“As Desculpas não se
pedem, evitam-se”
Finalmente
alguém assume as suas responsabilidades e pede desculpas pela decisão do erro
que foi a Guerra do Iraque.
Mais vale
tarde que nunca.
Ontem dia 25 de Outubro de 2015, passados que são 12 anos, o
ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair
assumiu os erros da invasão ao Iraque, admitindo que o regime do ditador Saddam Hussein não tinha armas
químicas.
Só que Saddam Hussein, ex-presidente
do Iraque, foi
executado pelos “crimes” que cometeu.
O Julgamento de Saddam Hussein, aconteceu em um Tribunal Especial Iraquiano, onde foi
acusado de violações dos Direitos Humanos durante o seu governo e foi condenado à pena de morte (por enforcamento)
pelo assassinato de 148 homens, predominantemente xiitas, na cidade iraquiana de Dujail em 1982.
Segundo aquilo que tenho lido, ainda não existe nenhuma
lista oficial de civis mortos na guerra do Iraque. Em 6 anos da guerra foram mortos
mais de 66 mil civis. As autoridades militares dos Estados Unidos falharam na
investigação de milhares de relatórios de abusos, torturas e violações que
envolvem as forças de segurança iraquianas.
O WikiLeaks colocou 400 mil documentos à disposição da
opinião pública, nos quais se fala em 109 mil mortos e já estão a trabalhar no
assunto equipas de advogados defensores dos “Direitos Humanos”.
Se estas provas forem
a tribunal e se houver provas dessas violações equiparando-as às de Saddam
Hussein, qual serão os resultados?
O mesmo do que
aconteceu a Saddam Hussein e seus capangas?
Na tarde de 16 de Março de 2003, os olhos do Mundo
estiveram postos na Base das Lajes, nos Açores, quando o Presidente
norte-americano, George W. Bush e os então primeiros-ministros britânico Tony
Blair, espanhol José Maria Aznar e português Durão Barroso se reuniram para uma
cimeira que culminou, quatro dias depois, com decisão do início da guerra
contra o regime iraquiano de Saddam Hussein e que ficaria conhecida como
Cimeira das Lajes ou Cimeira da Guerra.
Tony Blair pediu desculpas pelos
erros na Guerra do Iraque.
Quando é que George W. Bush, José Maria Aznar e Durão
Barroso vão também assumir as culpas?
Quando é que o nosso “extraordinário” ex-primeiro-ministro (que
a 24 de junho de 2004, pediu a demissão, não esquecer), ex-presidente da
Comissão Europeia, Durão Barroso,
pede também aos portugueses e ao Mundo, DESCULPA?
Li na net já há algum tempo e é para
refletir:
“Pegue
esse copo.
-
Peguei.
-
Agora solte-o no chão. O que houve com o copo?
-
Ele se quebrou, por quê?
-
Agora pede desculpa e vê se ele fica inteiro novamente.”
Fantástico este texto. Vou "roubar" para o meu arquivo.
ResponderEliminar"Rouba à vontade". É preciso denunciar estes crimes. Uns já foram julgados e castigados como culpados(?). Mas existem outros que ainda não foram julgados.
ResponderEliminarÉ obrigatório não deixar esquecer estes casos!