segunda-feira, 29 de maio de 2017

PASSEIO PELA REGIÃO MINHOTA



19, 20 e 21 de Maio de 2017
1º Dia:
Saímos de Tavarede pelas 07H00, em direção ao Norte, à região do Minho, numa carrinha preta conduzida pelo “musketeyru” experiente e profissional Rui.
Porque queríamos chegar a Viana do Castelo o mais cedo possível para ali almoçarmos, optamos por viajar nestas primeiras horas pela autoestrada.
Assim, passamos pelo Porto que é a segunda cidade mais importante de Portugal. É a cidade que deu o nome a Portugal - desde muito cedo (c. 200 a.C.), quando se designava de Portus Cale, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, de onde se formou Portugal. É ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitetura contemporânea e antiga, o seu centro histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO.
Foi pela ponte da Arrábida que continuamos o nosso passeio sempre pelo litoral e o concelho de Esposende foi o próximo destino por ser "um privilégio da natureza", visto que confina com o oceano, o rio, a planície e o Monte de Faro. Grande parte do território do concelho encontra-se na planície.
Entretanto o calor começou a apertar e a sede fez com que procurássemos alguma “fonte” de verdinho para ser bebido numa “malguinha”. O nosso intento foi em parte um fiasco, conseguimos apenas beber um simples copo de vinho verde branco engarrafado igual ao que existe por este país fora no Café Quim, nas imediações de Castelo de Neiva.
Seguimos um bocado desconsolados, mas com a sede apaziguada, até Castelo de Neiva uma freguesia do concelho de Viana do Castelo, núcleo piscatório tradicional, onde ainda se pratica a apanha do sargaço. A sua praia está situada num ambiente rural, limitada por campos de cultivo. Ali junto à praia tiramos umas fotografias com os barcos a rodearem-nos e junto a um conhecido restaurante.
Mas a nossa intenção era almoçar em Viana do Castelo e a hora para o fazer estava a aproximar-se. Viana do Castelo é uma cidade limitada a norte pelo município de Caminha, a leste por Ponte de Lima, a sul por Barcelos e Esposende.
Atravessamos Viana do Castelo apanhamos a Estrada Nacional 202 e na rua de Santa Marta nº 119, encontramos o nosso objetivo, o Restaurante “O Camelo”.
Entramos num pátio com uma casa avarandada com alvenarias e ferros forjados e uma escadaria com trepadeiras, entramos assim no Restaurante Camelo, num edifício situado em Santa Marta de Portuzelo que é também residência da família Camelo. Encaminharam-nos para a Sala Empresa para almoçarmos. Da dieta minhota iniciámos com as entradas: alheira de carne caseira em regalo e mexilhões.
E finalmente o vinho verde tinto em malga…
A nossa escolha nos pratos principais foi: o bacalhau à camelo frito em azeite e rojões à moda do Minho com arroz no Forno e também com arroz de sarrabulho à moda de Ponte Lima numa boa calda de carnes caseiras. Para finalizarmos este nosso “banquete” optamos por café e um saboroso digestivo amarelinho e fresco.
Fizemos ainda um breve passeio pela maravilhosa quinta deste restaurante e algum tempo depois reiniciámos o nosso passeio até à cidade de Viana do Castelo.
A origem da toponímia de Viana do Castelo vem de uma das muitas lendas locais que o nome da cidade se deve a uma "estória" sobre uma linda rapariga chamada Ana que vivia no território que atualmente integra a cidade, mais precisamente num castelo feito de pedra. Este era um castelo grande, famoso e admirado por muita gente, que por este costumava passar para poder observá-lo. Quando por este passavam, algumas pessoas começaram a reparar que uma princesa por vezes aparecia numa das janelas do castelo; uma linda rapariga de longos cabelos louros, com duas tranças, faces rosadas e olhos claros - a princesa Ana. Contudo, esta princesa também era extremamente tímida, razão pela qual ela escondia-se do olhar das pessoas que passavam para contemplar o castelo. Um dia esta princesa apaixonou-se por um rapaz que vivia no outro lado do rio, o qual também gostava muito dela. Ele ficava tão contente por vê-la que - sempre que voltava à outra margem - dizia contente: “VI A ANA! VI A ANA DO CASTELO!”. Ele repetiu-o tantas vezes que passaram a chamar “Viana do Castelo” à cidade onde a princesa morava.
