08 a 11 de Agosto de 2011
Dia 08
Pelas 07H00 embarcamos no terminal da Figueira da Foz num autocarro da Rede Expressos que nos transportou até Lisboa e onde chegamos por volta das 09H45. Assim iniciámos a nossa “Espreitadela a Lisboa”.
Pelas 10H00, fizemos o
Check-in no
Hotel Residencial Florescente, nossa habitual escolha quando visitamos Lisboa. Não podemos deixar de salientar dois dos mais antigos rececionistas, os senhores
Carlos e
António, os quais já consideramos nossos amigos e que são prestáveis, simpáticos, atenciosos e de uma cordialidade invejável. Esta unidade hoteleira situa-se na rua Portas de Santo Antão que é uma rua pedonal onde se pode usufruir das inúmeras esplanadas e restaurantes e onde se encontra a grande sala de espetáculos Coliseu dos Recreios e o teatro Politeama. A sua localização é no centro histórico de Lisboa, na Baixa Pombalina, perto da Praça dos Restauradores e do Rossio.
A Residencial com uma arquitetura restaurada, possui agora o Restaurante Pérola, onde pela manhã, os hóspedes podem desfrutar de um rico Buffet de pequeno-almoço, preparado com ingredientes frescos e com alguma variedade. Ao almoço e jantar, neste Restaurante são servidos pratos locais num variado Buffet que inclui: Sopa, Saladas, Pratos de Peixe e Carne, Sobremesas variadas, Bebida e Café.
No Lounge do Restaurante relaxámos enquanto tomámos uma bebida refrescante, pois o calor no exterior estava a apertar. Aqui temos um ambiente confortável e respira-se uma atmosfera tranquila, com mobiliário e decoração minimalista, num ambiente informal. Também mesmo ao lado possui esta Residencial o “Aromas de Lisboa”, que é uma loja de recordações.
Como ainda estava a manhã a meio, pensámos dar uma volta pelo Rossio, onde se encontrava mesmo ao centro desta praça, de D. Pedro IV, um enorme insuflável.
Era uma das atividades incluídas no Festival dos Oceanos, que aproveitámos de imediato para visitar: Universo de Luz – O Luminarium é inspirado pelas formas puras da geometria e da natureza, pela arquitetura islâmica e as catedrais góticas, juntando os vários povos e culturas. É um espaço para relaxar e recarregar energias. O mundo lá fora desaparece, e somos transportados para um mundo de luz.
Um espaço que nos transmite a luz natural, formando áreas coloridas, através de túneis/labirintos. Uma experiência única que nos faz mover no meio de tons saturados e subtis e ao som de melodias. Gostámos muito desta visita.
Continuámos na Baixa, por tradição o centro comercial da cidade, onde se encontra uma forte concentração de lojas e um local único para passear. Um acolhimento personalizado torna as compras ainda mais prazenteiras. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do Rossio.
Chegou então a hora do almoço. Como ainda não tínhamos experimentado o Restaurante Pérola, foi para lá que nos dirigimos e onde não nos arrependemos pela escolha, pois que o Buffet foi muito variado e como muita qualidade.
Depois do almoço dirigimo-nos à bilheteira do Politeama onde adquirimos bilhetes para no dia 10, quarta-feira pelas 21H30, assistirmos ao espetáculo em cena “A Flor do Cacto” de Filipe La Féria.
Descansar um pouco era preciso e por isso fomos até ao nosso quarto o 202, para o fazer e também desfazer a mala.
A temperatura estava quente mas não muito e a tarde foi passada na Baixa onde o comércio nos ocupou com algumas compras. Aproveitei também para comprar algum material filatélico que precisava e o qual tenho dificuldade em encontrar na Figueira.
Na Rua Augusta, visitámos o
MUDE – Museu do Design e da Moda, onde percorremos a Exposição Permanente que dá a conhecer a evolução do design ao longo do século XX, formada por mobiliário, moda e pequenos objetos, consistindo de várias expressões existentes na coleção, permitindo uma perspetiva histórica e a Exposição Temporária que fomenta uma dinâmica cultural geradora de fluxos de públicos diversificados.
O tempo foi passando chegando assim a hora do jantar. O tempo continuava quente apesar de já ser noite. Fomos então na direção do rio ao encontro de mais uma atividade do
Festival dos Oceanos.
