segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O "Monstro" do Primeiro Ministro

Passos Coelho comparou a um "monstro" a despesa do Estado e disse que o Governo quer mostrar que é capaz de atacar esse monstro e diminuir o seu peso.
Afirma que é preciso cortar na despesa, já em 2012, para diminuir o défice e criar condições para a reforma estrutural do país, para que o investimento retorne.
Passos Coelho diz que faz o trabalho que lhe cabe, que é o de não mascarar a realidade, tomar medidas necessárias e estar junto de todos (?) a dizer que vamos ultrapassá-las juntos (?).
Pedro Passos Coelho ao dizer que queria atacar o "monstro" da despesa pública disse que não estava a responder ao Presidente da República.
Então estava a responder a quem?

Francisco Louçã, comentou que quando o primeiro-ministro disse que queria atacar o monstro, era apenas o de ir ao bolso das pessoas e sobretudo à dignidade das pessoas; que o monstro não é a fortuna que em rios de dinheiro se perde porque alguns têm tanto dinheiro que não pagam; que o monstro são os salários dos professores; que o monstro são os salários que pagam a dedicação dos trabalhadores da saúde. Diz o governo que isto se trata de despesas do estado.
Louçã ainda disse que não havia nenhum monstro no serviço público, havia sim era um monstro na ineficácia, na demagogia e na facilidade. O serviço público são a educação, o sistema de saúde e a segurança social que constituem recursos de todos para servir para todos.


Já que os nossos políticos gostam tanto de dar exemplos do estrangeiro, mas apenas do que lhes convém, vou agora transcrever uma notícia de um país distante mas é um grande exemplo para que cá se fizesse o mesmo:

“Prevaricadores castigados na Islândia
Suspeitos de afundarem finanças islandesas começam a ser detidos dois ex-diretores do banco islandês Kaupthing, nacionalizado de urgência em 2008, foram presos esta quinta-feira. Mas a lista de possíveis detidos envolve mais de 125 personalidades, segundo a imprensa.
Os diretores de bancos islandeses que arrastaram o país para a bancarrota em finais de 2009 foram presos por ordem das autoridades, sob a acusação de conduta bancária criminosa e cumplicidade na bancarrota da Islândia. Os dois arriscam-se a uma pena de pelo menos oito anos de cadeia, bem como à confiscação de todos os bens a favor do Estado e ao pagamento de grandes indemnizações.


A imprensa islandesa avança que estas são as primeiras de uma longa lista de detenções de responsáveis pela ruína do país, na sequência do colapso bancário e financeiro da Islândia. Na lista de possíveis detenções nos próximos dias e semanas estão mais de 125 personalidades da antiga elite política, bancária e financeira, com destaque para o ex-ministro da Banca, o ex-ministro das Finanças, dois antigos primeiros-ministros e o ex-governador do banco central.
A hipótese de cadeia e confiscação de bens paira também sobre uma dezena de antigos deputados, cerca de 40 gestores e administradores bancários, o antigo diretor da Banca, os responsáveis pela direção-geral de Crédito e vários gestores de empresas que facilitaram a fuga de fortunas para o estrangeiro nos dias que antecederam a declaração da bancarrota.
Em Outubro de 2008, o sistema bancário islandês, cujos ativos representavam o equivalente a dez vezes o Produto Interno Bruto do país, implodiu, provocando a desvalorização acentuada da moeda e uma crise económica inédita.”

E nós por cá!?!?!?
Cá em Portugal, ficam com uma pensão vitalícia!!!!!!!!!!!!!
Cá o Zé Povinho, paga as dívidas que eles fazem!!!!!!!!!!!!


Cá são mais de quatrocentos os antigos políticos agora gestores de grandes empresas que recebem pensões vitalícias pelo seu desempenho de funções no Estado. Em 2005, o Governo de José Sócrates revogou esta lei, mas sem efeitos retroativos a 2009. Para ter direito às subvenções vitalícias bastavam 8 ou 12 anos de funções políticas. Por isso, as subvenções são ainda um peso para o Estado. No ano passado custaram quase nove milhões de euros.
Agora, o ministro das Finanças, depois de este problema vir a público, admite (não é certo) cortar 14 por cento deste rendimento mensal.
A proposta do Orçamento do Estado previa cortes no 13º e 14º mês das pensões, o que excluía as subvenções dos ex-políticos porque recebem apenas 12 meses. Uma polémica que obrigou o ministro das finanças a repensar e a alargar os cortes.


No rol de políticos que usufruem de pensões vitalícias estão não só deputados, mas também os chamados "dinossauros autárquicos". Quando as subvenções acabaram, havia mais de 117 presidentes de câmara com direito a esta subvenção, sendo que muitos ainda não a pediram.
Ainda há pouco tempo, o deputado e dirigente do PS José Lello viu ser-lhe atribuída uma pensão na ordem dos 2 234 euros por mês.
A curva crescente dos beneficiários deste regime é comprovada pelos números: em 2002 eram 315 e agora rondam os 400 (397, em 2010).
A lista de pensões vitalícias inclui personalidades como o presidente do PS, Almeida Santos, e os ex-presidentes do PSD Manuela Ferreira Leite e Pedro Santana Lopes. Carlos melancia, ex-ministro e ex-governador de Macau estreou-se na vida política em 1978, por isso, hoje recebe a subvenção mais alta: 9150 euros; Duarte Lima, antigo líder parlamentar do PSD, recebe mensalmente 2200 euros, atualmente exerce advocacia e é suspeito de ter assassinado Rosalina Ribeiro; Armando Vara, um dos arguidos do processo Face Oculta, recebe 2000 euros de subvenção vitalícia pelas funções que desempenhou de deputado e ministro da Juventude; Dias Loureiro, ex-gestor da SLN, pertencente ao BPN, têm direito a 1700 euros.
O ex-ministro das Finanças Eduardo Catroga recebe da CGA 9693 euros mensais por ter sido professor universitário, mais do que as também generosas subvenções do ex-ministro da Saúde de José Sócrates, Correia de Campos (5524 euros), e de Luís Filipe Pereira (5 663 euros), que comandou a pasta da Saúde nos executivos de Durão Barroso e Santana Lopes. Também do Governo Santana foi Daniel Sanches que se reformou da Procuradoria-Geral da República com uma pensão mensal de 7316 euros.
Os candidatos presidenciais Cavaco Silva e Manuel Alegre também constam da lista, embora o atual Presidente tenha abdicado de receber a subvenção enquanto ocupa o cargo máximo da Nação. Mas, segundo alguns textos que se podem encontrar na net, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, recebe atualmente três pensões pagas pelo Estado: 4.152,00 - Banco de Portugal + 2.328,00 - Universidade Nova de Lisboa + 2.876,00 - Por ter sido primeiro-ministro, num total de 9.356,00. Podendo acumulá-las com o vencimento de Presidente da República.
Será que tenha abdicado??????