Chegados a Viana do Castelo e depois de estacionarmos o carro fizemos uma visita pelo centro histórico.
No caminho passamos pela bonita estação de caminho de ferro assim como pela nova Estação Viana com terminal de autocarros e centro comercial.
Continuamos o nosso passeio pelo Passeio das Mordomas da Romaria, Casa da Carreira, Chafariz da Praça de República, Navio-Hospital Gil Eannes, Lojas de recordações e por todas aquelas ruas históricas.
Saímos de Viana do Castelo na direção norte para Caminha, uma vila limitada a nordeste pelo município de Vila Nova de Cerveira e a norte pela Galiza. Após estacionarmos o carro encaminhamo-nos para o Terreiro de Caminha ou Praça Conselheiro Silva Torres que é uma praça com grande influência na vida da vila. Com o tempo o terreiro foi ganhando o estatuto até se tornar no verdadeiro centro da vila e é ali que se encontram: a Igreja da Misericórdia, os Paços do Concelho, o Chafariz do Terreiro, a Torre de Menagem, substituindo por Torre do Relógio, a Casa dos Pittas de entre outros edifícios históricos.
No Terreiro encontramos alguns cafés e restaurantes com esplanadas muito acolhedoras aonde decidimos refrescarmos e petiscar qualquer coisa. Optamos por uma paragem na esplanada fantástica, em frente da Torre do Relógio e do Chafariz, do restaurante .noterreiro.
Entramos e apreciamos uma decoração vintage e no 1º andar admiramos uma sala de jantar da década de 80.
Informaram-nos que naquele dia tínhamos à nossa disposição, ou seja, grátis, uma mesa com pratos de tapas e outros pratos confecionados tais como favas ou grão que poderíamos escolher sem restrição, um conceito perfeito! Em troca só se pagava as bebidas consumidas.
Nós escolhemos um excelente vinho verde tinto fresquinho que tanto ansiávamos beber nestas terras minhotas.
A tarde já se encaminhava para o final e foi com o sol a desaparecer que saímos de Caminha agora na direção de Vila Nova de Cerveira, para irmos tomar conta dos nossos aposentos no INATEL Cerveira Hotel (4 estrelas), onde iriamos dormir nas próximas duas noites.
Era já noite quando chegamosINATEL Cerveira Hotel  à pitoresca Vila Nova de Cerveira, próxima das margens do Rio Minho e no lugar Lovelhe. O INATEL Cerveira Hotel dispõe de quartos modernos e climatizados com vistas para a montanha ou para o rio, apresentam uma decoração contemporânea com varanda ou terraço; buffet de pequeno-almoço é servido diariamente na sala de refeições; piscina exterior; campos de ténis; mesas de bilhar; ténis de mesa; biblioteca; estacionamento privado; entre outros benefícios. Após o chek-in saímos para jantarmos na Vila Nova de Cerveira, vila limitada a nordeste por Valença, a leste por Paredes de Coura, a sueste por Ponte de Lima, a sudoeste por Caminha e a noroeste pela Espanha. A localização central coloca Vila Nova de Cerveira num ponto estratégico com acesso rápido a vários pontos turísticos, como a praia de Moledo, Caminha, Viana do Castelo, Barcelos, e a Tuy e Baiona, na vizinha Galiza. Estacionamos junto ao Parque de Lazer do Castelinho na zona ribeirinha de Vila Nova de Cerveira, onde um extenso jardim promove momentos de descanso e contemplação e a prática de atividades ao ar-livre.
Após uma ligeira refeição e um passeio, com uma temperatura muito amena, pelas ruas históricas da vila, regressamos ao hotel para assim fazermos um descanso retemperador para continuarmos o passeio no dia seguinte.