Era às 22h na Praça do Comércio com o tema “
O Fado Convida...” no
Pátio da Galé. Sendo o fado uma das formas culturais mais universais que temos, este ano teve um significado ainda maior, durante quatro noites, fadistas convidaram à interação com outras culturas, ligando o Fado à música brasileira, angolana, indiana, etc..
Esta noite a fadista foi Ana Moura que convidou Ray Lema. Uma noite bem passada e diferente. Havia gente por todo o lado, mas era difícil ouvir falar português.
Dia 09
Pelas 10H00, como convém em férias e após um retemperador duche, fomos tomar o pequeno-almoço, pela primeira vez no espaço do Restaurante Pérola, com um buffet muito variado.
Dedicámos o dia de hoje para deambular pelos centros comerciais, cujo acesso fizemos pelo Metro. Escolhemos visitar o COLOMBO e o VASCO DA GAMA. Assim, tirámos bilhetes diários para podermos entrar e sair do Metro sempre que quiséssemos.
No Centro Comercial Colombo, um dos dez maiores Centros Comerciais da Europa. Percorremos aqueles longos corredores e pátios cheios de comércio.Com mais de 400 lojas, o Colombo é um centro de características únicas, com uma fabulosa variedade de oferta. São mais de 65 restaurantes, 10 salas de cinema, um Health Club, mais de 10 serviços de apoio ao cliente, um parque de diversões coberto e as melhores lojas de Moda.
Ali encontrámos o evento “A Arte Chegou ao Colombo”, que é uma parceria com o Museu Coleção Berardo, um dos mais relevantes impulsionadores de arte moderna e contemporânea no nosso país, na Praça Central deste Centro apresenta a exposição “Quatro Elementos - Quatro Artistas”.
Almoçámos no Restaurante “O Páteo”, um universo de sabores, que já conhecíamos de anteriores visitas. É ótimo e não é caro. Desta feita os pratos escolhidos foram: “
Tintureira de Coentrada” e “
Filetes de Pescada”.
Depois do almoço o Metro levou-nos então até ao Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações. Um centro com características arquitetónicas únicas que tem ao seu dispor 164 lojas, onde se incluem 36 restaurantes, 10 salas de cinema, Health Club, Recreio Infantil e diversos Serviços de Atendimento ao Cliente. O Parque das Nações é a designação atual da antiga Zona de Intervenção da Expo, que inclui o local onde foi realizada a Exposição Mundial de 1998 e ainda todas as áreas sob administração da ParqueExpo, S.A. Esta área tornou-se, entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com perto de 15.000 habitantes.
Destacam-se, como exemplos da arquitetura presente no Parque das Nações, a Gare do Oriente, de Santiago Calatrava e o Pavilhão de Portugal, de Álvaro Siza Vieira. De referir ainda o Pavilhão do Conhecimento com várias exposições interativas; um teleférico que transporta os visitantes de uma ponta à outra da área da antiga exposição; o Pavilhão Atlântico; a emblemática Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade, e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo. As áreas de lazer dividem-se entre jardins ribeirinhos e equipamentos lúdicos para os mais novos. A vivência com o rio é o ponto alto deste espaço que a cidade reconquistou após a Expo 98. Foram nestes espaços que aproveitamos para descansar e saborear a sombra do arvoredo, pois que o tempo estava muito quente, cerca de 38ºC. Uma tarde bem passada juntamente com imensas pessoas que por ali se encontravam a fazer o mesmo que nós e outras atividades de lazer.
O jantar, ligeiro, foi num dos restaurantes do Centro Comercial Vasco da Gama, na zona da restauração que tem muito por onde escolher. Em seguida o Metro voltou-nos a levar até à Baixa Pombalina. E como a noite estava com uma temperatura que nos obrigava a não ficar em casa, fomos assim como imensas outras pessoas vaguear pela rua Augusta na direção do Terreiro do Paço.
Era um mar de gente. Junto ao Cais das Colunas, na rampa, estavam sentadas umas dezenas largas de pessoas. Para ali também fomos. Não ouvimos falar a língua de Camões. A noite estava linda e inesquecível. As pessoas ali comungavam apenas pela presença uns dos outros. Só em Lisboa é que se consegue ter estes sentimentos. É por isto e por outras situações únicas que gosto de ir a Lisboa.