O último relatório da CGA mostra que Estado gastou mais 3,5 milhões de euros com 383 deputados do que com os 22 311 pensionistas que ganham até 217 euros. Os gastos com este "privilégio" têm aumentado todos os anos. Em 2011, regista-se o valor mais elevado de sempre com este tipo de reformas: 9,1 milhões de euros.
Enquanto um funcionário público trabalha em média 30 anos para ter acesso à reforma, os políticos que até 2005 estiveram oito ou doze anos no cargo ganharam direito a uma pensão para toda a vida. São precisamente essas subvenções vitalícias que vão custar quase 80 milhões de euros numa década, contando já com o valor recorde de 9,1 milhões de euros que sairão este ano dos cofres do Estado. Apesar de este regime ter sido revogado há seis anos, o número não para de aumentar e relativamente a 2010 os gastos com este tipo de pensões vai subir 4,2%.
Na última década, a despesa subiu todos anos, gastando-se já mais 33% com pensões vitalícias do que há dez anos. A tendência é para que o número continue a disparar, pois os políticos que em 2005 já tinham conquistado o direito de beneficiar de tal regime (ou seja, já exerciam funções há doze anos ou mais) podem ainda solicitar este "privilégio".


E por último termino com duas perguntas:
- Porque será que os jornais e comunicação social não abordaram estes casos, mas trataram outros muito conhecidos elevando-os quase à categoria de escândalos?
- Não será por estes escândalos e outros que se adivinha no futuro a falência da Segurança Social???

Nota: Fotos retirados da net; texto elaborado com recurso a recortes de jornais e também da net.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

OE e a minha indignação

Em 2012 serei um professor com uma carreira de cerca de 40 anos, julgando estar na situação de aposentado. Neste momento ainda no ativo, como professor do ensino básico, tal como os demais "funcionários públicos", senti e cada dia que passo ainda mais sinto, a forma brutal como foram anunciadas as medidas sobre os cortes dos subsídios de Natal e de férias.
Pelo que foi anunciado e que consta no OE 2012, a redução salarial vai ser de 25%, mais a inflação esperada (?) os rendimentos vão ter uma quebra de cerca de 30%.
Uma pergunta me assalta de imediato o espírito: numa de repartição de sacrifícios por todos os portugueses, que responsabilidades temos nós os funcionários públicos, principalmente só nós, pelo défice orçamental?

_____________________________


Vitor Gaspar disse em entrevista à RTP1 que o corte (roubo) nos subsídios de Natal e férias será temporária, até 2013.
Mas adiantou ainda que a suspensão do pagamento dos subsídios de férias e de Natal a funcionários públicos e pensionistas "é uma medida transitória, mas não é de curta duração (?). Estará em vigor durante vários anos (?)", revelou hoje o ministro das Finanças.
Segundo Vitor Gaspar, esta medida permitirá "realizar na área das administrações públicas a agenda de transformação estrutural que é necessária à redução profunda e durável da despesa pública numa perspetiva de médio e longo prazo".
Vítor Gaspar explicou que se trata de uma "medida justificada pela situação de crise e emergência nacional que o País vive", um quadro "que não pode ser de duração indeterminada", e que a condição para a suspensão dos subsídios é precisamente o facto de Portugal estar sujeito a um programa de ajustamento económico e financeiro.


______________________________


Na manifestação dos “indignados” em Coimbra no dia 15.10.2011, o bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, disse à agência Lusa:
- “Vim exprimir indignação e revolta pela situação a que chegámos no país”;
- “Vim exprimir a imensa revolta pela injustiça que está a ser praticada contra o povo português, sobretudo o setor mais frágil que são os trabalhadores”;
- “Trata-se de uma dupla injustiça porque os causadores da crise e que acumularam imensa fortuna com o dinheiro que retiraram do Estado, dos bancos e empresas não estão a pagar a crise. Quem está a pagar são aqueles que não a causaram, são os trabalhadores, sobretudo os funcionários públicos”.


_________________________________


Há dias enviaram para a minha caixa de correio (e-mail) um texto que julgo estar aqui muito a propósito e que passo a transcrever uma pequena parte:
“Um dos Motivos porque o Governo se tornou fiador de 20 mil milhões de euros de transações interbancárias......??? Os de hoje, vão estar como gestores de Banca amanhã, pois os de ontem, já estão por lá hoje.
Correcto???? Se pensa que não, vejamos:
Fernando Nogueira:
Antes - Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Agora - Presidente do BCP Angola
José de Oliveira e Costa: (o tal que esteve na gaiola)
Antes - Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Agora - Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)
Rui Machete: (agora ninguém o ouve)
Antes - Ministro dos Assuntos Sociais
Agora - Presidente do Conselho Superior do BPN; (o banco falido)
Presidente do Conselho Executivo da FLAD
Armando Vara: (aquele a quem o sucateiro dava caixas de robalos)
Antes - Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Agora - Vice-Presidente do BCP (demissionário a seu pedido)
Paulo Teixeira Pinto: (o tal que antes de trabalhar já estava reformado)
Antes - Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Agora - Presidente do BCP (depois de 3 anos de 'trabalho', saiu com 10 milhões de indemnização!!! e mais 35.000EUR x 15 meses por ano até morrer...)
António Vitorino:
Antes - Ministro da Presidência e da Defesa
Agora - Vice-Presidente da PT Internacional;
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta
E ainda comentador RTP
Celeste Cardona: (a tal que só aceitava o lugar na Biblioteca do Porto se tivesse carro e motorista às ordens - mas o vencimento era muito curto)
Antes - Ministra da Justiça
Agora - Vogal do CA da CGD (com ordenado principesco)
José Silveira Godinho:
Antes - Secretário de Estado das Finanças
Agora - Administrador do BES
João de Deus Pinheiro: (aquele que agora nem se vê)
Antes - Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Agora - Vogal do CA do Banco Privado Português (o tal que deu o berro).
Elias da Costa:
Antes - Secretário de Estado da Construção e Habitação
Agora - Vogal do CA do BES (agora é banqueiro)
Ferreira do Amaral: (o espertalhão, que preparou o terreno)
Antes - Ministro das Obras Públicas (que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Agora - Presidente da Lusoponte (com quem se tem de renegociar o contrato)e etc.. etc.. etc..