2º Dia:
Após o pequeno-almoço no INATEL Cerveira Hotel deixamos a Vila Nova de Cerveira, na nossa carrinha conduzida neste dia pelo “musketeyru” pouco experiente e nada profissional Zé Manel.
Mas lá fomos rumo a Valença, cidade raiana limitada a leste por Monção, a sul por Paredes de Coura, a oeste por Vila Nova de Cerveira e a noroeste e norte pela Galiza. É designada por vezes por Valença do Minho. Nasceu aqui o santo São Teotónio, o primeiro santo Português, hoje padroeiro desta Cidade, e que foi um dos principais aliados do então jovem Dom Afonso Henriques na altura em que este proclamou a independência de Portugal.

Percorrer a Fortaleza de Valença, é recordar as memórias de 2000 anos da história de Portugal e Espanha. Uma joia da arquitetura militar abaluartada, com 5 Km de muralha, uma Fortaleza Viva e multicultural. O casario, as construções militares, as igrejas, as vistas para o rio Minho, a antiga ponte metálica e Tui medieval completam-se num quadro singular. Valença, bastião militar da defesa da independência de Portugal é, hoje, um espaço aberto ao mundo e símbolo das relações entre Portugal e Espanha. Ali passamos algum tempo percorrendo as ruas estreitas cheias de história e cheia casas comerciais a venderem produtos turísticos aos muitos visitantes que por ali andavam, principalmente espanhóis.

