segunda-feira, 5 de outubro de 2009

EXTRAORDINÁRIA

EXTRAORDINÁRIA
José Sócrates disse que o PS "teve uma extraordinária vitória eleitoral".


Fiquei surpreendido (não muito) com aquela “grandiosa” frase do líder do partido ganhador!? Mas, como por vezes o significado de certas palavras mudam ao “sabor da maré”!...
Fui à net e ali rebusquei significados da palavra EXTRAORDINÁRIA”…

Significados de “EXTRAORDINÁRIA”?
“Excepcional, maravilhosa, memorável, notável, excessiva, extravagante, singular, anormal, desusada, que sucede raramente, rara, esquisita, acontecimento imprevisto ou inesperado, qualquer despesa fora do habitual ou do orçado, extra, aquilo que habitualmente não se faz…”

Depois de perder a maioria absoluta, ainda dizer que o resultado é extraordinário??...
Não encontro o significado daquela palavra, naquele contexto, mas…

Digo eu: Extraordinário!!!!

O “líder”, deve pretender fazer um governo sozinho. Tem toda a legitimidade para isso e é disso que os portugueses estão à espera.
Sem coligações com ninguém e sem acordos de espécie nenhuma.
SÓ!
É preciso estar atento nos próximos meses e/ou anos (2 anos o máximo devem chegar).
O “líder” vai “engodar” o povinho com a oferta de algumas “presentes”, vai gastar algum dinheiro... uma moedinha ali, outra acolá.
Mas, daqui a alguns meses vem dizer ao povo que não consegue governar… SÓzinho!
Que a oposição não o deixa cumprir o programa...
Que só… sabe governar sozinho e que assim o melhor será pedir a demissão do governo e ir para novas eleições.
Pois é, espero que o povinho esteja alerta com esta estratégia que já não é nova!
Já outro “primeiro” da nossa praça o pediu. Recordem-se o que é que aconteceu com essa maioria absoluta...
É que estamos fartos das maiorias absolutas e já era tempo dos partidos se entenderem entre eles de uma vez por todas.
Isto é, deixarem de pensar só no poder e lembrarem-se de uma vez por todas em quem os elegeu, o POVO!
Mas afinal estas eleições foram ganhas por quem?
Quem ganhou?
Todos ganharam?

O PS porque ficou á frente – 36,56% - 96 deputados: ganhou!
O PSD porque teve mais votos que em 2005 – 29,09% - 78 deputados: ganhou!
O CDS/PP porque teve mais deputados e passou de último para terceiro – 10,46% - 21 deputados: ganhou!
O BE porque passou para quarto mas teve mais deputados – 9,85% - 16 deputados: ganhou!
A CDU porque ficou em último mas teve mais um deputado – 7,88% - 15 deputados: ganhou!

E EU: ganhei?
E NÓS: ganhámos?

Ninguém se deve esquecer que os votos NULOS, BRANCOS e a ABSTENÇÃO somam a preocupante percentagem de + de 40%.
Maior percentagem que a que teve o partido que ficou em primeiro lugar.

