terça-feira, 24 de julho de 2012

SE, HONESTAMENTE, QUISESSEM RECUPERAR AS FINANÇAS

Recebi há dias na minha caixa do correio um texto e pediram-me para o reencaminhar. Reencaminhei-o!
Mas achei que era pouco e não resisti em o publicar neste meu sítio por o achar tão verdadeiro e atual, que até me assusta.
Nunca quis nem quero politizar o meu blogue, mas as notícias que me chegam ao conhecimento são tantas e variadas que caio por vezes na tentação de aqui também as denunciar.
Ainda agora acabei de ouvir na televisão um programa sobre os deputados e os conflitos de interesse em que estão envolvidos. Veja-se o exemplo do ministro Relvas que no ano em que lhe “ofereceram” a licenciatura, acumulava cerca de uma dezena de funções de consultadoria e outros… a maioria ou quase totalidade, remuneradas. Não sei como conseguiu ter tempo para estudar???? Claro que não teve nenhum tempo!!!!!


Pessoalmente, com muita força de vontade e sacrifício demorei 4 anos para me atribuírem a licenciatura.


E Passos Coelho ainda tem o descaramento de dizer: “Que se lixem as eleições”.
É o mesmo que dizer que se está a lixar para quem votou nele…
São uma vergonha os nossos políticos…

Mas aí vai o tal texto que me fez estar aqui:

O que a Troika queria aprovar e não conseguiu!!!!!!


1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respetivos, carros, motoristas, etc.) dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego.

4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respetivo.
5. As empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho da Silveira, em 1821.

7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País.

10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.

13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e Madeira e respetivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa é o regabofe total. HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder. Há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo. Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros e quejandos, onde quer que estejam.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões que a mesma recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que custam milhões ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que pertencem a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias Público Privado), que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes, fugindo ao controle seja de que organismo independente for e fazendo a "obra" pelo preço que "entendem".
24. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
25. Controlar rigorosamente toda a atividade bancária por forma a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar "outra crise".

26. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
27. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.

28. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu património antes e depois.
39. Pôr os Bancos a pagar impostos.


Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças, recuperaremos depressaa nossa posição e sobretudo, a credibilidade tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros o Estado.



POR TODOS NÓS, NOSSOS FILHOS E NETOS.




PS: Reencaminhado da minha caixa de correio para este espaço.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Meridiano de Greenwich

Foi na viagem que fizemos a Barcelona nos dias 25 a 30 do passado mês de Junho de 2012, que na autoestrada Zaragoza-Barcelona, passámos pelo arco que assinala a localização da linha imaginária do Meridiano de Greenwich.
A 22 de Outubro deste ano de 2012, o Meridiano Zero de Greenwich comemora 128 anos. Esta linha imaginária assinala a Longitude 0° 0' 0" e divide os hemisférios oriental e ocidental - assim como o Equador divide os hemisférios norte e sul (Latitude 0º 0’ 0’’).
Qualquer ponto da Terra pode localizar-se por essas duas coordenadas – longitude e latitude. O “dia universal” é medido a partir do Meridiano Zero.
O Meridiano de Greenwich é o meridiano que passa sobre a localidade de Greenwich (no Observatório Real, nos arredores de Londres, Reino Unido) e que, por convenção, divide o globo terrestre em ocidente e oriente, permitindo medir a longitude. Foi estabelecido por Sir George Biddell Airy em 1851. Definido, por acordo internacional em 1884. Enfrentou uma concorrência com a França (seria denominado "meridiano de Paris"), Espanha, (seria denominado "meridiano de Cádis") e com Portugal, (seria denominado "meridiano de Coimbra"), antes de ser definido como o primeiro meridiano. Assim foi definido graças ao poder da grande potência da época, a Inglaterra. Serve de referência para calcular distâncias em longitudes e estabelecer os fusos horários. Cada fuso horário corresponde a uma faixa de quinze graus de longitude de largura, sendo a hora de Greenwich chamada de Greenwich Mean Time (GMT).


