terça-feira, 25 de agosto de 2009

24 DE AGOSTO

24 de Agosto
Junto ao monumento do ilustre figueirense Manuel Fernandes Tomás, principal obreiro da Revolução Liberal de 1820 e notável deputado constituinte, foi prestada, mais uma vez, à sua memória uma justa homenagem. Na Praça 8 de Maio os repuxos de água não estavam a funcionar como convinha, para não molhar as muitas pessoas que ali estavam a participar/assistir à efeméride.
Pois, para além de estarem presentes os representantes das entidades oficiais da nossa autarquia, também estavam os candidatos das forças políticas concorrentes às próximas eleições. Depois dos discursos de circunstância foram depostas coroas de flores, junto ao monumento daquela figura grande da História Pátria, que foi Manuel Fernandes Tomás.

Foi por um acaso que estive presente, pois estava por ali a passar no momento e gostei francamente de poder assistir a esta efeméride. É minha intenção com este apontamento apenas deixar uma marca aqui no meu blogue, desta figura da nossa terra, a mais importante do primeiro período liberal.Texto sobre Manuel Fernandes Tomás:
“Nasceu na Figueira da Foz, em 30 de Junho de 1771, e faleceu em Lisboa em 19 de Novembro de 1822.
De família burguesa, bacharelou-se em Direito em 1791, tendo ingressado na magistratura em 1801, sendo o seu primeiro cargo o de Juiz de Fora de Arganil.
Em 1805 é Superintendente das Alfândegas e dos Tabacos das comarcas de Aveiro, Coimbra e Leiria, o que é actualmente considerado a Beira Litoral, e durante as invasões francesas deu uma valiosa colaboração ao exército aliado, no serviço de abastecimentos, enquanto Deputado-Comissário do Exército português, cargo que acumulou com o provedor da comarca de Coimbra.
Em 1811 foi nomeado desembargador da Relação do Porto, posto que ocupará somente em 1817. Criador em 1818 do Sinédrio, com Ferreira Borges, Silva Carvalho e Ferreira Viana, é o motor do movimento de 24 de Agosto de 1820.
Figura primacial do liberalismo vintista, fez parte da Junta Provisional do Governo Supremo do Reino, criada no Porto, que administrou o Reino, após a revolução liberal, sendo encarregue dos negócios do Reino e da Fazenda.
Eleito deputado às Cortes Constituintes, pela Beira, elaborou as bases da Constituição que D. João VI jurou em 1821.
Publicou o Repertorio Geral, ou Indice Alphabetico das Leis Extravagantes do Reino de Portugal, impresso pela Universidade de Coimbra, entre 1815 e 1819.”

Fonte: Joel Serrão (dir.)
Pequeno Dicionário de História de Portugal,Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976

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