terça-feira, 25 de setembro de 2018

Passeio a Barcelona - I

Comemorativo do 40º Aniversário de Casamento
03 a 07 de Setembro de 2018

No âmbito da comemoração do 40º Aniversário dos nossos casamentos, realizamos nos dias 03 a 07 de Setembro este passeio dos 3 casais: Zé Manel e Mirita Oliveira, Rui e Isabel Sousa, Vítor e Madalena Azenha. A visita incluiu várias visitas à cidade, momentos de confraternização e amizade. Foram 5 dias bem passados de alegria, descontração e de satisfação para todos os aniversariantes.

1º DIA - 2ª feira

Às 01H00 da manhã, saímos de Tavarede em viatura particular, conduzida pelo nosso companheiro Rui, que nos levou até à cidade do Porto com grande competência. Pelas 03H00 chegamos ao Aeroporto Sá Carneiro, onde estacionámos o veículo num dos parques ali existentes. 
Em seguida dirigimo-nos a um dos balcões do aeroporto para fazermos o check-in e entregar as nossas malas para o porão. Os números dos nossos lugares no avião foram: 19A - 19B - 19C - 19D - 19E - 19F.

A meio da viagem foi servido um ligeiro pequeno-almoço. O nosso voo TP1030, para Barcelona, estava previsto para as 06H30 (hora local), o que aconteceu com cerca de 00H15 de atraso. A chegada prevista para as 09H15 (hora local), foi assim às 09H30 (hora local), ao Aeroporto de Barcelona - El Prat.

O Aeroporto de Barcelona-El Prat é um aeroporto que atende a cidade espanhola de Barcelona e toda a região da Catalunha. É o maior aeroporto em tamanho e tráfego da Catalunha e o segundo mais movimentado da Espanha depois do Aeroporto de Madrid-Baraias. Em 2012, ele conseguiu passar para o terceiro lugar no ranking europeu e o primeiro em Espanha, em termos de passageiros em voos diretos. Está localizado a dez quilómetros a sudoeste de Barcelona, no município de El Prat de Llobregat, a uma altitude de 4 m.

Quando recolhemos as nossas bagagens, fomos ao encontro do motorista do nosso transfer da Welcome Incoming Services, que estava pontualmente na sala de chegadas. Fomos até à Plaça de Sant Jaume, que comunica com várias “calles”, uma das quais é a Calle Ferran, onde fica o nosso Hotel Gargallo Rialto, em plena Ciutat Vella, situado mesmo à saída das famosas ​​Las Ramblas. Trata-se de um edifício histórico, onde o artista Joan Miró nasceu. Podemos saborear um buffet de pequeno-almoço variado e deliciosas refeições Mediterrânicas no Restaurante Miró do Rialto.

Fizemos o check-in cerca das 10H30 e guardaram-nos as malas pois que os nossos quartos ainda não estavam disponíveis.

Iniciamos então a nossa visita à cidade de Barcelona, o segundo município mais populoso do país, com uma população de 1,6 milhões dentro dos limites da cidade. São conhecidas as obras arquitetónicas de Antoni Gaudí e Lluís Domènech i Montaner, que foram designadas Património Mundial da UNESCO. A cidade é conhecida por hospedar os Jogos Olímpicos de Verão de 1992, para além de outros eventos. Barcelona é um dos principais centros turísticos, económicos, comerciais e culturais do mundo, sendo que sua influência no comércio, educação, entretenimento, mídia, moda, ciência e artes contribuem para o seu estatuto como uma das principais cidades mundiais. Em 2009, a cidade foi classificada como a quarta melhor cidade da Europa para os negócios. Barcelona é conhecida como capital do modernismo catalão. A cidade, na qual viveu e trabalhou o arquiteto Antoni Gaudí, conta com algumas de suas obras mais relevantes, que atraem a cada ano milhões de visitantes de todo mundo:  A mais representativa é o Templo Expiatório da Sagrada Família, o Parque Güell, a Casa Milà, a Casa Batlló. Dentro do período medieval, destacam-se, especialmente, as obras góticas que proliferam no seu centro histórico, o Bairro Gótico, como a Catedral de Barcelona.

Fizemos então, uma incursão ao Bairri Gòtic, pois que uma passagem por esta zona da cidade é obrigatória para quem visita Barcelona. Este bairro constitui parte da chamada Ciutat Vella, da qual fazem também parte as zonas de la Ribera, de El Raval e de la Rambla. Iniciamos a nossa visita pela Plaça de Sant Jaume, que representa o centro político de Barcelona, onde podemos encontrar o edifício da Câmara Municipal de Barcelona (o ayuntamiento), e o Palácio da Generalidade, sede do Governo Regional da Catalunha.
Emaranhámo-nos depois no labirinto de ruas antigas do bairro Gótico, percorrendo a Carrer del Bisbe.

