sábado, 29 de março de 2014

Aí vem a hora de Verão

É já amanhã, dia 30 de Março, que os relógios vão adiantar uma hora às 01h00 em Portugal.

A hora portuguesa será adiantada na madrugada do próximo domingo, 30 de Março, para entrar no regime de Verão, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa.

Em Portugal Continental e na Região Autónoma da Madeira à 01h00 da manhã de domingo, os relógios portugueses adiantarão para as 02h00.

Na Região Autónoma dos Açores, a mudança horária ocorre à meia-noite (hora local, mais uma no continente) e adianta para a 01h00.

Com o horário de verão os dias tornam-se mais longos, devido à posição da Terra em relação ao Sol.



A Primavera já chegou mas com um tempo de Inverno.
A hora de Verão que vai chegar, traz-nos a esperança do bom tempo.
Ele que venha, ficamos à espera.



Nota: informações e ilustração retirados da net.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Passeio ao Museu da Chanfana e ao Parque Biológico da Serra da Lousã

23 de Março de 2014

Pelas 09H00 da manhã saímos do Largo da Igreja de Tavarede, ponto de encontro e de início dos nossos passeios.
A nossa primeira paragem aconteceu para uma confraternização entre todos os companheiros de viagem e para mais algumas necessidades pessoais, em Montemor-o-Velho.
Seguimos entretanto até Penela onde fizemos uma visita.
Penela é uma vila localizada na encosta poente de um monte, na estrada romana que ligava Coimbra a Tomar. Etimologicamente, o termo "penela" é um diminutivo de "peña", "pena" ou "penha", e significava, em baixo latim, cabeço, monte ou rochedo. Tendo em atenção estudos feitos aos vestígios existentes, é de crer que na origem do Castelo de Penela estivesse um primitivo castro lusitano, aproveitado quando da invasão romana da península Ibérica, às passagens sucessivas dos Vândalos, destruidores da fortificação construída pelos Romanos, dos muçulmanos, que tomaram o castelo no século VIII, e das tropas de Fernando I de Leão, tendo a fortificação ficado sob a responsabilidade do conde Sesnando Davides, após a conquista de Coimbra (1064). A povoação recebeu o seu primeiro foral em julho de 1137, concedido por D. Afonso Henriques, constituindo-se portanto num dos Municípios mais antigos do país. O seu castelo é, depois do Castelo de Montemor-o-Velho, o mais amplo e forte que atualmente nos resta da linha defensiva do Mondego.
Património - Castelo de Penela, Castelo de Germanelo, Igreja de S. Miguel, Pelourinho de Penela, Igreja da Misericórdia, Igreja de Santa Eufémia, Igreja Matriz de Podentes, Pelourinho de Podentes, Igreja Matriz do Rabaçal, Villa Romana do Rabaçal, Convento de Santo António, Igreja Matriz da Cumieira, Igreja Matriz do Espinhal, Aldeias Típicas, entre outros.
Em seguida, passámos por Espinhal, uma das freguesias do concelho de Penela. Esta freguesia ocupou um lugar de destaque na História de Portugal, onde encontramos diversas referências, sobretudo devido à importância da estrada que por ali passava fazendo a ligação norte-sul. Desde o século XVI que o Espinhal se encontra ligado a atividades como a fundição do ferro e do cobre e do fabrico do papel.
Atividades estas que desempenharam um papel determinante no desenvolvimento da freguesia. O Espinhal tem também algo para contar no que se refere à passagem das tropas francesas e portuguesas pela vila durante as Invasões Francesas no séc. XIX. A importância desta vila é facilmente comprovada pela existência de várias famílias nobres e das suas residências senhoriais.
Visitámos um dos edifícios mais importantes da freguesia do Espinhal, a Igreja Matriz datada do séc. XVI, a qual se destaca pela sua arquitetura e pela sua escultura.

