quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

LISBOA, SÓ TU E NÓS… COM O TIAGO

17 a 20 de Dezembro de 2018

DIA 17 - segunda-feira
Esta visita a Lisboa aconteceu a pedido e em exclusivo para o nosso neto Tiago, que nos pediu para o fazer nesta época do Natal.

Às 07H00, saímos da Figueira da Foz num autocarro da Rede Expressos, para Lisboa onde chegámos às 10H00, ao Terminal de Camionagem em Sete Rios.
Perto das 10H15, fizemos o check-in na Residencial Florescente, onde tivemos a oportunidade de tomar conta do nosso quarto que por acaso já estava livre.
Fizemos um passeio pela Baixa, onde na rua Augusta aconchegamos o nosso estômago, para assim aguentarmos até ao almoço. Lembro que nos levantamos muito cedo.

Continuamos o nosso itinerário até à Praça do Comércio onde podemos apreciar a imponente Árvore de Natal com 30 metros de altura. Pensámos voltar a este lugar logo à noite já com as luzes acesas.
Entretanto chegou a hora do almoço, o qual aconteceu no Restaurante da Inatel - Cozinha regional na Kantina INATEL - Chaminés do Palácio, com entrada no largo de São Domingos, mais precisamente, no Palácio da Independência.
Este espaço é orientado para a área da restauração, que tem duas vertentes solidárias: promover a criação de emprego e servir boa cozinha regional a preços económicos. A decoração deste restaurante é simples e muito agradável, localiza-se nas bonitas salas das Chaminés do Palácio. Ao almoço e ao jantar, são apresentados diferentes menus, em que cada dia é dedicado a um prato do repertório gastronómico nacional. A refeição foi simples, mas muito agradável e como era previsível com um preço razoável.
Foi a primeira vez que entramos neste espaço, o que é incrível, pois que já visitamos Lisboa há dezenas de anos e passámos por esta zona outras tantas vezes. Calhou agora e ficamos satisfeitos.

Saímos do restaurante e pela rua das Portas de Santo Antão passámos em frente do Coliseu, do Teatro Politeama e pelo restaurante muito famoso Solar dos Presuntos, junto ao Elevador do Lavra.

Viramos à esquerda com o intuito de entrarmos na Avenida da Liberdade e reparámos numa igreja que nos despertou interesse e entrámos para uma breve visita. Apenas nos demorámos o suficiente para um breve reconhecimento. À primeira vista achámo-la interessante e com vontade de lá voltar um dia. Esta é a Igreja de S. José dos Carpinteiros, fundada no século XVI pela Confraria de S. José formada por carpinteiros e pedreiros, no local designado popularmente por "Entre- Hortas" à saída das Portas de Santo Antão. Com o terramoto de 1755 a igreja sofre alguns danos que foram, de seguida, reparados. No exterior podemos apreciar uma fachada com um portal encimado por S. José. Aos lados do portal vêm-se os símbolos dos pedreiros e carpinteiros.
Entretanto estive a fazer uma pesquisa sobre a história desta igreja e o que encontrei é tão rico e tão importante na história da cidade de Lisboa que vou fazer um post exclusivo desta minha pesquisa. Tenho a certeza que quem o ler vai ficar também com muita vontade de conhecer esta igreja, tal como eu de lá voltar.

Entramos finalmente na Avenida da Liberdade, por onde fomos andando até ao Parque Eduardo VII, para visitarmos o Wonderland Lisboa.

Aconteceu então um encontro imprevisto, que foi a saída de um hotel e entrada rápida numa carrinha do Cristiano Ronaldo e da companheira Georgina. Quem os viu e nos alertou foi a minha esposa. Eu já não o vi, mas penso que o meu neto Tiago ainda o conseguiu vislumbrar.
Cerca das 14H30, chegámos ao Mercado de Natal Wonderland Lisboa é um Mercado de Natal no Parque Eduardo VII. Dali podemos ver o rio Tejo e a Avenida da Liberdade. Conta com muitos brinquedos e atrações: pista de gelo, roda gigante, com 24 cabinas que sobe devagarinho até 30 metros, um escorrega com boias, carrosséis e uma Árvore de Natal com 24 metros, para os pequenos se divertirem. O Tiaguinho bem queria andar numa daquelas diversões, mas as filas eram enormes em todas elas, que não foi possível ele entrar em nenhuma. Passamos por muitos stands com artesanato e outras ideias de presentes de Natal.
Também deparamos com barraquinhas com comidas e doces: farturas, castanhas assadas como máquinas de algodão doce, onde o Tiaguinho se lambuzou com um enorme pau da respetiva guloseima.

