domingo, 27 de abril de 2014

Excelente Mensagem de Vida

Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens.
Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti.
Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo.
Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer.
Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente.
Não chores pelo teu sofrimento, luta pela tua felicidade.
Com as coisas que vão nos acontecendo vamos aprendendo que nada é impossível de solucionar, apenas siga adiante.


Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

QUANTA HIPOCRISIA!...

A Canção é uma Arma!


José Barata Moura
“Cravo Vermelho ao Peito” 

O Cravo Vermelho, é conhecido em Portugal como o Símbolo da Revolução de 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial instalado há décadas no país.
Nas saias ou nos casacos das senhoras, nas gravatas nos homens, o vermelho continua a ser a cor preferida na sessão solene do 25 de Abril.
O cravo vermelho é usado por quase todos os deputados das bancadas do PS, PCP, BE e PEV.
O cravo vermelho está ausente na bancada do CDS-PP e raro na bancada do PSD, caso do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, que, tal como habitualmente, dispensou a flor na lapela.
Ao menos estes não são hipócritas!

A Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, exibia um cravo vermelho preso no seu casaco e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, entrou no hemiciclo de cravo o peito.

Hipocritas!



Será que a palavra ainda é uma arma?
Claro que sim.


Adriano Correia de Oliveira
“Trova do Vento que Passa”





José Afonso

“Vampiros”

quinta-feira, 24 de abril de 2014

As Músicas que há 40 anos marcaram a Revolução dos Cravos

"E Depois do Adeus" e "Grândola, Vila Morena" são as canções emblemáticas do 25 de Abril de 1974.

A colaboração entre revoltosos e a rádio começa muito antes do dia 25 de Abril de 1974. Os contactos são feitos entre militares e jornalistas de várias emissoras, preparando-se tudo para que a revolução resultasse. 5 minutos antes das 23h, do dia 24 de Abril de 1974, na rádio Alfabeta dos Emissores Associados de Lisboa, o locutor de serviço - João Paulo Dinis - "lançou" a música "E depois do adeus" de Paulo de Carvalho.
Era o sinal para as tropas avançarem.

Na Rádio Renascença a gravação do alinhamento, que viria a ser o sinal para o desencadear das operações, foi feita na tarde do dia 24 de Abril, por Leite de Vasconcelos, para ser emitida no Programa «Limite», que era realizado em directo, mas algumas partes eram previamente gravadas. Era numa dessas gravações que estava a «senha» - a primeira quadra da música “Grândola, Vila Morena”, de Zeca Afonso.
Esta segunda senha confirmou a primeira. A partir daqui todo o movimento era irreversível. A Rádio Clube Português é transformado no posto de comando do «Movimento das Forças Armadas», por este motivo a emissora fica conhecida como a "Emissora da Liberdade".

Aos Microfones da Rádio Clube Português, Joaquim Furtado lê o primeiro comunicado às 04h26:
«Aqui posto de comando do Movimento das Forças Armadas.
As Forças Armadas portuguesas apelam para todos os habitantes da cidade de Lisboa no sentido de recolherem a suas casas, nas quais se devem conservar com a máxima calma.
Esperando sinceramente que a gravidade da hora que vivemos não seja tristemente assinalada por qualquer acidente pessoal, para o que apelamos ao bom senso do comando das forças militares no sentido de serem evitados quaisquer confrontos com as Forças Armadas.
Tal confronto, além de desnecessário, só poderá conduzir a sérios prejuízos individuais, que enlutariam e criariam divisões entre portugueses, o que há que evitar a todo o custo.
Não obstante a expressa preocupação de não fazer correr a mínima gota de sangue de qualquer português, apelamos para o espírito cívico e profissional da classe médica, esperando a sua ocorrência aos hospitais, a fim de prestar a sua eventual colaboração, o que se deseja sinceramente desnecessária.»


PS: Texto e fotos retirados da net.

O 25 de Abril - há 40 anos

Na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, Lisboa assistiu a um movimento militar fora do normal. Homens e veículos avançaram, durante a noite, pela capital ocupando, sem grande resistência, vários alvos estratégicos, com o objectivo de derrubar o regime de então.
O auto denominado Movimento das Forças Armadas – MFA – foi comandado por Otelo Saraiva de Carvalho, um dos principais impulsionadores desta acção.
Da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandados por Salgueiro Maia, veio o grupo de militares que teve a missão mais importante, que foi a ocupação do Terreiro do Paço e dos Ministérios ali instalados.
Ainda o dia não tinha nascido e já este grupo de homens controlava esta zona da capital. Seguidamente Salgueiro Maia, com os seus homens deslocam-se para o Quartel do Carmo, onde se tinha refugiado o chefe do governo, Marcelo Caetano, que se rendia já no fim do dia entregando a governação provisoriamente ao General António de Spínola. Marcelo Caetano partiu entretanto para o exílio no Brasil.

