ter preparado a viagem. Chegamos à entrada do Vale de Los
Caídos cerca das 09H30 e os portões do recinto só abriam às 10H00. Este
pormenor devia o guia saber. Assim tivemos de esperar dentro do autocarro meia
hora para iniciar visita.
O
Valle de Los Caídos ou Abadia da Santa Cruz do Vale dos Caídos é um memorial franquista
monumental e basílica erguida entre 1940 e
1958, a cerca de 40 km de Madrid, no
município de San Lorenzo de El Escorial, em
memória dos nacionalistas mortos na Guerra Civil Espanhola, de 1936-1939. O
monumento fica numa esplanada no alto de uma montanha junto ao Vale
de Cuelgamuros, numa vertente da Serra de Guadarrama. É um local com muita
natureza e uma linda paisagem. Em dias de céu aberto é possível avistar a cruz
a 40 km de distância. A Basílica foi escavada diretamente na rocha, há pontos
com 41 metros de altura e o seu comprimento é de 262 metros. No alto da rocha
(acima da Basílica) foi postada uma cruz. Mas não é uma cruz qualquer. Ela
simplesmente é a maior do mundo, com 150 metros de altura (incluindo a sua
base).
Foi mandado erigir pelo
ditador espanhol Francisco Franco, que, apesar de não ser
uma vítima da Guerra Civil, está enterrado no Valle juntamente com outros
33 872 combatentes nacionalistas da Guerra Civil. Inclui uma basílica
escavada dentro da rocha, na qual estão sepultados os mortos de ambos os lados
que se enfrentaram na citada guerra.
A Basílica é revestida com mármore e granito, formando um ambiente
frio e vazio, comprida, com uma grande nave (com 6 capelas laterais)
que dá acesso à um cruzeiro (planta em forma de cruz onde está o altar e
as duas capelas principais). Em cima do altar fica uma imagem de Cristo
Crucificado. Durante a celebração das missas todas as luzes da Basílica se
apagam enquanto a imagem de Cristo e o Altar se iluminam. A cúpula do altar é
revestida com um mosaico. De um lado e outro do altar ficam duas sepulturas: uma
é a do Ditador Francisco Franco e a outra a de José Antonio Primo de Rivera,
fundador do partido nacionalista Falange Espanhola e morto no início da Guerra
Civil. São as únicas sepulturas identificáveis da Basílica. Nas laterais dos
braços do cruzeiro ficam duas capelas, a do Santíssimo e a do Sepulcro. No
fundo da basílica estão o presbitério e o coro. Atrás das 8 capelas da Basílica
(6 nas laterais da nave e 2 nas laterais do cruzeiro) estão depositadas as
cinzas das dezenas de milhares de caídos na Guerra Civil, mas não há nada a
identificar isso.
No mesmo complexo há uma biblioteca e
uma abadia beneditina. Sobre a colina que se sobrepõe à basílica, encontra-se
uma cruz monumental que pode ser acedida pelo Funicular do Vale dos
Caídos.
Controvérsia
O memorial é visto de duas
maneiras muito diferentes:
- como monumento exemplar das grandes obras do ditador Francisco Franco e, até há pouco tempo, um ponto de encontro para os
nostálgicos do franquismo;
- como o monumento ligado à exaltação fascista, já que a sua construção foi feita quase na totalidade
através da exploração da mão de obra dos republicanos, a fação derrotada.
Apesar das
fortes conotações e lembranças histórico-políticas, o monumento é regido como
um cemitério, onde é proibido exprimir qualquer tipo de ideologia.
Acabada
a visita fomos até ao município onde se situa o El Escorial, para almoçarmos no restaurante do Hotel Miranda & Suizo.
Crítica:
Mais uma vez o guia não
se portou como tal. Mostrou não saber onde ficava o local do almoço, fazendo o
nosso condutor meter o autocarro em vias impróprias para um veículo daquele
tamanho, tendo de fazer manobras dificílimas para inverter o sentido da mesma.
