sábado, 3 de setembro de 2011

PASSEIO A CAMPO MAIOR

FESTAS DO POVO, DAS FLORES OU DOS ARTISTAS
29 e 30 de Agosto de 2011

Dia 29
Às 07H30 em ponto, partimos do largo da Igreja de Tavarede com destino a Campo Maior. Já há 7 anos que as Festas do Povo, das Flores ou dos Artistas não se faziam. Como nunca lá tínhamos ido foi esta a altura para o fazer.
Com uma organização exemplar, como é costume, do amigo Tó Simões e com a colaboração da empresa AVIC, cujo autocarro foi conduzido pelo motorista Jesus, lá seguimos na direção do sul até ao nosso destino.
A meio do caminho fizemos uma paragem para o café e
outras necessidades do momento.


Por volta do meio-dia chegámos a Campo Maior. Optámos em primeiro lugar por procurar um local para almoçarmos e depois fazermos a visita às ruas enfeitadas desta vila.
Dedicada a São João Batista patrono de Campo Maior, é uma das festas mais extraordinárias de Portugal. São festas que não se realizam ciclicamente, mas quando o Povo entende.


As últimas Festas do Povo realizaram-se em 2004 e consistem na decoração das ruas de Campo Maior (sobretudo no Centro Histórico) com flores de papel e outros objetos em cartão e papel, feitos pelos residentes de cada rua. Percorremos um mundo de esforços, de dedicação, de poesia, que se torna muito difícil descrever e transmitir. Foram meses e meses de luta, trabalho de entusiasmo sem limites dedicados á sua preparação.




Foram horas sem conta, roubadas quantas vezes ao justo descanso, que toda a gente de Campo Maior dedicou á preparação desta maravilhosa e inesquecível surpresa, desse admirável e fascinante jardim florido que surgiu perante os nossos olhos, como por encanto, ao raiar da aurora do dia 27de Agosto. Todos os milhares e milhares de flores: rosas, cravos, tulipas, hortências, glicínias, papoilas, etc., foram preparados com muito amor, carinho e grande espírito de vontade.

Foi um raro espetáculo que nos foi oferecido, que para além das maravilhosas ruas engaladas, também ouvimos algumas encantadoras e suaves melodias – as célebressaias” – inspiradas em quadras soltas e acompanhadas de ritmo vivo e alegre com pandeiretas, que se cantavam nas ruas de Campo Maior.




A vila de Campo Maior foi fundada pelos Romanos e a sua incorporação no reino de Portugal deu-se com o Tratado de Alcanizes, de 1297, celebrado por D. Dinis, que lhe deu foral e reconstruiu as muralhas.O castelo foi beneficiado nos séculos XVI-XVII, mas a explosão de 1732, quando um raio atingiu um paiol de pólvora, provocando uma explosão que arruinou a torre de menagem e as casas de mais de dois terços da população. Crê-se que os ossos das cerca de 800 pessoas existentes na Capela dos Ossos (1766), anexa à igreja matriz (séc. XVI-XVII), estejam relacionados com essa explosão.




Passeamos pelas ruas apreciando a vivacidade do pequeno comércio, descobrindo que a devoção a Santa Ana, na Igreja da Misericórdia, leva as pessoas a oferecerem uma fita azul ou rosa pelo nascimento de um filho(a) ou admirando a fachada e o interior revestidos a mármore da Igreja de São João Baptista (séc. XVIII). Procuramos ainda a Casa do Assento (séc. XVIII), onde funciona o mercado, o edifício da Câmara Municipal (séc. XVIII) e o pelourinho, em que o habitual pilar é encimado por uma invulgar estatueta com traje do séc. XVIII simbolizando a justiça. Atravessando o rio Xévora pode-se visitar o Santuário de Nossa Senhora da Enxara, que está ligado a uma antiga lenda.
A Lenda de Nossa Senhora da Enxara: Reza a lenda que certo dia estava uma mulher a lavar roupa no rio, na companhia da sua filha que brincava. Ao se afastar para brincar, a criança voltou pouco depois com um brinco de ouro afirmando ter sido oferecido por uma senhora muito bonita. Quando voltaram ao local onde a menina encontrou a senhora, deparam-se com a imagem de Nossa Senhora sobre uma pedra redonda, que hoje está no Santuário. A população, ao saber do acontecimento, decidiu erguer uma capela a meio caminho, contudo todas as manhãs a imagem desaparecia para ser de novo encontrada no local original. Assim, a população decidiu construir um Santuário para albergar a imagem de Nossa Senhora da Enxara. Diz também o povo de Campo Maior que quando não havia água nem chovia, se realizava uma cerimónia onde os habitantes deitavam a pedra ao rio, para que a Nossa Senhora fizesse chover. Tal acontecia, procedendo-se então ao ritual inverso que consistia em retirar a pedra do rio, colocá-la novamente na Capela e sobre ela recolocar a imagem.

