11
de Abril de 2015
Às 08H00, como estava
previsto, saímos do Largo da Igreja de Tavarede em direção ao norte, mais
precisamente a Vila Nova de Gaia.
Entretanto não foi esquecida a paragem
habitual para um café e não só…
Eram 10H15, estávamos às portas da Casa-Museu Teixeira Lopes, para uma visita já programada. Esta é
um núcleo museológico criado a partir da residência e
do ateliê do próprio escultor António Teixeira
Lopes (1866-1942), o
mais ilustre aluno de Soares dos Reis, a que posteriormente, se juntou um espólio do escultor, museólogo e
escritor Diogo de Macedo. A visita a esta Casa-Museu permite conhecer não só o
escultor - através da sua produção artística -, mas também o homem - através
dos cenários da sua vivência doméstica e íntima. O conjunto das coleções de Diogo de Macedo e de
Teixeira Lopes permite uma visão abrangente das artes
visuais do século XIX e das primeiras décadas do século XX.
O edifício foi construído em 1895, sob projeto do arquiteto José Teixeira
Lopes, irmão do escultor António Teixeira Lopes, para residência e oficina de
escultura. Tem uma feição regional, com um pátio povoado de obras de arte e uma
ampla escadaria que dá acesso ao andar superior. As origens da Casa-Museu
remontam a 1933, quando o escultor doou a casa e todo o seu espólio ao
município de Vila Nova de Gaia, continuando a habitar o espaço até à sua morte
em 1942. Em 1975 foram inauguradas as Galerias Diogo de Macedo,
em edifício anexo, na sequência da doação de grande parte da obra deste artista
à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia. Em 2001 iniciaram-se obras
de melhoramento e remodelação concluídas em 2004. As oficinas da
Casa-Museu Teixeira Lopes, que integram os ateliês onde o escultor trabalhou e
esculpiu, continuam ainda hoje a laborar em pleno, constituindo-se como a
principal oficina de modelação de estátuas em Portugal.
De facto, cerca de 90% da estatuária produzida nos
últimos anos em Portugal, e que povoa jardins e parques nacionais e
internacionais, saiu deste espaço de caraterísticas únicas de inspiração e
execução. As coleções de arte existentes na
Casa-Museu Teixeira Lopes e nas Galerias Diogo de Macedo versam,
essencialmente, a pintura, a escultura e as artes decorativas. Foi uma visita
muito agradável, interessante e cultural.
Saímos desta Casa-Museu e logo ali a
poucos metros de distância estava a entrada da Quinta da Boeira, pela qual fizemos uma visita. As origens
desta Quinta remontam ao ano de 1850, preserva as suas marcas históricas,
destacando-se um belo e imponente Palacete no centro dos seus 3 hectares de jardins de árvores
centenárias. Situada no coração da cidade de Gaia, junto às Caves do Vinho do
Porto, está a poucos metros dos principais
transportes, vias de comunicação e do Centro Histórico do Porto e Gaia. A
Quinta da Boeira tem capacidade para acolher Grupos até 1.000 pessoas. Com os diferentes
espaços e equipamentos, podem realizar-se diferentes eventos em simultâneo: Palacete de inícios do século XX, Salão
Boeira, Auditório, Tenda; Armazém, A Garrafa e Jardins.
Como o nosso grupo era um pouco
numeroso (60), tivemos que nos dividir em dois. Um grupo, aquele onde me incluí
foi conhecer a Quinta: Armazém e Jardins, acompanhados por uma guia. O outro
grupo foi visitar a A Garrafa, também acompanhados por outra guia.
O Armazém,
era o antigo Armazém de Vinhos foi recuperado segundo a sua traça original,
dando lugar a um espaço com aproximadamente 1.000 m², no qual se encontra
uma Loja de Vinhos e um Espaço de Eventos. A Loja, com acesso pela
Rua Teixeira Lopes 170, alberga uma Garrafeira com Vinhos Portugueses,
incluindo os Vinhos da Quinta da Boeira. A área adjacente
encontra-se preparada para receber eventos (até 300 pessoas sentadas e até 600 pessoas
em pé.
