quinta-feira, 27 de março de 2014

VAMOS AOS FADOS A LISBOA

21 de Setembro de 2013

Às 08H30, partimos do Largo da Igreja de Tavarede, para Lisboa onde chegámos pelas, 11H30 à Praça do Comércio, o Terreiro do Paço. Demos uma volta por esta praça, visitamos sempre em andamento de passeio a baixa Pombalina.
O almoço foi livre. Nós e um pequeno grupo almoçámos no Restaurante o Churrasco, nas Portas de Santo Antão, o qual já visitei inúmeras vezes e recomendei aos meus companheiros de viagem. A especialidade da casa: Costeleta de Novilho e Frango no Churrasco. Conheço este restaurante há já alguns anos e quando vou a Lisboa vou lá regularmente. A qualidade do seu serviço, aliado aos excelentes pratos da cozinha Portuguesa, assados no carvão pelo senhor João, um mestre, a higiene e o nível profissional dos seus funcionários que são muito simpáticos.

Foi na “Ginjinha Sem Rival”, fundada mais tarde, entre 1890-1892, que bem almoçados e animados, saboreámos a famosa Ginjinha.
Nesta casa, para além da ginjinha, do antigo capilé ou do refresco de groselha servem também o famoso licor "Eduardino", um segredo da casa que tem este nome em homenagem a palhaço do vizinho Coliseu, é na Rua das Portas de Santo Antão, 7, pessoalmente a melhor ginjinha.

Chegou então a hora combinada para no Rossio apanharmos o autocarro, cerca das 15H00, para em seguida fazermos a visita ao Palácio Nacional da Ajuda ou Paço de Nossa Senhora da Ajuda é um monumento nacional situado na freguesia da Ajuda. Em 1726, D. João V (1689-1750) adquire três quintas na zona de Belém. A utilização da quinta da Ajuda como Paço Real deu-se no rescaldo do Terramoto de Lisboa a 1 de Novembro de 1755 já no reinado do Rei D. José. O terramoto destruiu praticamente toda a cidade de Lisboa, incluindo a residência do Rei, o velho Palácio da Ribeira, cujo complexo abraçava Terreiro do Paço, junto ao Rio Tejo. Este palácio neoclássico da primeira metade do séc. XIX, da autoria de Francisco Xavier Fabri e José da Costa Silva, foi residência oficial da família real portuguesa, desde o reinado de D. Luís I (1861-1889) até 1910, ano em que foi encerrado após a proclamação da república. Aberto ao público como museu em 1968, é especialmente expressivo como residência real da época, revelando ambientes oitocentistas e importantes coleções de artes decorativas dos séculos XVIII e XIX: dos têxteis ao mobiliário passando pela ourivesaria, e cerâmica, bem como de pintura, escultura e fotografia. A Presidência da República realiza aqui algumas das mais importantes cerimónias de Estado.

Ficámos todos maravilhados com a beleza e riqueza que este palácio encerra.




Pelas 17H00, fizemos a visita ao Museu Nacional de Arte Antiga, também conhecido por Museu das Janelas Verdes, é o mais importante museu de arte dos séc. XII a XIX em Portugal. Inclui coleções de pintura, escultura, desenho e artes decorativas, maioritariamente europeias, e também orientais representativas das relações que se estabeleceram entre a Europa e o Oriente na sequência das viagens dos descobrimentos iniciadas no século XV, de que Portugal foi nação pioneira. O museu encontra-se localizado num palácio dos finais do séc. XVII, mandado construir por D. Francisco de Távora, primeiro conde de Alvor, e confinando a poente com o Convento de Santo Alberto, primeiro mosteiro de freiras carmelitas descalças em Lisboa, cujo patrono era Santo Alberto, razão pela qual era também conhecido por Convento das Albertas.
O Palácio passou a ser conhecido como Palácio de Alvor-Pombal pois, em 1759, após o Processo dos Távoras, o edifício foi adquirido num leilão por Paulo de Carvalho e Mendonça, irmão de Marquês de Pombal que, por morte do primeiro, passou a ser proprietário do palácio tendo este ficado na posse da sua família por mais um século. Em 1879 o palácio foi alugado, e posteriormente adquirido, pelo estado para nele instalar o Museu Nacional de Bellas Artes e Arqueologia, inaugurado oficialmente em 11 de Maio de 1884. Em 1890, aquando da morte da última freira, o estado toma posse do Convento de Santo Alberto, entregando em 1891 a sua tutela ao museu pois já na altura era reconhecida a necessidade de aumentar o espaço físico do museu. Derrubado o Convento, no seu lugar foi construído o edifício poente, também conhecido como "anexo", inaugurado em 1940 com a exposição "Primitivos Portugueses".