Ficámos com a vontade de voltar a Campo Maior, mesmo sem a Festa da Flor. Como não conhecíamos esta vila só podemos ganhar em vê-la no dia-a-dia para melhor se perceber da dimensão desta metamorfose que imaginamos acontecer sempre que acontece esta festa.
Após a visita, que foi muito apreciada e aplaudida por todos, rumámos para Badajoz.
Badajoz é a maior cidade e capital da província com o mesmo nome, na comunidade autónoma da Estremadura e localiza-se no sudoeste da Península Ibérica, junto à fronteira com a cidade portuguesa de Elvas. Distam 8 km Badajoz e Elvas que preparam o futuro para criar uma única cidade com o nome de Eurocidade Elvas/Badajoz. A sua História remonta à sua fundação em 875 pelos mouros e passando para a soberania de Castela em 1230. Foi ao longo dos séculos prejudicada pelas lutas entre Portugal e Espanha, tendo sido ocupada pelos portugueses em 1386 e quase completamente destruída num cerco em 1705. Dos monumentos mais relevantes destacam-se: Puerta de Palmas, Puente de Palmas, Alcazaba, Torre de Espantaperros, Catedral, Recinto abaluartado de Badajoz, Plaza Alta, Parque de Castelar e Giralda de Badajoz.”


Pernoitamos em Badajoz no Hotel Rio Badajoz que está localizado na cidade moderna e em desenvolvimento na margem direita do Rio Guadiana que passa através de Badajoz e divide a cidade na área de antigo e moderno. O Hotel Rio Badajoz está localizado num enclave privilegiado, que liga Badajoz com Portugal. O Hotel tem um Restaurante tradicional “O Pantry”, recomendado pelos guias de maior prestígio reconhecido e homenageado com prémios nacionais e gastronomia internacional. Aqui saboreamos o nosso jantar que nos aconchegou os estômagos para uma noite repousante que nos era muito desejada. A noite estava com uma temperatura muito amena, que convidava a um passeio relaxante. Foi o que um grupo de companheiros de viagem fez pelo espaço envolvente das duas margens do rio Guadiana. Já a noite estava um pouco avançada quando nos encaminhamos para o Hotel para finalmente fazermos o nosso descanso merecido.

Pelas 07H30, oferecido um pequeno-almoço não muito diversificado mas que nos começou a animar para o dia que provavelmente seria muito cansativo.

Dia 30
Às 08H30 em ponto estava o autocarro a sair de Badajoz, na direção de Cáceres.
A História de Cáceres remonta à Pré-história. Na zona de Calerizo existem várias escavações onde foram encontradas pinturas de mãos humanas com a particularidade de ter o dedo mindinho amputado. Mas foi, sem dúvida, no séc. I a.C., aquando da fundação romana que a cidade conheceu os primeiros tempos de prosperidade. No séc. V, os visigodos arrasaram a cidade e até ao século IX não se ouviu mais falar de Cáceres. Os muçulmanos aproveitaram a localização estratégica, na qual tinha assentado a colónia romana, para construir uma base militar para fazer frente aos cristãos vindos do norte durante a época da Reconquista. No séc. XII, devido ao avanço dos cristãos, a cidade foi fortificada com uma muralha de adobe. Esta não serviu de muito pois o rei Afonso IX, monarca do Reino de Leão, tomou a cidade anos depois a 23 de Abril de 1229, dia de São Jorge, que desde então é o padroeiro da cidade. Cáceres começa a transformar-se, construindo igrejas no lugar das mesquitas e palácios cristãos sobre os palácios muçulmanos. Com modificações desde o séc. XVIII, a cidade chega aos nossos dias quase sem alterações, sendo uma das cidades monumentais mais bem conservadas do Mundo.