Agora só falta dizer quem são eles, os “nossos” DEPUTADOS ELEITOS
AVEIRO: F. Couto dos Santos, Ulisses Pereira, Maria G. Cardoso, Amadeu S. Albergaria, Paulo L. Cavaleiro, Carla Rodrigues e Luís Montenegro (PSD); Maria de Belém Roseira, Afonso Candal, Sérgio S. Pinto, Rosa Albernaz, Vítor Fontes e Filipe Brandão (PS); Paulo Portas (CDS); e Pedro Soares (BE);
BEJA: Luís P. Ameixa e Fernando Medina (PS); José Soeiro (PCP);
BRAGA: António J. Seguro, António Braga, Teresa Venda, Miguel Laranjeiro, Fernando Moniz, Sónia Fertuzinhos, Laurentino Dias, Ricardo Gonçalves e Isabel Coutinho (PS); João de Deus Pinheiro, Miguel Macedo, Maria Almeida, Fernando Ribeiro, Emídio Guerreiro e Maria Fernandes (PSD); Telmo Correia e Altino Lemos Bessa (CDS); Pedro Soares (BE); e Agostinho Lopes (CDU);
BRAGANÇA: José Gomes e Adão Silva (PSD); Mota Andrade (PS);
CASTELO BRANCO: José Sócrates e Fernando Serrasqueiro (PS); C. Costa Neves e Carlos Marti-nho (PSD);
COIMBRA: Ana Jorge, Victor B. Baptista, Horácio Antunes e Maria Almeida Santos (PS); P. Mota Pinto, Pedro Saraiva, M. do Rosário Águas e Nuno Encarnação (PSD); José Pureza (BE); e João Oliva (CDS);
ÉVORA: J. Carlos Zorrinho (PS); João Oliveira (CDU); e Luís Capoulas (PSD)
FARO: João Soares, Miguel Freitas e Isilda Gomes (PS); J. Bacelar Gouveia, Mendes Bota e Antonieta Guerreiro (PSD); M. Cecília Honório (BE); e Artur Rego (CDS);
GUARDA: Francisco Assis e J. Pereira Marques (PS); António Peixoto e João Prata (PSD);
LEIRIA: Teresa Morais, Fernando Marques, Paulo Baptista e Maria Pereira (PSD); Luís Amado, J. Miguel Medeiros, M. Odete João e João Pedrosa (PS); Maria Assunção Cristas (CDS); e Heitor Sousa e Castro (BE);
LISBOA: Jaime Gama, Alberto Costa, Inês Medeiros, José Vera Jardim, Vitalino Canas, Celeste Correia, Miguel Almeida, Miguel Coelho, Manuela Augusto, João Serrano, Pedro Farmhouse, Manuela Melo, Ramos Preto, Duarte Cordeiro, Custódia Fernandes, Rui Pereira, Rui Prudêncio, Teresa Damásio e Marcos Sá (PS); Manuela Ferreira Leite, Marques Guedes, Matos Correia, Maria José Nogueira Pinto, Pedro Lynce, Arménio Santos, Clara Carneiro, António Preto, Matos Rosa, Helena Lopes da Costa, Duarte Pacheco, António Amaro e Celeste Amaro (PSD); Teresa Caeiro, Pedro Mota Soares, João Rebelo, Isabel Neto e Pedro Rodrigues (CDS); Francisco Louçã, Ana Drago, Luís Fazenda, Helena Pinto e Rita Calvário (BE); Jerónimo de Sousa, Bernardino Soares, Rita Fonseca, José Ferreira e Miguel Rosado (PCP);
PORTALGRE: Miranda Calha (PS) e Cristóvão Crespo (PSD);
PORTO: Alberto Martins, Teixeira dos Santos, Ana P. Vitorino, José Lello, A. Santos Silva, Rosário Carneiro, Manuel Pizarro, Renato Sampaio, Isabel Oneto, J. Strecht Ribeiro, Manuel Seabra, Maria Gamboa, José Magalhães, Marques Júnior, Luísa Salgueiro, Fernando Jesus, José M. Ribeiro e Glória Araújo (PS); Aguiar-Branco, Miguel Frasquilho, Raquel Coelho, Agostinho Branquinho, Jorge Costa, Luísa Roseira, Sérgio Vieira, Luís Menezes, Margarida Almeida, Adriano Rafael, Pedro Duarte e Carla Barros (PSD); José Ribeiro e Castro, João P. de Almeida, Cecília M. Graça e Michael Seufert (CDS); João Semedo, José Soeiro e Catarina Martins (BE); Honório Novo e Artur Machado (PCP);
SANTARÉM: Jorge Lacão, Idália Moniz, João Galamba e António Gameiro (PS); Pacheco Pereira, Vasco Cunha e Carina Oliveira (PSD); José N. de Gusmão (BE); Filipe Lobo d’Ávila (CDS); e António Filipe (PCP);
SETÚBAL: J. Vieira da Silva, Eduardo Cabrita, Eurídice Pereira, Pedro J. Marques, A. Catarina Mendes, Catarina Silva e Osvaldo de Castro (PS); Francisco Lopes, Paula Santos, Heloísa Apolónia e Bruno Dias (PCP/PEV), Fernando Negrão, Luís Rodrigues e Maria Borges (PSD); Fernando Rosas e Mariana Ferreira (BE); Nuno Magalhães (CDS);
VIANA DO CASTELO: Rosalina Martins, Defensor de Moura, Jorge Fão (PS); J. Eduardo Martins e Luís Campos Ferreira (PSD); e A. Lima Baptista (CDS);
VILA REAL: A. Montalvão Machado, António Cabeleira e Isabel Maria Sequeira (PSD); Pedro Silva Pereira e José Bianchi (PS);
VISEU: José Luís Arnaut, António Henriques, Teresa Santos e João Carlos Figueiredo (PSD); José Junqueiro, Acácio Pinto, Elza Pais e José Cruz (PS); Hélder do Amaral (CDS);
AÇORES: Ricardo Rodrigues, Luiz Duarte e Luísa Santos (PS); J.B. Mota Amaral e Joaquim Ponte (PSD);
MADEIRA: Alberto João Jardim, Guilherme Silva, Vânia de Castro Jesus e Filipe Correia de Jesus (PSD); Bernardo Trindade (PS) e José Sousa Rodrigues (CDS).
Nota final: Inicio este texto com uma introdução por causa de uma frase que segundo a minha opinião é despropositada e com uma grande falta de pudor.
Penso que os políticos têm de ser mais cuidadosos com o que dizem, porque há muita gente que os está a ouvir e os lê e infelizmente depois até os querem imitar.
Termino dizendo que escrevi este texto apenas com a intenção de registar aqui no meu blogue os resultados destas eleições legislativas de 2009, mas depois os “meus botões começaram a falar comigo” e…

2 comentários:

  1. LOL, eu concordo! Andamos não sei quantos dias a ouvir as glórias de todos os partidos, em que todos ganharam! Afinal, a meu ver, (que sou leiga nestas matérias), quem ganhou foi a abstenção, que deveria merecer alguma atenção, e seria justa uma leitura nas entrelinhas... Mas não, ouvem-se apenas os ecos das vozes dos senhores que governam Portugal a laurearem-se e a esquecerem-se de porque são eleitos. Há, no entanto, a salientar um dado importante: não houve maioria absoluta, ainda bem. Vamos ver o que nos traz de novo esta eleição. Cá estaremos todos para ver e sofrer na pele a resposta dos eleitos por nós...

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  2. Penso que a maioria de nós já começa a despertar e a reclamar as mentiras dos políticos.
    As campanhas políticas estão cada vez mais disfarçadas, com palavras que ninguém entende e por vezes chego à conclusão de que nem os próprios políticos sabem o que querem dizer dentro de determinado contexto.
    Parece até que o povo na sua maioria tem um apetite voraz pela mentira.
    As pessoas adoram a mentira.
    Começo a ter a certeza que a mentira consegue ganhar votos.
    Há verdades que doem…
    As pessoas não estão habituadas a ouvir a verdade…
    Manipulam-se números, estatísticas e… sondagens.
    E as pessoas…

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