Mas por mais que nos sentíssemos bem neste local não podemos deixar-nos navegar ao sabor desse prazer pois tínhamos outras visitas planeadas que queríamos no mínimo cumprir.
Assim, com o sentimento da descoberta dirigimo-nos para Monção onde nos esperava uma vila raiana limitada a norte por Salvaterra do Minho (Galiza) e Arbo (Galiza), a leste por Melgaço, a sul por Arcos de Valdevez, a sudoeste por Paredes de Coura e a oeste por Valença. Está localizado a dois quilómetros do município galego de Salvaterra do Minho, ao qual está ligado por uma ponte sobre o rio Minho.
Depois de estacionarmos a carrinha fomos na direção do centro histórico por onde caminhamos pelas ruas estreitas e cheias de história.
Na altura visitamos a Igreja da Misericórdia de Monção construída no séc. XVII. Com elementos maneiristas e barrocos, é um edifício modesto onde o granito se combina com o branco das paredes caiadas. Ao centro da fachada, num nicho por cima do portal, a imagem de Nossa Senhora.
No interior, rebocado e caiado, sobressai a decoração barroca do altar mor, onde se pode admirar um retábulo de talha dourada, e o teto de caixotões de madeira pintada, com cenas da vida da Virgem. De notar ainda o púlpito lateral e o singelo órgão de tubos. Ao centro do arco triunfal da capela-mor podemos ver as armas da Santa Casa da Misericórdia. Ficamos maravilhados com a beleza singela desta igreja. Mas um objeto religioso estava exposto, um terço gigante, que nos deixou com uma certa curiosidade, a qual nos foi satisfeita por duas senhoras que ali se encontravam em trabalhos de decoração.
Esta igreja encontra-se situada na Praça Deu-la-Deu e foi após esta visita que continuamos o nosso passeio com o objetivo de encontrarmos um restaurante para almoçar.
Foi numa ruela simpática que descobrimos o Restaurante Grill Cabral. Um restaurante rústico, com paredes em pedra, tão característico da região minhota, tal como a sua ementa.
Comemos um excelente cordeiro assado no forno com um divinal arroz e sável.
A sobremesa não podia deixar de ser as barrigas de freira, que estavam divinais.
Monção é uma daquelas terras onde se come muito bem e bebe do melhor e o vinho verde alvarinho de Monção/Melgaço que foi servido foi perfeito.
Com a formação do Reino Português, Monção torna-se num importante ponto defensivo, pela proximidade com a fronteira Espanhola, como se pode constatar pelo que ainda resta das Muralhas do seu Castelo, que nós visitamos. De facto, durante toda a Idade Média e em épocas posteriores, Monção foi palco de variadas lutas, curiosamente muitas delas tendo como protagonistas Mulheres, como é o caso de Deu-La-Deu Martins, D. Mariana de Lencastre Condessa de Castelo Melhor e o de Helena Peres.
Após o almoço fomos à descoberta de alguns monumentos que mostram a rica história desta vila, como a Românica Igreja Matriz do século XII. Num dos largos do núcleo medieval ergue-se a singela e vetusta Igreja Matriz, classificada como Monumento Nacional. A fachada do templo é rasgada por um portal românico composto por três arquivoltas, decoradas por elegantes botões florais e motivos geometrizantes, assentes em seis colunelos com capitéis vegetalistas e dourados.
Sobrepujando o portal rasga-se um óculo circular. Lateralmente, eleva-se uma quadrangular torre sineira, com cobertura posterior do século XVIII.
Ao continuarmos a nossa visita deparamo-nos com muitas Casas Senhoriais e Brasonadas que pululam na região.
Chegamos então à magnífica Fortaleza Militar, muralhas medievais de Monção, construídas no tempo de D. Dinis.
Devido à intensificação das guerras à mão armada, construíram-se outras mais extensas que compreendiam quatro portas principais: a da Salvaterra, do Rosal, da Fonte e finalmente a de S. Bento. As atuais muralhas resultam de uma modificação ocorrida no começo do séc. XVIII. Entretanto, estas foram rompidas em três lados para assento da via férrea, para abertura da estrada das Caldas e para a construção da estrada em direção a Melgaço. Estas Muralhas estão consideradas como Monumento Nacional desde 1910.
Muito gratificados pelas visitas feitas na vila de Monção partimos para visitarmos o Palácio da Brejoeira, uma grandiosa construção em estilo neoclássico tendo sido uma das moradias fidalgas no país, situada em Pinheiros, estando classificada como Monumento Nacional desde 1910.
Realizamos uma visita guiada ao interior e jardins do palácio, onde nos foi descrita parte da história deste monumento nacional. Este palácio foi construído no início do século XIX, tendo continuidade até 1834. O seu primeiro proprietário foi Luís Pereira Velho de Moscoso. Porque este senhor não era nobre não lhe era permitido construir um palácio com quatro torres teve que pedir autorização ao rei para o fazer. Cerca do ano de 1901, o palácio passou para a posse de Pedro Maria da Fonseca Araújo, presidente da Associação Comercial do Porto, no qual fez obras de restauro, enriquecendo o imóvel com uma capela palatina e um teatro, revestiu as paredes do átrio e da escadaria com azulejos, arranjou os jardins, o bosque e construiu um lago. Foi já em 1937, que o palácio foi vendido a Francisco de Oliveira Pais. Já no início dos anos de 1960, este proprietário faliu e o palácio foi comprado pelo companheiro de sua filha, Feliciano dos Anjos Pereira, que mandou construir uma adega moderna, tendo então lançado no mercado em 1977, com grande sucesso, o vinho Alvarinho "Palácio da Brejoeira". Atualmente o Palácio pertence a Maria Hermínia Oliveira Paes, juntamente com os herdeiros de seu falecido marido Feliciano Pereira.
Visitamos o seu interior onde nos podemos deslumbrar com os faustosos salões com valiosas pinturas e frescos, azulejos figurativos, pratas, loiças do oriente, mobiliário de madre pérola e pau-preto numa decoração soberba e de bom gosto. A visita também nos levou a apreciar a capela e a sala de teatro.
Sempre com um guia a acompanhar-nos visitamos os jardins rodeados de uma frondosa mata com soberbas magnólias e encantadoras japoneiras. O exterior propicia caminhadas inspiradoras pelos jardins e plantações de Alvarinho.