O Meridiano de Greenwich atravessa dois continentes e sete países. (na Europa: Reino Unido, França e Espanha; e na África: Argélia, Mali, Burkina Faso e Gana).
Seu antimeridiano é o meridiano 180, que coincide fugazmente com a irregular Linha Internacional de Data, cruza uma parte da Rússia no estreito de Bering e uma das ilhas do arquipélago de Fiji, no Oceano Pacífico.
Em Portugal, no início do século XIX adotou-se o Tempo Solar Médio (dias sempre de 24 horas, quando na realidade apresentam variações entre mais 16 ou menos 14 minutos ao longo do ano), simplificando a determinação da Hora Legal. Posteriormente, a partir de 1878, o Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) passou a funcionar como único meridiano zero para todo o território nacional. Em 1912, com a adesão do país ao sistema de fusos horários, a hora legal de Portugal Continental passou a ser a do meridiano de Greenwich e os relógios tiveram que ser adiantados em 36m e 44,68s, ou seja, a diferença entre os meridianos do OAL e o de Greenwich.
Apesar da confusão em relação ao meridiano principal, já no ano de 1884 mais de dois terços dos navios usavam o Meridiano de Greenwich como referência de longitude. No mês de Outubro daquele ano, sob os auspícios de Chester A. Arthur, então presidente dos Estados Unidos, 41 delegados de 25 nações encontraram-se em Washington, DC para a Conferência Internacional do Meridiano. Esta Conferência selecionou o Meridiano de Greenwich como meridiano principal devido à sua popularidade. Votaram a favor do Meridiano de Greenwich o Império Austro-Húngaro, o Chile, a Colômbia, a Costa Rica, a Alemanha, o Reino Unido, a Guatemala, o Hawai, a Itália, o Japão, a Libéria, o México, os Países Baixos, o Paraguai, a Rússia, a Espanha, a Suécia, a Suíça e a Turquia. O Brasil e a França, todavia, abstiveram-se do voto (por várias décadas ainda, os mapas franceses permaneceram usando o Meridiano de Paris como meridiano zero) e a República Dominicana votou contra. Os representantes dos Estados Unidos, da Venezuela e de El Salvador faltaram à votação.
As zonas horárias ou fusos horários são cada uma das vinte e quatro áreas em que se divide a Terra e que seguem a mesma definição de tempo. O termo fuso refere-se a uma velha peça de relógio onde a corda se enrolava. Anteriormente, por volta de 1300 ou já antes, usava-se o tempo solar aparente, passagem meridiana do sol, de forma que a hora do meio do dia se diferenciava de uma cidade para outra. Os fusos horários corrigiram em parte o problema ao colocar os relógios de cada região no mesmo tempo solar médio.
A hora era uma característica extremamente local. Antigos viajantes, tinha que acertar o relógio toda a vez que chegavam a uma cidade nova. O acerto de horas era feito através do sol: o meio-dia representava o ponto mais alto que a estrela alcançava. Grande parte das empresas, devido a estas irregularidades resolveram fixar cem fusos dos caminhos-de-ferro. Esta prática ocorreu até 1883.
Na Grã-Bretanha, foi criado uma única hora legal para todo o país (Inglaterra, Escócia e País de Gales), sendo o autor original desta ideia o Dr. William Hyde Wollaston. Com isto, a prática foi-se popularizando.
A Great Western Railway foi a primeira companhia de caminhos-de-ferro a utilizar a hora Greenwich Mean Time (GMT) ou Tempo Médio de Greenwich. Em 1847, praticamente todas utilizavam este sistema.
O senador do Canadá, Sanford Fleming, em 1878, sugeriu um sistema internacional de fusos horários. O seu pensamento era dividir a Terra em 24 faixas verticais, onde cada uma delas era um fuso de uma hora. O planeta possui 360° de circunferência, assim sendo, cada faixa teria 15° de largura longitudinal. Em 1879, o estudo foi publicado num jornal científico de Toronto. Com a aprovação norte-americana, em 18 de novembro de 1883, as linhas de caminhos-de-ferro passaram a utilizar os fusos.
Em 1884, foi realizado a Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, em Washington D. C., Estados Unidos. A proposta era padronizar a utilização mundial da hora legal. Acabou sendo aceito a teoria de Fleming. A longitude 0° passaria pelo Observatório Real de Greenwich. Os outros fusos seriam contados positivamente para leste, e negativamente para oeste, até ao Meridiano de 180º - o Anti-Meridiano, situado no Oceano Pacífico, onde seria a Linha Internacional de Data.
Em princípios do séc. XIX e a par de outras nações europeias, Portugal adotou o Tempo Solar Médio, que simplificou a definição da Hora Legal. Os Reais Observatórios Astronómicos da Marinha (Lisboa) e de Coimbra definiam a Hora Legal para a sua região de longitude. Funcionavam, assim, vários meridianos zero no país.
Legislação de 1878 estabelece que o Real Observatório Astronómico de Lisboa (OAL, criado em 1861, nas fotos acima, ao tempo da fundação e na atualidade) tem como objetivo "Fazer a transmissão telegráfica da hora oficial às estações semafóricas e outros pontos do país". O OAL passa a funcionar como meridiano zero para todo o território nacional.Só com a República de Portugal se adota o sistema de fusos horários aprovado a 22 de Outubro de 1884 na Conferência de Washington. A partir de 1 de Janeiro de 1912, a Hora Legal em Portugal Continental foi adiantada de 36m 44s,68, ou seja a diferença de longitudes entre os meridianos do OAL e de Greenwich. (A longitude de Lisboa é de 9,11 graus Oeste).
Para saber mais, História do Tempo em Portugal – Elementos para uma História do Tempo, da Relojoaria e das Mentalidades em Portugal (2003).