A cidade de Cáceres foi considerada o 3º Conjunto Monumental Europeu em 1968 e Património da Humanidade pela UNESCO em 1986. Foi por todo este conjunto de monumentos que procurámos os edifícios mais marcantes para os visitarmos: Catedral de Santa Maria, Igreja São Mateus, Igreja de Santiago e Igreja de São João; Palácio de Moctezuma, Palácio dos Golfines de Arriba, Palácio dos Golfines de Abajo, Casa del Sol e Palácio do Carvajal; Museu Provincial de Cáceres, Casa-Museu Guayasamín, Casa Pedrilla, Museu Vostell Malpartida e Museu Árabe Yusuf Al Burch; Arco de la Estrella y del Cristo, Torres de Sande, Torre de Bujaco e Torre das Cegonhas.

Aproximou-se a hora do almoço. A maior parte dos companheiros de viagem espalharam-se pelos vários restaurantes que existem à volta da Plaza Mayor.
Pelas 14H00, saímos de Cáceres a caminho de Marvão. Chegados à vila iniciamos uma breve visita à mesma.

Marvão é uma vila do distrito de Portalegre, situada no topo da Serra do Sapoio, a uma altitude de 860 metros. A vila e as montanhas escarpadas em que se localiza estão inscritas na lista de candidatos a Património Mundial da UNESCO desde 2000. A sua História, estende-se desde o período romano, cujos rochedos de Marvão são utilizados como refúgio ou como ponto estratégico militar. A localidade foi conquistada aos muçulmanos por D. Afonso Henriques durante as campanhas de 1160/1166, tendo sido novamente tomada pelos mouros na contra-ofensiva de Almansor, em 1190. Em 1226, D. Sancho II dá foral à população e manda ampliar o castelo. Em 1226, D. Dinis disputa e apodera-se do castelo, que foi incluído no plano das suas reedificações militares e passou a ter uma grande importância estratégica nas guerras com castelhanos e espanhóis.
A nossa próxima paragem aconteceu em Castelo de Vide. Ali estivemos 01H30, o que foi aproveitado, para além de fazer algumas visitas, também foi feito um lanche-ajantarado, para assim podermos fazer o caminho de regresso a casa sem perder muito tempo. As fotografias que se seguem foram tiradas no núcleo do Sporting Clube de Portugal de Castelo de Vide, onde este grupo de companheiros esteve a reforçar os estômagos para aguentar a viagem até à nossa terra.



Castelo de Vide é uma vila do distrito de Portalegre. O carácter romântico da vila de Castelo de Vide, associado aos seus jardins, abundância de vegetação, clima ameno e proximidade da serra de São Mamede, tornou-a conhecida por "Sintra do Alentejo" (esta designação é atribuída ao rei D. Pedro V). Os locais de interesse: Antiga Casa da Câmara (séc. XV), Casa Amarela (séc. XVIII), Casa de Matos (séc. XIII), Castelo medieval (séc. XIII), Fortificações renascentistas (séc. XVII), Paços do Concelho (séc. XVII), Pelourinho (séc. XVIII), Forte de São Roque (séc. XVIII), Judiaria (séc. XIV), Antiga sinagoga (séc. XIV), Burgo medieval (séc. XIII), Arrabaldes medievais (séc. XIV), Santuário de Nossa Senhora da Penha (séc. XVI), Igreja de Santa Maria da Devesa (séc. XVIII), Fonte da Vila (séc. XVI), Fonte da Mealhada (séc. XVII), Fonte de Martinho (séc. XVII), Fonte do Ourives (séc. XIX), Fonte do Montorinho (séc. XIX), Parque João José da Luz (Jardim Grande) (séc. XIX), Jardim Gonçalo Eanes de Abreu (Jardim Pequeno) (séc. XIX), Jardim Garcia de Orta (séc. XX), Jardim Miradouro Penedo Monteiro (séc. XX), Parque 25 de Abril (séc. XXI) e Parque Natural da Serra de São Mamede.