Após esta maravilhosa visita continuamos o nosso passeio até Paredes de Coura, uma vila situada na verdejante região do interior norte do Alto Minho, limitado a norte por Valença e Monção, a leste por Arcos de Valdevez, a sul por Ponte de Lima e a oeste por Vila Nova de Cerveira, banhada pelo cristalino Rio Coura.
Já há muito tempo que não fazia tantos quilómetros de curvas, e foi o que aconteceu até chegarmos a Paredes de Coura, localidade onde paramos para descansar e também para nos refrescarmos. Esta última intensão não foi muito bem concretizada porque no estabelecimento onde entramos apenas havia água e minis, não existindo qualquer tipo de petisco.

Enfim, um bocado desconsolados partimos na direção de Arcos de Valdevez, mas para chegarmos lá apanhamos um caminho muito sinuoso, com demasiadas curvas e contracurvas, cortadas por entre cabeços e aldeolas. Foi muito cansativo.
Mas finalmente chegamos a vila raiana de Arcos de Valdevez é uma vila raiana limitada a norte por Monção, a nordeste por Melgaço, a leste pela Galiza, a sul por Ponte da Barca, a sudoeste e a oeste por Ponte de Lima e a oeste por Paredes de Coura. Esta lindíssima vila está rodeada de natureza verdejante e banhada pelo bonito Rio Vez e está inserida no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
Já era quase final de tarde, mas ainda conseguimos visitar a Igreja da Lapa que se localiza na freguesia de União das Freguesias de Jolda (Madalena) e Rio Cabrão. Sob a invocação de Nossa Senhora da Lapa, tendo sido concluída em 1767. Exemplar de arquitetura religiosa, em estilos Barroco e Rococó. O templo apresenta planta oval, com a torre sineira por trás da capela-mor. O interior apresenta planta octogonal recoberto por uma cúpula. Mais uma maravilhosa igreja que nos encheu os olhos de prazer.
Situa-se no Largo da Lapa no qual faz conjunto com o relógio de água com vários chafarizes que ornamenta a praça. O relógio de água foi um dos primeiros sistemas de medição do tempo criado pelo Homem. São dois recipientes colocados em níveis diferentes, onde um líquido passa do nível superior para o inferior.
Por de trás da igreja da Lapa encontra-se uma ruela onde existe uma tasca tipicamente portuguesa, a Tasca do Delfim, onde se pode provar o seu vinho e comer o que de melhor se faz no Alto Minho.
Mas não nos podemos demorar muito mais nesta vila pois que tínhamos ainda o propósito de chegarmos para jantar à vila de Ponte de Lima situada a leste por Arcos de Valdevez e Ponte da Barca, a sueste por Vila Verde, a sul por Barcelos, a oeste por Viana do Castelo e Caminha e a noroeste por Vila Nova de Cerveira. É caracterizada pela sua arquitetura medieval e pela área envolvente, banhada pelo Rio Lima. É a vila mais antiga de Portugal. É daqui originário o queijo Limiano.
Devido ao adiantado da hora já não foi possível visitar alguns dos monumentos existentes. Mas porque ainda estava dia deu para fazermos um pequeno passeio pela zona histórica e turística e para tirarmos umas fotografias. Depois escolhermos um restaurante para jantar.
Foi na Taberna Cadeia Velha que caiu a nossa escolha.
Neste espaço moderno esperava-nos um ambiente acolhedor e agradável, aliado à muita simpatia dos colaboradores e rapidez no atendimento.
Optamos, com a ajuda do colaborador que nos atendeu, por umas tapas & petiscos variados para entradas, que nos satisfizeram e surpreenderam, criando-nos boas expectativas para os pratos que escolhemos de seguida.
E não ficamos defraudados pelo “atum marcado e legumes glaciados com molho de soja e mel” e pelas “Postas no Bolo Lêvedo dos Açores”; a apresentação foi fantástica, os sabores eram surpreendentes e a qualidade excelente - boa comida na mesa.
As sobremesas eram de sonho. A vontade de as provar era enorme, mas o apetite já faltava. Apesar disso e por sugestão do colaborador que nos assistiu, fizemos uma “vaquinha” entre nós com 3 sobremesas. O resultado paliativo não podia ter sido melhor: divinal e inesquecível.
Deixo para o fim o néctar servido - um vinho verde tinto “Vinhão” da Adega de Ponte de Lima.
Desfrutamos este vinho com prazer tanto pela sua expressão aromática como pela temperatura a que nos foi servido. Foi dos melhores vinhos, senão o melhor de todos os que nos deram a beber durante esta nossa estadia em terras do Minho. Surpreendente este vinho composto por três castas: Vinhão, – casta predominante, Borraçal e Espadeiro. Apesar deste jantar tardio, tudo foi fantástico: ambiente de classe, serviço impecável, pratos de muito bom gosto e confeção superior, por tudo isto apreciamos e com grande convicção recomendamos.