Nota: Wikipédia

quinta-feira, 19 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

PAULO DE CARVALHO – 50 Anos de Carreira

A Comemoração dos 50 Anos de Carreira de Paulo de Carvalho passaram também, ontem dia 16 de Julho de 2012, pelo Centro de Artes e Espetáculos (CAE) da Figueira da Foz.
Aos 64 anos de idade Paulo de Carvalho comemora os 50 anos de carreira em digressão pelo país, com um espetáculo único onde revisita, com surpreendentes arranjos, os grandes temas da sua vida musical, acompanhado por grandes músicos de uma geração posterior à sua: Victor Zamora (piano), Tiago Oliveira (guitarra), Leo Spinoza (baixo), Marcelo Araújo (bateria) e Ruca Rebordão (percussão).
Ao longo deste espetáculo a sua voz timbrada e muito própria recorda grandes temas que ao longo da sua vida o notabilizaram, tais como o tema que simbolicamente assinalou o início da democracia em Portugal, “E Depois do Adeus”, que marca para sempre o homem e o cantor.
Mas Paulo de Carvalho deliciou-nos com outros temas que atravessaram várias gerações, tais como “Dez Anos”, “Prelúdio (Mãe Negra)”, “Os Meninos de Huambo”, “O Cacilheiro”, “O Meu Mundo Inteiro”, “O Homem das Castanhas“ e “Os Putos”.
Com o seu estilo único Paulo de Carvalho, não só como cantor mas também como músico e compositor, sempre nos surpreendeu cruzando géneros e influências musicais que vão do Fado ao Jazz, da Música Ligeira aos ritmos latinos e africanos e esta noite também surpreendentemente com o Rap, no qual teve a colaboração do rapper AGIR, nome porque é conhecido no meio artístico Bernardo Costa, seu filho que espantou com uma intervenção cheia de energia.
Também contou com a presença da sua filha Mafalda Sacchetti, numa interpretação intimista que foi uma surpresa muito agradável.
Dois momentos em família que Paulo de Carvalho preparou com muito rigor e sentimento, que foram únicos e merecidos, constituindo momentos altos neste seu espetáculo.
Paulo de Carvalho também se notabilizou por ter musicado e dado voz a alguns dos mais notáveis poetas portugueses, dos quais se destacam Ary dos Santos, José Niza, Fernando Assis Pacheco ou Joaquim Pessoa.
Paulo de Carvalho, considerado por muitos portugueses “A VOZ”, é um nome incontornável da música portuguesa, que nesta noite foi durante toda a sua atuação muito aplaudido, tendo terminado este espetáculo a cantar, com a participação emocionada dos presentes, “Gostava dos Vos Ver Aqui” e “Nini dos Meus Quinze Anos”.

Uma noite presente emoções e recordações de olhos postos no futuro.

Uma noite inesquecível!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

VIAGEM A BARCELONA

25 a 30 de Junho de 2012

Dia 25
Pelas 23H15 o autocarro da empresa Foz do Cávado, conduzido pelos motoristas Mário Pedro (já nosso conhecido de outra viagem) e Francisco, partiu de Tavarede, do Largo da Igreja, com o nosso grupo na sua maioria já estão habituados a viajarem juntos, numa organização sempre da responsabilidade do Tó Simões, agora também com a ajuda da agência de viagens Lusitana Turismo.
E a nossa Viagem começou aqui…
Barcelona já não era desconhecida para mim e para alguns dos nossos companheiros, mas as surpresas que nos esperam são sempre motivos inovadores para todos. O esplendor do modernismo catalão, o centro histórico gótico e o fascinante labirinto das ruas estreitas, são sítios que ainda não esqueci e me deixava em grande ansiedade. As ramblas, a Sagrada Família e a arquitetura de Gaüdi são motivos mais que suficientes para visitar Barcelona, uma cidade inesgotável e onde fica sempre algo por ver. Por isso é que tendo já visitado Barcelona, deste então sempre desejei lá voltar novamente. Aconteceu agora essa oportunidade.

Dia 26
Antes de deixarmos o nosso Portugal, o autocarro teve uma paragem em Mangualde, onde ali deu entrada a nossa guia acompanhante, de seu nome Mila.

Continuamos o caminho agora com o autocarro completo.

