domingo, 12 de setembro de 2010

MUDE

Museu do Design e da Moda

Do espólio do MUDE fazem parte cerca de 170 peças, da colecção de Francisco Capelo, vendida pelo próprio à autarquia de Lisboa em 2002. Esta exposição já visitámos há já algum tempo atrás. Mas agora, LÁ VAI ELA, FORMOSA E SEGURA - Scooters da colecção de João Seixas, é o título para uma outra exposição que se encontra neste museu. Leonor cantada por Luís Vaz de Camões, que ia descalça para a fonte, «fermosa, mas não segura», é reinventada por António Gedeão, em 1961, e passa a ir «voando para a praia, na estrada preta.

Vai na brasa, de lambreta». Animados por esta nova Leonor e embalados pela sonoridade do poema, intitulámos Lá vai ela, Formosa e Segura à exposição que apresenta a evolução da scooter, entre 1945 e 1970. Lá vai ela tem um duplo sentido. No feminino, tanto designa a scooter, ícone mediático de um tempo e de um modo de vida urbano, jovem e democrático, como também é um galanteio à nova mulher, mais emancipada e profissionalmente activa que se afirma no pós-Segunda Guerra, já segura e formosa, conduzindo-se a si própria, entre o trabalho e a casa, ou em puro passeio pela sua cidade.

Com esta exposição ficaremos mais conscientes da pluralidade e especificidades de cada scooter, percebendo melhor este fenómeno que cruza a Europa e os Estados Unidos. Mas é inegável que, entre todas as scooters, a Vespa ganha uma popularidade tal que a torna quase no seu sinónimo. Símbolo do bom design italiano, é hoje um clássico do século XX e um objecto de culto. Exemplo paradigmático da unidade entre a forma, de linhas modernas e orgânicas, e a nova tecnologia, a Vespa significa também o ressurgimento económico de Itália e da marca Piaggio. Económica, funcional e bela, a Vespa tem de ser olhada no âmbito do movimento global de afirmação do design italiano como factor distintivo. É a união de todas estas características, e não só a sua forma e estilo, que faz dela um excelente objecto de design, estando representada em várias colecções museológicas.
Se a scooter foi protagonista das cidades reconstruídas do pós-guerra, ganha hoje um renovado alcance perante os desafios vividos nas grandes metrópoles, uma vez que pode fazer parte, juntamente com uma articulada rede de
transportes públicos, de uma resposta eficaz aos problemas de tráfego, parqueamento e poluição sonora/atmosférica. A sua actualidade levou-nos a organizar esta exposição onde colocámos em diálogo as scooters com a moda, sublinhando a transformação de linhas e silhuetas, para além da alteração das formas, cores e materiais, de modo a dar maior visibilidade à evolução das mentalidades e diferentes contextos socioculturais.
O piso 1 do MUDE volta a metamorfosear-se na procura de renovadas geometrias e temperaturas do espaço expositivo.
Viajemos, assim, ao volante da scooter, por estes vinte cinco anos do século XX, mas com os olhos postos no futuro.

TERREIRO DO PAÇO vs PRAÇA DO COMÉRCIO

Exposições

Neste espaço rejuvenescido de Lisboa esperava-nos mais duas exposições.

CORPO
1ª - Corpo - Estado, Medicina e Sociedade no tempo da I República.


Esta exposição está patente no Terreiro do Paço, Torreão Poente e é da responsabilidade da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
Resumo desta exposição: Corpo – Estado, medicina e sociedade no tempo da I República é o título escolhido para uma exposição que pretende dar conta da história da medicina em Portugal nas décadas da, da consolidação do poder e do prestígio dos médicos, bem como das relações entre este saber, o poder político e os diversos grupos sociais. É a história de um saber e de um poder que não recusou a sua vocação social.
O Corpo não pretende ser apenas uma exposição exclusivamente documental e ilustrativa, dimensão que, porém, é fundamental. A mostra de objectos, documentos e fotografias visa, também, problematizar as relações do médico com o doente e com o corpo humano, individual ou social, e questionar o saber científico da medicina e dos médicos no tempo da I República.

