24 a 26 de Setembro de 2019
3º Dia - 26
Após uma
ótima noite de sono, numas camas muito confortáveis, acordamos muito
bem-dispostos no Hotel River Inn By AC Hospitality Management e
começamos a nossa preparação para a viagem de regresso fazendo o Check-out pelas 08H30,
arrumar as nossas bagagens na carrinha e tomar o pequeno-almoço.
Adorámos
fazer um passeio pela área circundante, ao mesmo tempo que escolhemos o “Doce
Paparoca - Sanduicheira”, para tomarmos o nosso pequeno-almoço.
Este
estabelecimento “Paparoca”, situa-se no Largo Brito Pais, foi um
excelente lugar que descobrimos por acaso, onde a comida foi deliciosa. O
atendimento é muito tipo caseiro, atencioso e com simpatia. Fomos encaminhados
para uma sala do 1º andar, decorado como se fosse uma casa rústica, com umas
mesas pequenas e decoradas nos seus tampos com elementos naturais.
A ementa que
escolhemos deu-nos a noção de que estávamos em nossa casa: torradas com
manteiga, pequenas baguetes com manteiga e queijo, sumos naturais, galões e
cafés.
Depois
deste belo e simples pequeno-almoço, continuamos no Largo Brito Pais, onde se
recordam dois dos mais importantes momentos da história de Milfontes:
-
Um deles é a fortaleza (atualmente uma unidade hoteleira) o Forte de São
Clemente ou Castelo de Vila Nova de Milfontes.
-
O outro monumento homenageia os aviadores Brito Pais, Sarmento de Beires e Manuel
Gouveia, que em 1924, arriscaram um voo que os levaria a Macau.
Depois desta última
visita decidimos ir visitar a zona do Farol, um dos locais mais emblemáticos de Vila Nova de
Milfontes, onde já tínhamos estado ontem à noite para jantámos no Restaurante “A
Choupana”. Devido ao adiantado da hora decidimos então hoje durante o dia fazer
este passeio para apreciarmos a paisagem que é maravilhosa.
A condução da carrinha esteve entregue ao Zé Manel.
Seguimos
então já em ritmo de viagem pela Avenida Marginal e no final encontramos
o farol de Milfontes.
Daquele
local foi-nos possível desfrutar de uma vista panorâmica, que abrange a Foz do
Mira, a praia das Furnas, o imponente Atlântico, a Praia do Farol e claro, Vila
Nova de Milfontes. A Foz do Rio Mira está em constante em transformação
e quem por ali vive pode constatar essas diferenças que surgem de um dia para o
outro, que como é de acreditar transmite mais beleza àquele cenário fascinante.
A frente mar é caraterizada pela
presença de rochas e pela formação de grandes lagoas. Neste local, situa-se
também o tal restaurante com uma vista privilegiada, a Choupana, com
uma vista
fantástica e de que ontem à noite não tínhamos tido essa noção.
No miradouro
do Farol de Vila Nova de Milfontes foi erguida, em 2009, a estátua “Arcanjo”,
uma estrutura que pretende transmitir uma mensagem ecológica e que foi
galardoada com o prémio “Utopia”.
A
obra “Arcanjo”, do escultor Aureliano de Aguiar venceu o
Prémio Utopia de Arte Fantástica, na Categoria Escultura, promovido pelo Núcleo
Português de Arte Fantástica. Esta escultura foi adquirida, recentemente, pelo
Município de Odemira e colocada junto à Praia do Farol. O “Arcanjo”,
em ferro de ferro reutilizado, com 3,5 m de altura e realizada entre 2007 e
2008, encerra uma mensagem ecológica de alerta. O artista plástico descreve a
obra como “Um grito, um alerta ao planeta que se desfaz, derrete... A dor ou
a raiva e o desejo de salvar o planeta que se degradou pela mão de humanos. Um
apelo ecológico.”
Depois
de termos feito esta paragem obrigatória, mas no bom sentido, novamente já em
andamento o nosso passeio
continuou por Cercal e estrada fora fomos até a Santiago do Cacém, cidade
sede de um dos maiores municípios de Portugal, onde parámos para visitar um
pouco esta localidade e também para almoçar.