22H00 - Aconteceu a chegada a Tavarede.

Desejamos manifestar a nossa satisfação e contentamento pela viagem que acabamos de realizar. Continuamos a recomendar as viagens organizadas pelo Tó Simões.
Estas viagens são feitas em grupo e por vezes é difícil compartilhar os mesmos gostos com todas as pessoas para realizar os passeios, escolher os restaurantes, ir às compras ou simplesmente conhecer os lugares escolhidos. Mas é claro que existem ótimos companheiros de viagem, com os quais compartilhamos interesses e maneiras de estar. É o que acontece com este nosso grupo, alguns de nós há já bastantes anos juntos.
Quando acabamos já ficamos com pena da viagem ter acabado.
E já estamos de olho na minha próxima viagem…
Até à próxima!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ESPREITADELA A LISBOA

08 a 11 de Agosto de 2011

Dia 08
Pelas 07H00 embarcamos no terminal da Figueira da Foz num autocarro da Rede Expressos que nos transportou até Lisboa e onde chegamos por volta das 09H45. Assim iniciámos a nossa “Espreitadela a Lisboa”.

Pelas 10H00, fizemos o Check-in no Hotel Residencial Florescente, nossa habitual escolha quando visitamos Lisboa. Não podemos deixar de salientar dois dos mais antigos rececionistas, os senhores Carlos e António, os quais já consideramos nossos amigos e que são prestáveis, simpáticos, atenciosos e de uma cordialidade invejável. Esta unidade hoteleira situa-se na rua Portas de Santo Antão que é uma rua pedonal onde se pode usufruir das inúmeras esplanadas e restaurantes e onde se encontra a grande sala de espetáculos Coliseu dos Recreios e o teatro Politeama. A sua localização é no centro histórico de Lisboa, na Baixa Pombalina, perto da Praça dos Restauradores e do Rossio.



A Residencial com uma arquitetura restaurada, possui agora o Restaurante Pérola, onde pela manhã, os hóspedes podem desfrutar de um rico Buffet de pequeno-almoço, preparado com ingredientes frescos e com alguma variedade. Ao almoço e jantar, neste Restaurante são servidos pratos locais num variado Buffet que inclui: Sopa, Saladas, Pratos de Peixe e Carne, Sobremesas variadas, Bebida e Café.


No Lounge do Restaurante relaxámos enquanto tomámos uma bebida refrescante, pois o calor no exterior estava a apertar. Aqui temos um ambiente confortável e respira-se uma atmosfera tranquila, com mobiliário e decoração minimalista, num ambiente informal. Também mesmo ao lado possui esta Residencial o “Aromas de Lisboa”, que é uma loja de recordações.


Como ainda estava a manhã a meio, pensámos dar uma volta pelo Rossio, onde se encontrava mesmo ao centro desta praça, de D. Pedro IV, um enorme insuflável.


Era uma das atividades incluídas no Festival dos Oceanos, que aproveitámos de imediato para visitar: Universo de Luz – O Luminarium é inspirado pelas formas puras da geometria e da natureza, pela arquitetura islâmica e as catedrais góticas, juntando os vários povos e culturas. É um espaço para relaxar e recarregar energias. O mundo lá fora desaparece, e somos transportados para um mundo de luz.


Um espaço que nos transmite a luz natural, formando áreas coloridas, através de túneis/labirintos. Uma experiência única que nos faz mover no meio de tons saturados e subtis e ao som de melodias. Gostámos muito desta visita.