O 25 de Abril de 1974, que acabou um regime autoritário, que governava em ditadura reprimindo qualquer transição para um estado democrático.
Nessa época havia pobreza, fome, desemprego e a falta de oportunidades para um futuro melhor, provocando um grande fluxo de emigração, agravando as condições da economia nacional.
Passados 40 anos e com este governo, a pobreza voltou a aumentar, com ela a fome está na ordem do dia, o desemprego volta a subir como já há anos não se sentia, principalmente no que toca aos jovens e a emigração aumentou como nunca. A economia nacional está num caos.
Este governo vai ficar na História de Portugal, como aquele que nos fez regressar aos tempos de há 40 anos atrás.
Parece que estamos novamente no 24 de Abril de 1974.
Quem por lá passou sabe do que estou a falar…

O 25 de Abril de 1974 ficará, para sempre, na história como o dia em que Portugal deu os seus primeiros passos em direção à democracia.
O 25 de Abril de 1974 ficou para sempre marcado na História de Portugal.

A minha Cronologia Militar e do 25 de Abril de 1974

O meu Serviço Militar.
Fui às inspecções em que fiquei apurado, como era norma acontecer e obrigatório no Exército.
Passados três dias tive de me apresentar no Centro de Recrutamento e Mobilização em Lisboa, para a inspecção para o Serviço Aeronáutico do qual fiquei apurado para todo o serviço.
Acabei assim por ser voluntário na Força Aérea, desde 21 de Junho de 1972 até 14 de Outubro de 1976.




Entrei na Base Aérea Nº 2 – Ota, no dia 21 de Junho de 1972, onde fiz a recruta e terminei esta no dia 10 de Setembro de 1972.
Na Escola Militar de Electromecânica de Paço de Arcos, iniciei o Curso de Formação de Mecânicos de Rádio de 11 de Setembro de 1972 e terminei a 04 de Maio de 1973.

Voltei novamente à Base Aérea Nº 2 – Ota, agora para ingressar no Curso de Subespecialização de Simuladores de Voo, em 14 de Abril de 1973.
Terminado aquele curso, cheguei finamente à Base Aérea Nº 5 – Monte Real em 28 de Novembro de 1973. Fiquei nesta unidade até passar à Disponibilidade em 15 de Outubro de 1976.
Respondendo à pergunta já habitual: Onde estava no 25 de Abril de 1974?
Como se pode constatar estava a cumprir o serviço militar no 25 de Abril de 1974.
Precisamente neste dia, estava em casa com uma dispensa de serviço, quando a minha mãe me deu a notícia de que havia uma revolução. Quem lhe tinha dado a informação foi a peixeira que naquela época vendia o pescado pelas portas e vinda da Figueira onde havia muita gente que andava pelas ruas a comemorar a dita revolução.
Entretanto é claro que fui de imediato para a minha unidade em Monte Real, onde cheguei com muita dificuldade visto quase não haver transportes.

Como se pode calcular dentro da Base era uma grande confusão.
Ficámos uns dias de prevenção, sem poder ir a casa, com muita indefinição e alguma preocupação.


Foi nessa altura que comecei o meu 25 de Abril de 1974.

sábado, 12 de abril de 2014

SOCIEDADE DE INSTRUÇÃO TAVAREDENSE

Auto da Serração da Velha
ou
“Auto do Violador no Telhado”

11 de Abril de 2014



Mais uma vez se cumpriu a tradição!
Realizou-se no dia 11 de Abril de 2014, pelas 21.30 horas, a tradicional Serração da Velha ou o “Auto do Violador no Telhado”, que como o nome indica, foi inspirado no musical ainda em cena “O Violinista no Telhado”.

Nota: Agradecemos aos artistas desta peça, a sua presença, os quais se disponibilizaram graciosamente (porque foram bem pagos), para abrilhantarem com grande “profissionalismo” este espectáculo muito cultural.

Como toda a tradição, esta actividade realiza-se em Tavarede, já há muitos anos. Mais uma vez notei que a comunicação social não esteve presente, para assim dar notícia à comunidade. Pode ser que para o ano… 


Mas como somos teimosos mais uma vez cumprimos a tradição e a velha foi serrada. A freguesia de Tavarede voltou a reunir-se, para ouvir o que este ano a “menina Tevyelina Castanha Pilada deixou em testamento”, aquecendo com o calor do convívio, esta noite já de Primavera. Aqueceu principalmente os ânimos das muitas pessoas que ouviram os “pertences” que a velha lhes deixou. É de recordar a essas pessoas que isto tudo não passa de uma brincadeira e que ao se sentirem “ofendidas”, mostram que a carapuça lhes assentou na perfeição.
Mas, como se costuma dizer: Siga o Cortejo!

