terça-feira, 7 de setembro de 2010

VERÃO EM LISBOA

1º Dia - A partida de Tavarede e chegada a Lisboa
Hoje o dia começou para mim e para minha mulher mais cedo – 5 horas da madrugada. Fizemos os últimos preparativos para a nossa visita a Lisboa, até cerca das 6,30 horas, altura em que chamo um táxi para nos levar ao terminal de autocarros na Figueira da Foz donde o Expresso nos levou até à capital. Pontualmente saímos às 7 horas. A chegada a Lisboa também é feita como sempre dentro da hora prevista, 9,45 horas. Para trás deixamos na nossa casa, o nosso companheiro e amigo já devidamente tratado, o cão Joni.
No terminal de autocarros de Sete Rios apanhámos um táxi que nos levou até aos Restauradores. Depois foi um saltinho até à Rua das Portas de Santo Antão, em frente ao Coliseu dos Recreios e ao lado do Teatro Politeama, onde fica a Residencial Florescente, local utilizado para as nossas estadias em Lisboa (e já lá vão uns bons anos). É uma Residencial agradável e com quartos de boas dimensões, decorados com bom gosto, limpos, ar condicionado, muito silenciosos e com casas de banho muito boas e limpas.

Ao pequeno-almoço apesar de simples podemos, para além de um bom ambiente, saborear pão, compotas, frutas em calda, cereais, carnes frias, queijo, manteiga, cujo acompanhamento pode ser com café, leite ou sumos.
A localização é excelente, mesmo no coração da cidade, a Baixa Pombalina, uma área de grande interesse turístico de Lisboa.
Qualquer um dos funcionários é educado, atencioso e sempre pronto para dar qualquer informação necessária; em especial, o sr. António e o sr. Carlos que formam uma equipa muito simpática.

Após fazermos a nossa apresentação, deixámos a mala numa arrecadação da residencial, visto que o nosso quarto ainda não estava disponível. E como o tempo tem de ser aproveitado lá fomos fazer o nosso reconhecimento pela cidade.

Como um dos objectivos que tinha era adquirir algum material para as minhas colecções de moedas e de selos, dirigimo-nos para o edifício da Polux, onde alguns desses artigos esperava adquirir.
Entretanto estava-se a aproximar a hora do almoço e a nossa escolha recaiu no Restaurante “A Lota”, já nosso conhecido de outras visitas anteriores.
Após o almoço fomos tomar conta do quarto na residencial.
Em seguida o nosso objectivo foi a Baixa Pombalina. E se Lisboa é toda linda, o ambiente na baixa é espectacular. Fervilha constantemente com gente. São milhares de pessoas que desfrutam de toda aquela zona da Rua Augusta num grandioso convívio intercultural e internacional. É raro ouvir-se a língua de Camões. Aquela zona pedonal e comercial vive num ritmo absorvente de culturas e da vida lisboeta. É emocionante este estar e este saber estar…
Nós gostamos deste ambiente!

A Baixa é o centro de Lisboa que se localiza sobre as ruínas provocadas pelo terramoto de 1755. Trata-se de uma zona que após a sua reconstrução apresenta uma forma muito quadriculada e linear.
Esta zona da baixa é também a zona comercial e de ócio por excelência, com os seus teatros, restaurantes e monumentos. Em suma é uma área onde se encontram numerosas coisas para ver, apreciar e fazer.
O Terreiro do Paço / Praça do Comércio foi a nossa próxima prioridade visto não termos ainda estado neste espaço após terem acabado as suas obras de requalificação. O objectivo desta intervenção penso que foi atingido, sendo ele a preservação do valor simbólico, histórico e monumental, desta que é uma das maiores praças da Europa e em simultâneo a “porta de entrada” espectacular da cidade de Lisboa. Na Praça do Comércio procurou-se manter e valorizar os principais elementos arquitectónicos que caracterizam a praça e contribuem para a tornar única a nível nacional, e uma das mais excepcionais a nível internacional: a grande dimensão do espaço (cerca de 35.500 m2), aspecto que lhe confere o seu carácter monumental e que a coloca entre as maiores praças da Europa; a sua unidade arquitectónica; a sua caracterização enquanto Praça de Poder, reconhecível não apenas nas suas dimensões, mas também por via dos seus elementos escultóricos e para-arquitectónicos (Cais das Colunas); o eixo monumental reconhecível no alinhamento Arco da Rua Augusta – Estátua Equestre de Dom José – Cais das Colunas; a simetria entre as fachadas Nascente e Poente e a assimetria resultante da oposição entre a fachada do Arco da Rua Augusta e a ausência de fachada a Sul aberta ao Tejo. As fachadas nascente e poente são balizadas pelos dois torreões; a centralidade simbólica da estátua real; as arcadas; a relação de proximidade com o rio e o carácter monumental da entrada na Praça, a partir do rio, através do Cais das Colunas.