Continuámos na Baixa, por tradição o centro comercial da cidade, onde se encontra uma forte concentração de lojas e um local único para passear. Um acolhimento personalizado torna as compras ainda mais prazenteiras. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do Rossio.


Chegou então a hora do almoço. Como ainda não tínhamos experimentado o Restaurante Pérola, foi para lá que nos dirigimos e onde não nos arrependemos pela escolha, pois que o Buffet foi muito variado e como muita qualidade.
Depois do almoço dirigimo-nos à bilheteira do Politeama onde adquirimos bilhetes para no dia 10, quarta-feira pelas 21H30, assistirmos ao espetáculo em cena “A Flor do Cacto” de Filipe La Féria.


Descansar um pouco era preciso e por isso fomos até ao nosso quarto o 202, para o fazer e também desfazer a mala.
A temperatura estava quente mas não muito e a tarde foi passada na Baixa onde o comércio nos ocupou com algumas compras. Aproveitei também para comprar algum material filatélico que precisava e o qual tenho dificuldade em encontrar na Figueira.

Na Rua Augusta, visitámos o MUDE – Museu do Design e da Moda, onde percorremos a Exposição Permanente que dá a conhecer a evolução do design ao longo do século XX, formada por mobiliário, moda e pequenos objetos, consistindo de várias expressões existentes na coleção, permitindo uma perspetiva histórica e a Exposição Temporária que fomenta uma dinâmica cultural geradora de fluxos de públicos diversificados.

O tempo foi passando chegando assim a hora do jantar. O tempo continuava quente apesar de já ser noite. Fomos então na direção do rio ao encontro de mais uma atividade do Festival dos Oceanos.

Era às 22h na Praça do Comércio com o tema “O Fado Convida...” no Pátio da Galé. Sendo o fado uma das formas culturais mais universais que temos, este ano teve um significado ainda maior, durante quatro noites, fadistas convidaram à interação com outras culturas, ligando o Fado à música brasileira, angolana, indiana, etc..

Esta noite a fadista foi Ana Moura que convidou Ray Lema. Uma noite bem passada e diferente. Havia gente por todo o lado, mas era difícil ouvir falar português.


Dia 09
Pelas 10H00, como convém em férias e após um retemperador duche, fomos tomar o pequeno-almoço, pela primeira vez no espaço do Restaurante Pérola, com um buffet muito variado.
Dedicámos o dia de hoje para deambular pelos centros comerciais, cujo acesso fizemos pelo Metro. Escolhemos visitar o COLOMBO e o VASCO DA GAMA. Assim, tirámos bilhetes diários para podermos entrar e sair do Metro sempre que quiséssemos.


No Centro Comercial Colombo, um dos dez maiores Centros Comerciais da Europa. Percorremos aqueles longos corredores e pátios cheios de comércio.Com mais de 400 lojas, o Colombo é um centro de características únicas, com uma fabulosa variedade de oferta. São mais de 65 restaurantes, 10 salas de cinema, um Health Club, mais de 10 serviços de apoio ao cliente, um parque de diversões coberto e as melhores lojas de Moda.

Ali encontrámos o evento “A Arte Chegou ao Colombo”, que é uma parceria com o Museu Coleção Berardo, um dos mais relevantes impulsionadores de arte moderna e contemporânea no nosso país, na Praça Central deste Centro apresenta a exposição “Quatro Elementos - Quatro Artistas”.
Almoçámos no Restaurante “O Páteo”, um universo de sabores, que já conhecíamos de anteriores visitas. É ótimo e não é caro. Desta feita os pratos escolhidos foram: “Tintureira de Coentrada” e “Filetes de Pescada”.

Depois do almoço o Metro levou-nos então até ao Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações. Um centro com características arquitetónicas únicas que tem ao seu dispor 164 lojas, onde se incluem 36 restaurantes, 10 salas de cinema, Health Club, Recreio Infantil e diversos Serviços de Atendimento ao Cliente. O Parque das Nações é a designação atual da antiga Zona de Intervenção da Expo, que inclui o local onde foi realizada a Exposição Mundial de 1998 e ainda todas as áreas sob administração da ParqueExpo, S.A. Esta área tornou-se, entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com perto de 15.000 habitantes.


