Comemorativo do 40º Aniversário de Casamento
03 a 07 de Setembro de 2018
No
âmbito da comemoração do 40º Aniversário
dos nossos casamentos, realizamos nos dias 03 a 07 de Setembro
este passeio dos 3 casais: Zé Manel e Mirita Oliveira, Rui e Isabel Sousa,
Vítor e Madalena Azenha. A visita incluiu várias visitas à cidade, momentos de
confraternização e amizade. Foram 5 dias bem passados de alegria, descontração
e de satisfação para todos os aniversariantes.
1º DIA - 2ª feira
Às
01H00 da manhã, saímos de Tavarede em viatura particular, conduzida pelo nosso
companheiro Rui, que nos levou até à cidade do Porto com grande competência. Pelas 03H00 chegamos ao Aeroporto Sá Carneiro, onde estacionámos
o veículo num dos parques ali existentes.
Em
seguida dirigimo-nos a um dos balcões do aeroporto para fazermos o check-in e
entregar as nossas malas para o porão. Os números dos nossos lugares no avião
foram: 19A - 19B - 19C - 19D - 19E - 19F.
A
meio da viagem foi servido um ligeiro pequeno-almoço. O nosso voo TP1030, para
Barcelona, estava previsto para as 06H30 (hora local), o que aconteceu com
cerca de 00H15 de atraso. A chegada prevista para as 09H15 (hora local), foi
assim às 09H30 (hora local), ao Aeroporto
de Barcelona - El Prat.
O Aeroporto de Barcelona-El Prat
é um aeroporto que atende a cidade espanhola de Barcelona e toda a região da
Catalunha. É o maior aeroporto em tamanho e tráfego da Catalunha e o segundo
mais movimentado da Espanha depois do Aeroporto de Madrid-Baraias. Em 2012, ele
conseguiu passar para o terceiro lugar no ranking europeu e o primeiro em
Espanha, em termos de passageiros em voos diretos. Está localizado a dez
quilómetros a sudoeste de Barcelona, no município de El Prat de Llobregat, a
uma altitude de 4 m.
Quando
recolhemos as nossas bagagens, fomos ao encontro do motorista do nosso transfer
da Welcome Incoming Services, que estava pontualmente na sala de chegadas.
Fomos até à Plaça de Sant Jaume, que
comunica com várias “calles”, uma das quais é a Calle Ferran, onde fica o nosso Hotel Gargallo Rialto, em plena Ciutat Vella, situado mesmo à saída das famosas Las Ramblas. Trata-se de um edifício histórico, onde o artista Joan Miró nasceu. Podemos saborear um
buffet de pequeno-almoço variado e deliciosas refeições Mediterrânicas no Restaurante Miró do Rialto.
Fizemos o
check-in cerca das 10H30 e guardaram-nos as malas pois que os nossos quartos
ainda não estavam disponíveis.
Iniciamos
então a nossa visita à cidade de Barcelona,
o segundo
município mais populoso do país, com uma população de 1,6 milhões dentro dos
limites da cidade. São conhecidas as obras arquitetónicas de Antoni Gaudí e
Lluís Domènech i Montaner, que foram designadas Património Mundial da UNESCO. A
cidade é conhecida por hospedar os Jogos Olímpicos de Verão de 1992, para além
de outros eventos. Barcelona é um dos principais centros turísticos,
económicos, comerciais e culturais do mundo, sendo que sua influência no
comércio, educação, entretenimento, mídia, moda, ciência e artes contribuem
para o seu estatuto como uma das principais cidades mundiais. Em 2009, a cidade
foi classificada como a quarta melhor cidade da Europa para os negócios. Barcelona é conhecida
como capital do modernismo catalão. A cidade, na qual viveu e trabalhou o
arquiteto Antoni Gaudí, conta com algumas de suas obras mais relevantes, que
atraem a cada ano milhões de visitantes de todo mundo: A mais representativa é o Templo Expiatório
da Sagrada Família, o Parque Güell, a Casa Milà, a Casa
Batlló. Dentro do período medieval, destacam-se, especialmente, as obras
góticas que proliferam no seu centro histórico, o Bairro Gótico, como a Catedral de Barcelona.
Fizemos
então, uma incursão ao Bairri
Gòtic, pois que uma passagem por esta zona da cidade é
obrigatória para quem visita Barcelona. Este bairro constitui parte da chamada Ciutat Vella, da qual fazem
também parte as zonas de la Ribera, de El Raval e de la Rambla. Iniciamos a
nossa visita pela Plaça de Sant Jaume,
que representa o centro político de Barcelona, onde podemos encontrar o
edifício da Câmara Municipal de
Barcelona (o ayuntamiento), e o Palácio
da Generalidade, sede do Governo Regional da Catalunha.
Emaranhámo-nos
depois no labirinto
de ruas antigas do bairro Gótico, percorrendo a Carrer del Bisbe.