Depois de a pé encontrarmos o local do almoço, verificamos que este ficava
muito perto do El Escorial e com acessos para o autocarro bastante acessíveis.
Originalmente
construído no século XIX, o Mirando
& Suizo é o hotel mais antigo em San
Lorenzo de El Escorial. Há um restaurante e bar neste hotel e foi aqui que
aconteceu o nosso almoço.
Este hotel
está situado a apenas 20 m do famoso Mosteiro. Depois do almoço e como fica perto o Mosteiro do Escorial, fomos a pé para a
visita que estava programada.
O Mosteiro do Escorial
ou El Real Sítio de San Lorenzo de El Escorial é um grande
complexo (que inclui palácio, mosteiro, museu e biblioteca)
localizado em San Lorenzo de El
Escorial, município situado 45 km a
noroeste de Madrid, na comunidade
autónoma homónima,
Espanha. O nome de El Escorial
deve-se a uns antigos depósitos de escória
procedentes de uma ferraria da zona, dos quais tomou topónimo a aldeia situada
nas proximidades do lugar onde se construiu este mosteiro-palácio.
Este monumento foi mandado construir pelo rei Filipe II de Espanha para comemorar a vitória na Batalha de San
Quintín, em 10 de agosto de 1557, sobre as tropas
de Henrique II, rei de França, e para servir de lugar de enterro dos restos mortais de
seus pais, o imperador Carlos V e Isabel
de Portugal, assim como dos seus próprios e dos
seus sucessores.
A planta do edifício, com as suas torres, recorda a forma de uma
grelha, pelo que tradicionalmente se diz que se fez assim em honra de São Lourenço, martirizado em Roma no suplício da grelha e cuja
festividade se celebra a 10 de agosto, dia da Batalha de San Quintín.
Principais secções que
compõe o Real Sítio são:
Biblioteca - Filipe II cedeu os
ricos códices que possuía; tem uma coleção de mais de 40 000 volumes de
extraordinário valor. A abóbada de fecho do teto da biblioteca está decorada
com frescos representado as sete artes liberais, ou seja: Retórica, Dialética, Música, Gramática, Aritmética, Geometria e Astrologia.
Palácio de Filipe II - constituído por uma
série de salas decoradas com austeridade, foi o lugar de residência do rei
Filipe II. Situada junto ao altar-mor da Basílica, conta com uma janela que
permitia ao rei assistir à missa deitado na cama quando estava impossibilitado
por causa da gota, doença de que padecia com severidade. Basílica
de El Escorial - verdadeiro núcleo central de todo o conjunto, em torno
do qual se articulam os restantes edifícios. Sala das Batalhas - com
pinturas que representam as principais batalhas vencidas pelos exércitos
espanhóis. Panteão dos Reis - existem 26 sepulcros de mármore onde
repousam os restos dos reis das casas de Áustria
e Bourbon, do rei de Espanha Francisco
de Assis de Bourbon e de sua esposa a rainha Dona Isabel
II de Espanha. Os últimos restos depositados no
panteão foram os do rei Afonso XIII e da sua
esposa, a rainha Vitória Eugénia de Battenberg.