Iniciámos esta função no Pavilhão da SIT (como todos os anos acontece) tendo seguido pela rua A Voz da Justiça, até ao Largo do Igreja Palácio de Tavarede, onde ali muito perto fica o “Retiro do Alfacevich”, onde se foi buscar (para passear!?) a “Menina Tevyelina” e foi terminar na Sala de “Audiências” do Teatro da SIT.
“EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE TEVYELINA CASTANHA PILADA
Vimos através do presente edital,
……………………………………
Convocar Tevyelina Castanha Pilada,
…………………………………….
Rapariga, entraste na porta errada,
Mordahavik, o juiz vai dá-te sermão!
És uma “menina” chanfrada
Tens de tomar uma decisão…

O “palácio da justiça” não é aqui
Alfacevich, diz-se um grande amigo,
…………………………………….
Nesta noite em primeira convocação
Vens à bruta e de livre vontade,
Visando este passeio com abnegação
Até à nossa querida colectividade.”

O cortejo foi acompanhado com uma salada musical executada pela desafinadíssima Orquestra Sinfónica da Outra Banda, que se fez ouvir em dois minutos de silêncio, com a Mula da Cooperativa, em desrespeito da gozada “menina Tevyelina”.
Durante o tribunal as personagens foram desfilando, acusando ou defendendo a “menina”, sempre com a intenção de levarem alguma coisa…

Yentevina (Contra-Regra): João “Alface” Bastos
Mordahavik (Juiz): António Dinis
Mordechaivik (Regedor): José Alberto Cardoso
Tevyelina (Velha): João Miguel Amorim
Chavalehkina (Médica): Manuel Lontro
Hodelina (Enfermeira): Rui Branco
Goldeína (Sobrinha): Miguel Feteira
Mendelina (1ª Criança): Rafael Cardoso
Tzeitelina (2ª Criança): José Nuno Rodrigues
Bielkina (3ª Criança): Tiago Feteira
Avrahmovik (Advogado de Acusação): António Simões
Lazar Wolfinovik (Testemunha): António Barbosa
Perchikovik (Advogado de Defesa): António Bento
Fruma Sarahov (Primo de Cortegaça): Daniel Santos
Cossavich (Primo de Cortegaça): Mário Viana
Rabinovik (Escrivão): José Manuel
Motelovik (Ajudante de Escrivão): Vítor Azenha
Enrebanavik (1º Carrasco): Artur Correia
Fyedkavik (2º Carrasco): Luís Pires

Já perto do final o Mordahavik - Juiz dá a última palavra à Velha:

…………………..
MORDAHAVIK
TEVYELINA CASTANHA PILADA,
Julgada por avareza,
Antes de ser condenada,
Quer fazer a sua defesa?

TEVYELINA

Peço perdão, senhor Juiz.
Eu já estou arrependida
Pois durante a vida nada fiz
Mas tenho saudades da vida.

Antes da condenação,
Só peço mais um momento,
Para que Robinovik, o escrivão,
Leia o meu TESTAMENTO.”
No seu TESTAMENTO, a desditosa velhinha, espalhou pelas pessoas da sua "amizade" o seu “riquíssimo” espólio, esperando assim satisfazer (ou não) os desejos de alguns herdeiros. Assim e finalmente o Escrivão e o seu Ajudante leram o tão aguardado Testamento:
 “Aos 11 dias do mês de Abril,
Na presença do Mordahavik, o Juiz,
Eu, TEVYELINA CASTANHA PILADA,
Meu Testamento assim fiz:”
…………………….
Acabado de ler o testamento, então o Regedor pergunta, roncando, já meio fatigado de voz:
“Que castigo ela merece
Dizei-me, senhores, meus?
Rifamo-la na quermesse,
Ó pomo-la a encher pneus?

(Dizem todos os participantes:)

Serre-se a velha
Força no serrote
Serre-se a velha
Dentro do caixote!”

Na execução da infortunada menina, foi visto esta, heroicamente fazer a entrega do seu tão maravilhoso e apetecível corpo, às mãos mimosas dos piedosos e bondosos carrascos, que serraram a RÉ, LÁ ao SOL, sem DÓ, nem outra nota de qualquer piedade.
E assim mais um ano foi cumprida esta tradição já muito antiga em Tavarede.

Após o “Julgamento, morte e fuga… da menina TEVYELINA, todos os participantes se reuniram para conviver num animado repasto composto de um variado e abundante conjunto de artigos especialmente confeccionados para dar ao dente e regado com algumas bebidas vigorosas.

Só nos resta fazer desejos de para o ano cá estarmos para cumprir mais uma vez a tradição.
Esperamos por todos o que cá estiveram e também por quem esteve ausente.

ATÉ PARA O ANO!



PS: As fotos foram retiradas da net, mais precisamente do facebook. Quero agradecer ao autor, que pode e deve comentar aqui neste sítio…