Destacam-se, como exemplos da arquitetura presente no Parque das Nações, a Gare do Oriente, de Santiago Calatrava e o Pavilhão de Portugal, de Álvaro Siza Vieira. De referir ainda o Pavilhão do Conhecimento com várias exposições interativas; um teleférico que transporta os visitantes de uma ponta à outra da área da antiga exposição; o Pavilhão Atlântico; a emblemática Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade, e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo. As áreas de lazer dividem-se entre jardins ribeirinhos e equipamentos lúdicos para os mais novos. A vivência com o rio é o ponto alto deste espaço que a cidade reconquistou após a Expo 98. Foram nestes espaços que aproveitamos para descansar e saborear a sombra do arvoredo, pois que o tempo estava muito quente, cerca de 38ºC. Uma tarde bem passada juntamente com imensas pessoas que por ali se encontravam a fazer o mesmo que nós e outras atividades de lazer.


O jantar, ligeiro, foi num dos restaurantes do Centro Comercial Vasco da Gama, na zona da restauração que tem muito por onde escolher. Em seguida o Metro voltou-nos a levar até à Baixa Pombalina. E como a noite estava com uma temperatura que nos obrigava a não ficar em casa, fomos assim como imensas outras pessoas vaguear pela rua Augusta na direção do Terreiro do Paço.

Era um mar de gente. Junto ao Cais das Colunas, na rampa, estavam sentadas umas dezenas largas de pessoas. Para ali também fomos. Não ouvimos falar a língua de Camões. A noite estava linda e inesquecível. As pessoas ali comungavam apenas pela presença uns dos outros. Só em Lisboa é que se consegue ter estes sentimentos. É por isto e por outras situações únicas que gosto de ir a Lisboa.

Dia 10
Novamente às 10H00, porque são férias e sabe bem levantar mais tarde da cama e tomar o duche matinal, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola, em regime de buffet. Um bom começo de dia!
O resto da manhã foi passado com uma visita à zona do Chiado.


O Chiado é, hoje, uma área de comércio nobre com todo o tipo de facilidades e animação de rua. Aqui encontra hotéis, teatros, livrarias, museus, restaurantes, lojas de designers portugueses famosos e o famoso refúgio favorito de personalidades como Fernando Pessoa e Eça de Queiroz, o café "A Brasileira".
Os Armazéns do Chiado consistem na recuperação arquitetónica de uma das mais famosas lojas existentes em Lisboa, que desapareceu no incêndio de 1988. O Chiado volta a ser o Centro cultural, comercial e boémio da capital, recuperando toda a sua elegância e glamour. Um desafio que conta já com a vontade de todos os lisboetas e portugueses para que o coração de Lisboa brilhe cada vez mais. Os Armazéns do Chiado apostam na cultura e nas artes, promovendo exposições e animações, com a certeza permanente de um atendimento personalizado e de qualidade. Os Armazéns do Chiado são um Centro atual, confortável e qualificado, com uma forte componente cultural, localizado numa das mais nobres e carismáticas zonas da cidade.
A hora do almoço chegou e escolhemos o restaurante “A Lota”, local já algumas vezes escolhido por nós em outras alturas.

Sempre que vamos a Lisboa procuramos ter uma componente cultural.
Assim, a Casa-Museu Medeiros e Almeida, situado na Rua Rosa Araújo 41, foi o local selecionado para visitarmos. Fundada em 1972 pelo empresário António Medeiros e Almeida (1895-1986), a Casa-Museu Medeiros e Almeida alberga um vasto conjunto de obras de arte representativo de um cruzamento de culturas. Nascido em 1895, António Medeiros e Almeida estuda Medicina em Coimbra, seguindo as pegadas do pai e do irmão, médicos em Lisboa, mas a sua vocação estava guardada para o mundo empresarial, e é aqui que faz fortuna e inicia uma das suas grandes paixões: o colecionismo. Paixão que o leva à ampliação da atual casa, adquirida em 1940, e que é hoje Casa-Museu.

