30 de Dezembro de 2017
Às
09H00 partimos de Tavarede do Largo
da Igreja, num autocarro da empresa AVIC, com o motorista já nosso conhecido
Magalhães.
Neste
passeio acompanhou-nos o nosso neto Tiaguinho.
A
primeira paragem aconteceu em Montemor-o-Velho,
para pequeno-almoço.
A
paragem seguinte foi para a visita ao Museu
e à Cidade Romana de Conimbriga.
Fomos
recebidos por um guia local, que nos contou um pouco da história, situando-nos
no ambiente que iriamos visitar. Segundo este funcionário o espaço que as
pessoas podem visitar representa apenas 20% de toda a urbe que ainda se
encontra em exploração.
Assim,
foi já elucidado e suficientemente inteirados com o sítio, que iniciamos a
visita às Ruínas Romanas de Conímbriga.
Habitada desde tempos pré-históricos, Conímbriga foi ocupado
pelas tropas romanas em 139 a. C., sendo na época uma próspera capital da
província da Lusitânia. Foi durante o governo do Imperador Augusto, que a
cidade cresceu urbanisticamente, com a construção de uma urbe romana: como o forum,
o anfiteatro e as termas; depois uma basílica de três naves, de uma insulae e
de sumptuosas domus. De admirar é a Casa dos Repuxos com o seu maravilhoso
jardim central, onde se mantem a estrutura hidráulica original com mais de
quinhentos repuxos, rodeado por um magnífico conjunto de mosaicos figurativos
com cenas de caça, passagens mitológicas, as estações do ano, monstros, aves e
animais marinhos.
Como curiosidade é de salientar que
os repuxos funcionam tendo os visitantes de colocar uma moeda de 50 cêntimos
para que se veja durante 2 minutos a água jorrar em graciosos jatos.
Visitamos as
grandes casas e aparato, como a de Cantaber, a maior da cidade, a da Cruz
Suástica, com os seus mosaicos geométricos, a do Tridente e da Espada ou a dos
Esqueletos. Contemplamos as três termas espalhadas pela urbe, e sentimos os
mosaicos do forum.
O tempo
previsto para a visita estava a ser ultrapassado. Mas alguns e nós ainda
fizemos uma visita rápida ao Museu
onde pudemos apreciar os objetos que se tem encontrado ao longo dos muitos anos
de escavações.
Já
um pouco atrasados seguimos a nossa viagem com a paragem programada apenas para
umas fotos, em Alcabideque (Castellum), assim aconteceu.
A palavra Alcabideque é proveniente do
árabe "al" e do latim "caput aquae", que significa captação
de água, olhos de água. Esta povoação é famosa porque existe uma nascente de
água, que abastecia a cidade de Conímbriga, que fica a 3 Km, ligada por um
aqueduto com cerca de 3550 metros, com inicio no Castellum, uma torre que servia para elevação da
água e onde existia um curioso sistema de purificação de água. Grande parte do
percurso do aqueduto é subterrâneo, passando por baixo de muitas casas da
povoação, onde somente nos últimos 170 metros corre sobre arcos, sendo visível
ainda um. Durante as invasões bárbaras que puseram fim ao Império, o aqueduto foi
destruído pelos Suevos, tendo-se iniciado o fim da cidade de Conímbriga por
causa da falta de fornecimento da água.
“Lenda da nascente de Alcabideque - Há muitos, muitos anos, na época dos romanos, a aldeia de
Alcabideque vivia um ano de grande seca. Num belo dia, estava uma senhora com o
seu rebanho que pastava, quando viu, saindo de um buraco, um pássaro que tinha
o bico e as patas molhadas. Refeita do espanto, correu à aldeia a chamar os
vizinhos para verem tal fenómeno. Começaram, então todos a escavar e
encontraram uma nascente. Houve festa a noite toda pois acabara a seca. Os
romanos, alguns anos depois, taparam a nascente com uma torre (Castellem de
Alcabideque) e canalizaram a água para a cidade de Conímbriga. Desde esse dia,
passou a ser uma região farta de água e Alcabideque sinónimo de "olhos de
água" e de "água de Deus".”