Após algumas paragens obrigatórias, técnicas e muito necessárias, e ao fim de perto das 14 horas de viagem, pelas 14 horas (hora espanhola + uma que a portuguesa), aconteceu o nosso almoço.
Numa área de serviço razoável (tinha umas mesas) e em regime de Pick-nick, em grande convívio, degustámos uns “leitões” de aviário com asas, acompanhados com batatas fritas, pão espanhol e fruta, tudo regado com um saboroso vinho português.
Não perdemos muito tempo, pois o calor estava a apertar (30ºC) e ainda tínhamos de percorrer alguns quilómetros para fazermos a nossa primeira visita programada:

Parque Natural de Montserrat - A Montanha e o Santuário - é centro espiritual da Catalunha, ponto de encontro da Cristandade ao longo de séculos. A Montanha de Montserrat é uma enorme massa rochosa coroada por pináculos e cristas de rocha. Em dias sem nuvens, desde a montanha de Montserrat com seus 1.236 metros de altura é possível ver os Pirineus, o Tibidabo e até Mallorca! Fica a uma curta distância da cidade de Barcelona, perto da confluência dos rios Llobregat e Noya.
Dentro de seus limites encontra-se o Mosteiro de Santa Maria, majestosa construção dos elementos arquitetónicos existentes a partir do século XI ao século XIX, através das suas sucessivas reconstruções e renovações.
O Mosteiro, abriga a imagem da "Madona Negra", um símbolo de Catalunya: “O culto a Virgem Senhora do Montserrat remonta aos primeiros tempos do cristianismo e faz referência ao apóstolo São Pedro, que segundo a tradição, levou em sua viagem a península Ibérica uma imagem da Virgem Maria, esculpida em madeira e conhecida como a Senhora Jerusalemitana. Pelo ano de 546, na Cataluña, ao sul da Espanha, um monge chamado Querino, fundou um rudimentar mosteiro consagrado a referida imagem, que alguns séculos antes, fora trazida por São Pedro. No tempo das invasões, pelos árabes a imagem foi escondida numa caverna e só encontrada dois séculos depois por pastores da região, que a levaram de volta ao mosteiro em solene procissão. Conta-se que os referidos pastores de Obesa passavam pela montanha quando ouviram cânticos celestiais e foram atraídos por uma luz esplendorosa que saía do interior do rochedo. Encantados com o som e com as luzes subiram o monte e pasmados caíram de joelhos diante da imagem da Virgem Maria. Estava a imagem numa cavidade natural na elevação da montanha. Rapidamente desceram o monte e cheios de alegria foram ao encontro do bispo de Manresa e revelaram o ocorrido. Em companhia dos pastores, o Senhor Bispo sobe ao monte e comprova o fato, extasiado pela beleza da imagem e pelos detalhes, confirmou que a imagem era a mesma da igreja de Barcelona e que tinha sido escondida para não ser profana pelos infiéis. Logo que os habitantes da redondeza souberam da noticia, correram ao local e tentaram retirar a imagem e transportá-la para um local mais elevado da montanha. Apesar de todos os esforços não conseguiram move-la do lugar. Todos foram unânimes em concordar que havia algo de sobrenatural e assim sendo, a imagem permaneceu no Plateau da montanha, onde foi erguida uma capela sob a proteção dos monges de ministrol.”
A imagem encontra-se na igreja do mosteiro, data do séc. XII, portanto românica. Subiram o Montserrat para prestar culto e veneração a Virgem Morena, príncipes prelados e altos servidores da corte. Até os reis católicos de Aragão, de Castella e de Navarra subiram o monte humildemente, e foi com os donativos da nobreza que foi erguido o majestoso edifício do Mosteiro de Montserrat, que foi entregue aos beneditinos. Foi erigido em Abadia, quando do Papa Bento XV que também lhe conferiu grandes prerrogativas. Leão XIII declarou-a, canonicamente como padroeira da Catalunha. La Morenata, como é chamada carinhosamente pelo povo da Catalunha e cuja entronização ocorreu em 1947. A Imagem assim como a cadeira onde ela está sentada são de madeira escura. O manto é de ouro, sua túnica interior e o véu dourados. O menino Jesus no seu regaço, também foi esculpido em madeira escura. O tradicional mosteiro eleva-se entre as gigantescas rochas que o rodeiam e seus picos em forma de serra circundam o trono da Virgem Morena, La Moreneta de Montserrat.
Aqui se encontra a escola de música mais antiga da Europa. Duas vezes ao dia é possível escutar o coro infantil de Montserrat, conhecido como Escolania. Para os museofilos, um espaço audiovisual conta a história do mosteiro e cotidiano dos monges. O museu alberga obras de Caravaggio, Monet e Picasso, só pra citar alguns artistas!

Tirei muitas fotografias que ficaram muito boas!

Após esta grandiosa visita, maravilhados mas também já muito cansados, lá fomos na direção do nosso último destino do dia, o local do alojamento e jantar.
Chegámos então ao Hotel Tahití Playa, em Santa Susanna, onde tomámos conta dos nossos quartos, para um retemperador duche antes do jantar.
O Hotel Tahiti Playa situa-se a poucos metros da Praia de Santa Susanna, na Costa Barcelona de Maresme. O hotel, construído em 1999, situa-se num belo jardim, compreendendo um total de 451 quartos duplos e 21 individuais, distribuídos por 7 andares. Apresenta uma ampla piscina exterior, jardins e quartos com varandas e vistas do mar. O Tahiti Playa dispõe de quartos espaçosos e simples, com decoração luminosa. Todos os quartos incluem ar condicionado e televisão com canais por satélite. O restaurante serve um buffet e uma variedade de pratos catalães. Os hóspedes poderão desfrutar de uma bebida ou de um snack no café-bar do hotel, que tem vistas para o Mediterrâneo.