O Museu é composto por duas áreas museológicas distintas. A primeira mantém-se tal e qual como no tempo em que o fundador era vivo. A segunda foi edificada no local do antigo jardim e recria uma atmosfera própria. O conjunto dos bens (cerca de 2000 peças) está disperso por 25 salas e inclui excelentes obras de pintura, mobiliário, tapeçaria, escultura, arte sacra, vidro e joalharia, abrangendo o período compreendido entre o século XVII e os nossos dias. Existem ainda três coleções alojadas em salas próprias: a Sala dos Relógios (contém cerca de 225 peças expostas por ordem cronológica, abrangendo um período de 2000 anos); a Sala da Porcelana da China, fazendo um percurso cronológico pelas diversas dinastias, desde às terracotas pré históricas (dinastia Han) até às porcelanas do final do séc. XVIII; e a Sala da Prata, uma mostra de peças composta por baixelas do prateiro inglês Paul Storr (1792-1838) e pratas portuguesas do séc. XVI ao séc. XVIII, incluindo uma coleção de cerca de 80 paliteiros de prata portuguesa e porcelana Vista Alegre.

A nossa visita foi feita sempre com uma constante vontade de nos demorarmos com todos os pormenores que se nos deparavam a cada passo. Os nossos olhos não se cansavam deslumbrados com toda a quantidade de peças de arte que íamos deparando ao longo de todas aquelas salas. Salas que para além de todos aqueles tesouros que as enchiam, também eram deslumbrantes as decorações das paredes e os tetos com pinturas e talhas. O final da visita já se aproximava, mas era grande a vontade de continuar a ver toda aquela quantidade de tesouros maravilhosos. A visita foi longa, mas soube a pouco pois que havia ainda muito para ver... do muito que vimos há sempre muita coisa que fica por ver.

Ainda ficou a curiosidade de ver a Capela que não estava aberta ao público por motivo de obras. Temos que voltar um dia bem próximo para ver e rever todo este riquíssimo espólio que esta Casa-Museu acolhe. Não vamos desvendar tudo, até porque é impossível fazê-lo, só vendo se faz uma ideia do que aqui fomos descobrir. A nossa proposta e o melhor mesmo é deslocarem-se até ali e comprovarem com os vossos próprios olhos.
Não vos vamos contar mais nada...

A tarde estava muito quente mas lá fomos descendo a Avenida da Liberdade até à rua das Portas de Santo Antão, onde nos esperava na Residencial um pouco de descanso e prepararmo-nos para o jantar. O local que escolhemos foi novamente o Buffet do Restaurante Pérola.

Acabado o jantar e ali mesmo ao lado já se começava a sentir o movimento das pessoas que iam chegando para assistir ao espetáculo no Politeama, “A Flor do Cacto”, para onde nós também nos fomos encaminhando. Transcrevo em seguida a sinopse, desta comédia que retirei de um dos sites do Politeama:

A Flor do Cacto, passa-se numa Lisboa em plena crise psico-económica, um famoso dentista leva uma vida dupla com uma jovem tatuadora, produto típico da geração à rasca, convencendo a miúda que é um homem casado e pai de filhos. Tudo se complica quando esta pretende conhecer a verdadeira mulher do seu futuro marido.


A enfermeira que há anos trabalha no consultório do dentista e alimenta por ele uma paixão secreta, vê-se forçada a passar pela mulher legítima do homem solteiro que sempre amou. No ambiente hilariante de uma clínica dentária, com pacientes que são figuras famosas do nosso Jet7, a comédia atinge situações de grande comicidade com diálogos sofisticados e inteligentes mas numa peça de teatro transversal.

Numa época de depressão, o público procura divertir-se, vendo um espetáculo bem representado e elegante, num espetáculo com atores como Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Nuno Guerreiro, Hugo Rendas, Helena Rocha, Patrícia Resende e Bruna Andrade. A Flor do Cacto é um dos grandes clássicos do teatro de comédia do século XX, agora de regresso a Portugal, ao palco do Teatro Politeama numa nova versão de Filipe La Féria.