___________________________________

Também partindo do princípio que este texto que recebi é verdade e que não resisto a transcrever parte dele, é mais uma vergonha:
“Subsídio de alojamento"
Aqui não há cortes decididos pela Troika.
Governo: Dois ministros e sete secretários de Estado vão juntar 1152 euros de subsídios de alojamento aos respetivos salários mensais por não terem residência permanente em Lisboa.
João Pedro Aguiar-Branco, ministro da Defesa, e Miguel Macedo, ministro da Administração Interna, são os dois membros do Executivo que juntarão este subsídio à sua remuneração mensal de 6885,40 euros dado terem residência habitual no Porto e em Braga, respetivamente.
Já os secretários de Estado que verão os vencimentos mensais de 6133,55 euros acrescidos em 1152 para a comparticipação dos custos com habitação na capital serão José Cesário, responsável pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas; Juvenal Peneda, adjunto do ministro da Administração Interna; Simões Júlio, Administração Local e Reforma Administrativa; Cecília Meireles, Turismo; Daniel Campelo, das Florestas e Desenvolvimento Rural; Marco António Costa, Solidariedade e Segurança Social, e Vânia Barros, adjunta do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Esta concessão de subsídios de alojamento a estes governantes foi publicada em Diário da República.

__________________________________


E agora pasme-se se esta for também verdade???
ASSUNÇÃO ESTEVES - é a presidente da Assembleia da República, mas não prescinde da sua reforma de 2.420 euros!
É verdade - Reformou-se aos 42 anos com 484 contos/mês (2.420 euros) após 10 anos de trabalho?...



____________________________


Falta ainda saber o que vai o governo fazer no que respeita a todas essas fundações, institutos e outras instituições que recebem milhões do estado!?
Para que servem estas instituições?
Para que queremos nós portugueses essas entidades?
Quando de resolve o problema das Parcerias Público-Privadas (scuts, hospitais, estradas, etc..)?
Muitas individualidades credíveis defendem que as parcerias público-privadas (PPP) não são recomendáveis para o Estado.
As Parcerias Público-Privadas vão custar 59,6 mil milhões de euros.
Os portugueses vão andar mais 40 anos a pagar os custos das Parcerias Público-Privadas. Uma pesada herança para os nossos filhos e os nossos netos.


______________________________



O Governo devia justificar-se publicamente por que é que considera a sua proposta a melhor de qualquer uma outra e considera que os funcionários públicos são os (únicos) responsáveis do défice. Pode ficar a suspeita de que não considera os trabalhadores com funções públicas parte da sua base política eleitoral, não perdendo assim grandes votos em futuras eleições.
Os políticos parecem que têm a memória curta!
Ainda há muito pouco tempo outro político (José Sócrates) julgava que não precisava dos funcionários públicos para votar nele e aconteceu o que aconteceu…


_____________________________


Já ontem o Presidente da República apelava à igual distribuição dos sacrifícios.
Na abertura do IV Congresso Nacional dos Economistas, em Lisboa, Cavaco Silva pediu também que se evitasse a distribuição desigual dos sacrifícios.
O Presidente da República defende que o Governo deve evitar que se instale a ideia de que não foram tomadas todas as medidas para combater a crise.

A solução não será apenas castigar só os trabalhadores da função pública e também, se assim acontecesse-se, os funcionários do setor privado.
Não defendo esta solução!
Mas segundo o senhor Presidente da República, há uma violação do princípio básico da equidade fiscal.
Esta não é por isso a solução!
A solução é também não violar os direitos consagrados na Constituição.


Este Governo é COLOSSAL!

Este Governo é um “bluff” COLOSSAL!
Este 1º Ministro, Passos Coelho é um engano COLOSSAL!

domingo, 11 de setembro de 2011

World Trade Center

Onde estava no 11 de Setembro de 2001


Estava a chegar a casa para almoçar.
Enquanto a minha esposa preparava a mesa para a refeição, víamos na televisão o telejornal que estava praticamente no fim.
Eram perto das 14 horas da tarde.
Eis que irrompem imagens que pensei eu na altura serem de algum filme de ficção que estaria para estrear em breve.

Estas imagens reportavam-se a uma emergência que estava acontecer na torre norte do World Trade Center, em Nova Iorque.
As imagens que se viam estavam focadas no topo daquela torre onde se podia ver uma bola de chamas e muito fumo.
Recordo-me também de haver um pequeno avião que tentava sobrevoar perto da torre, penso que para tentar saber mais de perto o que estava acontecer.

Mas as imagens mostram o aparecimento repentino de um outro avião, este de passageiros, que voava demasiado baixo e em alta velocidade que se precipitava na direção da segunda torre.
Estupefacto comecei a aperceber-me de que aquelas imagens não eram de nenhum filme mas que pertenciam a algo de muito grave.
Pelos comentários dos jornalistas que iam comentando as imagens tive a certeza de que era um ataque terrorista.
Para mim era impensável acontecer uma coisa destas, principalmente na América.
Era uma catástrofe.

Os jornalistas lançavam números de pessoas que estariam na altura nas torres, o que deixava antever uma importante carnificina. 40 mil a 50 mil pessoas eram os números projetados.
Sabia-se entretanto de que outro avião tinha sido projetado contra o Pentágono e outro avião tinha caído na Pensilvânia.
O ataque às torres gêmeas do World Trade Center foi, segundo os especialistas, o acontecimento mais fotografado e filmado na história do mundo.