Dia 27
O nosso despertar foi às 8 horas e após o pequeno-almoço partimos para Barcelona que é a segunda maior cidade da Espanha, após Madrid. A área urbana de Barcelona abriga uma população de mais de 4,2 milhões de habitantes numa área de 803 km², sendo a sexta área urbana mais populosa na União Europeia, após Paris, Londres, Vale do Ruhr, Madrid e Milão. Barcelona está localizada na costa do Mediterrâneo, entre a foz do Rio Llobregat e a foz do Rio Besòs, sendo limitada a oeste pela Serra de Collserola (512 metros de altitude). É conhecida também por cidade paralela, por ter ruas paralelas e perpendiculares. Barcelona é conhecida como capital do modernismo catalão. A cidade, na qual viveu e trabalhou o arquiteto Antoni Gaudí, conta com algumas de suas obras mais relevantes, que atraem a cada ano milhões de visitantes de todo mundo. A mais representativa é o Templo Expiatório da Sagrada Família, que Gaudí deixou inacabado e que segue sendo construído lentamente, como as catedrais na Idade Média. Seu término está previsto para até 2020. Esta manhã foi destinada para uma visita a este grande monumento.
Nenhuma visita a Barcelona é considerada completa sem se ir ver a Sagrada Família, a obra-prima do arquiteto catalão Antoni Gaudí (que faleceu sem ver a sua obra acabada), o expoente máximo do modernismo catalão. Esta obra foi iniciada em 1882 e ainda hoje não se encontra acabada. A simbologia cristã está presente em toda obra de Gaudi e na superfície estão incrustadas um emaranhado de esculturas que parecem surgir com vida nas pedras. A fachada a sudoeste (Paixão) e as quatro torres estão quase terminadas e a nave, iniciada em 1978.
Como estava muito calor (30º), enquanto não chegava a hora de nos deslocarmos para o local de embarque do nosso autocarro, alguns de nós estivemos numa esplanada de um café refrescando-nos e descansando, para retemperar forças para resto do dia.
Chegou a hora do almoço o qual aconteceu junto ao porto, no Restaurante Moncho’s. Com tantos lugares bons para comer em Barcelona, e logo caímos neste lugar onde foi dececionante o modo como fomos recebidos. Será porque eramos portugueses? Serviço em buffet, onde a comida era do tipo industrial e os pratos de carne com muita gordura. Havia muita confusão no serviço, os empregados nada simpáticos. Muita falta de informação. Depois do almoço encaminhámo-nos para o local onde estava estacionado o autocarro. Os nossos motoristas têm um serviço de café, que nós aproveitamos pois que sabe a Portugal.
A nossa visita a Barcelona continuou com um passeio de autocarro por alguns locais da cidade, até junto ao Paseo de Colón onde iniciámos o passeio até às Ramblas, com uma extensão de 1,2 Km onde se podem ver cafés, restaurantes, bares e estátuas-humanas de rua. A Rambla, é uma passarela situada entre a Praça da Catalunha e o antigo porto onde o Monumento a Colombo aponta para o mar, construído em homenagem a Cristóvão Colombo, está erguida na praça do Portal de la Pau (em português, "Portal da Paz"), ponto de união com o Paseo de Colón, em frente ao porto de Barcelona. Passeámos pela Rambla, onde podemos encontrar quiosques de flores, cafeterias, restaurantes, lojas comerciais e admirar vários edifícios de interesse: o Palácio da Vice-rainha, o Mercado da Boqueria e o famoso teatro Grande Teatro do Liceu.
La Boqueria é o mercado mais tradicional de Barcelona. Na Catalunha muitas cidades surgiram e cresceram ao redor de mercados, centro de comércio da produção local e com La Boqueria não foi diferente. Foi marco importante e determinante para o crescimento da cidade de Barcelona e hoje é um belo mercado coberto, muito visitado pelos turistas e grandes chefes. É um delicioso passeio para os olhos, pela diversidade de textura e cores, para o olfato... aroma de fruta fresca… Uma rua lateral à Rambla conduziu à Praça Real: uma praça com palmeiras, edifícios, cervejarias, restaurantes e postes desenhados por Antoni Gaudí.
Dentro do período medieval destacam-se especialmente as obras góticas que proliferam em seu centro histórico, precisamente denominado Bairro Gótico como a Catedral de Barcelona. Foi onde fomos em seguida caminhando pela Carrer Ferrán. A Carrer de Ferrán é uma grande rua pedonal famosa pelos antigos postes de luz, agora luzes elétricas que os decoram, e nos conduz à praça Jaume I, onde se encontram a câmara municipal de Barcelona, a Generalitat da Catalunha e os restos das muralhas romanas. A Carrer de Ferrán sai da rambla, está cheio de lojas, mas também de hotéis, bares e tabernas, e é muito agradável porque não se vive só de dia, mas também de noite, as pessoas chegam atraídas pela praça Reial próxima e ficam por Ferrán para beber um copo depois da visita.
A Catedral de Barcelona, de estilo gótico, foi construída entre os séculos XIII e XV. No entanto, a fachada principal corresponde à sua construção mais recente, edificada entre o final do séc. XIX e o início do séc. XX. Os elementos mais interessantes são os retábulos e as pinturas góticas que se conservam no museu da catedral. Também é interessante ver as cadeiras do coro, os vitrais e as esculturas góticas. A catedral mostra todo o esplendor histórico do bairro Gótico de Barcelona. Em frente à catedral há uma praça onde se reúnem artistas de rua. Em 2005 foram iniciadas obras para restaurar a fachada e ainda a parte estrutural, danificada pelas alterações de temperatura e infiltrações de água. Em 2007 quando lá estive as obras continuavam...
A seguir à visita à catedral regressámos à Rambla. Estava muito calor, 32º.
Chegou então a hora de regressarmos ao Hotel, para um pequeno descanso e duche, antes jantar. Em seguida fomos para um salão onde assistimos ao jogo de Portugal e Espanha, das meias-finais do Europeu. Portugal jogou muito bem e não deixou jogar a Espanha. Ainda conseguiu ir até ao prolongamento com o resultado 0-0. Depois nos penaltis não tivemos sorte perdemos 4-2. Foi o adeus ao Europeu. Merecíamos ganhar! Merecíamos pelo menos ter um pouco de sorte! Mas, Viva Portugal!

