Desta vez e infelizmente o organizador Tó Simões não nos pode acompanhar por motivos de saúde. Fui eu que o substituí com as suas orientações para que tudo corresse bem.
Pelas 10H00 fizemos a primeira paragem em Braga para o café e cavaqueira com os companheiros e amigos de viagem. Foi uma curta visita a esta cidade cheia de cultura e tradições, onde a História e a religião vivem lado a lado com a indústria tecnológica e com o ensino universitário. É a mais antiga cidade portuguesa e uma das cidades cristãs mais antigas do mundo; fundada no tempo dos romanos como Bracara Augusta, conta com mais de 2000 anos de História como cidade.
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Após 45 minutos nesta cidade saímos na direcção de Vilar de Perdizes onde chegamos pelas 13H00.
Dirigimo-nos para o Restaurante “O Cabaço”, onde almoçamos num espaço simples de uma esplanada (telheiro). A ementa foi constituída por pratos da cozinha regional barrosã e com um atendimento simpático. O almoço foi constituído por uma sopa de legumes; de dois segundos pratos à escolha: feijoada à transmontana ou carne assada; de diversas sobremesas à escolha; tudo regado com um bom vinho da região e água; de café e digestivo
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VILAR DE PERDIZES, dista cerca de 15 quilómetros da sua sede de concelho, Montalegre, junto à serra do Larouco. Encontra-se situada na zona raiana, muito próximo da vizinha Espanha. A origem do nome de Vilar de Perdizes decompõe-se em duas partes “Vilar” advém do nome que designa uma vila agrária e “Perdizes”, pela razão de que nesta freguesia abunda espécie cinegética. S. Miguel é o padroeiro desta aldeia. O povoamento desta freguesia recua até à época proto-histórica, como o atesta o Castro da Mina, que é anterior ao povoamento romano. A paróquia de S. Miguel de Vilar de Perdizes foi criada no século XII e englobava Sto. André, Solveira e Meixide. Vilar de Perdizes foi comenda. Em 1841 integrou o concelho de Ervededo, passando para o concelho de Montalegre, até aos dias de hoje, após a extinção daquele em 1853. O rei D. João VI concedeu a esta freguesia o direito de realizar feira no dia 15 de cada mês, mas nos finais do século XIX, deixou de se fazer.
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Vilar de Perdizes é uma terra onde o mistério e o espiritismo fez escola. Todos os anos se realiza o Congresso de Medicina Popular, impulsionado pelo Padre Fontes, que muito contribuiu para a divulgação da Freguesia. Realiza-se no 1º fim-de-semana de Setembro. O envolvimento do Padre Fontes nestes acontecimentos, sendo ele um padre católico, levou a que o bispo tenha proibido em 1994 a realização do VIII Congresso. Há nesta aldeia, tipicidades etnográficas frases do quotidiano que expressa o dia-a-dia das pessoas; com saudações, ditos populares, crenças, superstições, rituais ligados à morte e ao casamento, rezas para o mau-olhado, e para o encosto. É uma terra cheia de tradições e peculiaridades.
Há milhares de anos, o Homem, ao observar a Natureza idealizava, tirava conclusões e construiu teorias, que o fez entender aos poucos o funcionamento do mundo. Assim, apareceram as primeiras teorias médicas relacionando as relações que poderiam existir entre as forças da natureza e a evolução do indivíduo. Nos dias de hoje, tecnicamente a nossa evolução proporciona-nos utilizar uma medicina preventiva. Controlamos o meio em que vivemos, agindo sobre a nossa estrutura biológica.
A um nível mais “secreto”, por vezes um pouco “proibitivo”, encontramos as medicinas populares, suportadas por médicos “caseiros”.
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Actualmente Vilar de Perdizes entra na moda das notícias televisivas por apadrinhar um evento sócio-cultural que é o Congresso de Medicina Popular. Admira que alguns, ditos intelectuais, lancem farpas ao dito como se estivéssemos ainda no século VI, do São Martinho de Dume, a combater pagãos e as heresias dos maniqueístas e arianos… Na realidade o que se deseja é o querer alcançar os saberes (no campo da farmacologia, da medicina e das tradições) dos nossos avós! As gentes de Vilar continuam a acarinhar as ervas com que se fazem mezinhas, defumatórios, infusões e chás que nos debelam as dores do corpo e nos dulcificam as dores do espírito!
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Chás naturais, óleos aromáticos, remédios contra a inveja, poção de amor, pós de pirilimpimpim, congressos, a rota do contrabando, e até a etnografia,.., são apanágio de mais um evento, que para alguns é apenas uma curiosidade, mas para outros é a procura da resolução dos seus problemas quotidianos.
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Nesta cidade onde se está a festejar até ao dia 9 de Setembro as festas em Honra de Nossa Senhora dos Remédios, ficámos cerca de 45 minuto
A cidade de Lamego é já bastante conhecida pela maior parte dos participantes neste passeio, pois que já algumas vezes aqui pernoitámos e não só…
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Num dos vários telefonemas que recebi do Tó Simões para saber como estava a decorrer o passeio, ele pediu-me para agradecer a participação de todos, enviando também um abraço. Este pedido foi transmitido a todo o autocarro. Todos os participantes enviaram por sua vez ao Tó Simões também um grande abraço, assim como o desejo de umas rápidas melhoras.
Até ao próximo passeio!
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