A hora do almoço estava a aproximar-se e por isso o nosso passeio foi direcionado para o Museu da Chanfana. O Restaurante Museu da Chanfana é uma merecida homenagem à gastronomia tradicional assente na carne de cabra velha, de porco e ainda na caça e pesca. É conhecida Miranda do Corvo como Capital e Berço da Chanfana.
O Museu da Chanfana aparece associado a um conjunto de factos históricos, práticas ancestrais e artes e ofícios artesanais. O aproveitamento integral da cabra reflete a pobreza, ruralidade e a pastorícia da região.
Pratos como a Chanfana, Negalhos e Sopa de Casamento confecionados seguindo a receita genuína e os métodos mais tradicionais, são algumas das experiências gustativas disponíveis. No Restaurante, museu vivo da gastronomia regional, é dada grande importância aos pratos tradicionais de carne de porco como o sarrabulho, o bucho e os enchidos.
Desta apetecida ementa foi escolhida pelo nosso organizador Tó Simões, os seguintes pratos principais:
- Sopa de Casamento: era tradição, no dia seguinte ao casamento, servir o almoço aos convidados. Como nas caçoilas já só havia molho e restos de Chanfana aproveitavam as sobras para fazer a Sopa de Casamento. Para a sopa utiliza-se o pão alternando em camadas com a couve da época, previamente cozida. Rega-se com o molho de chanfana bem aquecido e enfeita-se com os restantes pedaços de carne.  Tal como a chanfana, este prato é cozinhado em recipiente de barro, para depois ir ao forno apurar. Estava uma delícia.
- Chanfana: Miranda do Corvo é berço da chanfana. Crê-se que tenha nascido com as monjas do Mosteiro de Santa Maria de Semide, fundado no Séc XII. A sua difusão foi favorecida pelo facto do Santuário ao Divino Senhor da Serra ser local de peregrinação de toda a região centro, tendo perdido a sua importância no Séc. XX devido ao surgimento de Fátima.
É um prato ligado à vida agro pastoril. A cabra era utilizada para produzir leite e para gerar novos animais. Os cabritos, desnecessários aos rebanhos constituídos por bodes com harém de cabras, eram abatidos e utilizados como manjar dos nobres e famílias ricas. Chegadas ao fim da vida útil as cabras velhas eram cozinhadas nos fornos de lenha também utilizados para o pão e/ou broa. A utilização do vinho garante não só o seu excelente sabor como contribui, junto com a gordura do assado, para facilitar a conservação da chanfana, nas caves do Mosteiro ou nos locais mais frescos e escuros de cada casa. Julga-se que o facto da freguesia de Lamas ser local privilegiado de produção de vinho tenha facilitado o nascimento da Chanfana, também favorecido por Miranda ser terra de oleiros, fabricantes das caçoilas. A carne de cabra é cortada às postas, colocada com os temperos a marinar nas caçoilas e coberta de vinho. A chanfana é prato obrigatório nos dias de festa e imprescindível nas ementas dos casamentos.
- Bacalhau em crosta de broa de milho, para alguns companheiros, de entre os quais para mim e para a minha esposa.
- Nabada foi uma das sobremesas que alguns experimentaram. É um doce conventual originário do Mosteiro de Santa Maria de Semide, Miranda do Corvo. O Mosteiro de Semide, edificado na primeira metade do século XII e com Carta de Couto passada por D. Afonso Henriques em 1154, albergou monges durante três décadas e passou a convento até 1896, data de afastamento da última freira da Ordem Beneditina. A Nabada era servida em recipiente de barro feito nas olarias da região. Miranda do Corvo é considerado «Museu vivo da cerâmica do barro vermelho» com artesanato e indústria de olaria existente desde a Idade Média. O Convento de Semide é conhecido por ter popularizado a receita da Chanfana, Negalhos e Sopa de Casamento, receitas que permitem o aproveitamento integral da cabra velha.
Após este almoço que estava cinco estrelas e agradou a todos os companheiros de viagem, fizemos então a visita ao Parque Biológico da Serra da Lousã está nas proximidades da vila de Miranda, situado na Quinta da Paiva, é uma proposta multifacetada na oferta turística associando a educação ambiental ao enaltecimento de valores e tradições culturais da região. Possui 12 hectares, sendo 7 de área florestal e 5 de área agrícola e social. Dos 12 hectares, apenas 5 hectares são visitáveis pelo público. O Parque Biológico da Serra da Lousã integra um Centro de Informação / Bilheteira, Parque de Vida Selvagem, Quinta Pedagógica, Labirinto de Árvores de Fruto, Roseiral, Centro Hípico, Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com Loja de Artesanato, Museu da Tanoaria e Restaurante Museu da Chanfana.