Havia
muita gente que por ali deambulava e fotografava, principalmente o varandim gótico,
o que também fizemos.
Este
“varandim” é uma das imagens mais
famosas do Bairro Gótico, a ponte que une a Casa de los Canónigos com o
Palau de la Generalitat.
Continuámos
o nosso passeio pela Carrer del Bisbe
e deparámo-nos com o Monument als herois
de 1809.
Em
1808, Barcelona foi ocupada pelas tropas francesas. Houve uma tentativa de
insurreição e os responsáveis foram executados. Em 1929, foi erguido um
monumento em homenagem aos mortos. As cinco figuras em bronze mostram os
personagens condenados pouco antes da execução no Parc de la Ciutadella. Nas laterais aparecem cenas da entrada das
tropas de Napoleão na cidade de Barcelona.
Depois
de mais algumas fotografias, chegámos à catedral
gótica de Barcelona, cuja construção foi iniciada em 1298 por
Jaume II sobre os alicerces de um templo romano e de uma mesquita mourisca, mas
foi só no começo do séc. XX que viria a ficar concluída.
A
fachada de estilo neogótico, é muito mais moderna do século XIX. É dedicada à
Santa Cruz e a Santa Eulália, patrona da cidade de Barcelona, uma jovem donzela
que, de acordo com a tradição católica, foi uma mártir durante a época romana.
A
dedicação a Santa Eulália data de 877, quando o bispo Frodoí localizou os
restos da santa e os levou solenemente para a catedral. Uma das histórias
relativas à santa conta que ela foi exposta nua no fórum da cidade e que,
milagrosamente, pois já era primavera, caiu uma nevasca que cobriu sua nudez.
As enfurecidas autoridades romanas a teriam, então, metido num barril com
vidros quebrados e cravos e lançado o barril costa abaixo. Já muito próximos da fachada da
Catedral de Barcelona, podemos contemplar a rica fachada da catedral. Entrámos para a
visita. Já no interior saltou-nos à vista um jubeu de mármore branco esculpido
que ilustra o martírio de Santa Eulália, a
padroeira da cidade. O edifício é formado pelo templo e pelo claustro, perfeitamente unidos
pelo mesmo estilo gótico.
As
medidas da catedral são de 90 metros de comprimento por 40 metros de largura e
o jardim quadrado do claustro tem 25 metros por cada lado mais 6 de largura por
cada galeria das quatro que o rodeiam.
Acabada
a visita regressamos pela Plaça Sant
Jaume até à Calle Ferran para
procuramos um local para almoçarmos.
Escolhemos
a “Cafeteria Cerveseria Fernando”,
um bar e restaurante simples, situada no Bairro Gótico, a 100 m de Las
Ramblas e da Plaza Reial.
Optamos por
uma refeição à base de “Tapas”: patatas bravas, calamares a
la romana, surtido de ibéricos e queso, croquetas, ensaladilla rusa - massa
tomate, tostada com tomate e azeite.
No
final do almoço fomos ao “nosso” Hotel Rialto para tomarmos conta dos
quartos e ali guardarmos as nossas bagagens.
Depois
desta ação descemos a Calle Ferran,
na direção das Las Ramblas.
Antes,
porém, surgiu-nos o acesso para a Plaça
Reial, que é uma linda e elegante praça no Barri Gòtic, muito perto de Las
Ramblas.
Sua
construção data de meados do século XIX, trazendo para este espaço muitas
famílias importantes da sociedade catalã da época. Os pórticos dos edifícios,
as palmeiras e a fonte central conferem à praça um toque de requinte.
Dois
belos candeeiros da praça são obra do jovem Antoni Gaudí, no início de sua carreira. Nesta
praça existem um grande número de restaurantes e algumas das boates mais
famosas da cidade, é um popular ponto de encontro durante o verão, o festival
anual de La Mercè, em setembro, com concertos ao ar livre e durante outras
celebrações como o Réveillon.
Durante
a nossa visita a esta “plaça” ouvimos
um enorme chilreado no alto das muitas palmeiras que ali se encontram. Apurámos
a vista e vislumbrámos umas aves de tons verdes, conhecidas como “caturritas”.
A caturrita é o periquito mais
conhecido da Argentina, onde recebe o nome de cotorra. Em 1975 a caturrita foi
observada pela primeira vez na Espanha. Em 2015, 40 anos depois do
primeiro registro, um censo coordenado pela Sociedade Espanhola de Ornitologia
contabilizou cerca de 20.000 caturritas vivendo em liberdade no país. De fato, enquanto
estivemos em Barcelona, foi fácil encontrar caturritas nas praças e parques da
cidade. Foi fácil
afeiçoarmo-nos a estas aves amigáveis e barulhentas.
Após
esta visita, finalmente, fizemos o primeiro contato com Las Ramblas.
