O Natal é uma época tradicionalmente festiva.Estamos em plena época natalícia. É uma época mágica onde as pessoas são contagiadas com um pouco de tudo.
As ruas iluminadas em muitas localidades fazem com que as pessoas se sintam envoltas no espírito de Natal. E as lojas das grandes superfícies e até as mais modestas de bairro e quiosques, estão cheias de tudo o que se possa imaginar. As condições para a grande festa do consumo estão preparadas. É difícil ficar indiferente aos apelos comerciais, que nos convidam e incentivam à compra. Os anúncios e as publicidades têm neste tempo o condão de fazer esquecer as desigualdades que acontecem em todos os lugares do mundo e a todo o momento.As casas estão decoradas cada uma à sua maneira, consoante o gosto de cada um. Na minha casa desde sempre os meus pais me habituaram a fazer um presépio e montar uma árvore de Natal. Após o nascimento da nossa filha, eu e a minha mulher continuamos com esta tradição. Mesmo agora que ela já não vive connosco este costume mantém-se. Agora com um presépio mais simples, constituído apenas pela Sagrada Família.
As decorações e as luzes coloridas são os motivos que mais me animam e incentivam.As compras prioritárias são as prendas, que preparo (embrulho e decoro) e guardo, umas para a noite e outras para o dia de Natal. É claro que este ano o nosso cuidado foi todo para a escolha de prendas para o nosso netinho Tiago, que irá passar o seu primeiro Natal entre nós.
E como o Natal é o nascimento de Jesus, este ano a comemoração tem outro sabor pela presença do nosso netinho.
E a nossa atitude inspira-nos à confraternização, ao desejo de felicidade e aos votos de alegria.É urgente que o espírito do Natal contagie o ano inteiro!
Porque as pessoas só se lembram do Natal apenas na época do Natal, esquecendo-se que as desigualdades entre as pessoas duram todo o ano.
E este tempo é um óptimo momento para reflexão sobre meio ambiente.
O consumo está na ordem do dia: as comidas e as bebidas, os enfeites de Natal, as roupas novas e principalmente as que estão na moda (com as cores da moda), as decorações para a casa, as árvores de Natal enfeitadas (felizmente artificiais), os presentes (toneladas de presentes), e… Este consumismo obriga a gastos exorbitantes de papel para os embrulhos dos presentes, a rolos e bobinas de fitas decorativas sem controlo e a uma infinidade exasperante de sacos de todas as tipologias e formas.
Hoje este mundo já sofre com as doenças, os malefícios do consumismo, das compras descontroladas, da não sustentabilidade de todo um processo que é também capaz de produzir a alta tecnologia, a riqueza (?), o emprego (?), os alimentos (não suficientes), a qualidade de vida (infelizmente não é para todos) e todos os benefícios de que hoje podemos dispor (mas não toda a gente).Os recursos naturais estão-se a esgotar, principalmente as matérias-primas e a energia. O colapso ambiental está aí, a “bater-nos à porta”. Todos os dias as notícias nos fazem pensar (preocupar) cada vez mais, quando nos bombardeiam com as mudanças climáticas que ocorrem no nosso Planeta.
É preciso avaliarmos os nossos hábitos de consumo e valorizarmos mais a nossa vida e a de todos nós. O aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício e a grande quantidade de lixo.
A CARTA DA TERRA, diz que chegou o momento de mudarmos e para tal devemos:“Fazer para conservar o mundo:
- respeitar a natureza e cumprir os direitos humanos,
- providenciar para que todos tenham o que necessitam para viver,
- viver sempre em paz.
Ajudar a conservarmos e melhorarmos o mundo em que vivemos.”
E sem querer estragar a festa do Natal, desejo que possamos adoptar hábitos mais sustentáveis de consumo, desistindo do que é inútil e dispensável, dando mais destaque à verdadeira mensagem do Natal, que é aquela que desvaloriza o valor das prendas e valoriza a pessoa humana.
Não quero acabar sem deixar um pensamento de Dalai-Lama, que vem muito a propósito e dá para pensar e muito:“Estamos todos aqui neste planeta, por assim dizer, como turistas... O mais importante de tudo é ser uma pessoa boa”.
Apesar de tudo o que escrevi, desejo, sinceramente, a todos um Natal Feliz e um próspero Ano Novo para todos e para todo o nosso PLANETA!
Nota: As fotos e desenhos foram retirados da net.
Ao Senhor José Oliveira e a toda sua família desejo muitas alegrias no Natal. E, que o novo ano, lhes traga: prosperidade, paz, saude e outras tantas alegrias...
ResponderEliminarseverino coutinho
Meu Caro Senhor Severino Coutinho
ResponderEliminarMelhor do que todos os presentes por baixo da árvore de Natal é a presença de uma família feliz.
Que é o Natal, senão um misto de amizade e amor? Amor repartido pela família, pelos amigos, todos aqueles que estão connosco, em todos os momentos da nossa vida, bons e maus, que se regozijam com a nossa felicidade e se entristecem com a nossa desventura.
Urge reproduzir o espírito de Natal aos outros 11 meses do ano e erradicar a pobreza e a guerra.
Que este dia e muitos outros sejam muito especiais.
Feliz Natal e um próspero Ano Novo de 2010.
José Manuel Oliveira
Tavarede-Figueira da Foz-Coimbra-Portugal