Geologicamente a Quinta da Paiva é predominantemente formada por arenitos, conglomerados, xistos e grauvaques e constituída por solos com pouca profundidade, denominados cambissolos, que se encontram ainda em processo de desenvolvimento, apresentando uma fertilidade natural mediana. A sua flora reúne um conjunto de 88 espécies, entre árvores, arbustos e herbáceas. De salientar a vegetação ribeirinha, nomeadamente a presença de amieiros, salgueiros e freixos. A Quinta foi palco de uma economia agro-pastoril que motivou, durante séculos, o modo de vida das populações desta região, com estruturas representativas dessa vida comunitária, nomeadamente caminhos vicinais, muros de pedra xistosa, casa do caseiro, rio, açude, levada, moinho de água e engenhos de rega. Neste sentido, o espaço contempla um ecomuseu onde exemplares de engenharia agrícola, hidráulica e eólica poderão funcionar como aulas vivas de etnofísica e etnomatemática, ligando a tecnologia à história. 
Esta visita foi muito interessante e rica em conhecimentos: houve um pouco de diversão, aprofundamento da biofilia, podemos apreciar a natureza e aprender a valorizar o ambiente.

No Santuário do Divino Senhor da Serra em Miranda do Corvo, foi a nossa próxima paragem. A capela primitiva foi construída nos finais do séc. XVII, sendo depois reformada nos sécs. XIX e XX. Destaque para os retábulos colaterais e a imagem do Cristo, comprados. As origens do Santuário estão intimamente relacionadas com a imagem do Santo Cristo colocada onde hoje se ergue a cruz da serra. Foi construída pelas freiras de Semide uma capelinha, mandada fazer entre 1653 e 1663, a qual serviu ainda para albergar a imagem do Santo Cristo, cada vez mais visitada devido à fama crescente de milagres.
Foi esta afluência de romeiros conjugada com o aumento do número de habitantes que impôs a construção do atual Santuário. A capela é uma obra produto das diversas atividades artesanais que se desenvolveram em Coimbra, no fim do século XIX e no princípio do XX, em redor da Escola Livre das Artes do Desenho. O traçado é, ele próprio, uma fusão de elementos neogóticos e românicos -, com predomínio destes, inspirados nos monumentos de Coimbra. Tem uma só nave. A torre ergue-se a meio da frontaria, rasgando-se na base o portal e rematando ela em pirâmide. A capela-mor, poligonal, é de tipo nitidamente românico. Lá dentro podemos apreciar o altar-mor dourado que foi executado pelos alunos da antiga Escola Industrial Brotero em Coimbra sob orientação de João Machado, tal como os belíssimos vitrais, estes sob a direção do prof. Lapierre. Outros pormenores de enorme interesse são os azulejos que revestem as paredes, os quais constituem representações de cenas da vida de Jesus, os altares laterais, provenientes Capela da Misericórdia de Coimbra, a pintura do Tecto, obra do pintor Eliseu de Coimbra e o púlpito de pau preto, que constitui uma obra do século XVII, originário da Sé Velha de Coimbra.
Infelizmente não tivemos a oportunidade de visitar este santuário, pois estava fechado e a pessoa que nos poderia abrir a porta não se encontrava presente. Fica para uma próxima vez.

Como ainda tínhamos algum tempo e um dos nossos companheiros é natura da povoação de Ançã, mostrou vontade de nos dar a conhecer esta localidade. Foi para lá que rumámos para uma pequena visita já tardia pelo adiantar do dia que já escurecia. Foi uma pena! Deixou-nos a todos com água na boca e com vontade de lá voltar noutra altura.
Ançã é uma vila do concelho de Cantanhede, foi elevada a vila em 12 de julho de 2001. O nome Ançã é de origem romana, teriam sido os monges italianos a atribuir-lhe esse nome devido à abundância de água e de caça. O nome de Ançã proveio do italiano abbondanza que etimologicamente deriva do termo latino Anzana cuja declinação passou pelas fases de Anzam, Anzaa, até à sua grafia actual.

A hora estava a aproximar-se para regressarmos a casa. Ainda parámos em Tentúgal, na Pousadinha, onde se petiscou e também levar para casa, algumas das iguarias que ali comercializam.

Pelas 21H15, chegámos a Tavarede.