Tivemos então conhecimento de que pelas ruas em diversos locais e em determinadas horas estava a acontecer um evento o “LISBOA MÁGICA – Street Magic World Festival”. A partir de então este também foi um dos nossos interesses.
A tarde foi-se passando e chegou a hora do jantar. Na Rua das Portas de Santo Antão podemos encontrar muitos restaurantes e o que escolhemos, por ser também já nosso conhecido foi o Restaurante “O Churrasco”, especializado em grelhados, com um toque da cozinha argentina. Fica situado muito próximo do Teatro Politeama, apresentando uma decoração simples e um serviço atento. Recomendo este restaurante a todos aqueles que quiserem apreciar um bom grelhado.

Depois do jantar caminhámos pelas ruas da baixa até ao Cais das Colunas. Ali ficámos juntamente com centenas de pessoas que por ali também saboreavam aquela noite de verão amena, amena, amena…
A grande dificuldade era conseguir ouvir falar português!

2º Dia - Roteiro dos Centros Comerciais
O pequeno-almoço por volta das 10 horas, juntamente com muitos outros hóspedes (mais um local onde não se ouvia falar português), deu início a mais um dia para visitar Lisboa.
Hoje o dia foi destinado para dar uma volta pelos Centros Comerciais. Tirámos passes do Metro para um dia e lá fomos por baixo do chão, iniciando o nosso passeio para o “Colombo”. O nosso almoço foi neste espaço no Restaurante “O Páteo do Colombo”. O serviço e o atendimento é do melhor.
Em seguida rumámos até ao “Vasco da Gama”, onde nos deliciámos ao lanche, com uns crepes na “Maison des Crepês” e uns refrescos que a tarde estava quente.
Não podíamos passar sem percorrer o Parque das Nações e de nos sentarmos nos seus jardins frescos, desfrutar aquele rio Tejo e todo aquele ambiente deste grande ex-libris de Lisboa.

A tarde já estava a declinar e mais uma vez usámos o Metro para nos levar novamente até à Baixa de Lisboa, onde o jantar nos esperava desta vez no Restaurante “Cervejaria dos Restauradores”.

A nossa noite foi passada deambulando pelo Chiado, um dos locais onde decorria o Festival Lisboa Mágica. Já que estávamos tão perto o nosso passeio nocturno continuou até ao Bairro Alto. Este é um dos bairros mais típicos e pitorescos de Lisboa, com ruas estreitas e íngremes, ladeadas por edifícios antigos. É uma das zonas mais procuradas na noite lisboeta por várias gerações que aqui encontram os bares e tasquinhas, tal como as típicas casas de fado. As ruas escuras, estreitas, estavam com gente que conversava, bebia e ria. Os bares estavam cheios mas a concentração fazia-se, principalmente, no meio da rua, agora sem circulação automóvel. Apesar da fama não nos sentimos inseguros. Ali mais a baixo no Largo Camões, a polícia estava presente em grande número, interventiva e muito atenta. Sentia-se bastante a sua presença.

Assim a noite foi passada e só nos estava a faltar um bom descanso.
3º Dia - Arredores de Lisboa

A manhã começou com um simples mas retemperador pequeno-almoço, fornecido pela residencial onde estamos hospedados.
Mas Lisboa esperava-nos lá fora. E Lisboa é uma cidade muito interessante para visitar percorrendo e desfrutando as suas ruas, os seus edifícios emblemáticos, a sua baixa histórica, sendo uma autêntica maravilha utilizar o eléctrico. Podemos chegar aos lugares mais emblemáticos de Lisboa de autocarro ou de eléctrico, como, a Catedral, Belém, o Tejo, a Praça do Comércio, o Mosteiro dos Jerónimos e as Praças.

Pois foi o famoso eléctrico 15, que faz o trajecto entre a Praça da Figueira e Algés que hoje utilizámos. Apanhámo-lo na Praça da Figueira. Foi óptimo calcorrear as ruas neste eléctrico passando pela Praça do Comércio, Cais do Sodré, Alcântara até Belém: jardins de Belém, o Largo da Princesa, os Jerónimos e o CCB.
Lá chegámos a Belém!
Ainda tínhamos algum tempo para visitar algo antes do almoço.
Atravessámos parte dos Jardins de Belém na direcção da ponte aérea onde nos encaminhámos para o Museu da Electricidade.

No cimo da passagem aérea vislumbramos as fundações, fantásticas, daquilo que será o novo Museu dos Coches, edifício, que ocupará 15.177 metros quadrados. O novo edifício - de linhas direitas, envidraçado do lado poente (virado para a Praça D. Afonso de Albuquerque) - disporá de uma área de apoio à manutenção dos coches, restaurantes e apoio ao visitante.
Chegámos ao Museu da Electricidade para visitar as suas exposições.
Depois destas visitas dirigimo-nos para o CCB, mas no caminho passámos pelo recinto, junto ao rio, onde se estava a disputar o Campeonato Europeu de Futebol de Praia onde Portugal conquistou o título europeu ao derrotar a equipa da Itália, por 3-2.

Chegámos ao CCB e o almoço foi a nossa prioridade no restaurante “Quadrante”. Em seguida e depois de aproveitarmos a pausa do almoço para descansar continuámos a nossa visita. O Museu José Berardo esperava-nos. Quando acabámos de o visitar, apreciar e fotografar as exposições que lá encontrámos, fizemos a viagem de regresso até ao Terreiro do Paço.

