quinta-feira, 20 de outubro de 2011

OE e a minha indignação

Em 2012 serei um professor com uma carreira de cerca de 40 anos, julgando estar na situação de aposentado. Neste momento ainda no ativo, como professor do ensino básico, tal como os demais "funcionários públicos", senti e cada dia que passo ainda mais sinto, a forma brutal como foram anunciadas as medidas sobre os cortes dos subsídios de Natal e de férias.
Pelo que foi anunciado e que consta no OE 2012, a redução salarial vai ser de 25%, mais a inflação esperada (?) os rendimentos vão ter uma quebra de cerca de 30%.
Uma pergunta me assalta de imediato o espírito: numa de repartição de sacrifícios por todos os portugueses, que responsabilidades temos nós os funcionários públicos, principalmente só nós, pelo défice orçamental?

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Vitor Gaspar disse em entrevista à RTP1 que o corte (roubo) nos subsídios de Natal e férias será temporária, até 2013.
Mas adiantou ainda que a suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal a funcionários públicos e pensionistas "é uma medida transitória, mas não é de curta duração (?). Estará em vigor durante vários anos (?)", revelou hoje o ministro das Finanças.
Segundo Vitor Gaspar, esta medida permitirá "realizar na área das administrações públicas a agenda de transformação estrutural que é necessária à redução profunda e durável da despesa pública numa perspetiva de médio e longo prazo".
Vítor Gaspar explicou que se trata de uma "medida justificada pela situação de crise e emergência nacional que o País vive", um quadro "que não pode ser de duração indeterminada", e que a condição para a suspensão dos subsídios é precisamente o facto de Portugal estar sujeito a um programa de ajustamento económico e financeiro.


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Na manifestação dos “indignados” em Coimbra no dia 15.10.2011, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, disse à agência Lusa:
- “Vim exprimir indignação e revolta pela situação a que chegámos no país”;
- “Vim exprimir a imensa revolta pela injustiça que está a ser praticada contra o povo português, sobretudo o setor mais frágil que são os trabalhadores”;
- “Trata-se de uma dupla injustiça porque os causadores da crise e que acumularam imensa fortuna com o dinheiro que retiraram do Estado, dos bancos e empresas não estão a pagar a crise. Quem está a pagar são aqueles que não a causaram, são os trabalhadores, sobretudo os funcionários públicos”.


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Há dias enviaram para a minha caixa de correio (e-mail) um texto que julgo estar aqui muito a propósito e que passo a transcrever uma pequena parte:
“Um dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transações interbancárias......??? Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.
Correcto???? Se pensa que não, vejamos:
Fernando Nogueira:
Antes - Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola
José de Oliveira e Costa: (o tal que esteve na gaiola)
Antes - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora - Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)
Rui Machete: (agora ninguém o ouve)
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; (o banco falido)
Presidente do Conselho Executivo da FLAD
Armando Vara: (aquele a quem o sucateiro dava caixas de robalos)
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP (demissionário a seu pedido)
Paulo Teixeira Pinto: (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (depois de 3 anos de 'trabalho', saiu com 10 milhões de indemnização!!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até morrer...)
António Vitorino:
Antes - Ministro da Presidência e da Defesa
Agora - Vice-Presidente da PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta
E ainda comentador RTP
Celeste Cardona: (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens - mas o vencimento era muito curto)
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD (com ordenado principesco)
José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES
João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português (o tal que deu o berro).
Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação
Agora - Vogal do CA do BES (agora é banqueiro)
Ferreira do Amaral: (o espertalhão, que preparou o terreno)
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte (com quem se tem de renegociar o contrato)e etc.. etc.. etc..





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Também partindo do princípio que este texto que recebi é verdade e que não resisto a transcrever parte dele, é mais uma vergonha:
“Subsídio de alojamento"
Aqui não há cortes decididos pela Troika.
Governo: Dois ministros e sete secretários de Estado vão juntar 1152 euros de subsídios de alojamento aos respetivos salários mensais por não terem residência permanente em Lisboa.
João Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa, e Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, são os dois membros do Executivo que juntarão este subsídio à sua remuneração mensal de 6885,40 euros dado terem residência habitual no Porto e em Braga, respetivamente.
Já os secretários de Estado que verão os vencimentos mensais de 6133,55 euros acrescidos em 1152 para a comparticipação dos custos com habitação na capital serão José Cesário, responsável pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas; Juvenal Peneda, adjunto do ministro da Administração Interna; Simões Júlio, Administração Local e Reforma Administrativa; Cecília Meireles, Turismo; Daniel Campelo, das Florestas e Desenvolvimento Rural; Marco António Costa, Solidariedade e Segurança Social, e Vânia Barros, adjunta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Esta concessão de subsídios de alojamento a estes governantes foi publicada em Diário da República.

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E agora pasme-se se esta for também verdade???
ASSUNÇÃO ESTEVES - é a presidente da Assembleia da República, mas não prescinde da sua reforma de 2.420 euros!
É verdade - Reformou-se aos 42 anos com 484 contos/mês (2.420 euros) após 10 anos de trabalho?...



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Falta ainda saber o que vai o governo fazer no que respeita a todas essas fundações, institutos e outras instituições que recebem milhões do estado!?
Para que servem estas instituições?
Para que queremos nós portugueses essas entidades?
Quando de resolve o problema das Parcerias Público-Privadas (scuts, hospitais, estradas, etc..)?
Muitas individualidades credíveis defendem que as parcerias público-privadas (PPP) não são recomendáveis para o Estado.
As Parcerias Público-Privadas vão custar 59,6 mil milhões de euros.
Os portugueses vão andar mais 40 anos a pagar os custos das Parcerias Público-Privadas. Uma pesada herança para os nossos filhos e os nossos netos.


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O Governo devia justificar-se publicamente por que é que considera a sua proposta a melhor de qualquer uma outra e considera que os funcionários públicos são os (únicos) responsáveis do défice. Pode ficar a suspeita de que não considera os trabalhadores com funções públicas parte da sua base política eleitoral, não perdendo assim grandes votos em futuras eleições.
Os políticos parecem que têm a memória curta!
Ainda há muito pouco tempo outro político (José Sócrates) julgava que não precisava dos funcionários públicos para votar nele e aconteceu o que aconteceu…


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Já ontem o Presidente da República apelava à igual distribuição dos sacrifícios.
Na abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, Cavaco Silva pediu também que se evitasse a distribuição desigual dos sacrifícios.
O Presidente da República defende que o Governo deve evitar que se instale a ideia de que não foram tomadas todas as medidas para combater a crise.

A solução não será apenas castigar só os trabalhadores da função pública e também, se assim acontecesse-se, os funcionários do setor privado.
Não defendo esta solução!
Mas segundo o senhor Presidente da República, há uma violação do princípio básico da equidade fiscal.
Esta não é por isso a solução!
A solução é também não violar os direitos consagrados na Constituição.


Este Governo é COLOSSAL!

Este Governo é um “bluff” COLOSSAL!
Este 1º Ministro, Passos Coelho é um engano COLOSSAL!

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