VAMOS AOS FADOS A LISBOA

21 de Setembro de 2013

Às 08H30, partimos do Largo da Igreja de Tavarede, para Lisboa onde chegámos pelas, 11H30 à Praça do Comércio, o Terreiro do Paço. Demos uma volta por esta praça, visitamos sempre em andamento de passeio a baixa Pombalina.
O almoço foi livre. Nós e um pequeno grupo almoçámos no Restaurante o Churrasco, nas Portas de Santo Antão, o qual já visitei inúmeras vezes e recomendei aos meus companheiros de viagem. A especialidade da casa: Costeleta de Novilho e Frango no Churrasco. Conheço este restaurante há já alguns anos e quando vou a Lisboa vou lá regularmente. A qualidade do seu serviço, aliado aos excelentes pratos da cozinha Portuguesa, assados no carvão pelo senhor João, um mestre, a higiene e o nível profissional dos seus funcionários que são muito simpáticos.

Foi na “Ginjinha Sem Rival”, fundada mais tarde, entre 1890-1892, que bem almoçados e animados, saboreámos a famosa Ginjinha.
Nesta casa, para além da ginjinha, do antigo capilé ou do refresco de groselha servem também o famoso licor "Eduardino", um segredo da casa que tem este nome em homenagem a palhaço do vizinho Coliseu, é na Rua das Portas de Santo Antão, 7, pessoalmente a melhor ginjinha.

Chegou então a hora combinada para no Rossio apanharmos o autocarro, cerca das 15H00, para em seguida fazermos a visita ao Palácio Nacional da Ajuda ou Paço de Nossa Senhora da Ajuda é um monumento nacional situado na freguesia da Ajuda. Em 1726, D. João V (1689-1750) adquire três quintas na zona de Belém. A utilização da quinta da Ajuda como Paço Real deu-se no rescaldo do Terramoto de Lisboa a 1 de Novembro de 1755 já no reinado do Rei D. José. O terramoto destruiu praticamente toda a cidade de Lisboa, incluindo a residência do Rei, o velho Palácio da Ribeira, cujo complexo abraçava Terreiro do Paço, junto ao Rio Tejo. Este palácio neoclássico da primeira metade do séc. XIX, da autoria de Francisco Xavier Fabri e José da Costa Silva, foi residência oficial da família real portuguesa, desde o reinado de D. Luís I (1861-1889) até 1910, ano em que foi encerrado após a proclamação da república. Aberto ao público como museu em 1968, é especialmente expressivo como residência real da época, revelando ambientes oitocentistas e importantes coleções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: dos têxteis ao mobiliário passando pela ourivesaria, e cerâmica, bem como de pintura, escultura e fotografia. A Presidência da República realiza aqui algumas das mais importantes cerimónias de Estado.

Ficámos todos maravilhados com a beleza e riqueza que este palácio encerra.




Pelas 17H00, fizemos a visita ao Museu Nacional de Arte Antiga, também conhecido por Museu das Janelas Verdes, é o mais importante museu de arte dos séc. XII a XIX em Portugal. Inclui coleções de pintura, escultura, desenho e artes decorativas, maioritariamente europeias, e também orientais representativas das relações que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente na sequência das viagens dos descobrimentos iniciadas no século XV, de que Portugal foi nação pioneira. O museu encontra-se localizado num palácio dos finais do séc. XVII, mandado construir por D. Francisco de Távora, primeiro conde de Alvor, e confinando a poente com o Convento de Santo Alberto, primeiro mosteiro de freiras carmelitas descalças em Lisboa, cujo patrono era Santo Alberto, razão pela qual era também conhecido por Convento das Albertas.
O Palácio passou a ser conhecido como Palácio de Alvor-Pombal pois, em 1759, após o Processo dos Távoras, o edifício foi adquirido num leilão por Paulo de Carvalho e Mendonça, irmão de Marquês de Pombal que, por morte do primeiro, passou a ser proprietário do palácio tendo este ficado na posse da sua família por mais um século. Em 1879 o palácio foi alugado, e posteriormente adquirido, pelo estado para nele instalar o Museu Nacional de Bellas Artes e Arqueologia, inaugurado oficialmente em 11 de Maio de 1884. Em 1890, aquando da morte da última freira, o estado toma posse do Convento de Santo Alberto, entregando em 1891 a sua tutela ao museu pois já na altura era reconhecida a necessidade de aumentar o espaço físico do museu. Derrubado o Convento, no seu lugar foi construído o edifício poente, também conhecido como "anexo", inaugurado em 1940 com a exposição "Primitivos Portugueses".