Dia 10
Novamente às 10H00, porque são férias e sabe bem levantar mais tarde da cama e tomar o duche matinal, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola, em regime de buffet. Um bom começo de dia!
O resto da manhã foi passado com uma visita à zona do Chiado.
O Chiado é, hoje, uma área de comércio nobre com todo o tipo de facilidades e animação de rua. Aqui encontra hotéis, teatros, livrarias, museus, restaurantes, lojas de designers portugueses famosos e o famoso refúgio favorito de personalidades como Fernando Pessoa e Eça de Queiroz, o café "A Brasileira".
Os Armazéns do Chiado consistem na recuperação arquitetónica de uma das mais famosas lojas existentes em Lisboa, que desapareceu no incêndio de 1988. O Chiado volta a ser o Centro cultural, comercial e boémio da capital, recuperando toda a sua elegância e glamour. Um desafio que conta já com a vontade de todos os lisboetas e portugueses para que o coração de Lisboa brilhe cada vez mais. Os Armazéns do Chiado apostam na cultura e nas artes, promovendo exposições e animações, com a certeza permanente de um atendimento personalizado e de qualidade. Os Armazéns do Chiado são um Centro atual, confortável e qualificado, com uma forte componente cultural, localizado numa das mais nobres e carismáticas zonas da cidade.
A hora do almoço chegou e escolhemos o restaurante “
A Lota”, local já algumas vezes escolhido por nós em outras alturas.
Sempre que vamos a Lisboa procuramos ter uma componente cultural.
Assim, a
Casa-Museu Medeiros e Almeida, situado na Rua Rosa Araújo 41, foi o local selecionado para visitarmos. Fundada em 1972 pelo empresário António Medeiros e Almeida (1895-1986), a Casa-Museu Medeiros e Almeida alberga um vasto conjunto de obras de arte representativo de um cruzamento de culturas. Nascido em 1895, António Medeiros e Almeida estuda Medicina em Coimbra, seguindo as pegadas do pai e do irmão, médicos em Lisboa, mas a sua vocação estava guardada para o mundo empresarial, e é aqui que faz fortuna e inicia uma das suas grandes paixões: o colecionismo. Paixão que o leva à ampliação da atual casa, adquirida em 1940, e que é hoje Casa-Museu.
O Museu é composto por duas áreas museológicas distintas. A primeira mantém-se tal e qual como no tempo em que o fundador era vivo. A segunda foi edificada no local do antigo jardim e recria uma atmosfera própria. O conjunto dos bens (cerca de 2000 peças) está disperso por 25 salas e inclui excelentes obras de pintura, mobiliário, tapeçaria, escultura, arte sacra, vidro e joalharia, abrangendo o período compreendido entre o século XVII e os nossos dias. Existem ainda três coleções alojadas em salas próprias: a Sala dos Relógios (contém cerca de 225 peças expostas por ordem cronológica, abrangendo um período de 2000 anos); a Sala da Porcelana da China, fazendo um percurso cronológico pelas diversas dinastias, desde às terracotas pré históricas (dinastia Han) até às porcelanas do final do séc. XVIII; e a Sala da Prata, uma mostra de peças composta por baixelas do prateiro inglês Paul Storr (1792-1838) e pratas portuguesas do séc. XVI ao séc. XVIII, incluindo uma coleção de cerca de 80 paliteiros de prata portuguesa e porcelana Vista Alegre.
A nossa visita foi feita sempre com uma constante vontade de nos demorarmos com todos os pormenores que se nos deparavam a cada passo. Os nossos olhos não se cansavam deslumbrados com toda a quantidade de peças de arte que íamos deparando ao longo de todas aquelas salas. Salas que para além de todos aqueles tesouros que as enchiam, também eram deslumbrantes as decorações das paredes e os tetos com pinturas e talhas. O final da visita já se aproximava, mas era grande a vontade de continuar a ver toda aquela quantidade de tesouros maravilhosos. A visita foi longa, mas soube a pouco pois que havia ainda muito para ver... do muito que vimos há sempre muita coisa que fica por ver.
Ainda ficou a curiosidade de ver a Capela que não estava aberta ao público por motivo de obras. Temos que voltar um dia bem próximo para ver e rever todo este riquíssimo espólio que esta Casa-Museu acolhe. Não vamos desvendar tudo, até porque é impossível fazê-lo, só vendo se faz uma ideia do que aqui fomos descobrir. A nossa proposta e o melhor mesmo é deslocarem-se até ali e comprovarem com os vossos próprios olhos.
