de Chico Buarque
Sempre tive o costume de ter à noite na minha mesinha de cabeceira um instrumento de leitura. Normalmente tenho um livro ou uma revista que me faz companhia, principalmente à noite, ao deitar.
Raramente me acontece não ter algo para ler, pois acho que quando isso acontece sinto um vazio e algo me fica a faltar.
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Li-o do princípio ao fim, sem saltar uma palavra ou um capítulo.
A leitura no início não me saiu fluida e não me foi muito agradável.
Talvez porque o estilo e a estrutura narrativa não me fossemuito habitual.
Mas lá continuei esforçando-me por vezes um pouco na esperança de que aquela fragmentação do texto e a aquela alternância de temporalidades, me tivesse que criar a habituação para uma leitura mais reflexiva e com uma previsibilidade para mim por vezes não muito instantânea.
A narrativa por vezes é embaralhada, repetitiva, desarticulada, a que não nestava habituado, esta é a causa do meu incómodo de adaptação à leitura deste livro. Tenho a certeza que era esta a situação para que a minha leitura tivesse que ter algum tempo de adaptação.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcTQidm9eiygAIY7O8z7hI_-7pvkTGHehsKcmTA9HLi9oSFluBCA3jUuML3Oo542e2btvUpkSn1Ma14bcLq0oohWI28PYnFaoWQ_k66hOZb1kp14D19b1aUSzWe1An0LHFBh1SDVwSdn0/s320/chicobuarqueleitederramado.jpg)
É um monólogo que ele dirige à filha e às enfermeiras e outras pessoas…
Ficaram-me na memória dois nomes, obrigatoriamente o velho Eulálio e o de sua esposa Matilde.
Este romance fala também de algumas enfermidades que hoje as sociedades no geral apresenta: os favores e oportunismo políticos, preconceitos de vária ordem, corrupção, ambiente e natureza, marginalidade, falta de respeito para com o próximo…
Este é um estilo narrativo, para mim, não muito habitual.
Mas no fim gostei!
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