Após esta visita também muito apreciada, tirei umas fotografias no exterior, não me esquecendo de ir ver o Chafariz das Janelas Verdes encontra-se situado no Largo Dr. José de Figueiredo, na freguesia dos Prazeres em Lisboa e fazia parte do conjunto de chafarizes ligados ao Aqueduto das Águas Livres. Foi edificado no ano de 1755 baseado no projeto do arquiteto Reinaldo Manuel dos Santos, tendo sido utilizado na sua construção mármore rosa e branco. Este chafariz de arquitetura barroca, apresenta diversas estátuas, esculpidas por António Machado. A bacia e a escadaria envolvente, apresentam uma planta circular. No meio da bacia, ergue-se uma urna de quatro faces que serve de suporte a uma estátua de Vénus e Adónis com um golfinho. Foi classificado pelo IPPAR, como Imóvel de Interesse Público em 10 de Agosto de 1998 pela portaria n.º 512/98 do Diário da República (I Série-B), n.º 183.
Fiquei dececionado com o estado de degradação em que se encontra este monumento, ligado ao Aqueduto das Águas Livres.
Como as nossas visitas demoraram menos do que o previsto, o autocarro deixou-nos junto ao Museu do Fado, em Alfama, onde também se encontra o restaurante onde vamos jantar e fomos dar uma volta e conhecer algumas ruas e vielas. Por ali também andavam muitas pessoas que vieram para assistir aos espetáculos de fado que durante este fim-de-semana (sexta-feira e sábado), ali se realizavam.
Pelas 20H00, entrámos para jantar com Fados no Restaurante Típico Taverna d`El Rey, está carregado de história e simbolismo.
O espaço foi há 50 anos uma tasca de venda de carvão e vinho, é hoje propriedade da fadista Maria Jô Jô, há mais de 30 anos. Maria Jô-Jô remodelou-a, decorando o teto com madeira a fazer lembrar as caravelas de antigamente e calcetando o pavimento com calçada portuguesa, com desenhos de grandes claves, que nos transportam imediatamente aos acordes do fado que aqui podemos ouvir.
É uma casa típica de fados, situada bem no coração de Lisboa, no bairro mais antigo - Alfama, um dos mais característicos bairros de Lisboa, oferece-lhe, um ambiente castiço da velha cidade, o fado, e as melhores especialidades da cozinha regional portuguesa. Por aqui passaram alguns dos maiores nomes do fado da época - anos 60 e que ainda hoje não deixa de ter um bom elenco privativo, com um acompanhamento gastronómico de qualidade e eficiência. Todas as noites das 18h às 3h da madrugada, num castiço espetáculo de Fado. O espetáculo de Fado é composto por Guitarra e Voz. Exemplos de fadistas: Maria Jô Jô, Lúcio Bamond, Cátia Garcia, Álvaro Alexandre, Tonia José, Carlos Maia, Cláudia Botas e Eduardo Tereso.


24H00 – Partida para Tavarede onde chegaremos cerca das 02H00.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Visita a Lisboa

29 e 30 DE JULHO DE 2013
1º Dia
Poucos minutos depois das oito da manhã partimos para Lisboa: eu, a minha esposa, a minha filha Vanda, o seu marido Miguel e o seu filho Tiago.
Esta nossa viagem até à capital tem o grande objetivo de levar o Tiago pela primeira vez a visitar o Jardim Zoológico e o Oceanário, aproveitando também para ver no Pavilhão do Conhecimento, uma exposição sobre os dinossauros.

A capital portuguesa possui uma riqueza cultural e gastronómica ímpar, fazendo dela um ótimo destino de férias. Considerada por muitos como uma das mais bonitas cidades do mundo, Lisboa apresenta ao turista que a visita inúmeras atividades e diversos pontos de grande interesse.
Foi com esta perspetiva e interesses que seguimos para Lisboa.

Um pouco depois das 10H00, estávamos a chegar ao Parque das Nações, onde fomos deixar o carro no estacionamento do Hotel Ibis, onde iremos pernoitar esta noite.
Depois de fazermos o chek-in no hotel, fomos tirar os bilhetes de um dia para andarmos no metropolitano, que nos transportou até às portas do Jardim Zoológico.
O Jardim Zoológico de Lisboa, localiza-se em Sete Rios. Atualmente reúne um conjunto representativo de todo o planeta, com cerca de 2000 animais de 332 espécies diferentes, assim divididos:
  • 114 mamíferos
  • 157 aves
  • 56 répteis
  • 5 anfíbios e
  • 1 coleção de artrópodes.
A ideia para a criação de um jardim zoológico em Portugal, nomeadamente em Lisboa, remonta a 1882, conforme rumores que começaram a circular na imprensa lisboeta em Agosto daquele ano. À época ainda não existia na península Ibérica nenhum parque dedicado à flora e fauna exóticas do mundo.
A 19 de Fevereiro de 1883 um grupo de notáveis portugueses reuniu-se para a apresentação do projeto, e com o incentivo do próprio rei D. Luís foi elaborada uma escritura (5 de Setembro de 1883), após os necessários estudos e levamento de capital. Em seguida iniciaram-se as obras nos terrenos escolhidos, em São Sebastião da Pedreira, com a construção de pavilhões, viveiros e gaiolas, para manter os primeiros animais em exposição. 


