quarta-feira, 17 de abril de 2013

X - Ilustações de Calendários

PINTURAS EM MUSEUS

Acabo de encontrar mais um calendário antigo nos meus arquivos. Este é de 1966 e foi publicado pela Empresa Fabril do Norte – Senhora da Hora.

Mais uma antiguidade maravilhosa, tal como o são as outras postagens que fiz anteriormente com os outros calendários.


01 – Capa: 1966 – Empresa Fabril do Norte – Senhora da Hora
02 – Tancareiras de Fausto Sampaio – Museu de José Malhoa
03 – O Ferrador de Ribeiro Júnior – Casa Museu Fernando de Castro

04 – O Cego Rabequista de José Rodrigues – Museu Nacional de Arte Contemporânea

05 – Leitura de uma Carta de Alfredo Keil – Museu Nacional de Arte Contemporânea

06 – Uma Pausa Forçada de Alves Cardoso – Museu de José Malhoa

07 – Aguadeira de Coimbra de Miguel Ângelo Lupi – Museu Nacional de Arte Contemporânea
08 – Retrato da Viscondessa de Menezes de Visconde de Menezes - Museu Nacional de Arte Contemporânea

09 – Efeito de Luz de Sousa Lopes - Museu Nacional de Arte Contemporânea

10 – Napolitana de Henrique Pousão – Museu Nacional de Soares dos Reis

11 – Sessão do Tribunal da Bolsa, na Época da sua Fundação (Séc. XV) de Veloso Salgado – Palácio da Associação Comercial do Porto

12 – Velha Fiando de João Augusto Ribeiro - Museu Nacional de Soares dos Reis

13 – Cena Familiar de Aurélia de Sousa - Museu Nacional de Soares dos Reis

14 – Última folha

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Biblioteca Itinerante da minha infância

Foi criado através das bibliotecas municipais o serviço de bibliotecas itinerantes, através do Programa de Incentivo à Leitura, que deve funcionar como um motor de leitura pública.
Em meados dos anos 60, era eu um jovem e recordo-me da ansiedade que tinha sempre que o dia se aproximava da vinda da carrinha marca Citroen, onde eu iria levar o(s) livro(s) que já tinha lido para poder trocar por outros.
Recordo-me também do funcionário, que também era o condutor da carrinha, o senhor Medina, que felizmente ainda hoje é vivo.
O Serviço de Bibliotecas Itinerantes foi criado pela Fundação Calouste Gulbenkian em 1958, segundo sugestão de Branquinho da Fonseca e como seguimento ao projeto de uma biblioteca-circulante iniciado pelo mesmo em 1953 no Museu-Biblioteca do Conde Castro Guimarães, em Cascais, onde na altura exercia funções de conservador-bibliotecário.
Os objetivos eram: promover e desenvolver o gosto pela leitura e elevar o nível cultural dos cidadãos, assentando a sua prática no princípio do livre acesso às estantes, empréstimo domiciliário e gratuitidade do serviço.
Os carros das bibliotecas itinerantes levavam a bordo cerca de dois mil volumes arrumados nas estantes. Nas prateleiras de baixo, encontram-se os livros para crianças, nas prateleiras do meio a literatura de ficção, de viagens e biografias e, por fim, nas de cima os livros menos procurados, de filosofia, poesia, ciência e técnica.

O público a quem o serviço se dirigia era principalmente o de menor acesso à educação e cultura, habitando nas regiões mais desfavorecidas e estendendo-se a todas as faixas etárias. Todavia seria entre público mais jovem que teria melhor acolhimento.
Lembro-me de que muitos dos livros que levantava eram sugeridos pelos meus professores, designadamente de Português.
A partir do início da década de 70 o projeto Serviço de Bibliotecas Itinerantes vê a sua sustentação fragilizada no seio da Gulbenkian, pois esta pretendia que as despesas, bastante elevadas, fossem repartidas com o poder central e local. Foi discutida a 20 de Fevereiro de 1974 numa reunião a extinção deste serviço, mas com a Revolução do 25 de Abril de 1974 e com a instalação da democracia em Portugal, a Fundação Calouste Gulbenkian continuou a assegurar a disponibilização de livros e a proporcionar a prática da leitura.
Em 1993 o Serviço de Bibliotecas Itinerantes passava a Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura e em 19 de Dezembro de 2002 era definitivamente extinto.