Havia muita gente que por ali deambulava e fotografava, principalmente o varandim gótico, o que também fizemos.

Este “varandim” é uma das imagens mais famosas do Bairro Gótico, a ponte que une a Casa de los Canónigos com o Palau de la Generalitat.

Continuámos o nosso passeio pela Carrer del Bisbe e deparámo-nos com o Monument als herois de 1809.

Em 1808, Barcelona foi ocupada pelas tropas francesas. Houve uma tentativa de insurreição e os responsáveis foram executados. Em 1929, foi erguido um monumento em homenagem aos mortos. As cinco figuras em bronze mostram os personagens condenados pouco antes da execução no Parc de la Ciutadella. Nas laterais aparecem cenas da entrada das tropas de Napoleão na cidade de Barcelona.

Depois de mais algumas fotografias, chegámos à catedral gótica de Barcelona, cuja construção foi iniciada em 1298 por Jaume II sobre os alicerces de um templo romano e de uma mesquita mourisca, mas foi só no começo do séc. XX que viria a ficar concluída.

A fachada de estilo neogótico, é muito mais moderna do século XIX. É dedicada à Santa Cruz e a Santa Eulália, patrona da cidade de Barcelona, uma jovem donzela que, de acordo com a tradição católica, foi uma mártir durante a época romana.

A dedicação a Santa Eulália data de 877, quando o bispo Frodoí localizou os restos da santa e os levou solenemente para a catedral. Uma das histórias relativas à santa conta que ela foi exposta nua no fórum da cidade e que, milagrosamente, pois já era primavera, caiu uma nevasca que cobriu sua nudez. As enfurecidas autoridades romanas a teriam, então, metido num barril com vidros quebrados e cravos e lançado o barril costa abaixo. Já muito próximos da fachada da Catedral de Barcelona, podemos contemplar a rica fachada da catedral. Entrámos para a visita. Já no interior saltou-nos à vista um jubeu de mármore branco esculpido que ilustra o martírio de Santa Eulália, a padroeira da cidade. O edifício é formado pelo templo e pelo claustro, perfeitamente unidos pelo mesmo estilo gótico.
As medidas da catedral são de 90 metros de comprimento por 40 metros de largura e o jardim quadrado do claustro tem 25 metros por cada lado mais 6 de largura por cada galeria das quatro que o rodeiam.

Acabada a visita regressamos pela Plaça Sant Jaume até à Calle Ferran para procuramos um local para almoçarmos.

Escolhemos a “Cafeteria Cerveseria Fernando”, um bar e restaurante simples, situada no Bairro Gótico, ​​a 100 m de Las Ramblas e da Plaza Reial.

Optamos por uma refeição à base de “Tapas”: patatas bravas, calamares a la romana, surtido de ibéricos e queso, croquetas, ensaladilla rusa - massa tomate, tostada com tomate e azeite.
No final do almoço fomos ao “nossoHotel Rialto para tomarmos conta dos quartos e ali guardarmos as nossas bagagens.
Depois desta ação descemos a Calle Ferran, na direção das Las Ramblas.

Antes, porém, surgiu-nos o acesso para a Plaça Reial, que é uma linda e elegante praça no Barri Gòtic, muito perto de Las Ramblas.

Sua construção data de meados do século XIX, trazendo para este espaço muitas famílias importantes da sociedade catalã da época. Os pórticos dos edifícios, as palmeiras e a fonte central conferem à praça um toque de requinte.

Dois belos candeeiros da praça são obra do jovem Antoni Gaudí, no início de sua carreira. Nesta praça existem um grande número de restaurantes e algumas das boates mais famosas da cidade, é um popular ponto de encontro durante o verão, o festival anual de La Mercè, em setembro, com concertos ao ar livre e durante outras celebrações como o Réveillon.
Durante a nossa visita a esta “plaça” ouvimos um enorme chilreado no alto das muitas palmeiras que ali se encontram. Apurámos a vista e vislumbrámos umas aves de tons verdes, conhecidas como “caturritas”. A caturrita é o periquito mais conhecido da Argentina, onde recebe o nome de cotorra. Em 1975 a caturrita foi observada pela primeira vez na Espanha. Em 2015, 40 anos depois do primeiro registro, um censo coordenado pela Sociedade Espanhola de Ornitologia contabilizou cerca de 20.000 caturritas vivendo em liberdade no país. De fato, enquanto estivemos em Barcelona, foi fácil encontrar caturritas nas praças e parques da cidade. Foi fácil afeiçoarmo-nos a estas aves amigáveis e barulhentas.

Após esta visita, finalmente, fizemos o primeiro contato com Las Ramblas.