Algumas dessas fotografias são aquelas que aqui estou a mostrar.
Não é minha intenção fazer alguma reportagem, nem criar nenhuma história diferente daquela que toda a gente infelizmente conhece e tomou conhecimento na altura.
Este meu apontamento tem apenas a intensão de fazer uma pequena homenagem, a minha homenagem, às vítimas deste brutal e inaceitável atentado.

sábado, 3 de setembro de 2011

PASSEIO A CAMPO MAIOR

FESTAS DO POVO, DAS FLORES OU DOS ARTISTAS
29 e 30 de Agosto de 2011

Dia 29
Às 07H30 em ponto, partimos do largo da Igreja de Tavarede com destino a Campo Maior. Já há 7 anos que as Festas do Povo, das Flores ou dos Artistas não se faziam. Como nunca lá tínhamos ido foi esta a altura para o fazer.
Com uma organização exemplar, como é costume, do amigo Tó Simões e com a colaboração da empresa AVIC, cujo autocarro foi conduzido pelo motorista Jesus, lá seguimos na direção do sul até ao nosso destino.
A meio do caminho fizemos uma paragem para o café e
outras necessidades do momento.


Por volta do meio-dia chegámos a Campo Maior. Optámos em primeiro lugar por procurar um local para almoçarmos e depois fazermos a visita às ruas enfeitadas desta vila.
Dedicada a São João Batista patrono de Campo Maior, é uma das festas mais extraordinárias de Portugal. São festas que não se realizam ciclicamente, mas quando o Povo entende.


As últimas Festas do Povo realizaram-se em 2004 e consistem na decoração das ruas de Campo Maior (sobretudo no Centro Histórico) com flores de papel e outros objetos em cartão e papel, feitos pelos residentes de cada rua. Percorremos um mundo de esforços, de dedicação, de poesia, que se torna muito difícil descrever e transmitir. Foram meses e meses de luta, trabalho de entusiasmo sem limites dedicados á sua preparação.




Foram horas sem conta, roubadas quantas vezes ao justo descanso, que toda a gente de Campo Maior dedicou á preparação desta maravilhosa e inesquecível surpresa, desse admirável e fascinante jardim florido que surgiu perante os nossos olhos, como por encanto, ao raiar da aurora do dia 27de Agosto. Todos os milhares e milhares de flores: rosas, cravos, tulipas, hortências, glicínias, papoilas, etc., foram preparados com muito amor, carinho e grande espírito de vontade.

Foi um raro espetáculo que nos foi oferecido, que para além das maravilhosas ruas engaladas, também ouvimos algumas encantadoras e suaves melodias – as célebressaias” – inspiradas em quadras soltas e acompanhadas de ritmo vivo e alegre com pandeiretas, que se cantavam nas ruas de Campo Maior.




A vila de Campo Maior foi fundada pelos Romanos e a sua incorporação no reino de Portugal deu-se com o Tratado de Alcanizes, de 1297, celebrado por D. Dinis, que lhe deu foral e reconstruiu as muralhas.O castelo foi beneficiado nos séculos XVI-XVII, mas a explosão de 1732, quando um raio atingiu um paiol de pólvora, provocando uma explosão que arruinou a torre de menagem e as casas de mais de dois terços da população. Crê-se que os ossos das cerca de 800 pessoas existentes na Capela dos Ossos (1766), anexa à igreja matriz (séc. XVI-XVII), estejam relacionados com essa explosão.




Passeamos pelas ruas apreciando a vivacidade do pequeno comércio, descobrindo que a devoção a Santa Ana, na Igreja da Misericórdia, leva as pessoas a oferecerem uma fita azul ou rosa pelo nascimento de um filho(a) ou admirando a fachada e o interior revestidos a mármore da Igreja de São João Baptista (séc. XVIII). Procuramos ainda a Casa do Assento (séc. XVIII), onde funciona o mercado, o edifício da Câmara Municipal (séc. XVIII) e o pelourinho, em que o habitual pilar é encimado por uma invulgar estatueta com traje do séc. XVIII simbolizando a justiça. Atravessando o rio Xévora pode-se visitar o Santuário de Nossa Senhora da Enxara, que está ligado a uma antiga lenda.
A Lenda de Nossa Senhora da Enxara: Reza a lenda que certo dia estava uma mulher a lavar roupa no rio, na companhia da sua filha que brincava. Ao se afastar para brincar, a criança voltou pouco depois com um brinco de ouro afirmando ter sido oferecido por uma senhora muito bonita. Quando voltaram ao local onde a menina encontrou a senhora, deparam-se com a imagem de Nossa Senhora sobre uma pedra redonda, que hoje está no Santuário. A população, ao saber do acontecimento, decidiu erguer uma capela a meio caminho, contudo todas as manhãs a imagem desaparecia para ser de novo encontrada no local original. Assim, a população decidiu construir um Santuário para albergar a imagem de Nossa Senhora da Enxara. Diz também o povo de Campo Maior que quando não havia água nem chovia, se realizava uma cerimónia onde os habitantes deitavam a pedra ao rio, para que a Nossa Senhora fizesse chover. Tal acontecia, procedendo-se então ao ritual inverso que consistia em retirar a pedra do rio, colocá-la novamente na Capela e sobre ela recolocar a imagem.

Ficámos com a vontade de voltar a Campo Maior, mesmo sem a Festa da Flor. Como não conhecíamos esta vila só podemos ganhar em vê-la no dia-a-dia para melhor se perceber da dimensão desta metamorfose que imaginamos acontecer sempre que acontece esta festa.
Após a visita, que foi muito apreciada e aplaudida por todos, rumámos para Badajoz.
Badajoz é a maior cidade e capital da província com o mesmo nome, na comunidade autónoma da Estremadura e localiza-se no sudoeste da Península Ibérica, junto à fronteira com a cidade portuguesa de Elvas. Distam 8 km Badajoz e Elvas que preparam o futuro para criar uma única cidade com o nome de Eurocidade Elvas/Badajoz. A sua História remonta à sua fundação em 875 pelos mouros e passando para a soberania de Castela em 1230. Foi ao longo dos séculos prejudicada pelas lutas entre Portugal e Espanha, tendo sido ocupada pelos portugueses em 1386 e quase completamente destruída num cerco em 1705. Dos monumentos mais relevantes destacam-se: Puerta de Palmas, Puente de Palmas, Alcazaba, Torre de Espantaperros, Catedral, Recinto abaluartado de Badajoz, Plaza Alta, Parque de Castelar e Giralda de Badajoz.”


