quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

PRESENTE DE NATAL

30 de Dezembro de 2017

Às 09H00 partimos de Tavarede do Largo da Igreja, num autocarro da empresa AVIC, com o motorista já nosso conhecido Magalhães.

Neste passeio acompanhou-nos o nosso neto Tiaguinho.
A primeira paragem aconteceu em Montemor-o-Velho, para pequeno-almoço.
A paragem seguinte foi para a visita ao Museu e à Cidade Romana de Conimbriga.

Fomos recebidos por um guia local, que nos contou um pouco da história, situando-nos no ambiente que iriamos visitar. Segundo este funcionário o espaço que as pessoas podem visitar representa apenas 20% de toda a urbe que ainda se encontra em exploração.
Assim, foi já elucidado e suficientemente inteirados com o sítio, que iniciamos a visita às Ruínas Romanas de Conímbriga.

Habitada desde tempos pré-históricos, Conímbriga foi ocupado pelas tropas romanas em 139 a. C., sendo na época uma próspera capital da província da Lusitânia. Foi durante o governo do Imperador Augusto, que a cidade cresceu urbanisticamente, com a construção de uma urbe romana: como o forum, o anfiteatro e as termas; depois uma basílica de três naves, de uma insulae e de sumptuosas domus. De admirar é a Casa dos Repuxos com o seu maravilhoso jardim central, onde se mantem a estrutura hidráulica original com mais de quinhentos repuxos, rodeado por um magnífico conjunto de mosaicos figurativos com cenas de caça, passagens mitológicas, as estações do ano, monstros, aves e animais marinhos.
Como curiosidade é de salientar que os repuxos funcionam tendo os visitantes de colocar uma moeda de 50 cêntimos para que se veja durante 2 minutos a água jorrar em graciosos jatos.

Visitamos as grandes casas e aparato, como a de Cantaber, a maior da cidade, a da Cruz Suástica, com os seus mosaicos geométricos, a do Tridente e da Espada ou a dos Esqueletos. Contemplamos as três termas espalhadas pela urbe, e sentimos os mosaicos do forum.

O tempo previsto para a visita estava a ser ultrapassado. Mas alguns e nós ainda fizemos uma visita rápida ao Museu onde pudemos apreciar os objetos que se tem encontrado ao longo dos muitos anos de escavações.

Já um pouco atrasados seguimos a nossa viagem com a paragem programada apenas para umas fotos, em Alcabideque (Castellum), assim aconteceu.
A palavra Alcabideque é proveniente do árabe "al" e do latim "caput aquae", que significa captação de água, olhos de água. Esta povoação é famosa porque existe uma nascente de água, que abastecia a cidade de Conímbriga, que fica a 3 Km, ligada por um aqueduto com cerca de 3550 metros, com inicio no Castellum, uma torre que servia para elevação da água e onde existia um curioso sistema de purificação de água. Grande parte do percurso do aqueduto é subterrâneo, passando por baixo de muitas casas da povoação, onde somente nos últimos 170 metros corre sobre arcos, sendo visível ainda um. Durante as invasões bárbaras que puseram fim ao Império, o aqueduto foi destruído pelos Suevos, tendo-se iniciado o fim da cidade de Conímbriga por causa da falta de fornecimento da água.

“Lenda da nascente de Alcabideque - Há muitos, muitos anos, na época dos romanos, a aldeia de Alcabideque vivia um ano de grande seca. Num belo dia, estava uma senhora com o seu rebanho que pastava, quando viu, saindo de um buraco, um pássaro que tinha o bico e as patas molhadas. Refeita do espanto, correu à aldeia a chamar os vizinhos para verem tal fenómeno. Começaram, então todos a escavar e encontraram uma nascente. Houve festa a noite toda pois acabara a seca. Os romanos, alguns anos depois, taparam a nascente com uma torre (Castellem de Alcabideque) e canalizaram a água para a cidade de Conímbriga. Desde esse dia, passou a ser uma região farta de água e Alcabideque sinónimo de "olhos de água" e de "água de Deus".”

E porque se fazia tarde pusemo-nos a caminho de Penela.

Chegados esperamos pelo comboio turístico que nos transportou por duas vezes até ao castelo.

O Presépio ao vivo, é a representação de um presépio tradicional, com ritmos e rotinas do quotidiano hebraico - labores e artesanato, comércio e costumes - recria uma moldura cenográfica de um povo, da época do nascimento de Jesus e do poderoso império Romano.
Visitamos o Presépio ao vivo, mais precisamente o local do mesmo, já que aquela hora não estavam nenhuns personagens presentes. O local estava vazio de figurantes.
Logo ao lado fizemos a visita ao Presépio Animado do Castelo, este sim recheado de personagens (bonecos) animadas com recurso à utilização de novas tecnologias e impressões 3D para animar umas centenas de figuras que nos contam histórias e mostram quadros representativos da época. 
Terminamos estas visitas e fomos transportados novamente por duas vezes pelo comboio, agora até ao local do almoço, no Restaurante “Varandas do Castelo”.
É um restaurante de cozinha simples com uma boa comida portuguesa caseira e muito saborosa. Um espaço agradável, bom ambiente, atendimento rápido e pessoal simpático. Fizemos uma excelente escolha. O proprietário penso que se chama José Luís, mostra ter o gosto de bem receber e sempre muito disponível para nos atender. É um local a não esquecer e a recomendar. Quem passar por Penela é um restaurante de visita obrigatória.

Depois deste almoço maravilhoso e bem recompostos continuamos o nosso passeio visitando o Presépio Artesanal do Espinhal, feito por artesãos locais, situado no interior do Mercado do Espinhal e diferencia-se pela inovação do Presépio Tradicional que representa a freguesia destacando-se as aldeias, as ribeiras e as casas senhoriais.
No final da visita a este presépio encon tramos um Mercadinho de Natal, onde se podem encontrar produtos típicos da região, o artesanato urbano e local, promovendo as artes tradicionais e os produtos endógenos.

Saindo deste local logo ali muito perto no Centro Cultural do Espinhal, podemos ver a Exposição de Ferromodelismo (Pista de Comboios), encontramos uma enorme pista de comboios, uma maquete gigante onde circulam, em simultâneo, 10 comboios que percorrem, imparáveis, estações e apeadeiros. Lindo de se ver.
E foi assim com tantas visitas concretizadas que se aproximava o fim do dia.

Seguimos, entretanto, até ao centro da vila do Rabaçal onde nos esperava mais uma visita, agora ao Museu dedicado à Villa Romana, situada a 12 quilómetros de Conímbriga, um grande complexo habitacional romano implantado na encosta do vale do Rabaçal, descoberto depois de 1984, ao longo de várias campanhas arqueológicas. No Museu podemos ver o espólio encontrado durante as inúmeras escavações que decorreram no local.
Acabada esta visita saímos já com o dia escurecido.

Faltava-nos ainda a visita à Serqueijos Pimenta, Fabrico de Queijos do Rabaçal, Lda., que é uma indústria do leite e derivados.

Fomos recebidos por uma funcionária que nos explicou com muita competência todo o circuito de produção, ao mesmo tempo que íamos visitando as secções da fábrica.
No final foi-nos oferecido um magnífico lanche, numa mesa muito bem-apresentada e recheada com os produtos ali confecionados. Finalizamos a visita comprando os artigos ali fabricados.

A noite já estava presente.

Iniciámos o regresso a Tavarede, onde chegámos perto das 20H00.

O passeio foi excelente.

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