Dia 28
Novamente o nosso despertar foi às 8 horas e após o pequeno-almoço partimos para Barcelona, passamos perto da Torre Agbar, de Jean Nouvel.

O nosso passeio hoje iniciou-se no Park Guell, um grande parque urbano com elementos arquitetónicos. Originalmente destinado a ser uma urbanização, foi concebido por Antoni Gaudí, expoente máximo do modernismo catalão, por encomenda do empresário Eusebi Güell. Construído entre 1900 e 1914, revelou-se um fracasso comercial e foi vendido ao Município de Barcelona em 1922, tendo sido inaugurado como parque público em 1926. Em 1969 foi nomeado Monumento Histórico Artístico de Espanha, e em 1984 foi classificado pela UNESCO como Património da Humanidade, incluído no sítio Obras de Antoni Gaudí. No recinto do parque, numa casa onde Gaudí morou durante quase vinte anos, funciona desde 1963 a Casa-Museu Gaudí, onde se podem apreciar obras e objetos pessoais e obras e também de alguns dos seus colaboradores. No parque pode-se ver a famosa figura do dragão que fica a meio duma escadaria que nos transporta até a uma sala com 86 colunas dóricas que suportam a Gran Plaza Circular do parque, que é o elemento central do Parc Güell. Esta plaza consta de uma varanda ondulada em forma de banco, oferecendo uma vista panorâmica espantosa de Barcelona.
A hora do almoço tinha chegado, novamente no Restaurante Moncho’s. As críticas que fiz no almoço de ontem repito-as hoje. Só teve uma diferença, já íamos preparados.
Só não estávamos preparados para o roubo que aconteceu à nossa companheira de viagem, Manuela. Todos os documentos, dinheiro e restante conteúdo… tudo foi roubado e isto aconteceu dentro deste restaurante, sem que fosse assumido o acontecimento por ninguém daquele estabelecimento. Uma vergonha!
Após o café, tomado já a bordo do nosso autocarro, fizemos mais uma visita por alguns pontos da cidade. Passámos pelo Passeo Garcia onde encontrámos dois edifícios famosos de Gaüdi... a Casa Battló e a Casa Milá, também conhecida por La Pedrera. Passámos pela Praça de Espanha construída em 1929 para a Exposição Universal, apropriada então por Franco e mais tarde devolvida para o domínio público para as Olimpíadas de 1992 onde foi construído o parque de congressos e convenções, enriquecendo a infraestrutura do parque de Montjuic. Na Praça de Espanha podem-se visitar os museus: de Miró, o Caixa Forúm e o Museu Nacional de Arte de Catalunha com exposições de pintura catalã, de Picasso e Dalí.
Montjuic e Tibidabo são duas montanhas que dominam a cidade e que foram modificadas para se tornarem miradouros soberbos de onde podemos desfrutar de paisagens únicas da cidade de Barcelona. A maior parte de Barcelona está ocupada por espaços verdes, Montjuïc a sul domina a cidade e o Port Vell. Obrigatoriamente subimos ao Montjuic onde existe um teleférico; dali podemos avistar as praias, a Barceloneta, antigo bairro de pescadores com ruelas estreitas que vão dar ao mar e o Porto Olímpico, construído para os Jogos Olímpicos de Verão de 1992. Montjuic fica situado junto ao porto e no topo encontra-se uma antiga fortaleza militar que serviu para vigiar a entrada de Barcelona pelo mar. Nesta montanha encontram-se as instalações olímpicas, como o Estádio Olímpico Lluis Companys, o Palácio Sant Jordi e as Piscinas Picornell. Aqui também pode ser visto o jardim botânico, com uma coleção única de cactus. Montjuic é também conhecida pela Montanha dos judeus, por se ter descoberto um grande cemitério judeu em período pós idade média. Esta montanha que tem início desde a Praça de Espanha, também foi responsável por “construir” a cidade, pois que muitas das casas e igrejas que estão pela cidade, foram construídas pelas pedras tiradas da canteira de Montjuic.
Em seguida dirigimo-nos no sentido oposto a Montjuic, para Tibidabo, situado na parte alta da cidade de Barcelona, com 512 metros é a montanha mais alta da Serra de Collserola. Subindo rapidamente para o norte-oeste, proporciona vistas espetaculares sobre a cidade e o litoral circundante, para ali chegar utilizamos o funicular. Já no Tibidabo, podemos visitar a Igreja do Sagrado Coração, desenhado por Enric Sagnier, a igreja levou 60 anos para ser construída e é encimado por uma escultura do Sagrado Coração de Josep Miret Llopart. Podemos também ali encontrar o Parque de atrações de Tibidabo o mais antigo em Barcelona que mantém a maioria dos passeios originais, alguns dos quais datam do séc. XX. Ali também podemos ver mais de perto a Torre de Collserola, uma antena de telecomunicações.
Ficámos deslumbrados com aquela vista extasiante de toda a cidade, apesar do calor que teimosamente se mantinha na casa dos 30ºC e...
Cansados mas maravilhados fizemos o regresso ao Hotel para um merecido descanso e um refrescante duche. Após o jantar e também porque era a última noite que passávamos neste lugar de Santa Susanna, fizemos um passeio que culminou com uma refrescante sangria.