Desse modo, a 28 de Maio de 1884, foi inaugurado solenemente o Jardim Zoológico de Lisboa, com uma coleção de 1127 animais à disposição do público, alguns dos quais doados pela Família Real Portuguesa e outras personalidades.
As suas primitivas instalações, no Parque de São Sebastião da Pedreira, foram então transferidas em 1894 para os terrenos de Palhavã, no terreno onde hoje se situa a Fundação Calouste Gulbenkian. Mais tarde, em 1905, o Jardim Zoológico foi transferido para a sua atual localização, na Quinta das Laranjeiras, em Sete Rios.
Mas foi apenas em 1907 que foram assinadas as escrituras com as cláusulas para o estabelecimento definitivo do Jardim Zoológico no Parque das Laranjeiras. O rei D. Manuel II foi convidado para presidente honorário da instituição, a suceder a D. Carlos I, seu pai.
Ainda antes do almoço começámos a visita no zoo, onde o Tiaguinho muito curioso via os animais que ele tanto aprecia. Uma das diversões que desfrutámos foi o teleférico.

 

O Teleférico

Dá uma volta completa ao parque num circuito em forma de triângulo e atinge uma altura máxima de cerca de 20 metros, possibilitou durante 20 minutos que nós observássemos todo o zoo a partir de uma perspectiva diferente, possibilitando também uma das belas vistas da paisagem urbana da cidade de Lisboa.
Chegou então a hora do almoço. Fomos almoçar numa daquelas esplanadas onde se pode degustar uma comida simples e rápida, mas bastante apetitosa, no Restaurante La Baguette. O Tiago escolheu um dos menus do Restaurante McDonald’s, o Happy Meal, uma refeição muito divertida com douradinhos: O filete de peixe saiu do alto mar bem fresco e branquinho. Então nós cobrimo-lo de pão ralado e demos-lhe um bronzeado crocante. O seu novo look dourado é um sucesso entre as crianças, que os comem alegremente até ao fim.
Depois do almoço o Tiago quis ir brincar no insuflável da girafa. Fomos de seguida ver mais alguns animais enquanto não chegava a hora irmos ver os golfinhos.
Às 15H00, teve início o espectáculo na Baía dos Golfinhos, onde está recriada uma típica aldeia piscatória portuguesa, com uma recriação de um farol inclusive, é composto por um conjunto de três piscinas com 6 metros de profundidade e 36 metros de diâmetro no seu conjunto e contou com quatro exemplares de golfinhos nariz de garrafa.
Tem uma capacidade de 1800 pessoas e possui cobertura para os dias de chuva e para o sol intenso do Verão. O espectáculo durou cerca de 1 hora no qual fez também parte uma apresentação com leões marinhos. O espectáculo foi bastante diversificado com todas as acrobacias e truques que os animais conseguem fazer, mais uma parte de exercícios aquáticos entre os golfinhos e os seus treinadores.
Como estava muito calor e a Vanda já estava um pouco fatigada, ela e o Tiago foram dar uma volta no comboio fazendo a visita de uma forma confortável.

 

A Quintinha, foi outro dos locais que tivemos o prazer de visitar, possibilitando os visitantes de estar em contacto com a vida rural e os animais de quinta podendo ter a oportunidade de os alimentar e acariciar e ainda observar o cultivo de vários produtos hortícolas.
Um dos locais sempre interessantes de ver foi o reptilário, onde visitante obtém várias informações acerca de répteis com a amostra de tartarugas, iguanas, crocodilos e até uma pitão com vários metros de comprimento e na qual o visitante é convidado a tocar. Não se realiza em dias de temperatura abaixo de 20ºC. O reptilário possuiu umas das melhores colecções de répteis do mundo e foi remodelado recentemente com uma ponte sobre o recinto dos aligátores americanos. É mantido a uma temperatura constante acima dos 20ºC.
O dia esteve com muito calor, mas o Tiaguinho nunca esmoreceu e manteve sempre uma grande energia, assim como um extraordinário interesse e curiosidade em tudo o que via, principalmente nos animais, a grande paixão dele.
Mas a visita chegou ao fim e fomos para o metropolitano onde o Tiaguinho adorou andar. Foi a primeira vez!

