10 e 11 de Dezembro de 2010
Uma vez em Coimbra seguimos na direcção da Estrada da Beira (N17) ou Lousã.
Atravessámos a ponte da Portela e percorridos 14 kms encontrámos a placa que indica a direcção da Lousã. Saímos à direita (EN236) e seguimos sempre em frente até Foz de Arouce onde atravessámos a ponte romana sobre o rio Ceira. Após 3,5 kms e depois de passarmos a Póvoa da Lousã encontrámos uma placa azul que indicava a direcção do Quintal em Ceira dos Vales. Depois de virarmos à esquerda foi só seguir as placas, em cerca de 1,7 kms, e chegámos finalmente ao Quintal de Além do Ribeiro. Estas indicações são dadas pelo proprietário, nós seguimo-las, este é o percurso para gozarem deste espaço, que vivamente aconselho.
Foi algum tempo adiado.
Mas não foi tempo perdido.
Registamos o sossego do local, o conforto dos aposentos (Quarto do Caçador) e a simpatia de quem nos recebeu, o sr. Manuel Carvalhinho e a sua esposa D. Maria José, que decidiram abrir as portas desta sua casa setecentista a quem procura o ar puro e a eterna beleza natural da serena paisagem serrana da Lousã.
O pequeno-almoço foi servido com muito requinte, qualidade e em quantidade, numa salinha, que por acaso até estava junto ao nosso quarto: 3 tipos de pão; Iogurte de vários sabores; Sumo de laranja (natural); Água; Leite; Café; 2 tipos de Bolo Caseiro; Tábua de Queijos; Fiambre; Queijo Fresco; Requeijão; Compotas caseiras; Mel; Frutas e Cereais.
O horário era bastante abrangente, com início às 9H00 até às 12H00. Tinha ainda a curiosidade das mesas estarem marcadas com o nome de cada quarto.
E como já mencionei anteriormente ficamos no Quarto Caçador, decorado consoante o tema e equipado com uma cama de casal e uma outra cama individual, aquecimento central, TV, varanda e área exterior exclusiva.
Aproveitámos a nossa estadia para visitar lugares de interesse.
Dia 11 de Dezembro de 2010
À noite, fomos até à Lousã onde após uma breve visita à cidade, chegou a hora do jantar. Optámos pela Churrascaria Borges, tendo o grelhado misto ter sido a nossa escolha o qual estava muito saboroso, para além da quantidade de comida, onde destacamos os enchidos que estavam divinais.
Aconselhados pelo sr. Manuel Carvalhinho, nessa mesma noite telefonámos para o Restaurante “O Burgo”, situado junto às piscinas da Serra, para marcarmos o almoço para o dia seguinte, o que não conseguimos visto já estar esgotado. Paciência, pois vai ficar para a próxima visita à Lousã.
Dia 12 de Dezembro de 2010
Depois de uma noite que nos proporcionou um bom descanso acompanhado com a tranquilidade do silêncio, acordámos com os sons característicos do campo. Após um retemperador pequeno-almoço, com sabores caseiros, saímos do Quintal e dirigimo-nos para a cidade da Lousã.
Ali visitámos alguns locais de interesse, estivemos numa feira/mercado igual a todas as outras, contactámos o comércio local, que respira a época de Natal e até fizemos algumas compras, poucas pois a crise assim o obriga. Mas não deixámos de pensar no nosso netinho Tiago.
Almoçámos, por indicação do sr. Manuel Carvalhinho, no Restaurante “Casa Velha”, onde foi difícil escolher o que comer pela quantidade de pratos existentes. A ementa regional estava recheada de sabores (pensamos), mas escolhemos umas das sugestões do dia, uma carne assada, com um nome específico da casa que já não nos lembramos. Estava delicioso e parece que como é hábito por estas paragens o comer é servido em grandes quantidades. Recomendamos também este restaurante a quem vier passear para estas paragens.
Esta serra fica situada entre dois rios - O Ceira e o Zêzere - é o ponto de encontro da vegetação Atlântica e da tipicamente Mediterrânica, ou seja, nela encontramos árvores como o Azevinho, o Azereiro, a Azinheira ou o Sobreiro.
Elo dessa formidável cadeia de montanhas chamada Cordilheira Central, a Serra da Lousã não é a mais alta nem a maior de todas, mas é sem dúvida uma serra de uma enorme grandeza.
Estacionámos o carro junto ao Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, porque está localizado na margem direita do rio Arouce. Infelizmente estava fechado. As muralhas são em alvenaria e xisto, porque nesta região predomina este material.
Em seguida descemos a pé até às piscinas naturais, onde nos dias quentes convida a um bom mergulho. A água estava muito límpida e corria livremente já que nesta altura do ano não a prendem para que rio se transforme em piscina.
Perto das piscinas naturais encontra-se o Restaurante “O Burgo”.
Subimos mais um pouco e encontramos um parque de merendas e as Capelas de S. João, do Sr. da Agonia e de Nª. Senhora da Agonia.
Mas nenhuma viagem a esta serra pode ignorar o património das inconfundíveis aldeias de xisto. Erguidas com o que estava à mão, empilhando pedra sobre pedra, sem reboco nem pinga de tinta, as casas destas aldeias com janelas que parecem postigos tomam o aspecto de fortalezas. Quase todos estes povoados foram abandonados, mas alguns hoje estão recuperados para turismo.
Ao longo da estrada que se ondulava pela serra acima íamos vendo alguns punhados de casas que espreitavam por entre a folhagem.
O nosso dia estava a chegar ao fim. Uma noite reparadora esperava-nos no Quintal de Além do Ribeiro.
Dia 13 de Dezembro de 2010
A manhã nasceu enevoada, mas adivinhava-se um dia soalheiro…
O pequeno-almoço como primeira refeição é importante e foi um momento que foi partilhado por ambos para início do dia em que iríamos deixar este lugar já com alguma nostalgia. Não vou descrever o que nos foi apresentado para comer, pois já o fizemos anteriormente. Só não queremos deixar de mais uma vez salientar a boa qualidade dos alimentos, com a vantagem de serem caseiros.
Nestas duas noites foi-nos proporcionado um bom descanso e momentos de descontracção; um carregar de “baterias” para a semana de trabalho que se aproximava.
Gostámos da simpatia e disponibilidade demonstradas.
Obrigada pela vossa hospitalidade
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Seguramente esperamos voltar e recomendaremos a toda a gente o Quintal de Além do Ribeiro.
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