VIAJAR


2ª - Viajar - Viajantes e turistas à descoberta de Portugal no tempo da I República.
Esta exposição está patente no Terreiro do Paço, Torreão Nascente e é da responsabilidade da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República.
Resumo desta exposição: O ano de 1911 representa um momento fundamental na emergência do turismo organizado em Portugal. Nesse ano, em Maio, Lisboa recebeu o IV Congresso Internacional de Turismo e o governo provisório da República criou as primeiras estruturas oficiais – a Repartição de Turismo e o Conselho de Turismo.
O projecto turístico dos Estoris é também obra sua, bem como a abertura da primeira representação do turismo nacional no estrangeiro, gerida pelo Estado e pela Companhia Portuguesa dos Caminhos de Ferro. Se o interesse, privado e público, vinha de anos anteriores – como o atestam entre outras iniciativas a criação da Sociedade de Propaganda de Portugal em 1906 e a publicação do Manual do Viajante de Portugal em 1907 – foi durante a República que se deu formalmente a sua institucionalização. Viajar por prazer, para conhecer outros lugares e costumes, como distracção ou forma de repouso tinha-se tornado um desejo acessível a mais pessoas.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Museu José Berardo

A programação do Museu está orientada na rotação dos diversos movimentos artísticos que integram o acervo composto por 862 obras.

A exposição permanente do Museu, conjuntamente com as exposições temporárias, cria uma dinâmica cultural geradora de fluxos de público diversificados, desenvolvendo hábitos de fruição artística.
A Colecção Berardo é reconhecida no panorama internacional como uma colecção de arte de grande significado que, além de certos núcleos de excelência, permite acompanhar os principais movimentos artísticos do séc. XX.
A representação de mais de 70 correntes artísticas evidencia o forte pendor museológico e didáctico desta colecção.
Fonte inesgotável de criatividade e de possibilidades de inovação, não só pela riqueza dos seus conteúdos, mas também pela constante aquisição de novas obras, a colecção possibilita diversas e actualizadas leituras da arte contemporânea.

Assim, visitámos as seguintes exposições:

OSGEMEOS - Pra quem mora lá, o céu é lá


Os irmãos brasileiros Gustavo e Otávio Pandolfo (1974, São Paulo) conhecidos como OSGEMEOS, estão envolvidos na criação dum mundo fantástico, cheio de histórias quotidianas em forma de poesia.


A pintura feita nas ruas e as criações feitas para obras e instalações em galerias e museus partem da mesma inspiração onírica que existe dentro da mente destes irmãos gémeos, cuja obra é agora apresentada pela primeira vez em Portugal.



Tudo o que é sólido dissolve-se no ar: o social na Colecção Berardo

Aludindo a uma famosa passagem do Manifesto do Partido Comunista (redigido por Marx e Engels em 1848), a expressão “Tudo o que é sólido dissolve-se no ar” congrega um sentido de mudança na sociedade.
No contexto artístico, a importância desta observação verifica-se na tomada de consciência do primado do social na cultura moderna, condição necessária para a existência da arte enquanto instrumento de emancipação da humanidade.
É sob este prisma que se apresenta a Colecção Berardo nesta exposição, reunindo-se obras que convocam problemas do quotidiano, enunciam uma crítica da realidade ou reflectem visões do mundo utópicas.

Warhol TV
Entre 1979 e 1987, Andy Warhol (1928-1987) produziu e realizou verdadeiras emissões de televisão.
Essa parte da sua obra – até hoje bastante desconhecida – é o reflexo das obsessões do artista: beleza, celebridade, fascínio por outros artistas, músicos ou estilistas.
Um mergulho na Nova Iorque dos anos de 1980 e uma nova reality television.

MUSEU DA ELECTRICIDADE

Eu e a minha esposa fizemos esta visita ao Museu da Electricidade, pois já há algum tempo o queríamos fazer. Concretizou-se agora.