Panteão dos Infantes - está destinado aos
príncipes, infantes e rainhas que não tenham sido mães de monarcas. Atualmente
estão ocupados 36 dos 60 nichos de que consta. Salas capitulares - destinadas
a pinturas, eram as salas onde os monges celebravam os Capítulos, espécie de
confissões mútuas para manter a pureza da congregação. Pinacoteca - com obras
das escolas alemã, flamenga, veneziana, italiana e espanhola, dos séculos XV, XVI e XVII. Museu de Arquitetura - com
onze salas onde são exibidas as ferramentas, gruas e outro material empregue na
construção do monumento, assim como reproduções de planos e documentos
relativos às obras, com dados muito interessantes sobre as mesmas. Jardins
dos Frades - mandados construir por Filipe II, que era um amante da
natureza, constituem um lugar ideal para o repouso e a meditação. Jardins
do mosteiro. Relicários - Filipe II dotou o
Mosteiro com uma das maiores coleções de relíquias do mundo católico. A coleção compõe-se de cerca de
7 500 relíquias, guardadas em 507 caixas ou relicários escultóricos. Casita do Infante ou a Casita de
Arriba - deve o seu nome ao Infante Don Gabriel de Bourbon, filho de Carlos
III. É uma pequena villa, com jardins de
estilo italiano, dispostos em socalcos. A partir deles desfruta-se de uma das
mais belas vistas do Mosteiro. Casita do Príncipe ou Casita de
Abajo - foi edificada para o Príncipe das Astúrias, depois Carlos IV. São interessantes as decorações neoclássicas realizadas,
as sedas e os estuques de mármore e os tetos pintados.
Finda
a visita a este monumento espetacular, que agradou a todos saímos deste local
até ao Hotel Segovia Sierra De Guadarrama onde depois de um curto descanso nos foi
servido o jantar: uma sopa “tipo” açorda;
Alguns
companheiros juntaram-se nas salas de convívio num agradável convívio, outros
foram assistir na televisão à final do jogo de futebol da champions entre o
Real Madrid e o Liverpool.
5º DIA: 27 - domingo
O
pequeno-almoço foi à mesma hora dos outros dias, mas a saída do hotel aconteceu
às 08H30, já com as malas feitas, pois foi neste dia que regressamos a
Portugal, ou seja, às nossas casas.
Mas
antes ainda tivemos o dia todo para fazer visitas a alguns lugares muito interessantes
e bonitos.
Paramos, entretanto, num posto de combustível na região de Barajas, onde presenciamos inúmeros
aviões a cruzar os céus por cima de nós.
É que o Aeroporto Adolfo Suárez, Madrid-Barajas situa-se
a nordeste de Madrid, no distrito de Barajas
e é neste distrito que se encontra este aeroporto, um dos mais movimentados do
mundo.
Começamos
por visitar Alcalá de Henares,
uma cidade a norte de Madrid. Sua fama deve-se ao fato de ser a cidade natal do
mais ilustre nome da literatura espanhola, Miguel de Cervantes, cujo nascimento foi em 9 de Outubro de 1547.
Em
1998, o centro histórico e a universidade de Alcalá de Henares foram declaradas Património Mundial da Humanidade pela UNESCO, por ser a primeira
cidade universitária planejada do mundo, fundada em 1499, servindo de modelo
para muitas outras universidades na Europa e em outros continentes.
A
nossa visita a esta cidade, ficou circunscrita a um dos locais mais representativos
do centro histórico, a Praça
de Cervantes, ponto de encontro dos habitantes da cidade, e
núcleo central ao redor do qual se localizam as principais atrações da cidade.
Esta
belíssima praça possui uma origem medieval, já que nela se realizavam as feiras
anuais da vila, privilégio concedido pelo rei Alfonso VII em 1184. Por este motivo, recebeu
inicialmente o nome de Praça
do Mercado e durante muito tempo esta foi sua denominação. A Praça de Cervantes recebeu seu
nome atual no século XIX, período em que foi embelezada com uma estátua em
homenagem ao grande escritor nascido na cidade, inaugurada em 1879. Está
situada sob um pedestal em que aparecem cenas da grande novela de Cervantes, El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de La Mancha.
Em 2009 a estátua foi restaurada e foi-lhe colocada uma pluma na mão do
escritor… No final do século XIX foi construído um belíssimo coreto, colocado
no centro da praça…
A
praça estava maravilhosa por causa da quantidade de roseiras que se encontravam
floridas com um intenso colorido que nos maravilhou. A Praça de Cervantes é palco das
festividades da cidade, fato que comprovamos pois estavam a proceder à montagem
de barracas e já se notavam alguns acessórios de diversão. Esta cidade de Alcalá de Henares, também é famosa
pelas suas cegonhas, que podem ser vistas em todos os lados! Nós vimos!