Os Jardins, trespassaram séculos, mais fortes do que o tempo, e
mantiveram a originalidade pretendida pelo seu mentor, proprietário de uma empresa de Vinho do Porto. A
diversidade das espécies, oriundas de todo o mundo, cria um verdadeiro oásis no
centro da cidade.
O Palacete
de inícios Séc. XX está situado entre as árvores centenárias e os belos
jardins e foi recuperado de acordo com a sua traça original e classificado como
património da cidade. Os seus azulejos, datados de 1915 e 1917, remetem para
uma cidade ligada aos Vinhos, com a presença de elementos como a uva e os
barcos Rabelos. Aqui o nosso grupo tirou uma foto nas escadarias exteriores do
Palacete.
Fizemos entretanto a troca com o outro
grupo mas antes de nos separarmos fizemos uma fotografia com todos os elementos
participantes neste passeio.
Entramos então na Maior Garrafa do Mundo, construída em fibra de vidro,
com 32 metros de comprimento e 9,5 metros de diâmetro, lá dentro cabem 150
pessoas. Só numa
garrafa gigante, cabe o melhor dos vinhos, gastronomia, artesanato, cultura,
música e tradições portuguesas. Uma visita
sensorial a Portugal é a proposta do projeto BOEIRA Portugal in a
bottle, cujo ex-líbris é a maior garrafa de vinho do mundo,
onde assistimos a duas projeções para uma visita virtual por Portugal através
da visualização de um filme 3D alusivo às quatro regiões vitivinícolas
nacionais - Douro, Vinhos Verdes, Alentejo e Dão. A diversidade
paisagística, gastronómica e outras riquezas culturais do país estão também em
destaque.
Ainda dentro da garrafa deram-nos a provar um cálice
de vinho do Porto. Apesar de ainda alguns terem conseguido a repetição do
cálice de vinho do Porto, penso que poderiam ter sido mais generosos…
Chegou a hora do almoço e para tal fomos até à Sala dos Arcos do
Palacete da Quinta da Boeira, preparada
para a realização de reuniões e almoços / jantares para um máximo de 50
pessoas. O restaurante/bar, localizado no
r/c do Palacete, está distribuído por três salas: A sala verde, a sala azul e a
sala laranja. No primeiro piso, e com uma decoração mais vanguardista,
localiza-se o Bar. A identificação das salas provém da cor dos tetos e da
decoração. O Restaurante permite a degustação da Gastronomia e Vinhos Portugueses,
usufruindo das vistas para os emblemáticos jardins e envolvido numa decoração
moderna, tocada por elementos das tradições do país.
Acabado o almoço, eram então cerca das 15H00, estávamos
a sair da Quinta da Boeira.
Como era ainda muito cedo para fazermos a viagem de
regresso a casa, decidimos ir até à cidade do Porto.
Como a Casa da
Música estava a comemorar os 10 Anos da sua existência, foi para lá que nos
dirigimos para uma visita gratuita, situada ali na rotunda da Boavista,
no Porto.
A marca desta Casa
são os seus agrupamentos e maestros titulares, o Serviço Educativo, o incentivo
à criação contemporânea, os agrupamentos em associação e a marca da diversidade
de estilos e géneros musicais estão naturalmente no centro da celebração. Por
todo o edifício encontramos sinais de uma década intensa em cartazes e
fotografias, os sons das 13 óperas levadas à cena e miniaturas musicais
oferecidas por compositores de prestígio internacional. Fomos encontrar ensaios
abertos e visitas guiadas, as quais já estavam esgotadas.
Serviu esta visita, para
mim, principalmente e quase em exclusivo para conhecer o interior deste
edifício, percorrendo todos os andares e apreciar as vistas que dali se podiam
apreciar e tirar umas fotografias.
Estava muita gente
para se poder ver outra coisa que não fosse o que ali fiz.
Como ainda faltavam
alguns minutos para a hora do nosso regresso a casa ainda tivemos tempo de dar
um pequeno passeio ali pela rotunda da Boavista.
Eram 18H00, quando o
nosso autocarro saiu do Porto.
Eram 20H00, estávamos a
chegar a Tavarede.