O Museu está instalado no edifício Central Tejo, que funcionou como central eléctrica de inícios do século 20 a meados dos anos 1970. A sua arquitectura destaca-se pelos materiais - vidro, ferro e tijolo vermelho - e pelos grandes janelões.
No interior estão visíveis caldeiras de alta pressão e máquinas de produção eléctrica. Há também uma galeria dedicada à arte contemporânea portuguesa.
A Fundação EDP associa-se às comemorações do Centenário da República com a exposição internacional POVO - People.
A pergunta, «O que é o povo?» serviu de linha orientadora a esta exposição que propõe ao público/povo de hoje várias respostas possíveis através de uma nova reflexão visual, estética, simbólica, sociológica e política sobre a génese e a evolução do conceito de POVO. O povo é sereno; o povo é quem mais ordena; ganharás o pão com o suor do teu rosto; casas do povo; se isto não é o povo, onde é que está o povo?; queres fiado, toma… são alguns dos slogans e dizeres que grafitam os espaços do Museu da Electricidade, nos quais se exploram arquivos de som e de imagem, obras de pintura, escultura, desenho, fotografia, vídeo e cinema, textos literários, memórias e testemunhos populares e eruditos. Através do recurso a novas tecnologias, a exposição assume as características de uma «instalação» em permanente interactividade com o PÚBLICO – POVO. A Kameraphoto, colectivo de fotógrafos independentes, foi convidada a criar um mural dinâmico de fotografia.
Dentro do espaço pertencente ao Museu da Electricidade, visitámos outra exposição: Os Carros dos Presidentes - O Motor da República.
Os Carros dos Presidentes saem de museus e garagens e reúnem-se para contar a história e as histórias que protagonizaram ao serviço da instituição presidencial.
Cerca de 15 veículos que estiveram ao serviço dos Presidentes da República. São cerca de quinze veículos, dos hipomóveis aos Cadillac e Rolls Royce, desde aparatosos carros antigos, objecto de curiosidade e colecção, aos modelos mais recentes ainda hoje em funções.
Um encontro de veículos e um encontro com a história. Através do automóvel, dos seus usos e representações, o visitante percorre os 100 anos da República Portuguesa, numa exposição composta por quatro núcleos: "Do Hipomóvel aos Pioneiros"; "O Estado Novo e as Viaturas de Aparato"; "A Democratização das Viaturas Presidenciais" e "O Presidente da República e as Forças de Segurança".
Com textos, fotografias e filmes de enquadramento, a exposição Os Carros dos Presidentes apresenta não só um valioso conjunto de exemplares automobilísticos que fazem o gosto de apreciadores e conhecedores deste meio de transporte, como constitui uma oportunidade, para os curiosos da história, de relembrar os 18 Presidentes da República e os seus mandatos.






terça-feira, 7 de setembro de 2010

VERÃO EM LISBOA

1º Dia - A partida de Tavarede e chegada a Lisboa
Hoje o dia começou para mim e para minha mulher mais cedo – 5 horas da madrugada. Fizemos os últimos preparativos para a nossa visita a Lisboa, até cerca das 6,30 horas, altura em que chamo um táxi para nos levar ao terminal de autocarros na Figueira da Foz donde o Expresso nos levou até à capital. Pontualmente saímos às 7 horas. A chegada a Lisboa também é feita como sempre dentro da hora prevista, 9,45 horas. Para trás deixamos na nossa casa, o nosso companheiro e amigo já devidamente tratado, o cão Joni.
No terminal de autocarros de Sete Rios apanhámos um táxi que nos levou até aos Restauradores. Depois foi um saltinho até à Rua das Portas de Santo Antão, em frente ao Coliseu dos Recreios e ao lado do Teatro Politeama, onde fica a Residencial Florescente, local utilizado para as nossas estadias em Lisboa (e já lá vão uns bons anos). É uma Residencial agradável e com quartos de boas dimensões, decorados com bom gosto, limpos, ar condicionado, muito silenciosos e com casas de banho muito boas e limpas.