Chegados novamente ao Parque das Nações, deslocá-mo-nos até ao Hotel Ibis, onde retemperámos as forças.

Cerca das 19H30, fomos escolher um restaurante para jantarmos.
O escolhido foi o Restaurante D’Bacalhau, situado na zona ribeirinha do Parque das Nações na EXPO, especializado na confecção de bacalhau. Um Restaurante com um espaço agradável, moderno, mantendo a tradição deste prato português tão desejado por todo o mundo!
O nosso menu foi como entradas uns grandes, quentes e deliciosos bolos de bacalhau; estavam excelentes, para começar não podia ser melhor.
Como segundo prato e após difícil escolha pela variedade apresentada decidimos pelo “Misto de Bacalhau com 4 pratos” para 4 pessoas; dos quatro pratos constavam: Bacalhau com Natas, Bacalhau à Brás, Bacalhau com Broa e Bacalhau Grelhado à Lagareiro. Foi uma ótima escolha pois quaisquer dos pratos estavam uma delícia.
Depois do jantar nada como passear um pouco pelo Parque das Nações, pois a noite estava com uma temperatura ótima. O Tiago estava muito feliz! Corria e saltava, curioso com tudo o que tinha e estava a passar neste dia inesquecível para ele.
Antes de nos deitarmos para um descanso reparador ainda passámos pelo Centro Comercial Vasco da Gama.

Hotel Ibis Parque das Nações, está localizado no Parque das Nações em Lisboa, permitindo chegar em poucos minutos a pé a locais de interesse como Feira Internacional de Lisboa, Casino de Lisboa, Oceanário, Pavilhão Atlântico e Centro Comercial Vasco da Gama. Aqui dormimos num quarto Standard Não Fumador e equipado com a nova cama íbis, uma cama de última geração em conforto, secretária, internet, pavimento flutuante, TV LCD com os melhores canais e casa de banho com chuveiro. Tem estacionamento coberto pago mas para nós foi gratuito; o pequeno-almoço em buffet foi ótimo e retemperador. O hotel é acolhedor e confortável, o serviço no geral foi estupendo e os rececionistas excelentes, muito simpáticos e sempre muito disponíveis.

2º Dia
Este nosso segundo dia em Lisboa, começou por arrumar o carro no parque de estacionamento do Centro Comercial Vasco da Gama.
Fomos entretanto para o Oceanário de Lisboa que se localiza no Parque das Nações em Santa Maria dos Olivais. Constitui-se em um aquário público e instituição de pesquisa sobre Biologia marinha e Oceanografia. É o segundo maior oceanário do Mundo e contém uma extensa colecção de espécies - aves, mamíferos, peixes e outros habitantes marinhos. Foi construído e inaugurado no âmbito da Expo 98, a última exposição mundial do século XX, com o tema "Os Oceanos, um Património para o Futuro". Os designes conceitual, de arquitectura e de exibição são do arquitecto norte americano Peter Chermayeff. Com uma área total de 20.000 metros quadrados, o Oceanário tem cerca de 7.500.000 litros de água divididos por mais de 30 aquários e 8000 organismos (entre animais e plantas) de 500 espécies diferentes. No seu interior, a principal atracção é o aquário central, com 5.000.000 de litros, representando o Oceano Global, onde coexistem várias espécies de peixes como tubarões, barracudas, raias, atuns e pequenos peixes tropicais. Destacam-se ainda mais quatro diferentes aquários que representam, pela sua riqueza natural em termos de fauna e flora, os habitats marinhos do Atlântico Norte (costa dos Açores), do oceano Antártico, do Pacífico temperado (costas rochosas) e do Índico tropical (recife de coral). Separados do aquário central por grandes painéis de acrílico estrategicamente colocados, cria-se a ilusão de estar perante um único aquário.
O mascote escolhido do Oceanário de Lisboa é o boneco Vasco (com o mote: "O Vasco é boa onda!"), em referência ao navegador português Vasco da Gama. O "Vasco" encontra-se em dois lugares para "saudar" os visitantes: em frente à entrada principal e na baía em frente ao Oceanário (porto do rio Tejo).
Foi então o “Vasco” que nos recebeu e principalmente o Tiaguinho.
O Tiaguinho sempre muito interessado teve aqui mais uma primeira visita que nunca mais vai esquecer.
O entusiasmo e a curiosidade foram constantes, tanto no aquário principal, como pelos diversos locais onde os peixes constantemente pela nossa frente apareciam no seu calmo e ondulante nadar.
Após cerca de duas horas de visita saímos maravilhados e “cansados” de tanta maravilha.
Pelas 14H00 fomos almoçar no Centro Comercial Vasco da Gama, desta vez a pedido do Tiaguinho – Pizzas.

