Afirma que é preciso cortar na despesa, já em 2012, para diminuir o défice e criar condições para a reforma estrutural do país, para que o investimento retorne.
Passos Coelho diz que faz o trabalho que lhe cabe, que é o de não mascarar a realidade, tomar medidas necessárias e estar junto de todos (?) a dizer que vamos ultrapassá-las juntos (?).
Pedro Passos Coelho ao dizer que queria atacar o "monstro" da despesa pública disse que não estava a responder ao Presidente da República.
Então estava a responder a quem?
Francisco Louçã, comentou que quando o primeiro-ministro disse que queria atacar o monstro, era apenas o de ir ao bolso das pessoas e sobretudo à dignidade das pessoas; que o monstro não é a fortuna que em rios de dinheiro se perde porque alguns têm tanto dinheiro que não pagam; que o monstro são os salários dos professores; que o monstro são os salários que pagam a dedicação dos trabalhadores da saúde. Diz o governo que isto se trata de despesas do estado.
Louçã ainda disse que não havia nenhum monstro no serviço público, havia sim era um monstro na ineficácia, na demagogia e na facilidade. O serviço público são a educação, o sistema de saúde e a segurança social que constituem recursos de todos para servir para todos.
Já que os nossos políticos gostam tanto de dar exemplos do estrangeiro, mas apenas do que lhes convém, vou agora transcrever uma notícia de um país distante mas é um grande exemplo para que cá se fizesse o mesmo:
“Prevaricadores castigados na Islândia
Suspeitos de afundarem finanças islandesas começam a ser detidos dois ex-diretores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram presos esta quinta-feira. Mas a lista de possíveis detidos envolve mais de 125 personalidades, segundo a imprensa.
Os diretores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia. Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.
A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia. Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo diretor da Banca, os responsáveis pela direção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos ativos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.”
E nós por cá!?!?!?
Cá em Portugal, ficam com uma pensão vitalícia!!!!!!!!!!!!!
Cá o Zé Povinho, paga as dívidas que eles fazem!!!!!!!!!!!!
Cá são mais de quatrocentos os antigos políticos agora gestores de grandes empresas que recebem pensões vitalícias pelo seu desempenho de funções no Estado. Em 2005, o Governo de José Sócrates revogou esta lei, mas sem efeitos retroativos a 2009. Para ter direito às subvenções vitalícias bastavam 8 ou 12 anos de funções políticas. Por isso, as subvenções são ainda um peso para o Estado. No ano passado custaram quase nove milhões de euros.
Agora, o ministro das Finanças, depois de este problema vir a público, admite (não é certo) cortar 14 por cento deste rendimento mensal.
A proposta do Orçamento do Estado previa cortes no 13º e 14º mês das pensões, o que excluía as subvenções dos ex-políticos porque recebem apenas 12 meses. Uma polémica que obrigou o ministro das finanças a repensar e a alargar os cortes.
No rol de políticos que usufruem de pensões vitalícias estão não só deputados, mas também os chamados "dinossauros autárquicos". Quando as subvenções acabaram, havia mais de 117 presidentes de câmara com direito a esta subvenção, sendo que muitos ainda não a pediram.
Ainda há pouco tempo, o deputado e dirigente do PS José Lello viu ser-lhe atribuída uma pensão na ordem dos 2 234 euros por mês.
A curva crescente dos beneficiários deste regime é comprovada pelos números: em 2002 eram 315 e agora rondam os 400 (397, em 2010).
A lista de pensões vitalícias inclui personalidades como o presidente do PS, Almeida Santos, e os ex-presidentes do PSD Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes. Carlos melancia, ex-ministro e ex-governador de Macau estreou-se na vida política em 1978, por isso, hoje recebe a subvenção mais alta: 9150 euros; Duarte Lima, antigo líder parlamentar do PSD, recebe mensalmente 2200 euros, atualmente exerce advocacia e é suspeito de ter assassinado Rosalina Ribeiro; Armando Vara, um dos arguidos do processo Face Oculta, recebe 2000 euros de subvenção vitalícia pelas funções que desempenhou de deputado e ministro da Juventude; Dias Loureiro, ex-gestor da SLN, pertencente ao BPN, têm direito a 1700 euros.
O ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga recebe da CGA 9693 euros mensais por ter sido professor universitário, mais do que as também generosas subvenções do ex-ministro da Saúde de José Sócrates, Correia de Campos (5524 euros), e de Luís Filipe Pereira (5 663 euros), que comandou a pasta da Saúde nos executivos de Durão Barroso e Santana Lopes. Também do Governo Santana foi Daniel Sanches que se reformou da Procuradoria-Geral da República com uma pensão mensal de 7316 euros.
Os candidatos presidenciais Cavaco Silva e Manuel Alegre também constam da lista, embora o atual Presidente tenha abdicado de receber a subvenção enquanto ocupa o cargo máximo da Nação. Mas, segundo alguns textos que se podem encontrar na net, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, recebe atualmente três pensões pagas pelo Estado: 4.152,00 - Banco de Portugal + 2.328,00 - Universidade Nova de Lisboa + 2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro, num total de 9.356,00. Podendo acumulá-las com o vencimento de Presidente da República.
Será que tenha abdicado??????
O último relatório da CGA mostra que Estado gastou mais 3,5 milhões de euros com 383 deputados do que com os 22 311 pensionistas que ganham até 217 euros. Os gastos com este "privilégio" têm aumentado todos os anos. Em 2011, regista-se o valor mais elevado de sempre com este tipo de reformas: 9,1 milhões de euros.
Enquanto um funcionário público trabalha em média 30 anos para ter acesso à reforma, os políticos que até 2005 estiveram oito ou doze anos no cargo ganharam direito a uma pensão para toda a vida. São precisamente essas subvenções vitalícias que vão custar quase 80 milhões de euros numa década, contando já com o valor recorde de 9,1 milhões de euros que sairão este ano dos cofres do Estado. Apesar de este regime ter sido revogado há seis anos, o número não para de aumentar e relativamente a 2010 os gastos com este tipo de pensões vai subir 4,2%.
Na última década, a despesa subiu todos anos, gastando-se já mais 33% com pensões vitalícias do que há dez anos. A tendência é para que o número continue a disparar, pois os políticos que em 2005 já tinham conquistado o direito de beneficiar de tal regime (ou seja, já exerciam funções há doze anos ou mais) podem ainda solicitar este "privilégio".
E por último termino com duas perguntas:
- Porque será que os jornais e comunicação social não abordaram estes casos, mas trataram outros muito conhecidos elevando-os quase à categoria de escândalos?
- Não será por estes escândalos e outros que se adivinha no futuro a falência da Segurança Social???
Nota: Fotos retirados da net; texto elaborado com recurso a recortes de jornais e também da net.