Era inevitável, agora num ambiente noturno, passearmos pelo Rossio e pela rua Augusta.

Assim como também era inevitável pararmos na Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, para saborearmos o Pastel de Bacalhau com Queijo Serra da Estrela, acompanhado com um cálice de vinho da Madeira.
Depois de consolados continuámos até à Praça do Comércio onde a Árvore de Natal já se encontrava iluminada com 54 mil lâmpadas LED, em tons de verde, vermelho e branco.
Muito bonita, linda e espetacular. Ninguém resiste à sua imponência e assim, fotografá-la em todos os ângulos possíveis, por fora e por dentro, já que podemos entrar na estrutura e apreciar todas aquelas luzes a piscar.
Chegou a hora de irmos descansar.
Este dia foi muito cansativo. Tínhamos acordado muito cedo e andámos muito. Recuperar as forças era necessário pois o dia de amanhã prometia ser muito movimentado.

DIA 18 - terça-feira
Depois do pequeno-almoço, tirámos bilhete de um dia no Metro, para nos podermos deslocar à vontade durante todo o dia para vários locais.

Começámos por visitar o Centro Comercial Colombo, onde apreciámos as ornamentações de Natal cheias de encanto.
Podemos encontrar o espírito natalício por todo o centro. Na Praça Central visitamos a emblemática árvore de Natal: a maior dentro de um Centro Comercial com 18 metros de altura. Junto a ela apreciámos um maravilhoso presépio em grande escala com figuras físicas e mecânicas.
Mas ainda nos maravilhámos com a decoração natalícia noutras zonas e pelos corredores ao longo da Avenida do Centro decorados a rigor para receber o Natal. Mas a quadra natalícia está espelhada pela azáfama nos corredores do vaivém das pessoas que entram e saem das lojas. Caminhámos pelas ruas e avenidas do centro, onde imensas pessoas carregavam nas mãos sacos cheiinhos de compras diversas e com certeza, presentes. Ali se vive esta quadra lembrando que sonhar não é proibido.

Já muito perto da hora do almoço decidimos voltar ao Metro para que este nos transportasse até ao Parque das Nações.

Ali chegados procurámos o local para almoçarmos. Encontrámos uma multidão de gente que ou já almoçava ou que procurava também o local ideal, ou seja, um local vago para poder comer algo. Optámos pela Pizza Hut, comida ao gosto do Tiaguinho.
Já recompostos encaminhámo-nos para saída do Centro para irmos até ao pavilhão da FIL, onde se encontra a Diverlândia, mas estava a chover. Decidimos então, dar uma volta pelo Centro para apreciar as decorações de Natal, com a esperança da chuva parar. Foi o que aconteceu algum tempo depois, o que nos permitiu, então, ir para a Diverlândia.
Esta é a maior Feira Popular indoor onde se pode encontrar diversões para todas as idades, algumas das quais com bastante adrenalina. Tem cerca de 30 diversões como pista de carrinhos de choque, montanha russa lagarta, insufláveis, trampolins, carroceis, entre muitas outras diversões adequadas a todas as idades. Informei-me pela net que a entrada era livre, mas não é totalmente verdade, pois que paguei por cada ingresso 2€. No entanto, estes valores são convertíveis para divers (a moeda usada na Diverlândia para os carrocéis).
A Diverlândia acontece num espaço fechado da FIL, amplo e totalmente climatizado, onde o Tiaguinho se divertiu, nos equipamentos de diversão adequados à sua idade e que lhe proporcionou uma tarde diferente, de muita alegria e contentamento.
Ali ainda podemos lanchar. O Tiaguinho escolheu uma bolacha americana em leque recheada de nutella; nós optámos por bolo do caco, com queijo e fiambre, barrado com manteiga de alho. Estava tudo uma delícia.