Las Ramblas, ou La Rambla é o nome dado a uma via que liga a Praça da Catalunha ao Porto Velho, na Cidade Velha. Em língua castelhana e em língua catalã, rambla (do árabe ramla, que significa "leito de rio seco”, "areal"), além de também designar "leito de rio temporário", como no árabe é também, um tipo de rua larga e com grande movimentação de pedestres. Oficialmente, Las Ramblas são uma série de pequenas ruas que se juntam (daí, o nome no plural). Elas têm, ao todo, 1,2 km de comprimento, e chamam-se sucessivamente Rambla das Calhas (Rambla de Canaletes), Rambla dos Estudos (Rambla dels Estudis), Rambla de São José (Rambla de Sant Josep), Rambla dos Capuchinhos (Rambla dels Caputxins) e Rambla de Santa Mónica (Rambla de Santa Mònica). Embora sejam mais de uma, é comum elas serem chamadas simplesmente de "Rambla".
Escolhemos hoje, irmos na direção da Praça da Catalunha.

Passámos pelo Mercado de Sant Josep - La Boqueria, guardando a nossa visita para mais tarde.

Continuámos pelas Ramblas e encontrámos a bela Igreja de la Mare Déu de Betlem (Igreja de Nossa Senhora de Belém), com a fachada barroca de 1681, foi construída no local de uma igreja mais velha datada de 1553. 
Foi originalmente a escola jesuíta na cidade. A escola e a capela pegaram fogo e o edifício atual foi construído entre 1680 e 1732 e na época foi considerado a mais importante igreja em Barcelona. Em 1936, no início da Guerra Civil espanhola, Betlem foi queimada pelos anarquistas, causando o seu parcial colapso e toda a decoração de interiores foi destruída. O que vemos hoje são uma igreja relativamente austera, consistindo de uma só nave com altares de outras igrejas e coleções particulares colocadas nas capelas laterais. A porta principal, na Carrer del Carme, é enquadrada por duas colunas salomónicas e esculturas dos Santos jesuíta Inácio de Loyola e Francesc de Borja, tanto por Andreu Sala e datado de 1688. Acima da porta há um presépio por Francesc Santacruz.

Regressámos ao exterior, mais precisamente às Ramblas. Começámos a fazer o percurso inverso, para visitarmos o Mercado de São José (Mercat de Sant Josep), la Boqueria, o mais antigo mercado municipal de Barcelona. Foi inaugurado em 19 de Março de 1840 - dia de São José no calendário católico.

Nele, se vendem frutas, carnes, artesanato, vinhos, etc. É muito visitado não só pelos moradores da cidade, mas também por turistas do mundo inteiro. O acesso principal é feito pela própria Rambla, e há também outra entrada pela parte posterior do mercado, já no bairro de El Raval. La Boqueria é um mercado municipal, mantido pela prefeitura de Barcelona, e conta com mais de 300 bancas. A característica mais marcante da arquitetura é sua cobertura metálica, datada de 1914, que divide o espaço em cinco naves idênticas. Na parte do mercado mais próxima da Rambla, a mais frequentada por turistas, podemos encontrar bancas com produtos destinados a esse público, incluindo frutas exóticas, frutos secos, jamón e embutidos, chocolates e doces.
Quando está muito calor, que foi o que nos aconteceu neste dia, o mercado oferece fantásticos refrescos. As bancas, dentro do mercado e mais próximas da entrada, vendem saladas de frutas, picolés de sabores refrescantes e sumos.

Alguns de nós refrescaram-se com os tais sumos naturais de frutas e outros optaram por uma “caña” - cerveja, na cervejaria Gaft GC s.l., na la Boqueria.

A tarde já escurecia e dirigimo-nos para a rua Carrer Ferrán na direção do Hotel, mas pelo caminho encontramos aberta a Igreja de Sant Jaume, na qual entramos para uma rápida visita.

A Igreja é muito discreta, já que a fachada da igreja não é muito grande, é do século XVI, mas o resto - a nave interior e o campanário - foram restaurados e são do século XVIII. O bairro onde se situa esta igreja é conhecido como o antigo bairro judeu da cidade e aquela foi construída sobre os restos de uma antiga sinagoga. É constituída por uma única nave, com as capelas laterais de construção expandidas. A torre sineira data de 1722. O templo foi reconstruído entre 1866 e 1880 por Josep Oriol Mestres, e foi quando a fachada ficou estilo neo-gótico.

Seguimos depois para o nosso Hotel Rialto, onde decidimos jantar, o qual foi em regime de buffet.
Antes de recolhermos aos nossos aposentos para um descanso bem merecido, reunimo-nos na sala de entrada para combinarmos o início do dia seguinte.
Acordei cerca das 03H30, com o barulho duma trovoada e chuva bastante forte.

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