Pernoitamos em Badajoz no Hotel Rio Badajoz que está localizado na cidade moderna e em desenvolvimento na margem direita do Rio Guadiana que passa através de Badajoz e divide a cidade na área de antigo e moderno. O Hotel Rio Badajoz está localizado num enclave privilegiado, que liga Badajoz com Portugal. O Hotel tem um Restaurante tradicional “O Pantry”, recomendado pelos guias de maior prestígio reconhecido e homenageado com prémios nacionais e gastronomia internacional. Aqui saboreamos o nosso jantar que nos aconchegou os estômagos para uma noite repousante que nos era muito desejada. A noite estava com uma temperatura muito amena, que convidava a um passeio relaxante. Foi o que um grupo de companheiros de viagem fez pelo espaço envolvente das duas margens do rio Guadiana. Já a noite estava um pouco avançada quando nos encaminhamos para o Hotel para finalmente fazermos o nosso descanso merecido.

Pelas 07H30, oferecido um pequeno-almoço não muito diversificado mas que nos começou a animar para o dia que provavelmente seria muito cansativo.

Dia 30
Às 08H30 em ponto estava o autocarro a sair de Badajoz, na direção de Cáceres.
A História de Cáceres remonta à Pré-história. Na zona de Calerizo existem várias escavações onde foram encontradas pinturas de mãos humanas com a particularidade de ter o dedo mindinho amputado. Mas foi, sem dúvida, no séc. I a.C., aquando da fundação romana que a cidade conheceu os primeiros tempos de prosperidade. No séc. V, os visigodos arrasaram a cidade e até ao século IX não se ouviu mais falar de Cáceres. Os muçulmanos aproveitaram a localização estratégica, na qual tinha assentado a colónia romana, para construir uma base militar para fazer frente aos cristãos vindos do norte durante a época da Reconquista. No séc. XII, devido ao avanço dos cristãos, a cidade foi fortificada com uma muralha de adobe. Esta não serviu de muito pois o rei Afonso IX, monarca do Reino de Leão, tomou a cidade anos depois a 23 de Abril de 1229, dia de São Jorge, que desde então é o padroeiro da cidade. Cáceres começa a transformar-se, construindo igrejas no lugar das mesquitas e palácios cristãos sobre os palácios muçulmanos. Com modificações desde o séc. XVIII, a cidade chega aos nossos dias quase sem alterações, sendo uma das cidades monumentais mais bem conservadas do Mundo.


A cidade de Cáceres foi considerada o 3º Conjunto Monumental Europeu em 1968 e Património da Humanidade pela UNESCO em 1986. Foi por todo este conjunto de monumentos que procurámos os edifícios mais marcantes para os visitarmos: Catedral de Santa Maria, Igreja São Mateus, Igreja de Santiago e Igreja de São João; Palácio de Moctezuma, Palácio dos Golfines de Arriba, Palácio dos Golfines de Abajo, Casa del Sol e Palácio do Carvajal; Museu Provincial de Cáceres, Casa-Museu Guayasamín, Casa Pedrilla, Museu Vostell Malpartida e Museu Árabe Yusuf Al Burch; Arco de la Estrella y del Cristo, Torres de Sande, Torre de Bujaco e Torre das Cegonhas.

Aproximou-se a hora do almoço. A maior parte dos companheiros de viagem espalharam-se pelos vários restaurantes que existem à volta da Plaza Mayor.
Pelas 14H00, saímos de Cáceres a caminho de Marvão. Chegados à vila iniciamos uma breve visita à mesma.

Marvão é uma vila do distrito de Portalegre, situada no topo da Serra do Sapoio, a uma altitude de 860 metros. A vila e as montanhas escarpadas em que se localiza estão inscritas na lista de candidatos a Património Mundial da UNESCO desde 2000. A sua História, estende-se desde o período romano, cujos rochedos de Marvão são utilizados como refúgio ou como ponto estratégico militar. A localidade foi conquistada aos muçulmanos por D. Afonso Henriques durante as campanhas de 1160/1166, tendo sido novamente tomada pelos mouros na contra-ofensiva de Almansor, em 1190. Em 1226, D. Sancho II dá foral à população e manda ampliar o castelo. Em 1226, D. Dinis disputa e apodera-se do castelo, que foi incluído no plano das suas reedificações militares e passou a ter uma grande importância estratégica nas guerras com castelhanos e espanhóis.
A nossa próxima paragem aconteceu em Castelo de Vide. Ali estivemos 01H30, o que foi aproveitado, para além de fazer algumas visitas, também foi feito um lanche-ajantarado, para assim podermos fazer o caminho de regresso a casa sem perder muito tempo. As fotografias que se seguem foram tiradas no núcleo do Sporting Clube de Portugal de Castelo de Vide, onde este grupo de companheiros esteve a reforçar os estômagos para aguentar a viagem até à nossa terra.



Castelo de Vide é uma vila do distrito de Portalegre. O carácter romântico da vila de Castelo de Vide, associado aos seus jardins, abundância de vegetação, clima ameno e proximidade da serra de São Mamede, tornou-a conhecida por "Sintra do Alentejo" (esta designação é atribuída ao rei D. Pedro V). Os locais de interesse: Antiga Casa da Câmara (séc. XV), Casa Amarela (séc. XVIII), Casa de Matos (séc. XIII), Castelo medieval (séc. XIII), Fortificações renascentistas (séc. XVII), Paços do Concelho (séc. XVII), Pelourinho (séc. XVIII), Forte de São Roque (séc. XVIII), Judiaria (séc. XIV), Antiga sinagoga (séc. XIV), Burgo medieval (séc. XIII), Arrabaldes medievais (séc. XIV), Santuário de Nossa Senhora da Penha (séc. XVI), Igreja de Santa Maria da Devesa (séc. XVIII), Fonte da Vila (séc. XVI), Fonte da Mealhada (séc. XVII), Fonte de Martinho (séc. XVII), Fonte do Ourives (séc. XIX), Fonte do Montorinho (séc. XIX), Parque João José da Luz (Jardim Grande) (séc. XIX), Jardim Gonçalo Eanes de Abreu (Jardim Pequeno) (séc. XIX), Jardim Garcia de Orta (séc. XX), Jardim Miradouro Penedo Monteiro (séc. XX), Parque 25 de Abril (séc. XXI) e Parque Natural da Serra de São Mamede.