Como
não conhecíamos esta cidade e após alguns contatos com habitantes locais
foi-nos recomendado para almoçar neste Restaurante Cervejaria Covas,
situado na Rua Cidade de Setúbal, desde 1940 e que não nos desiludiu.
É
gerido pela família do seu fundador
Armando Covas, que mantem a tradição e o ambiente caloroso e acolhedor próprio
das casas familiares.
Escolhemos
para o nosso almoço: iscas de porco preto, acompanhadas com
batatas cozidas ou fritas, conforme o gosto e uma salada fresca;
polvo à lagareiro com batatas a murro;
ensopado de borrego;
carapaus fritos com arroz de tomate.
Salientamos
que estes pratos regionais notava-se terem sido confecionados com cuidado e
carinho. A comida estava
ótima e o atendimento foi impecável e rápido.
Gostamos bastante e
recomendamos para quem gosta de restaurantes tradicionais. As sobremesas foram
diversas e muito saborosas.
Santiago
do Cacém
é uma cidade com origens remotas, durante o período romano era local de
passagem na via que ligava Lisboa ao Algarve, o que contribuiu para o seu
desenvolvimento. A conquista definitiva cristã deu-se no séc. XIII, em 1217,
por D. Afonso II, apesar de ter havido uma primeira conquista em 1157 pelos
Templários. Nessa altura foi então reconstruído o castelo de fundação árabe.
Com interesse histórico e artístico, destacam-se a Igreja Matriz com fundação
no séc. XIII e a Capela de São Pedro do séc. XVII. O seu centro histórico convida a um
passeio pelas suas ruas íngremes que ladeiam casas senhoriais, brasonadas, com
outras habitações mais modestas e igualmente típicas.
Nós
fizemos esse tal passeio e da pouca coisa que vimos, gostámos. Saliento os
murais por onde passámos, como por exemplo:
-
Mural - “Habitar o que está Desabitado”
-
Mural da “Rua Padre António Macedo”
Saliento
pela negativa outro “Mural” da Rua Machado dos Santos – antiga
Rua do Algarve, que infelizmente também encontramos “murais” idênticos
pelo nosso país, inclusive na minha cidade da Figueira da Foz.
Depois
desta curta visita a Santiago do Cacém, de que gostámos muito, chegou a
hora de nos pormos a caminho na direção norte, ou seja, de regresso às nossas
casas.
Aqui acabou a condução da carrinha pelo Zé Manel, para ele o descanso.
Começo então a condução do Vítor Azenha, e assim foi até à Figueira.
Foram três
dias aproveitados ao máximo para conhecer e visitar muitos lugares bonitos. Foi
uma grande aventura, com muitos quilómetros percorridos, muito próximo dos 1000
km, durante a qual nos divertimos, confraternizamos e fortalecemos ainda mais
as nossas amizades.
Fizemos o
nosso regresso, parando num local o mais adequado possível para esticar as
pernas e… enfim.
E Vila Franca de Xira
aproximou-se, estávamos já assim na província do Ribatejo. Estava à vista a Ponte
de Vila Franca de Xira, então Ponte Marechal Carmona, cuja
construção teve início em 1947, em 30 de Dezembro de 1951, foi inaugurada.
Atravessamos
a Ponte de
Vila Franca de Xira, sinal de que os quilómetros estavam a diminuir para
chegarmos a casa. Parámos, no entanto, na área de serviço de Aveiras, já no
concelho de Azambuja, para uma última preparação para fazermos o que restava da
nossa viagem. Estacionámos numa zona reservada, perto do Parque de Merendas,
onde petiscámos alguns artigos alimentares que ainda tínhamos reservado para
esta altura.
Outros
serviços obrigatórios também foram utilizados…Voltámos à estrada agora muito mais simples pois caminho, foi quase direto passando ao lado de Leiria e apanhando a estrada já nossa conhecida até à Figueira da Foz, onde chegámos cerca das 21H30.
O Vítor Azenha acabou a sua condução. O descanso chegou e bem
merecido.
Obrigado Vítor
pelo teu esforço.
No regresso a casa todos
estávamos felizes pelos dias bem passados e animados pela partilha de ideias e
opiniões só possível pelo bom entendimento e respeito entre o nosso grupo.
Até ao próximo passeio!
Sem comentários:
Enviar um comentário