Voltámos já de noite ao Centro Comercial Vasco da Gama onde continuámos a apreciar as luzes e decorações de Natal, com um ambiente pleno de magia.

Depois voltámos ao Metro, estávamos na linha vermelha, parámos na estação de S. Sebastião, onde entrámos na linha azul, para sairmos então na estação Baixa-Chiado. Esta estação é uma das mais movimentadas e a mais profunda de toda a rede, localizada 45 metros abaixo da superfície, com quatro ou cinco lances de escadas com um número sem fim de degraus. Chegar à superfície é uma odisseia que o Tiaguinho muito admirado adorou subir.
Saímos da estação e demos de caras com a estátua de Fernando Pessoa, em frente à Brasileira. Ali admirámos toda a iluminação que decorava tanto este Largo do Chiado, como também um bocadinho ao lado o Largo Camões. Tirámos fotografias.
O Tiaguinho estava todo contente e feliz por poder ver tantas luzes que decoravam estes espaços. Descemos a rua Garrett também toda decorada com as luzes do Natal e podemos então apreciar a frente os Armazéns do Chiado, onde a árvore da fachada iluminada dava um ambiente de grande festa, com o espírito natalício.
Entrámos. Logo à entrada encontrava-se uma Photo Booth, onde o Tiaguinho tirou uma foto para um postal cheio de espírito do Natal, que gravou para a posterioridade, enviando ali mesmo pela net.
Descemos a Rua do Carmo até à Praça de D. Pedro IV, mais conhecida por Rossio, onde há um mercado de Natal, uma árvore de Natal, e todas as árvores e edifícios têm iluminação. Uma particularidade com grande efeito é a aplicação de luzes nas colunas do Teatro Nacional Dona Maria II.

Para acabar o dia e depois do jantar ainda fomos dar mais um passeio pela Baixa. Fomos descansar finalmente.

DIA 19 - quarta-feira
Depois do pequeno-almoço fomos até à Praça da Figueira onde apanhámos o elétrico 15E, até à paragem da Rua da Junqueira. Aqui fica a Experiência Pilar 7, Ponte 25 de Abril. Fomos enganados pois porque o elevador se encontrava em manutenção, não nos foi possível fazer a visita.

Regressámos à Praça do Comércio de táxi. Deslocámo-nos à Praça do Município para ver as decorações de Natal, com o tema "Histórias de Natal DN/KIA".
Como o pouco que havia se encontrava encerrado o Tiaguinho quis visitar o Museu do Dinheiro, que fica ali mesmo ao lado do edifício da Câmara Municipal de Lisboa.
O Museu do Dinheiro está instalado na Antiga Igreja de S. Julião, no Largo de S. Julião. Já foi igreja, até 1933. Já foi o maior centro de distribuição de numerário do país, até 1996. Já foi armazém e garagem, até 2006. Mas agora é um museu. É constituído por núcleos temáticos que focam, o dinheiro no mundo e a sua história ao longo dos séculos, o fabrico da nota e da moeda, e ainda testemunhos pessoais sobre o papel do dinheiro na vida do cidadão. É oferecida uma experiência interativa que recorre à tecnologia multimédia para mostrar o seu acervo. A interatividade é assim, a base principal deste museu.

O visitante, neste caso o Tiaguinho, foi convidado a tocar numa barra de ouro de mais de dois quilos e meio, com o valor aproximado de meio milhão de euros.
Depois foi o percorrer dos cinco pisos do museu onde se pode manusear uma moeda virtual, a viajar num mapa, a trocar bens por dinheiro com um computador que simboliza um deus grego, a posar para que a sua cara apareça numa moeda e numa nota e a deixar um depoimento sobre a relação que tem com o dinheiro.
Foi muita coisa que aconteceu, mas o Tiaguinho mostrou-se sempre muito interessado pelos nove núcleos que constituem o museu: Tocar, Trocar, Convencionar, Representar, Narrar, Fabricar, Ilustrar, Testemunhar e Revelar.