Depois do almoço fomos ver uma outra exposição, esta no Pavilhão do Conhecimento, também muito desejado e aguardado pelo Tiaguinho, sobre Dinossauros.
Esta exposição com o título “T-rex quando as galinhas tinham dentes”, transporta os visitantes numa viagem ao tempo dos dinossauros. Foi isso que tenho a certeza que aconteceu com o Tiaguinho, um tema que ela muito aprecia. Foi muito gratificante ter proporcionado esta visita ao Tiaguinho que espantado e muito interessado olhava com muita curiosidade os robots Dinossauros, que parecem verdadeiros.
Já no andar superior deste pavilhão encontrámos três exposições:
1ª. Explora
O Explora é uma” verdadeira floresta de fenómenos naturais”. Cada módulo é uma autêntica obra de arte onde o Homem contribui com o engenho, e a natureza com a surpreendente beleza dos seus fenómenos.
A exposição Explora está dividida em cinco áreas temáticas: Luz, Visão, Perceção, Ondas e Sistemas (bué) complexos.
2ª. Vê, Faz, Aprende!
O Tiaguinho experimentou, tocou, mexeu e observou. Deitou-se numa cama de pregos com muita valentia, sentou-se ao volante de um carro com rodas quadradas e tentou descobrir a misteriosa chave da arca do tesouro, entre muitas outras atividades que experimentou.
3ª. Brincar Ciência
Como o espaço Brincar Ciência se destina exclusivamente aos pequenos exploradores da ciência entre os 3 e os 6 anos, o Tiaguinho aqui divertiu-se imenso. Neste espaço o Tiaguinho pode vestir um fato de astronauta e entrar dentro de um foguetão.
E foi a Casa Inacabada, a que não acaba nem por nada, o local favorito do Tiaguinho e muita pequenada que ali se divertia. Eles constituíram a brigada especial que puseram mãos à obra para tentarem ter a casa fica pronta. Os “maquinistas” manobravam a grua para içar os materiais, os “aprendizes de pedreiro” construíram as paredes com os tijolos e os painéis de espuma. O andaime ajuda à construção e carrinhos de mão, baldes e roldanas facilitavam o trabalho da equipa.
O Tiaguinho, tal como todas as outras crianças, assim que chegaram a este estaleiro, vestem o colete de trabalho e colocam o capacete de proteção. Cumpridas estas regras, passam a barreira de segurança e são informadas sobre as condições de segurança, as missões e as tarefas a cumprir. Cada um desempenha o seu papel e… mãos à obra.
E foi assim que durante algum tempo o Tiaguinho se divertiu à grande com todo aquele envolvimento divertido e de entreajuda entre todos os participantes.

Saímos então do Pavilhão do Conhecimento, com o Tiaguinho cansado, mas também satisfeito e eufórico.
Fomos para o carro que se encontrava no parque de estacionamento do Centro Comercial vasco da Gama, para nos dirigirmos para o Centro Comercial Colombo onde decidimos jantar antes de regressarmos a casa, na Figueira da Foz.
Jantámos cerca das 19H30 no Restaurante “O Páteo”, onde se come comida à portuguesa. O Tiaguinho com muito apetite comeu com vontade uma grande tijela de sopa de legumes, seguido de uma bela banana.
Saímos de Lisboa pelas 21H00. O Tiaguinho fez o descanso do “guerreiro” todo o caminho, ou seja, adormeceu à saída de Lisboa e quando chegámos à Figueira, cerca das 23H00, saiu do carro a dormir direitinho para a sua caminha, onde de certeza estava a sonhar com o Jardim Zoológico, o Oceanário, os Dinossauros…