Não vos vamos contar mais nada...
A tarde estava muito quente mas lá fomos descendo a Avenida da Liberdade até à rua das Portas de Santo Antão, onde nos esperava na Residencial um pouco de descanso e prepararmo-nos para o jantar. O local que escolhemos foi novamente o Buffet do
Restaurante Pérola.
Acabado o jantar e ali mesmo ao lado já se começava a sentir o movimento das pessoas que iam chegando para assistir ao espetáculo no Politeama, “
A Flor do Cacto”, para onde nós também nos fomos encaminhando. Transcrevo em seguida a sinopse, desta comédia que retirei de um dos sites do Politeama:
“A Flor do Cacto, passa-se numa Lisboa em plena crise psico-económica, um famoso dentista leva uma vida dupla com uma jovem tatuadora, produto típico da geração à rasca, convencendo a miúda que é um homem casado e pai de filhos. Tudo se complica quando esta pretende conhecer a verdadeira mulher do seu futuro marido.
A enfermeira que há anos trabalha no consultório do dentista e alimenta por ele uma paixão secreta, vê-se forçada a passar pela mulher legítima do homem solteiro que sempre amou. No ambiente hilariante de uma clínica dentária, com pacientes que são figuras famosas do nosso Jet7, a comédia atinge situações de grande comicidade com diálogos sofisticados e inteligentes mas numa peça de teatro transversal.
Numa época de depressão, o público procura divertir-se, vendo um espetáculo bem representado e elegante, num espetáculo com atores como Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Nuno Guerreiro, Hugo Rendas, Helena Rocha, Patrícia Resende e Bruna Andrade. A Flor do Cacto é um dos grandes clássicos do teatro de comédia do século XX, agora de regresso a Portugal, ao palco do Teatro Politeama numa nova versão de Filipe La Féria.
Um original francês de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, foi representado em todo o mundo com enorme êxito por grandes atores como Ingrid Bergman, Walter Matthau, Lauren Bacall e Jean Poiret e em Portugal, pela genial Laura Alves e por Paulo Renato. Filipe La Féria adaptou a famosa comédia para a atualidade, numa sátira ao Portugal de hoje.”
Assim chegou ao fim este dia.
Fomos então para o nosso quarto retemperar as forças, nesta última noite desta nossa “
Espreitadela a Lisboa”.
Dia 11
Às 10H00, como já tem sido nosso hábito, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola. Mais um bom começo deste dia, que será o último desta nossa vinda a Lisboa.
Arrumar a mala é preciso. Fazer o Check-out é obrigatório.
Mais um pequeno olhar ali pelo Rossio e pela Baixa e a hora do almoço chegou. A nossa opção foi novamente o buffet do Restaurante Pérola, que mais uma vez não nos surpreendeu pela boa qualidade apresentada e pelo bom serviço dos funcionários, não só pela simpatia como pela constante disponibilidade demonstrada.
Aconselhamos muito sinceramente uma visita, ao Hotel Residencial “Florescente”, ao seu Restaurante “Pérola” e Loja de recordações “Aromas de Lisboa”.
Chegou a hora de nos despedirmos, o que fizemos com os senhores rececionistas Carlos e António, dos quais nunca me canso de salientar a gentiliza, qualidade do seu atendido e simpatia.
Assim, foi pelas Portas de Santo Antão até à Praça do Rossio, frente ao Teatro de D. Maria II, que tivemos de carregar a nossa bagagem até ao táxi que nos levou até ao terminal de camionagem em Sete Rios. Já encontrámos vários tipos de taxistas ao longo dos anos que nos deslocamos a Lisboa. A título de curiosidade desta vez o taxista era muito falador e segundo nos disse tinha sido atleta de ciclismo, assim como o pai nos tempos do Barbosa. Disse que tinha pertencido a várias equipas portuguesas de entre as quais na do Sporting Clube de Portugal. É claro que fiquei feliz em saber.
O autocarro da Rede Expressos, já nos esperava para nos levar até à Figueira da Foz, pelas 15H45.
Chegámos à Figueira da Foz por volta 18H30.
Chegou assim ao fim a nossa “Espreitadela a Lisboa”.
PS: Textos assim como algumas fotos foram retirados da net.
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