22H00 - Aconteceu a chegada a Tavarede.

Desejamos manifestar a nossa satisfação e contentamento pela viagem que acabamos de realizar. Continuamos a recomendar as viagens organizadas pelo Tó Simões.
Estas viagens são feitas em grupo e por vezes é difícil compartilhar os mesmos gostos com todas as pessoas para realizar os passeios, escolher os restaurantes, ir às compras ou simplesmente conhecer os lugares escolhidos. Mas é claro que existem ótimos companheiros de viagem, com os quais compartilhamos interesses e maneiras de estar. É o que acontece com este nosso grupo, alguns de nós há já bastantes anos juntos.
Quando acabamos já ficamos com pena da viagem ter acabado.
E já estamos de olho na minha próxima viagem…
Até à próxima!

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ESPREITADELA A LISBOA

08 a 11 de Agosto de 2011

Dia 08
Pelas 07H00 embarcamos no terminal da Figueira da Foz num autocarro da Rede Expressos que nos transportou até Lisboa e onde chegamos por volta das 09H45. Assim iniciámos a nossa “Espreitadela a Lisboa”.

Pelas 10H00, fizemos o Check-in no Hotel Residencial Florescente, nossa habitual escolha quando visitamos Lisboa. Não podemos deixar de salientar dois dos mais antigos rececionistas, os senhores Carlos e António, os quais já consideramos nossos amigos e que são prestáveis, simpáticos, atenciosos e de uma cordialidade invejável. Esta unidade hoteleira situa-se na rua Portas de Santo Antão que é uma rua pedonal onde se pode usufruir das inúmeras esplanadas e restaurantes e onde se encontra a grande sala de espetáculos Coliseu dos Recreios e o teatro Politeama. A sua localização é no centro histórico de Lisboa, na Baixa Pombalina, perto da Praça dos Restauradores e do Rossio.



A Residencial com uma arquitetura restaurada, possui agora o Restaurante Pérola, onde pela manhã, os hóspedes podem desfrutar de um rico Buffet de pequeno-almoço, preparado com ingredientes frescos e com alguma variedade. Ao almoço e jantar, neste Restaurante são servidos pratos locais num variado Buffet que inclui: Sopa, Saladas, Pratos de Peixe e Carne, Sobremesas variadas, Bebida e Café.


No Lounge do Restaurante relaxámos enquanto tomámos uma bebida refrescante, pois o calor no exterior estava a apertar. Aqui temos um ambiente confortável e respira-se uma atmosfera tranquila, com mobiliário e decoração minimalista, num ambiente informal. Também mesmo ao lado possui esta Residencial o “Aromas de Lisboa”, que é uma loja de recordações.


Como ainda estava a manhã a meio, pensámos dar uma volta pelo Rossio, onde se encontrava mesmo ao centro desta praça, de D. Pedro IV, um enorme insuflável.


Era uma das atividades incluídas no Festival dos Oceanos, que aproveitámos de imediato para visitar: Universo de Luz – O Luminarium é inspirado pelas formas puras da geometria e da natureza, pela arquitetura islâmica e as catedrais góticas, juntando os vários povos e culturas. É um espaço para relaxar e recarregar energias. O mundo lá fora desaparece, e somos transportados para um mundo de luz.


Um espaço que nos transmite a luz natural, formando áreas coloridas, através de túneis/labirintos. Uma experiência única que nos faz mover no meio de tons saturados e subtis e ao som de melodias. Gostámos muito desta visita.

Continuámos na Baixa, por tradição o centro comercial da cidade, onde se encontra uma forte concentração de lojas e um local único para passear. Um acolhimento personalizado torna as compras ainda mais prazenteiras. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do Rossio.


Chegou então a hora do almoço. Como ainda não tínhamos experimentado o Restaurante Pérola, foi para lá que nos dirigimos e onde não nos arrependemos pela escolha, pois que o Buffet foi muito variado e como muita qualidade.
Depois do almoço dirigimo-nos à bilheteira do Politeama onde adquirimos bilhetes para no dia 10, quarta-feira pelas 21H30, assistirmos ao espetáculo em cena “A Flor do Cacto” de Filipe La Féria.


Descansar um pouco era preciso e por isso fomos até ao nosso quarto o 202, para o fazer e também desfazer a mala.
A temperatura estava quente mas não muito e a tarde foi passada na Baixa onde o comércio nos ocupou com algumas compras. Aproveitei também para comprar algum material filatélico que precisava e o qual tenho dificuldade em encontrar na Figueira.

Na Rua Augusta, visitámos o MUDE – Museu do Design e da Moda, onde percorremos a Exposição Permanente que dá a conhecer a evolução do design ao longo do século XX, formada por mobiliário, moda e pequenos objetos, consistindo de várias expressões existentes na coleção, permitindo uma perspetiva histórica e a Exposição Temporária que fomenta uma dinâmica cultural geradora de fluxos de públicos diversificados.

O tempo foi passando chegando assim a hora do jantar. O tempo continuava quente apesar de já ser noite. Fomos então na direção do rio ao encontro de mais uma atividade do Festival dos Oceanos.

Era às 22h na Praça do Comércio com o tema “O Fado Convida...” no Pátio da Galé. Sendo o fado uma das formas culturais mais universais que temos, este ano teve um significado ainda maior, durante quatro noites, fadistas convidaram à interação com outras culturas, ligando o Fado à música brasileira, angolana, indiana, etc..

Esta noite a fadista foi Ana Moura que convidou Ray Lema. Uma noite bem passada e diferente. Havia gente por todo o lado, mas era difícil ouvir falar português.


Dia 09
Pelas 10H00, como convém em férias e após um retemperador duche, fomos tomar o pequeno-almoço, pela primeira vez no espaço do Restaurante Pérola, com um buffet muito variado.
Dedicámos o dia de hoje para deambular pelos centros comerciais, cujo acesso fizemos pelo Metro. Escolhemos visitar o COLOMBO e o VASCO DA GAMA. Assim, tirámos bilhetes diários para podermos entrar e sair do Metro sempre que quiséssemos.