Las Ramblas, ou La Rambla é o
nome dado a uma via que liga a Praça da
Catalunha ao Porto Velho, na Cidade Velha. Em língua castelhana e em
língua catalã, rambla (do árabe ramla, que
significa "leito de rio seco”, "areal"), além de
também designar "leito de rio temporário", como no árabe é
também, um tipo de rua larga e com grande movimentação de pedestres.
Oficialmente, Las Ramblas são uma série de pequenas ruas que se juntam
(daí, o nome no plural). Elas têm, ao todo, 1,2 km de comprimento, e chamam-se
sucessivamente Rambla das Calhas (Rambla de Canaletes), Rambla dos
Estudos (Rambla dels Estudis), Rambla de São José (Rambla de Sant
Josep), Rambla dos Capuchinhos (Rambla dels Caputxins) e Rambla de
Santa Mónica (Rambla de Santa Mònica). Embora sejam mais de uma, é comum
elas serem chamadas simplesmente de "Rambla".
Escolhemos hoje, irmos na
direção da Praça da Catalunha.
Passámos pelo Mercado de Sant Josep - La Boqueria, guardando a nossa visita
para mais tarde.
Continuámos
pelas Ramblas e encontrámos a bela Igreja
de la Mare Déu de Betlem (Igreja de Nossa Senhora de Belém), com a fachada
barroca de 1681, foi
construída no local de uma igreja mais velha datada de 1553.
Foi originalmente a escola jesuíta na
cidade. A escola e a capela pegaram fogo e o edifício atual foi construído
entre 1680 e 1732 e na época foi considerado a mais importante igreja em
Barcelona.
Em 1936, no início da Guerra Civil
espanhola, Betlem foi queimada pelos anarquistas, causando o seu parcial colapso
e toda a decoração de interiores foi destruída. O que vemos hoje são uma igreja
relativamente austera, consistindo de uma só nave com altares de outras igrejas
e coleções particulares colocadas nas capelas laterais. A porta principal, na Carrer del
Carme, é enquadrada por duas colunas salomónicas e esculturas dos Santos
jesuíta Inácio de Loyola e Francesc de Borja, tanto por Andreu Sala e datado de
1688. Acima da porta há um presépio por Francesc Santacruz.
Regressámos
ao exterior, mais precisamente às Ramblas. Começámos a fazer o percurso
inverso, para visitarmos o Mercado de
São José (Mercat de Sant Josep), la Boqueria, o mais antigo mercado
municipal de Barcelona. Foi
inaugurado em 19 de Março de 1840 - dia de São José no calendário católico.
Nele,
se vendem frutas, carnes, artesanato, vinhos, etc. É muito visitado não só
pelos moradores da cidade, mas também por turistas do mundo inteiro. O acesso
principal é feito pela própria Rambla, e há também outra entrada pela parte
posterior do mercado, já no bairro de El Raval. La Boqueria é um mercado municipal, mantido pela
prefeitura de Barcelona, e conta com mais de 300 bancas. A característica mais
marcante da arquitetura é sua cobertura metálica, datada de 1914, que divide o
espaço em cinco naves idênticas. Na parte do mercado mais próxima da Rambla, a
mais frequentada por turistas, podemos encontrar bancas com produtos destinados
a esse público, incluindo frutas exóticas, frutos secos, jamón e embutidos,
chocolates e doces.
Quando
está muito calor, que foi o que nos aconteceu neste dia, o mercado oferece
fantásticos refrescos. As bancas, dentro do mercado e mais próximas da entrada,
vendem saladas de frutas, picolés de sabores refrescantes e sumos.
Alguns de nós
refrescaram-se com os tais sumos naturais de frutas e outros optaram por uma “caña” - cerveja, na cervejaria Gaft GC s.l., na la Boqueria.
A tarde já
escurecia e dirigimo-nos para a rua Carrer Ferrán na direção do Hotel, mas pelo
caminho encontramos aberta a Igreja de
Sant Jaume, na qual entramos para uma rápida visita.
A
Igreja é muito discreta, já que a fachada da igreja não é muito grande, é do
século XVI, mas o resto - a nave interior e o campanário - foram restaurados e
são do século XVIII. O bairro onde se situa esta igreja é conhecido como o
antigo bairro judeu da cidade e aquela foi construída sobre os restos de uma
antiga sinagoga. É constituída por uma única nave, com as capelas laterais de
construção expandidas. A torre sineira data de 1722. O templo foi reconstruído
entre 1866 e 1880 por Josep Oriol Mestres, e foi quando a fachada ficou estilo
neo-gótico.
Seguimos
depois para o nosso Hotel Rialto,
onde decidimos jantar, o qual foi em regime de buffet.
Antes de
recolhermos aos nossos aposentos para um descanso bem merecido, reunimo-nos na
sala de entrada para combinarmos o início do dia seguinte.
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