Um original francês de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, foi representado em todo o mundo com enorme êxito por grandes atores como Ingrid Bergman, Walter Matthau, Lauren Bacall e Jean Poiret e em Portugal, pela genial Laura Alves e por Paulo Renato. Filipe La Féria adaptou a famosa comédia para a atualidade, numa sátira ao Portugal de hoje.”

Assim chegou ao fim este dia.
Fomos então para o nosso quarto retemperar as forças, nesta última noite desta nossa “Espreitadela a Lisboa”.
Dia 11
Às 10H00, como já tem sido nosso hábito, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola. Mais um bom começo deste dia, que será o último desta nossa vinda a Lisboa.
Arrumar a mala é preciso. Fazer o Check-out é obrigatório.

Mais um pequeno olhar ali pelo Rossio e pela Baixa e a hora do almoço chegou. A nossa opção foi novamente o buffet do Restaurante Pérola, que mais uma vez não nos surpreendeu pela boa qualidade apresentada e pelo bom serviço dos funcionários, não só pela simpatia como pela constante disponibilidade demonstrada.


Aconselhamos muito sinceramente uma visita, ao Hotel Residencial “Florescente”, ao seu Restaurante “Pérola” e Loja de recordações “Aromas de Lisboa”.
Chegou a hora de nos despedirmos, o que fizemos com os senhores rececionistas Carlos e António, dos quais nunca me canso de salientar a gentiliza, qualidade do seu atendido e simpatia.


Assim, foi pelas Portas de Santo Antão até à Praça do Rossio, frente ao Teatro de D. Maria II, que tivemos de carregar a nossa bagagem até ao táxi que nos levou até ao terminal de camionagem em Sete Rios. Já encontrámos vários tipos de taxistas ao longo dos anos que nos deslocamos a Lisboa. A título de curiosidade desta vez o taxista era muito falador e segundo nos disse tinha sido atleta de ciclismo, assim como o pai nos tempos do Barbosa. Disse que tinha pertencido a várias equipas portuguesas de entre as quais na do Sporting Clube de Portugal. É claro que fiquei feliz em saber.
O autocarro da Rede Expressos, já nos esperava para nos levar até à Figueira da Foz, pelas 15H45.
Chegámos à Figueira da Foz por volta 18H30.
Chegou assim ao fim a nossa “Espreitadela a Lisboa”.


PS: Textos assim como algumas fotos foram retirados da net.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Sardinhada nas nossas bocas…

…e agora nas bocas do mundo!

Domingo, 10 de Julho de 2011
Verão... uma manhã calma... sem muito calor... e umas grelhas de sardinhas para almoçar...
Para fazer uma bela sardinhada só precisamos de sardinhas-quase-vivas, pimentos, tomates, azeitonas, batatas cozidas com ou sem pele, sal, azeite e vinagre, vinho tinto, broa e bom tempo.





Não é preciso ter boa disposição, porque ela vem por si...
Foi um sucesso esta sardinhada onde os assadores não tiveram mãos a medir para satisfazer este grupo de amigos que acorreu a esta iniciativa levada a cabo pelo casal Guida e Carlos Matoso.



Na grelha esteve o Tónis Barbosa, que transpirava por todos os poros, porque não dava vazão à voracidade dos convivas.O nosso grupo orgulha-se de ter ingerido uns quilitos de sardinhas, dando um certo trabalho ao nosso assador.
As sardinhas entravam na grelha e pouco depois já se alouravam com um aspecto convidativo à sua degustação.Os assadores não tinham mãos a medir, com sardinhas a entrar e sardinhas a sair no calor das brasas, onde também se juntaram os pimentos que estavam uma delícia.
A Guida e o Carlos, os anfitriões, esmeraram-se nas condições apresentadas para este convívio.


Para além das sardinhas também houve um caldinho verde, que estava excelente.
A sobremesa foi constituída por vários doces… e café.



Foi um domingo bem passado.
Foi um convívio saudável.
Foi bonito.

As fotografias falam por si!...