Saímos do restaurante eram já 22H00 e ainda tínhamos de percorrer mais de 40 km até Vila Nova de Cerveira, o qual fizemos pela autoestrada. Andava perto das 23H30, quando chegamos ao Inatel Cerveira Hotel, acabando assim um longo dia bem passado.

3º Dia:
Após a última noite bem dormida no INATEL Cerveira Hotel e tomarmos o pequeno-almoço fizemos o chek-out e preparamo-nos para deixar Vila Nova de Cerveira.
Neste dia o a nossa carrinha foi conduzida pelo “musketeyru”, competente e sempre disponível Vítor Azenha.

Atravessamos a Ponte da Amizade que liga diretamente Vila Nova de Cerveira a Goián, no concelho galego de Tomiño. Assim podemos dizer que este nosso passeio também passou por Espanha.
Nesta nossa pequena incursão passamos pelo Forte de San Lourenzo, uma fortaleza que fica de fronte à vila portuguesa de Vila Nova de Cerveira e estão separadas pelo Rio Minho. Apeamo-nos junto às margens deste rio no cais de Goián para apreciarmos a paisagem maravilhosa do antigo cais de Vila Nova de Cerveira e a serra da Gávea.
Satisfeitos com o que vimos e depois de tirar umas fotografias regressamos ao nosso Portugal, novamente pela Ponte da Amizade.
Saímos de Vila Nova de Cerveira pela autoestrada a caminho de Braga, cidade com uma história bi-milenar que se iniciou na Roma Antiga, quando foi fundada em 16 a.C. como Bracara Augusta em homenagem ao imperador romano Augusto (r. 27 a.C.–14 d.C.)
Chegados à cidade e depois de estacionarmos fomos passear pela zona histórica.
Passamos pela Praça do Município onde se encontra o Edifício da Câmara Municipal de Braga.
Chegou a hora do almoço. Optamos pelo restaurante Frigideiras do Cantinho, que tem o piso todo de vidro e permite observar ruínas de uma antiga habitação romana.
“Casa fundada em finais do séc. XVIII, no ano de1796, é o estabelecimento comercial, no género, mais antigo cidade. Criado para a confeção e comercialização das afamadas “FRIGIDEIRAS”, este peculiar estabelecimento mantém, na atualidade e segundo as antiquíssimas normas do séc. XVII, a original receita desta secular especialidade, a qual constitui o segredo da sua reputação em todo o país. Esta casa confeciona as autênticas, verdadeiras e genuínas "FRIGIDEIRAS". Já o célebre escritor Júlio Dinis fez referência a este delicioso pastel de carne no seu “Os serões da Província”. Ao longo dos séculos, este estabelecimento sofreu várias remodelações, destacando-se a ocorrida no ano de 1953, com a reconstrução total do edifício. A última, que aconteceu 1997, permitiu a descoberta de importantes achados arqueológicos da época romana - séc. II e III, que formavam uma parte da Bracara Augusta, que podem, hoje, ser vistos e admirados no interior das Frigideiras do Cantinho. Esta casa, ex-libris da cidade de Braga, é motivo de regozijo para os Bracarenses e para todos os visitantes. Pela sua notoriedade, as Frigideiras do Cantinho foram premiadas com o prémio “Os Galardões da Nossa Terra”, no ano de 1999.”