Para memória futura e para nos relembrarmos e partilhar nas redes sociais com os amigos, podemos chegar a casa e, com o bilhete, recriamos o percurso e o que se fez no computador.
Quando saímos do Museu fomos almoçar na Pastelaria/Restaurante Pau de Canela, que para além dos saborosos pratos que escolhemos para o nosso almoço também a qualidade e o serviço foi prestável e simpático.
Também nos deliciamos visualmente com as montras repletas de doçaria colorida e com pormenores artísticos, fazendo lembrar a época de Natal.

Deslocámo-nos até à Praça do Comércio onde apanhámos novamente um táxi que nos transportou novamente até à Avenida da Índia, zona de Alcântara, para finalmente fazermos a tão desejada visita a Experiência Pilar 7 - Centro Interpretativo da Ponte 25 de Abril, um projeto que nos dá uma nova perspetiva sobre a ponte que liga Lisboa e Almada há 50 anos.
A visita contou com uma subida de elevador até ao miradouro com chão de vidro permitindo uma vista ao nível do tabuleiro rodoviário. Passámos pela sala principal equipada com projeções de 360º sobre a construção da ponte e uma maquete suspensa.
Nesta zona apanhámos um primeiro elevador que nos levou ao interior da ponte, entramos nas salas onde podemos ver a amarração dos cabos de suspensão.
Entrámos depois num segundo elevador que em 2 minutos nos levou até ao último andar, que fica à altura do tabuleiro da ponte.
Chegámos ao miradouro com vista panorâmica sobre a cidade, a 80 metros de altura, sobre o Tejo e a cidade, onde nos sentimos a pairar ao lado da ponte, numa plataforma panorâmica de vidro e aço.

Espetacular! O Tiaguinho olhava em toda à volta maravilhado com a vista a tão grande altitude.
Regressámos à Praça do Comércio e depois pela Rua Augusta, Praça da Figueira e Rossio.
O nosso jantar aconteceu na Rua das Portas de Santo Antão, no Restaurante “O Churrasco”, onde quando venho a Lisboa não deixo de fazer uma visita.

É o melhor frango de churrasco da capital. O frango é bem confecionado, numa boa churrasqueira e com um bom profissional. As batatas aos palitos ou às rodelas, à escolha, vêm sempre quentes e acabadas de fritar e as saladas sempre frescas e bem temperadas, são o nosso acompanhamento preferido. O atendimento é excelente e desta vez também por um rapaz brasileiro acabado de chegar do Brasil, ainda em aprendizagem e com muitas saudades da família. Gostámos muito do seu trabalho.
Depois de mais um pequeno passeio pela zona do Rossio, voltámos para os nossos aposentos para descansar.

DIA 20 - quinta-feira
Logo após o pequeno-almoço, acabamos de arrumar as nossas malas e fizemos o check-on.
Demos o último passeio pela Baixa, ou seja, “queimámos os últimos cartuchos”, desta nossa visita a Lisboa.
Na Praça da Figueira fizemos uma pequena visita pelo mercado ali existente. Apreciámos os muitos e diversos artigos que ali se vendem.

Entrámos no Papabubble, onde com técnicas artesanais se fazem rebuçados e chupa-chupas, com mais de 30 sabores de doces de fruta, muitos coloridos. Ali também se podem encontrar rebuçados tradicionais, bastões, rebuçados personalizados, com surpresa, corações e chupa-chupas em forma de rosa, árvore de natal, ou coração, miniaturas ou anéis. Também nós trouxemos algumas guloseimas.
Mais uma vez passeámos pela Praça do Comércio, junto ao Cais das Colunas, onde na pequena língua de areia ali existente apreciámos os dois artistas urbanos que ali apresentam os seus trabalhos. Um fazendo esculturas na areia e o outro esculturas com pedras ali existentes. Muito bonito!
Já no regresso ainda por ali entramos numa loja de recordações no Terreiro do Paço.
A hora do almoço chegou e escolhemos o Restaurante Cais das Colunas, onde a comida é simples, é saborosa e o atendimento é simpático e eficaz.

Assim, acabou este nosso passeio a Lisboa, com a companhia do nosso neto Tiaguinho, que estava muito feliz com o passeio e respetivas visitas proporcionadas e com os desejos de voltar.

Às 15H45 saímos de Lisboa Sete Rios num autocarro da Rede Expressos, até à Figueira da Foz onde chegámos por volta das 19H00.

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