No Centro Comercial Colombo, um dos dez maiores Centros Comerciais da Europa. Percorremos aqueles longos corredores e pátios cheios de comércio.Com mais de 400 lojas, o Colombo é um centro de características únicas, com uma fabulosa variedade de oferta. São mais de 65 restaurantes, 10 salas de cinema, um Health Club, mais de 10 serviços de apoio ao cliente, um parque de diversões coberto e as melhores lojas de Moda.

Ali encontrámos o evento “A Arte Chegou ao Colombo”, que é uma parceria com o Museu Coleção Berardo, um dos mais relevantes impulsionadores de arte moderna e contemporânea no nosso país, na Praça Central deste Centro apresenta a exposição “Quatro Elementos - Quatro Artistas”.
Almoçámos no Restaurante “O Páteo”, um universo de sabores, que já conhecíamos de anteriores visitas. É ótimo e não é caro. Desta feita os pratos escolhidos foram: “Tintureira de Coentrada” e “Filetes de Pescada”.

Depois do almoço o Metro levou-nos então até ao Centro Comercial Vasco da Gama, no Parque das Nações. Um centro com características arquitetónicas únicas que tem ao seu dispor 164 lojas, onde se incluem 36 restaurantes, 10 salas de cinema, Health Club, Recreio Infantil e diversos Serviços de Atendimento ao Cliente. O Parque das Nações é a designação atual da antiga Zona de Intervenção da Expo, que inclui o local onde foi realizada a Exposição Mundial de 1998 e ainda todas as áreas sob administração da ParqueExpo, S.A. Esta área tornou-se, entretanto, um centro de atividades culturais e um novo bairro da cidade, com perto de 15.000 habitantes.


Destacam-se, como exemplos da arquitetura presente no Parque das Nações, a Gare do Oriente, de Santiago Calatrava e o Pavilhão de Portugal, de Álvaro Siza Vieira. De referir ainda o Pavilhão do Conhecimento com várias exposições interativas; um teleférico que transporta os visitantes de uma ponta à outra da área da antiga exposição; o Pavilhão Atlântico; a emblemática Torre Vasco da Gama, o edifício mais alto da cidade, e o Oceanário de Lisboa, um dos maiores aquários do mundo. As áreas de lazer dividem-se entre jardins ribeirinhos e equipamentos lúdicos para os mais novos. A vivência com o rio é o ponto alto deste espaço que a cidade reconquistou após a Expo 98. Foram nestes espaços que aproveitamos para descansar e saborear a sombra do arvoredo, pois que o tempo estava muito quente, cerca de 38ºC. Uma tarde bem passada juntamente com imensas pessoas que por ali se encontravam a fazer o mesmo que nós e outras atividades de lazer.


O jantar, ligeiro, foi num dos restaurantes do Centro Comercial Vasco da Gama, na zona da restauração que tem muito por onde escolher. Em seguida o Metro voltou-nos a levar até à Baixa Pombalina. E como a noite estava com uma temperatura que nos obrigava a não ficar em casa, fomos assim como imensas outras pessoas vaguear pela rua Augusta na direção do Terreiro do Paço.

Era um mar de gente. Junto ao Cais das Colunas, na rampa, estavam sentadas umas dezenas largas de pessoas. Para ali também fomos. Não ouvimos falar a língua de Camões. A noite estava linda e inesquecível. As pessoas ali comungavam apenas pela presença uns dos outros. Só em Lisboa é que se consegue ter estes sentimentos. É por isto e por outras situações únicas que gosto de ir a Lisboa.

Dia 10
Novamente às 10H00, porque são férias e sabe bem levantar mais tarde da cama e tomar o duche matinal, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola, em regime de buffet. Um bom começo de dia!
O resto da manhã foi passado com uma visita à zona do Chiado.


O Chiado é, hoje, uma área de comércio nobre com todo o tipo de facilidades e animação de rua. Aqui encontra hotéis, teatros, livrarias, museus, restaurantes, lojas de designers portugueses famosos e o famoso refúgio favorito de personalidades como Fernando Pessoa e Eça de Queiroz, o café "A Brasileira".
Os Armazéns do Chiado consistem na recuperação arquitetónica de uma das mais famosas lojas existentes em Lisboa, que desapareceu no incêndio de 1988. O Chiado volta a ser o Centro cultural, comercial e boémio da capital, recuperando toda a sua elegância e glamour. Um desafio que conta já com a vontade de todos os lisboetas e portugueses para que o coração de Lisboa brilhe cada vez mais. Os Armazéns do Chiado apostam na cultura e nas artes, promovendo exposições e animações, com a certeza permanente de um atendimento personalizado e de qualidade. Os Armazéns do Chiado são um Centro atual, confortável e qualificado, com uma forte componente cultural, localizado numa das mais nobres e carismáticas zonas da cidade.
A hora do almoço chegou e escolhemos o restaurante “A Lota”, local já algumas vezes escolhido por nós em outras alturas.

Sempre que vamos a Lisboa procuramos ter uma componente cultural.
Assim, a Casa-Museu Medeiros e Almeida, situado na Rua Rosa Araújo 41, foi o local selecionado para visitarmos. Fundada em 1972 pelo empresário António Medeiros e Almeida (1895-1986), a Casa-Museu Medeiros e Almeida alberga um vasto conjunto de obras de arte representativo de um cruzamento de culturas. Nascido em 1895, António Medeiros e Almeida estuda Medicina em Coimbra, seguindo as pegadas do pai e do irmão, médicos em Lisboa, mas a sua vocação estava guardada para o mundo empresarial, e é aqui que faz fortuna e inicia uma das suas grandes paixões: o colecionismo. Paixão que o leva à ampliação da atual casa, adquirida em 1940, e que é hoje Casa-Museu.