Após esta visita também muito apreciada, tirei umas fotografias no exterior, não me esquecendo de ir ver o Chafariz das Janelas Verdes encontra-se situado no Largo Dr. José de Figueiredo, na freguesia dos Prazeres em Lisboa e fazia parte do conjunto de chafarizes ligados ao Aqueduto das Águas Livres. Foi edificado no ano de 1755 baseado no projeto do arquiteto Reinaldo Manuel dos Santos, tendo sido utilizado na sua construção mármore rosa e branco. Este chafariz de arquitetura barroca, apresenta diversas estátuas, esculpidas por António Machado. A bacia e a escadaria envolvente, apresentam uma planta circular. No meio da bacia, ergue-se uma urna de quatro faces que serve de suporte a uma estátua de Vénus e Adónis com um golfinho. Foi classificado pelo IPPAR, como Imóvel de Interesse Público em 10 de Agosto de 1998 pela portaria n.º 512/98 do Diário da República (I Série-B), n.º 183.
Fiquei dececionado com o estado de degradação em que se encontra este monumento, ligado ao Aqueduto das Águas Livres.
Como as nossas visitas demoraram menos do que o previsto, o autocarro deixou-nos junto ao Museu do Fado, em Alfama, onde também se encontra o restaurante onde vamos jantar e fomos dar uma volta e conhecer algumas ruas e vielas. Por ali também andavam muitas pessoas que vieram para assistir aos espetáculos de fado que durante este fim-de-semana (sexta-feira e sábado), ali se realizavam.
Pelas 20H00, entrámos para jantar com Fados no Restaurante Típico Taverna d`El Rey, está carregado de história e simbolismo.
O espaço foi há 50 anos uma tasca de venda de carvão e vinho, é hoje propriedade da fadista Maria Jô Jô, há mais de 30 anos. Maria Jô-Jô remodelou-a, decorando o teto com madeira a fazer lembrar as caravelas de antigamente e calcetando o pavimento com calçada portuguesa, com desenhos de grandes claves, que nos transportam imediatamente aos acordes do fado que aqui podemos ouvir.
É uma casa típica de fados, situada bem no coração de Lisboa, no bairro mais antigo - Alfama, um dos mais característicos bairros de Lisboa, oferece-lhe, um ambiente castiço da velha cidade, o fado, e as melhores especialidades da cozinha regional portuguesa. Por aqui passaram alguns dos maiores nomes do fado da época - anos 60 e que ainda hoje não deixa de ter um bom elenco privativo, com um acompanhamento gastronómico de qualidade e eficiência. Todas as noites das 18h às 3h da madrugada, num castiço espetáculo de Fado. O espetáculo de Fado é composto por Guitarra e Voz. Exemplos de fadistas: Maria Jô Jô, Lúcio Bamond, Cátia Garcia, Álvaro Alexandre, Tonia José, Carlos Maia, Cláudia Botas e Eduardo Tereso.


24H00 – Partida para Tavarede onde chegaremos cerca das 02H00.

Sem comentários:

Enviar um comentário