domingo, 22 de setembro de 2019

Passeio Comemorativo de Aniversários de Casamento

18 de Setembro de 2019

Os 41º Aniversários de Casamento (Bodas de Seda), dos casais: Zé e Mirita - Vítor e Madalena - Rui e Isabel; e o 42º Aniversário de Casamento (Bodas de Prata Dourada ou Platina), do casal, Ramiro e Cristina.

Saímos de Tavarede pelas 10H00, com destino a Fátima.
A primeira paragem aconteceu num café, na zona de Ortigosa, onde se beberam uns saborosos cafés, acompanhados por maravilhosos pastéis de nata, ainda quentinhos, que nos aconchegou as barriguinhas e o espírito.
Seguimos depois até á Batalha, onde contávamos parar um pouco, o que não aconteceu pela grande quantidade de visitantes e consequente dificuldade de encontrar estacionamento.
Decidimos então não parar neste local continuando o nosso passeio na direção de Fátima.

Durante o percurso escolhido e a escassos 12 km de Fátima, através da Estrada Nacional 356, visitamos o Eco-Parque Sensorial da Pia do Urso, uma aldeia típica serrana, cujas habitações em pedra e madeira, se integram na paisagem deslumbrante da serra de S. Mamede. 
A Pia do Urso é um espaço que foi reaproveitado, que consiste num parque temático e sensorial, adaptado a invisuais, acompanhado de um percurso pedestre composto por diversas estações interativa e lúdicas. Ao longo do percurso podem observar-se as formações geológicas - as chamadas "pias" - onde, antigamente, os ursos bebiam água; daí a origem do nome deste local: Pia do Urso.
Este local está situado numa encruzilhada de vias romanas das quais se salienta a que ligava a Olissipo (Lisboa) e Collipo (Batalha/Leiria), por aqui passaram em 1385 os exércitos chefiados por D. Nuno Álvares Pereira, provenientes de Ourém a caminho de Aljubarrota e, quinhentos anos mais tarde, as tropas invasoras de Napoleão Bonaparte que deixaram um rasto de destruição e mortandade.
O lugar da Pia do Urso é rico em lendas das quais se salienta a que explica a origem do topónimo, segundo a qual, em tempos recuados, um urso que vivia naquelas serranias tinha por hábito ir beber a uma pia originada da formação rochosa existente no local e que ainda hoje se encontra assinalada.
Apesar de não passar de uma lenda, existe sempre algo de verdadeiro numa descrição lendária, sendo certo que o urso antigamente habitava o nosso país, tendo esta espécie sido extinta por volta do século XVIII, apenas sobrevivendo na Península Ibérica alguns exemplares na região das Astúrias.
Foi neste ótimo local que demos um passeio e podemos desfrutar duma paisagem calma que nos envolveu num espírito de amizade e confraternização.

Já que a hora do almoço tinha chegado decidimos comemorar os nossos aniversários de casamento no Restaurante Piadussa, neste sítio perfeito para uma refeição romântica a oito, inserido nesta aldeia de Pia do Urso.
Desfrutamos, assim, de uma deliciosa e tranquila refeição desde das: entradas: queijo da região, doce de abóbora e patê; carnes: chanfana, arroz de pato, carne de porco à portuguesa; sobremesas: serradura com frutos, pudim, doce à Piadussa, gelado e salada de frutas.
O serviço prestado pelo pessoal do restaurante foi competente, eficiente e muito cordial.

No final do repasto fizemos a troca de prendas, entre cada um dos casais, para que estes nossos aniversários ficassem perpetuados fisicamente, para além de estarem já gravados nos nossos espíritos.
Desde os tempos antigos, os casamentos são considerados rituais tradicionais de grande importância que celebram o amor entre duas pessoas.
Mas a prenda, talvez a mais esperada, porque é sempre uma surpresa, e marca sempre pela diferença é a que o Zé Manel, acabou por oferecer, apesar de alguns dos presentes já não contarem.
Mas ela lá surgiu como por encanto: Um Postal/Cartão de Recolhimento para uma prenda.
Este nosso evento tem como objetivo fortalecer o sinal de comprometimento entre cada um dos casais, sendo os outros testemunhas desses compromissos. Foram criadas as chamadas bodas de casamento, representando nada mais que festas em comemoração aos aniversários de casamento.
Uma curiosidade interessante é que a palavra “boda” vem do latim “vogum”, que significa “promessa”. Por isso sempre que é celebrada uma boda de casamento, é o mesmo que celebrar também uma promessa; a promessa de reafirmação dos votos de casamento.
Quisemos assim com este encontro: fortalecer essa promessa.

Depois do almoço fizemos uma visita ao recinto e Santuário de Fátima ou Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, é um santuário mariano dedicado a Nossa Senhora de Fátima, localizado no lugar da Cova da Iria, na cidade de Fátima, concelho de Ourém, distrito de Santarém.
É composto por recinto de oração, espaço aberto que acolhe milhões de peregrinos vindos de todo mundo. Está associado às visões de 3 pastorinhos (Francisco, Jacinta e Lúcia) que no ano de 1917 disseram ter visto Nossa Senhora pela primeira vez, hoje ocupa uma área com o dobro do tamanho da Praça de S. Pedro no Vaticano.

Estivemos no local mais procurado, onde se observam as maiores demonstrações de fé, é a Capela das Aparições, onde nos sentamos durante algum tempo em meditação. Aqui decorrem missas várias vezes ao dia em diferentes idiomas, ao lado encontra-se o “Toucheiro do Santuário” sendo queimadas diariamente centenas de velas pelos peregrinos em cumprimento das suas promessas. Nós também fizemos questão de adquirir algumas velas num ato de fé e de esperança, no atendimento das nossas preces.
Visitámos depois a Basílica de Nossa Senhora do Rosário e a respetiva Colunata. No interior da Basílica tivemos a oportunidade de visitar os túmulos dos três pastorinhos. Olhando para o altar-mor, à direita está o túmulo de Francisco Marto que faleceu em 4 de Abril de 1919, depois de prolongada doença. À esquerda estão os túmulos de Jacinta Marto, que faleceu em 20 de Fevereiro de 1920, também de uma longa e dolorosa doença e Lúcia dos Santos, a única que viveu até sua fase adulta e faleceu em 13 de Fevereiro de 2005. Ali dezenas de peregrinos faziam fila.
Esta nossa visita chegou ao fim.
Saímos com um sentimento de dever cumprido e em paz, regressamos às nossas casas.
Já perto da Figueira decidimos parar em algum lugar para fazermos um pequeno lanche/jantar e aproveitarmos para fazer também um balanço deste passeio.
Fomos então ao Café “Maré Positiva”, Buarcos, onde nos prepararam um cocktail de carnes frias, que nos aconchegou as barrigas.

Acabámos por falar no nosso próximo passeio que será já em breve e que daremos conta a seu tempo.

Até à próxima viagem!