Ao pequeno-almoço apesar de simples podemos, para além de um bom ambiente, saborear pão, compotas, frutas em calda, cereais, carnes frias, queijo, manteiga, cujo acompanhamento pode ser com café, leite ou sumos.
A localização é excelente, mesmo no coração da cidade, a Baixa Pombalina, uma área de grande interesse turístico de Lisboa.
Qualquer um dos funcionários é educado, atencioso e sempre pronto para dar qualquer informação necessária; em especial, o sr. António e o sr. Carlos que formam uma equipa muito simpática.

Após fazermos a nossa apresentação, deixámos a mala numa arrecadação da residencial, visto que o nosso quarto ainda não estava disponível. E como o tempo tem de ser aproveitado lá fomos fazer o nosso reconhecimento pela cidade.

Como um dos objectivos que tinha era adquirir algum material para as minhas colecções de moedas e de selos, dirigimo-nos para o edifício da Polux, onde alguns desses artigos esperava adquirir.
Entretanto estava-se a aproximar a hora do almoço e a nossa escolha recaiu no Restaurante “A Lota”, já nosso conhecido de outras visitas anteriores.
Após o almoço fomos tomar conta do quarto na residencial.
Em seguida o nosso objectivo foi a Baixa Pombalina. E se Lisboa é toda linda, o ambiente na baixa é espectacular. Fervilha constantemente com gente. São milhares de pessoas que desfrutam de toda aquela zona da Rua Augusta num grandioso convívio intercultural e internacional. É raro ouvir-se a língua de Camões. Aquela zona pedonal e comercial vive num ritmo absorvente de culturas e da vida lisboeta. É emocionante este estar e este saber estar…
Nós gostamos deste ambiente!

A Baixa é o centro de Lisboa que se localiza sobre as ruínas provocadas pelo terramoto de 1755. Trata-se de uma zona que após a sua reconstrução apresenta uma forma muito quadriculada e linear.
Esta zona da baixa é também a zona comercial e de ócio por excelência, com os seus teatros, restaurantes e monumentos. Em suma é uma área onde se encontram numerosas coisas para ver, apreciar e fazer.
O Terreiro do Paço / Praça do Comércio foi a nossa próxima prioridade visto não termos ainda estado neste espaço após terem acabado as suas obras de requalificação. O objectivo desta intervenção penso que foi atingido, sendo ele a preservação do valor simbólico, histórico e monumental, desta que é uma das maiores praças da Europa e em simultâneo a “porta de entrada” espectacular da cidade de Lisboa. Na Praça do Comércio procurou-se manter e valorizar os principais elementos arquitectónicos que caracterizam a praça e contribuem para a tornar única a nível nacional, e uma das mais excepcionais a nível internacional: a grande dimensão do espaço (cerca de 35.500 m2), aspecto que lhe confere o seu carácter monumental e que a coloca entre as maiores praças da Europa; a sua unidade arquitectónica; a sua caracterização enquanto Praça de Poder, reconhecível não apenas nas suas dimensões, mas também por via dos seus elementos escultóricos e para-arquitectónicos (Cais das Colunas); o eixo monumental reconhecível no alinhamento Arco da Rua Augusta – Estátua Equestre de Dom José – Cais das Colunas; a simetria entre as fachadas Nascente e Poente e a assimetria resultante da oposição entre a fachada do Arco da Rua Augusta e a ausência de fachada a Sul aberta ao Tejo. As fachadas nascente e poente são balizadas pelos dois torreões; a centralidade simbólica da estátua real; as arcadas; a relação de proximidade com o rio e o carácter monumental da entrada na Praça, a partir do rio, através do Cais das Colunas.

Tivemos então conhecimento de que pelas ruas em diversos locais e em determinadas horas estava a acontecer um evento o “LISBOA MÁGICA – Street Magic World Festival”. A partir de então este também foi um dos nossos interesses.
A tarde foi-se passando e chegou a hora do jantar. Na Rua das Portas de Santo Antão podemos encontrar muitos restaurantes e o que escolhemos, por ser também já nosso conhecido foi o Restaurante “O Churrasco”, especializado em grelhados, com um toque da cozinha argentina. Fica situado muito próximo do Teatro Politeama, apresentando uma decoração simples e um serviço atento. Recomendo este restaurante a todos aqueles que quiserem apreciar um bom grelhado.