E
porque se fazia tarde pusemo-nos a caminho de Penela.
Chegados
esperamos pelo comboio turístico que nos transportou por duas vezes até ao castelo.
O
Presépio ao vivo, é a representação
de um presépio tradicional, com ritmos e rotinas do quotidiano hebraico -
labores e artesanato, comércio e costumes - recria uma moldura cenográfica de
um povo, da época do nascimento de Jesus e do poderoso império Romano.
Visitamos
o Presépio ao vivo, mais precisamente o local do mesmo, já que aquela hora não
estavam nenhuns personagens presentes. O local estava vazio de figurantes.
Logo
ao lado fizemos a visita ao Presépio
Animado do Castelo, este sim recheado de personagens (bonecos) animadas com
recurso à utilização de novas tecnologias e impressões 3D para animar umas
centenas de figuras que nos contam histórias e mostram quadros representativos
da época.
Terminamos
estas visitas e fomos transportados novamente por duas vezes pelo comboio,
agora até ao local do almoço, no Restaurante
“Varandas do Castelo”.
É
um restaurante de cozinha simples com uma boa comida portuguesa caseira e muito
saborosa. Um espaço agradável, bom ambiente, atendimento rápido e pessoal
simpático. Fizemos uma excelente escolha. O proprietário penso que se chama
José Luís, mostra ter o gosto de bem receber e sempre muito disponível para nos
atender. É um local a não esquecer e a recomendar. Quem passar por Penela é um
restaurante de visita obrigatória.
Depois
deste almoço maravilhoso e bem recompostos continuamos o nosso passeio
visitando o Presépio Artesanal do
Espinhal, feito por artesãos locais, situado no interior do Mercado do
Espinhal e diferencia-se pela inovação do Presépio Tradicional que representa a
freguesia destacando-se as aldeias, as ribeiras e as casas senhoriais.
No
final da visita a este presépio encon tramos um Mercadinho de Natal, onde se podem
encontrar produtos típicos da região, o artesanato urbano e local, promovendo
as artes tradicionais e os produtos endógenos.
Saindo
deste local logo ali muito perto no Centro Cultural do Espinhal, podemos ver a Exposição de Ferromodelismo (Pista de
Comboios), encontramos uma enorme pista de comboios, uma maquete gigante onde circulam,
em simultâneo, 10 comboios que percorrem, imparáveis, estações e apeadeiros.
Lindo de se ver.
E
foi assim com tantas visitas concretizadas que se aproximava o fim do dia.
Seguimos, entretanto, até ao centro da
vila do Rabaçal onde nos esperava mais uma visita, agora ao Museu dedicado
à Villa Romana, situada a 12 quilómetros de Conímbriga, um grande complexo habitacional romano implantado na
encosta do vale do Rabaçal, descoberto depois de 1984, ao longo de várias
campanhas arqueológicas. No Museu podemos ver
o espólio encontrado durante as inúmeras escavações que decorreram no local.
Acabada
esta visita saímos já com o dia escurecido.
Faltava-nos
ainda a visita à Serqueijos Pimenta, Fabrico
de Queijos do Rabaçal, Lda., que é uma indústria do leite e derivados.
Fomos
recebidos por uma funcionária que nos explicou com muita competência todo o
circuito de produção, ao mesmo tempo que íamos visitando as secções da fábrica.
No
final foi-nos oferecido um magnífico lanche, numa mesa muito bem-apresentada e
recheada com os produtos ali confecionados. Finalizamos a visita comprando os
artigos ali fabricados.
A
noite já estava presente.
Iniciámos
o regresso a Tavarede, onde chegámos perto das 20H00.
O passeio foi excelente.
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