Neste espaço rejuvenescido de Lisboa esperava-nos mais duas exposições:
- Corpo - Estado, Medicina e Sociedade no tempo da I República.
- Viajar - Viajantes e turistas à descoberta de Portugal no tempo da I República.

Concretizámos a visita a estas exposições.
A tarde estava maravilhosa. A actual temperatura estava amena. O calor já estava mais suave. A Rua Augusta a esta hora já estava sem sol e apetecia por ali andar a passear, e de certo modo conviver com as centenas de pessoas que por ali andavam, penso que quase todas turistas. Continuava a ser difícil ouvir falar em português.

Mas tínhamos acabado de transpor o Arco da Rua Augusta e eis que à nossa direita aí está o MUDE – Museu do Design e da Moda, onde entrámos também para uma visita. Após concluída a visita, tinha chegado a hora para o jantar e retemperar um pouco o corpo. Mais uma vez optámos por comer no Restaurante “O Churrasco”. Acabado o repasto não deixámos de aproveitar a última noite desta estadia em Lisboa. Mais uma vez fomos até ao Terreiro do Paço, sentámo-nos junto ao Cais das Colunas para descansar, apreciar aquele rio Tejo, o Cristo Rei, a Ponte 25 de Abril e tudo o mais que na noite se poderia apreciar.
Eram muitas as pessoas que por ali passeavam e outras que por ali descansavam. E tão pouco português por ali se ouvia. Tão bem que ali nos sentíamos: observando, ouvindo, conversando tanta coisa que em casa durante o resto do ano por vezes não temos oportunidade e tempo para o fazer.

A temperatura, essa, convidava a continuar por ali.
A noite já ia avançada quando sem muita vontade decidimos ir descansar.

4º Dia - A partida de Lisboa e a chegada a Tavarede

Iniciámos a manhã como todos dias temos feito: um duche refrescante seguido de um aconchegante pequeno-almoço.

Lisboa é uma cidade ideal para o ócio, a sua economia gira em torno de entre outras coisas e sectores, o turismo. Mas o turismo de Lisboa não é só visitar uma das cidades culturais mais importantes do mundo, é visitar também uma cidade que respira teatros, museus, cinemas, exposições, salas de espectáculos… É por isso que nós gostamos de visitar de vez em quando Lisboa.

Sem pressas revisitámos a Baixa Pombalina, absorvemos os cheiros, as gentes, as línguas, para que mais tarde quando regressarmos à nossa casa, podermos levar todas essas emoções e sensações na lembrança. Chega a nossa hora do almoço que desta vez foi no restaurante “Sol Dourado”, que fica ali também nas Portas de Santo Antão.
Agora o tempo só nos permitia descansar um pouco, o que fizemos na sala de visitas da residencial, até à hora em que um táxi nos levou até ao terminal de autocarros em Sete Rios. Lá chegou o nosso Expresso que nos levou até à Figueira da Foz.

Até à próxima LISBOA!

2 comentários:

  1. Olá primo!!

    Pois é verdade, em Lisboa respira-se cultura... E pode-se tão bem constatar isso pelo simples facto de também ter estado em Lisboa este ano (como aliás faço desde há uns anitos) e a única coisa que eventualmente visitámos em comum (não sei se terás visitado, pois não o dizes explicitamente) foi a exposição "Carros dos Presidentes - O Motor da República", no exterior do Museu da Electricidade.
    Este ano optei por uma ida ao teatro para ver "Fado-História de um Povo", do La Feria, e pelo meu já habitual roteiro dos museus, dos quais escolhi o Museu Gulbenkian, a Casa-Museu Amália Rodrigues, o Museu da Presidência da República, o Museu dos Coches e as exposições "Viva a República", na Cordoaria Nacional, e, como já disse, a dos "Carros dos Presidentes".

    Já agora, o que achaste do Museu Berardo?

    Lisboa é realmente um destino de férias fenomenal!

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  2. Olá rica prima
    Lisboa surpreende em cada bairro, em cada rua, em cada travessa, em cada beco, em cada pátio, em cada…
    Não falta a quem regresse todos os anos, algo para ser descoberto. Há sempre coisas novas. Nem que seja apenas para contemplar a silhueta da capital a qualquer hora do dia e em qualquer miradouro.
    Lisboa é linda. A começar pela ponte, passando por toda a zona ribeirinha. As igrejas. Os monumentos.
    Quanto às visitas fiz várias. Fui também ao Museu da Electricidade. Acabei de colocar no blogue algo sobre esta visita.
    Quanto ao Museu Berardo, já não é a primeira vez que lá vou. Aliás, sempre que vou a Lisboa procuro sempre ter tempo para lá fazer uma visita. Tem sempre exposições temporárias para além da exposição permanente. Mais sobre este Museu vou publicar amanhã sobre o mesmo. Mas é imperdível uma visita sempre que possível.
    Lisboa é incrível, é sempre uma surpresa! Lisboa é linda!
    Zé Manel

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