Dia 29
Hoje o nosso despertar foi também às 8 horas e após o pequeno-almoço partimos para um passeio por Tossa de Mar e Girona.
Tossa de Mar, um dos destinos preferenciais da Costa Brava. As praias de Gran e de Santa María de llorell e as enseadas de Sta Frutadera, que é de nudismo, ou ainda a Cala Pola são os seus principais patrimónios. As praias de Tossa de Mar são variadas: encontramos praias isoladas de areia dourada, como Porto Pí, praias semi-urbanas, como Giverola, e praias urbanas com todo o tipo de serviços como a Praia Gran, em frente da cidade. Esta praia é delimitada a oeste pelo castelo medieval, tem 380m de comprimento e 60m de largura e é a praia por excelência de Tossa de Mar. Tossa de Mar é uma bela povoação do Mediterrâneo com a sua “Vila Vella” rodeada de muralhas do séc. XII e o seu Bairro Marítimo. A "Vila Vella" é o único exemplo de uma cidade fortificada medieval ainda de pé na costa catalã. O seu aspeto atual remonta ao final do séc. XIV. Ele ainda tem todo o perímetro original com ameias paredes de pedra, quatro torres e três torres cilíndricas com parapeitos. No ponto mais alto, onde o farol está hoje, foi, até o início do séc. XIX, o castelo do Abade do Mosteiro de Santa Maria de Ripoll, o Senhor territorial da cidade. Foi declarado monumento histórico nacional em 1931. O interior da Cidade Velha é um lugar encantador, com ruas estreitas e empedradas, Casa do Governador, a Casa de Pano Santo, um hospital medieval, e vestígios de uma igreja românica e uma gótica.
Seguidamente fomos na direção de Girona, uma cidade da Catalunha, a norte de Barcelona, também é chamada de cidade dos três rios, pois está localizada no vale do Ter entre os rios Güell, Galligants e Onyar. É uma cidade maravilhosa com uma história dramática e rica. Passou do domínio dos romanos para o Império Sacro-Romano, no séc. XII a comunidade judaica desenvolveu-se significativamente, mas foi expulsa durante o período dos Reis Católicos em 1942. Em 1809 foi conquistada por Napoleão e as suas muralhas foram destruídas no séc. XIX. A esquerda de Onyar, está a parte moderna de Girona, com importantes construções da época modernista e noucentista, períodos em que a cidade se destacou na literatura. O grande parque urbano de Dehesa, que corta boa parte da cidade, têm mais de 40 hectares com 2.500 bananeiras com 50 metros de altura. O núcleo central da cidade velha está marcada pelo velho bairro. Nesta zona localizam-se: O Monasterio Sant Pere Galligants é uma antiga abadía beneditina do século XII; a Igreja Colegiata de Sant Feliu tem características bem preservadas do cristianismo, foi levantada ao estilo românico e mais tarde concluída ao estilo gótico e barroco (XI-XVII). A atração principal é a existência de oito extraordinários sarcófagos romanos dos séc. III e IV; e os Banhos Árabes, que datam do século XII. No bairro judeu, mais conhecido como Call viveram aqui durante mais de 600 anos, e o seu legado está ainda muito patente entre estas ruas inclinadas, cheias de escadarias que se misturam entre os becos e portas, ruas estreitas que se encontram entre muros altos, uma zona especial e cuidada. Entre a Rambla e a rua Ciutadans, encontra-se a menor praça da cidade, a Plaza de Raïm, e muito perto, a Pont de Pedra, que une a parte antiga da cidade com a moderna, com uma vista sugestiva das casas do rio Onyar. As Casas do Onyar, são habitações pitorescas construídas ao longo do rio, durante séculos e cujas fachadas são pintadas oferecendo a visão esplêndida de uma pequena cidade do Mediterrâneo. É imprescindível também uma visita à Catedral de Santa Maria de Girona, cujo interior inclui a mais ampla nave Gótica do mundo, com uma largura de 22 metros, e a segunda mais vasta após a de St. Basílica de Pedro, em Roma. A sua construção foi iniciada no séc. XI em estilo românico, e depois continuou no séc. XIII em estilo gótico. Do edifício original apenas o claustro românico do séc. XII e a torre sineira permanecem. A catedral foi concluída no séc. XVIII.