Depois do jantar caminhámos pelas ruas da baixa até ao Cais das Colunas. Ali ficámos juntamente com centenas de pessoas que por ali também saboreavam aquela noite de verão amena, amena, amena…
A grande dificuldade era conseguir ouvir falar português!

2º Dia - Roteiro dos Centros Comerciais
O pequeno-almoço por volta das 10 horas, juntamente com muitos outros hóspedes (mais um local onde não se ouvia falar português), deu início a mais um dia para visitar Lisboa.
Hoje o dia foi destinado para dar uma volta pelos Centros Comerciais. Tirámos passes do Metro para um dia e lá fomos por baixo do chão, iniciando o nosso passeio para o “Colombo”. O nosso almoço foi neste espaço no Restaurante “O Páteo do Colombo”. O serviço e o atendimento é do melhor.
Em seguida rumámos até ao “Vasco da Gama”, onde nos deliciámos ao lanche, com uns crepes na “Maison des Crepês” e uns refrescos que a tarde estava quente.
Não podíamos passar sem percorrer o Parque das Nações e de nos sentarmos nos seus jardins frescos, desfrutar aquele rio Tejo e todo aquele ambiente deste grande ex-libris de Lisboa.

A tarde já estava a declinar e mais uma vez usámos o Metro para nos levar novamente até à Baixa de Lisboa, onde o jantar nos esperava desta vez no Restaurante “Cervejaria dos Restauradores”.

A nossa noite foi passada deambulando pelo Chiado, um dos locais onde decorria o Festival Lisboa Mágica. Já que estávamos tão perto o nosso passeio nocturno continuou até ao Bairro Alto. Este é um dos bairros mais típicos e pitorescos de Lisboa, com ruas estreitas e íngremes, ladeadas por edifícios antigos. É uma das zonas mais procuradas na noite lisboeta por várias gerações que aqui encontram os bares e tasquinhas, tal como as típicas casas de fado. As ruas escuras, estreitas, estavam com gente que conversava, bebia e ria. Os bares estavam cheios mas a concentração fazia-se, principalmente, no meio da rua, agora sem circulação automóvel. Apesar da fama não nos sentimos inseguros. Ali mais a baixo no Largo Camões, a polícia estava presente em grande número, interventiva e muito atenta. Sentia-se bastante a sua presença.

Assim a noite foi passada e só nos estava a faltar um bom descanso.
3º Dia - Arredores de Lisboa

A manhã começou com um simples mas retemperador pequeno-almoço, fornecido pela residencial onde estamos hospedados.
Mas Lisboa esperava-nos lá fora. E Lisboa é uma cidade muito interessante para visitar percorrendo e desfrutando as suas ruas, os seus edifícios emblemáticos, a sua baixa histórica, sendo uma autêntica maravilha utilizar o eléctrico. Podemos chegar aos lugares mais emblemáticos de Lisboa de autocarro ou de eléctrico, como, a Catedral, Belém, o Tejo, a Praça do Comércio, o Mosteiro dos Jerónimos e as Praças.

Pois foi o famoso eléctrico 15, que faz o trajecto entre a Praça da Figueira e Algés que hoje utilizámos. Apanhámo-lo na Praça da Figueira. Foi óptimo calcorrear as ruas neste eléctrico passando pela Praça do Comércio, Cais do Sodré, Alcântara até Belém: jardins de Belém, o Largo da Princesa, os Jerónimos e o CCB.
Lá chegámos a Belém!
Ainda tínhamos algum tempo para visitar algo antes do almoço.
Atravessámos parte dos Jardins de Belém na direcção da ponte aérea onde nos encaminhámos para o Museu da Electricidade.