Ao escolhermos os pratos para o nosso almoço pedimos para experimentar entre todos nós uma Frigideira simples - não apreciamos esta especialidade.
Decidimos por “Língua estufada” e “Bacalhau Escondido”, estes pratos estavam apetitosos.
A seguir ao almoço ainda tivemos a tarde para visitar alguns monumentos.
Estávamos no Largo São João Souto, uma praça triangular no centro histórico rodeada por edifícios típicos e o centro é ocupado por uma fonte ornamental moderna. Nesta praça estão dois importantes edifícios, declarados monumento nacional: A Igreja São João do Souto, a Capela e Casa dos Coimbras e o monumento a Francisco Sánchez.
Visitamos a Igreja de S. João Souto, construída no final do século XVIII. A atual igreja está ligada à Capela dos Coimbras. O orago da igreja é S. João Baptista e foi aqui que nasceram aquelas que são hoje as grandiosas Festas do S. João de Braga.

O Largo Carlos Amarante está localizado no centro da cidade. Neste largo podemos encontrar a Fonte Seiscentista,assente sobre uma plataforma com três degraus. Para além do tanque, destaque para um alto obelisco constituído por quatro registos um dos quais com quatro peixes de cuja boca jorra água. Originalmente, estava localizado no Campo da Vinha, sendo transferido para este local no início do século XX.”
Neste largo visitamos a Igreja de Santa Cruz foi “construída no século XVII, em estilo barroco maneirista, e possui no seu interior talha dourada invulgar. A nave, muito alta, é formada por uma abóbada de pedra esquartelada. É de notar a talha dourada do órgão e dos púlpitos. O exterior é todo em pedra trabalhada com simetria central.”
A Igreja de São Marcos fica também neste largo, mas não nos foi possível fazer uma visita pois estava fechada. Apesar disso não podemos deixar de referi-la, pois, a sua fachada é lindíssima. “O edifício do Hospital e da Igreja de São Marcos datam do séc. XVIII. Em estilo barroco, a verticalidade da Igreja, com as suas duas torres, contrasta com a horizontalidade das dependências hospitalares que se desenvolvem simetricamente, criando um conjunto harmonioso. Na sua decoração exterior destacam-se as estátuas dos apóstolos em tamanho natural que marcam o ritmo da balaustrada superior. A meio da fachada da Igreja, num nicho, podemos ver a imagem de São Marcos. O hospital destinava-se a assistir os pobres, peregrinos e viajantes que pernoitavam na cidade de Braga. D. Diogo de Sousa está sepultado na capela-mor da Igreja, num túmulo de jaspe branco trabalhado em mosaico.”

Não poderíamos deixar Braga sem visitar a sua , concretamente a Catedral, o Tesouro e o Museu. Esta é a catedral mais antiga do país, ainda Portugal não era país e já havia uma Sé de Braga. Localiza-se no centro histórico tendo a cidade nascido e crescido em seu redor.
A Sé foi projetada no final do séc. XI pelo Bispo D. Pedro e as suas fundações assentam em cima de um antigo mercado ou templo romano dedicado a Ísis.
A sua construção aconteceu ao longo dos anos e em diferentes períodos, por isso a Sé de Braga ergue-se numa mistura de estilos arquitetónicos que vai desde o românico, ao gótico e ao barroco. Um dos grandes pontos de interesse da Sé são os túmulos dos pais de D. Afonso Henriques, o primeiro Rei de Portugal, situados na capela dos Reis, D. Henrique de Borgonha e D. Teresa de Leão.
Após o final desta visita chegou a hora da nossa saída de Braga e o regresso à nossa terra, que aconteceu através da autoestrada.
Já na Figueira da Foz e após 800 quilómetros de viagem, acabámos em confraternização no JET 7,5.

E em modo de rescaldo tirámos conclusões destes 3 dias bem passados.
O Minho com certeza ficará marcado como uma das viagens maravilhosas que fizemos juntos!
O passeio foi extremamente agradável.
Ficou a vontade e saudade para um próximo passeio.


Nota: alguns apontamentos ligados aos monumentos e à nossa história foram retirados da net.