Em
seguida o nosso autocarro levou-nos para uma visita ao Parque Europa.
O Parque Europa fica em Torrejón de Ardoz e como o nome indica
é dedicado á Europa com réplicas de importantes monumentos de vários países. Entrámos
pela porta que tinha a réplica da Porta de Bradenburgo, de Berlim.
Outras réplicas
fomos encontrando como a Torre de Belém de Lisboa, a Tower Bridge
de Londres, a Torre Eiffel de Paris, a Fonte de Trevi de Roma, o Manneken
Pis de Bruxelas, uma escultura de David de Miguel Ângelo, o Atomium
de Bruxelas, os moinhos holandeses, a Pequena Sereia de Copenhaga e
outros.
O parque
serve para os mais novos conhecerem estes importantes monumentos e também são
as várias atividades
dedicadas principalmente às crianças que fazem deste local um lugar muito
frequentado pelas famílias.
O tempo estava quente e o recinto não
tem muitas sombras para nos resguardarmos. Mas a visita foi muito interessante
e agradável.
Regressamos ao nosso autocarro que nos
levou novamente até ao Hotel Segovia Sierra De Guadarrama onde nos foi servido o
almoço.
No
final da refeição o nosso passeio continuou até Salamanca.
Entramos
em Salamanca, contatamos com o seu
património, vimos muita gente e absorvemos uma atmosfera especial. Mas o tempo
que nos foi dado foi pouco para apreciarmos o espaço envolvente. Fomos
admirando os edifícios cheios de história por onde passávamos na direção da Plaza Mayor do século XVIII,
considerada um dos sítios mais inesquecíveis da cidade. Destaca-se do conjunto
o imponente edifício do Ayuntamiento Municipal.
Parámos para recuperar forças e
sentamo-nos numa das esplanadas ali existentes.
A
aconselharam-nos a provar patatas bravas que é um prato nativo da Espanha, muitas vezes
servido como um tapa em bares.
Consiste
de batatas cortadas em formas irregulares, de cerca de 2 centímetros, frito em
óleo e servidas em quente com um molho de tomate picante.
As
patatas bravas são servidas em bares
em porções que contêm aproximadamente um quarto de quilo de batata.
Foi
este petisco que experimentamos e regamos com uma “caña”
(cerveja), o que considero agradável ao paladar e uma boa tapa para acompanhar
uma bebida e passar uns bons momentos em boa companhia.
A
estadia em Salamanca foi muito curta
o que nos deixou com “água na boca” para numa outra visita termos tempo para
conhecer a sua cultura arquitetónica, religiosa e gastronómica.
Regressamos
ao autocarro conduzido pelo Daniel
que nos levou numa viagem tranquila e em segurança de regresso a Portugal, à
Figueira da Foz, às nossas casas.
Uma viagem deve ser programada in loco, por todos os responsáveis da mesma. Um guia
de viagem é importante para ajudar, dar informações relevantes, tirar dúvidas
sempre que for solicitado e devem ser bons companheiros. O nosso guia não foi
nada disto. Foi uma pena!
A viagem foi ótima, divertimo-nos muito,
tiramos muitas fotos e guardamos algumas recordações que mais tarde vamos
relembrar. Viajar é mais do que tirar fotografias e comprar souvenires. As
melhores lembranças que trazemos são aquelas que não ocupam lugar na mala: as
nossas experiências. Viajar com um grupo de pessoas, é aceitar as suas diferenças,
é ter disponibilidade para aprender. Uma viagem é como a vida: embarcamos com
pessoas em quem confiamos, que admiramos, com quem gostamos de conversar e
podemos divertir sem reservas.
À chegada despedimo-nos uns dos outros.
Uma
despedida é necessária antes de nos podermos encontrar outra vez.
Até à próxima!
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