O Museu é composto por duas áreas museológicas distintas. A primeira mantém-se tal e qual como no tempo em que o fundador era vivo. A segunda foi edificada no local do antigo jardim e recria uma atmosfera própria. O conjunto dos bens (cerca de 2000 peças) está disperso por 25 salas e inclui excelentes obras de pintura, mobiliário, tapeçaria, escultura, arte sacra, vidro e joalharia, abrangendo o período compreendido entre o século XVII e os nossos dias. Existem ainda três coleções alojadas em salas próprias: a Sala dos Relógios (contém cerca de 225 peças expostas por ordem cronológica, abrangendo um período de 2000 anos); a Sala da Porcelana da China, fazendo um percurso cronológico pelas diversas dinastias, desde às terracotas pré históricas (dinastia Han) até às porcelanas do final do séc. XVIII; e a Sala da Prata, uma mostra de peças composta por baixelas do prateiro inglês Paul Storr (1792-1838) e pratas portuguesas do séc. XVI ao séc. XVIII, incluindo uma coleção de cerca de 80 paliteiros de prata portuguesa e porcelana Vista Alegre.

A nossa visita foi feita sempre com uma constante vontade de nos demorarmos com todos os pormenores que se nos deparavam a cada passo. Os nossos olhos não se cansavam deslumbrados com toda a quantidade de peças de arte que íamos deparando ao longo de todas aquelas salas. Salas que para além de todos aqueles tesouros que as enchiam, também eram deslumbrantes as decorações das paredes e os tetos com pinturas e talhas. O final da visita já se aproximava, mas era grande a vontade de continuar a ver toda aquela quantidade de tesouros maravilhosos. A visita foi longa, mas soube a pouco pois que havia ainda muito para ver... do muito que vimos há sempre muita coisa que fica por ver.

Ainda ficou a curiosidade de ver a Capela que não estava aberta ao público por motivo de obras. Temos que voltar um dia bem próximo para ver e rever todo este riquíssimo espólio que esta Casa-Museu acolhe. Não vamos desvendar tudo, até porque é impossível fazê-lo, só vendo se faz uma ideia do que aqui fomos descobrir. A nossa proposta e o melhor mesmo é deslocarem-se até ali e comprovarem com os vossos próprios olhos.
Não vos vamos contar mais nada...

A tarde estava muito quente mas lá fomos descendo a Avenida da Liberdade até à rua das Portas de Santo Antão, onde nos esperava na Residencial um pouco de descanso e prepararmo-nos para o jantar. O local que escolhemos foi novamente o Buffet do Restaurante Pérola.

Acabado o jantar e ali mesmo ao lado já se começava a sentir o movimento das pessoas que iam chegando para assistir ao espetáculo no Politeama, “A Flor do Cacto”, para onde nós também nos fomos encaminhando. Transcrevo em seguida a sinopse, desta comédia que retirei de um dos sites do Politeama:

A Flor do Cacto, passa-se numa Lisboa em plena crise psico-económica, um famoso dentista leva uma vida dupla com uma jovem tatuadora, produto típico da geração à rasca, convencendo a miúda que é um homem casado e pai de filhos. Tudo se complica quando esta pretende conhecer a verdadeira mulher do seu futuro marido.


A enfermeira que há anos trabalha no consultório do dentista e alimenta por ele uma paixão secreta, vê-se forçada a passar pela mulher legítima do homem solteiro que sempre amou. No ambiente hilariante de uma clínica dentária, com pacientes que são figuras famosas do nosso Jet7, a comédia atinge situações de grande comicidade com diálogos sofisticados e inteligentes mas numa peça de teatro transversal.

Numa época de depressão, o público procura divertir-se, vendo um espetáculo bem representado e elegante, num espetáculo com atores como Rita Ribeiro, Carlos Quintas, Victor Espadinha, Nuno Guerreiro, Hugo Rendas, Helena Rocha, Patrícia Resende e Bruna Andrade. A Flor do Cacto é um dos grandes clássicos do teatro de comédia do século XX, agora de regresso a Portugal, ao palco do Teatro Politeama numa nova versão de Filipe La Féria.

Um original francês de Pierre Barillet e Jean-Pierre Grédy, foi representado em todo o mundo com enorme êxito por grandes atores como Ingrid Bergman, Walter Matthau, Lauren Bacall e Jean Poiret e em Portugal, pela genial Laura Alves e por Paulo Renato. Filipe La Féria adaptou a famosa comédia para a atualidade, numa sátira ao Portugal de hoje.”

Assim chegou ao fim este dia.
Fomos então para o nosso quarto retemperar as forças, nesta última noite desta nossa “Espreitadela a Lisboa”.
Dia 11
Às 10H00, como já tem sido nosso hábito, lá fomos tomar o pequeno-almoço no espaço do Restaurante Pérola. Mais um bom começo deste dia, que será o último desta nossa vinda a Lisboa.
Arrumar a mala é preciso. Fazer o Check-out é obrigatório.

Mais um pequeno olhar ali pelo Rossio e pela Baixa e a hora do almoço chegou. A nossa opção foi novamente o buffet do Restaurante Pérola, que mais uma vez não nos surpreendeu pela boa qualidade apresentada e pelo bom serviço dos funcionários, não só pela simpatia como pela constante disponibilidade demonstrada.


Aconselhamos muito sinceramente uma visita, ao Hotel Residencial “Florescente”, ao seu Restaurante “Pérola” e Loja de recordações “Aromas de Lisboa”.
Chegou a hora de nos despedirmos, o que fizemos com os senhores rececionistas Carlos e António, dos quais nunca me canso de salientar a gentiliza, qualidade do seu atendido e simpatia.


Assim, foi pelas Portas de Santo Antão até à Praça do Rossio, frente ao Teatro de D. Maria II, que tivemos de carregar a nossa bagagem até ao táxi que nos levou até ao terminal de camionagem em Sete Rios. Já encontrámos vários tipos de taxistas ao longo dos anos que nos deslocamos a Lisboa. A título de curiosidade desta vez o taxista era muito falador e segundo nos disse tinha sido atleta de ciclismo, assim como o pai nos tempos do Barbosa. Disse que tinha pertencido a várias equipas portuguesas de entre as quais na do Sporting Clube de Portugal. É claro que fiquei feliz em saber.
O autocarro da Rede Expressos, já nos esperava para nos levar até à Figueira da Foz, pelas 15H45.
Chegámos à Figueira da Foz por volta 18H30.
Chegou assim ao fim a nossa “Espreitadela a Lisboa”.


PS: Textos assim como algumas fotos foram retirados da net.