Iniciamos o regresso a Santa Susanna, ao Thaití Hotel Playa, para fazermos ali o nosso almoço, após o qual saímos no autocarro na direção do nosso novo destino, Zaragoza, onde vamos pernoitar no Hotel Europa de 4 estrelas em Utebo. Este hotel é moderno e conveniente e conta com um design interior original e contemporâneo, com 77 quartos confortáveis oferendo instalações originais e o melhor design, combinado com quartos modernos, amplos e confortáveis, dispondo de acesso gratuito à internet e minibar. O seu restaurante “Octava Milla” apresenta um design vanguardista, criando um ambiente moderno e intimista. Serve pratos principais excelentes e uma grande variedade de sobremesas. O nosso jantar estava marcado para as 21H45, o que nos desagradou devido ao adiantado da hora, mas a comida que nos deram foi excelente.

Dia 30
Porque estamos quase acabar a nossa viagem, este é o nosso último dia, o despertar aconteceu às 6 horas da manhã, para podermos assim ainda fazer uma visita a Zaragoza.
Zaragoza, está situada junto ao rio Ebro e seus afluentes, o Huerva e Gállego, perto do centro da região, num vale com uma variedade de paisagens, que vão do deserto (Los Monegros) a densa floresta, prados e montanhas. É o município mais populoso da União Europeia. Zaragoza acolheu a Expo 2008, uma feira mundial sobre água e desenvolvimento sustentável. Visitámos a Basílica-Catedral de Nossa Senhora do Pilar, uma igreja católica romana, que venera Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora do Pilar elogiado como Mãe dos Povos Hispânicos pelo Papa João Paulo II. Ele tem a fama de ser o primeiro templo dedicado a Maria na história. Muitos dos reis da Espanha, muitos outros governantes estrangeiros e santos pagaram sua devoção ante esta estátua de Maria. São João da Cruz, Santa Teresa de Ávila, Santo Inácio de Loyola, e o Beato Guilherme José Chaminade estão entre os mais destacados. Ali também podemos encontrar La Seo Catedral: A primeira catedral cristã de Zaragoza, construída sob vocação de San Salvador, levanta-se sobre o mesmo espaço que dantes tinha ocupado o templo romano, a igreja visigoda e a mesquita mor muçulmana. Em finais do séc. XII, iniciam-se as obras, é ampliado em finais do séc. XIV e adquire as suas dimensões e aspeto definitivo no séc. XVI. As últimas intervenções que completam a sua fisionomia exterior são a torre barroca e a portada classicista, construídas nos sécs. XVII e XVIII.

A temperatura hoje está na casa dos 40ºC.
Demos então início à nossa viagem de regresso. O caminho ainda era muito longo e muito cansativo. Pelo caminho ainda fizemos algumas paragens obrigatórias e necessárias. Uma das quais foi para o nosso almoço ainda em Espanha.
Depois de entrarmos em Portugal, passamos por Mangualde onde deixámos a nossa guia acompanhante da viagem, Mila.

A chegada a Tavarede aconteceu entre as 21H30 e as 22H00.
Muito cansados mas satisfeitos por mais esta viagem proporcionada pela organização do nosso amigo e companheiro Tó Simões, desejámos a todos um…
Até Breve!