No cimo da passagem aérea vislumbramos as fundações, fantásticas, daquilo que será o novo Museu dos Coches, edifício, que ocupará 15.177 metros quadrados. O novo edifício - de linhas direitas, envidraçado do lado poente (virado para a Praça D. Afonso de Albuquerque) - disporá de uma área de apoio à manutenção dos coches, restaurantes e apoio ao visitante.
Chegámos ao Museu da Electricidade para visitar as suas exposições.
Depois destas visitas dirigimo-nos para o CCB, mas no caminho passámos pelo recinto, junto ao rio, onde se estava a disputar o Campeonato Europeu de Futebol de Praia onde Portugal conquistou o título europeu ao derrotar a equipa da Itália, por 3-2.

Chegámos ao CCB e o almoço foi a nossa prioridade no restaurante “Quadrante”. Em seguida e depois de aproveitarmos a pausa do almoço para descansar continuámos a nossa visita. O Museu José Berardo esperava-nos. Quando acabámos de o visitar, apreciar e fotografar as exposições que lá encontrámos, fizemos a viagem de regresso até ao Terreiro do Paço.

Neste espaço rejuvenescido de Lisboa esperava-nos mais duas exposições:
- Corpo - Estado, Medicina e Sociedade no tempo da I República.
- Viajar - Viajantes e turistas à descoberta de Portugal no tempo da I República.

Concretizámos a visita a estas exposições.
A tarde estava maravilhosa. A actual temperatura estava amena. O calor já estava mais suave. A Rua Augusta a esta hora já estava sem sol e apetecia por ali andar a passear, e de certo modo conviver com as centenas de pessoas que por ali andavam, penso que quase todas turistas. Continuava a ser difícil ouvir falar em português.

Mas tínhamos acabado de transpor o Arco da Rua Augusta e eis que à nossa direita aí está o MUDE – Museu do Design e da Moda, onde entrámos também para uma visita. Após concluída a visita, tinha chegado a hora para o jantar e retemperar um pouco o corpo. Mais uma vez optámos por comer no Restaurante “O Churrasco”. Acabado o repasto não deixámos de aproveitar a última noite desta estadia em Lisboa. Mais uma vez fomos até ao Terreiro do Paço, sentámo-nos junto ao Cais das Colunas para descansar, apreciar aquele rio Tejo, o Cristo Rei, a Ponte 25 de Abril e tudo o mais que na noite se poderia apreciar.
Eram muitas as pessoas que por ali passeavam e outras que por ali descansavam. E tão pouco português por ali se ouvia. Tão bem que ali nos sentíamos: observando, ouvindo, conversando tanta coisa que em casa durante o resto do ano por vezes não temos oportunidade e tempo para o fazer.

A temperatura, essa, convidava a continuar por ali.
A noite já ia avançada quando sem muita vontade decidimos ir descansar.

4º Dia - A partida de Lisboa e a chegada a Tavarede

Iniciámos a manhã como todos dias temos feito: um duche refrescante seguido de um aconchegante pequeno-almoço.

Lisboa é uma cidade ideal para o ócio, a sua economia gira em torno de entre outras coisas e sectores, o turismo. Mas o turismo de Lisboa não é só visitar uma das cidades culturais mais importantes do mundo, é visitar também uma cidade que respira teatros, museus, cinemas, exposições, salas de espectáculos… É por isso que nós gostamos de visitar de vez em quando Lisboa.

Sem pressas revisitámos a Baixa Pombalina, absorvemos os cheiros, as gentes, as línguas, para que mais tarde quando regressarmos à nossa casa, podermos levar todas essas emoções e sensações na lembrança. Chega a nossa hora do almoço que desta vez foi no restaurante “Sol Dourado”, que fica ali também nas Portas de Santo Antão.
Agora o tempo só nos permitia descansar um pouco, o que fizemos na sala de visitas da residencial, até à hora em que um táxi nos levou até ao terminal de autocarros em Sete Rios. Lá chegou o nosso Expresso que nos levou até à Figueira da Foz.

Até à próxima LISBOA!