sábado, 16 de junho de 2018

VIAGEM A MADRID E NÃO SÓ…


Toledo, Segóvia, Ávila, Escorial, Vale de Los Caídos, Madrid, Alcalá de Henares, Parque Europa e Salamanca
23 a 27 de Maio de 2018

1º Dia: 23 - quarta-feira
Saímos às 07H00 da manhã em autocarro de turismo da Viseutour. Já em terras de Espanha mudamos de condutor, o Daniel, e entrou o nosso guia Joaquim Borbon.



Crítica:

O nosso passeio estava programado inicialmente para uma visita a Toledo. Sem nos darem alguma explicação prévia soubemos na altura que iríamos visitar Ávila, que seria só no 2º dia.

O nosso destino assim foi Ávila.

Chegados a esta cidade almoçamos no Restaurante AsPalomas, onde nos serviram o 1º prato de carnes frias (presunto, fiambre, mortadela e queijo) e salada russa;

o 2º prato foi constituído por costeletas acompanhadas com batatas fritas e pimentos padrón;

como sobremesa foi gelado.

Depois do almoço visitamos Ávila, um município da comunidade autónoma de Castela e Leão. A cidade de Ávila é banhada pelo rio Adaja.

Conhecida como Abila em latim e parte da província da Hispânia no tempo do Império Romano. Ávila é uma cidade muralhada e apresenta-se fortemente marcada pela história, sobretudo dos séculos XII e XV. A muralha, com 2,5 km de extensão, possui várias portas e 88 torres redondas, dispostas de 20 em 20 metros. As portas de Alcazar e de S. Vicente localizam-se na parte mais antiga, voltada a oriente, sendo a mais monumental; na sua face norte apresenta reminiscências mouriscas. A cidade foi ocupada pelos Árabes no século VIII e conquistada por D. Afonso VI em 1088.

Visitamos a Catedral del Salvador de Ávila que é considerada como a primeira catedral gótica da Espanha. Tem influências francesas e certa semelhança com a Basílica de Saint-Denis, a primeira igreja gótica.
Foi projetada como fortaleza e como templo, sendo sua abside um dos cubos da muralha. Está rodeada de várias casas ou palácios senhoriais, sendo os mais importantes o de los Velada, o de el Rey Niño e o de Valderrábanos, os quais tinham como destino a defesa de La Puerta de los Leales ou del Peso de la Harina.

Dirigimo-nos em seguida para a Plaza Mayor e ali perto fizemos uma paragem num bar onde descansamos e consumimos algumas bebidas.
Depois apanhamos o autocarro que nos levou para o Hotel Acueducto em Segóvia onde fizemos o chek-in, jantamos e pernoitamos. Aqui ficamos duas noites.

O jantar teve como 1º prato uma açorda aguada com claras de ovo em fio;

o 2º prato foi filetes de peixe(?) com umas batatas meio cozidas (?) meio fritas.
Demos uma volta depois do jantar por Ávila, na zona do aqueduto.

Chegou, entretanto, a hora de descanso.

2º Dia: 24 - quinta-feira
Depois do pequeno-almoço no Hotel Acueducto, fomos conhecer um pouco a cidade de Segóvia, um município da comunidade autónoma de Castela e Leão.
A cidade foi declarada Património da Humanidade pela UNESCO em 1985 e Monumento Nacional desde 1884, o trecho mais conhecido e bem conservado do aqueduto está em plena Plaza del Azouguejo, igualmente a principal porta de entrada para o centro histórico da cidade.

O Aqueduto de Segóvia é um aqueduto romano é uma das mais importantes obras de engenharia hidráulica existentes e um dos monumentos antigos mais importantes e mais bem preservados deixados na Península Ibérica. É o símbolo mais importante de Segóvia, estando evidenciado no brasão de armas da cidade. A data da construção do aqueduto acredita-se que tenha sido no final século I dC, pedra de granito sobre pedra de granito, durante os reinados dos imperadores Domiciano, Nerva e Trajano. Segundo estudos concluiu-se que toda a estrutura do aqueduto está apenas suportada pelo próprio peso das pedras. Forneceu água para Segóvia até meados do século XIX.

Para além do aqueduto, destacam-se igualmente a Catedral, o Alcázar e o Palácio Real de Riofrio.

A nossa primeira paragem foi junto ao principal cartão postal de Segóvia, o Aqueduto romano muito bem conservado nos seus mais de 2000 anos de idade.

O Aqueduto com 28 metros de altura no seu ponto mais alto, e mais de 16 Km de extensão, entre os quais muitos são subterrâneos. Depois de passarmos o Aqueduto percorremos algumas ruas com uma arquitetura única.

O nosso objetivo naquela altura era a visita à Catedral de Segóvia, mas antes passámos por algumas casas que vale apena realçar como a Casa dos Bicos, cuja construção é do século XV, tem sua parede exterior ornamentada com pedras em forma de diamante. Situada dentro das muralhas da cidade é atualmente uma escola de arte.

Admiramos outras casas antigas com romanescos, uma espécie de um relevo que envolve toda a parte de fora da casa e que dá uma aparência linda. Segóvia é famosa por suas casas cheias de Romanescos, não se sabendo qual deles o mais bonito.
Ali muito perto da Casa dos Bicos deparamo-nos com o Mirador de la Canaleja que nos proporcionou uma maravilhosa vista da cidade, onde aproveitamos para tirar umas fotos.
O nosso passeio continuou com a passagem exterior pela Igreja de San Martin, do século XI, onde se destacam as suas lindas arcadas, capitéis e retábulo dourado, de estilo Barroco.
Continuamos pela Calle Cervantes desembocamos na Plaza Mayor onde encontramos a Catedral para fazermos a visita.
Antes de entrarmos deslumbramo-nos com a belíssima fachada e podemos ver as três abóbadas e muitas pontas recortadas no céu.

Entramos então...
A Catedral de Santa Maria de Segóvia, “conhecida como a Dama das Catedrais, devido às suas dimensões e à sua elegância, é uma catedral construída entre os séculos XVI (1525) e XVIII (1577), de estilo gótico tardo com traços de renascentismo. A catedral tem uma estrutura em três cúpulas altas e ambulatorial, tem janelas bonitas com fino rendilhado e vitrais de qualidade excecional. O interior tem uma notável unidade de estilo, exceto na cúpula construída em torno de 1630, e parece impressionante e sóbrio. Abóbadas góticas atingem 33 metros de altura e medem 50 metros de largura e 105 de comprimento. A grande cúpula foi concluída no século XVII. A torre poderosa chega a quase 90 metros. A chapitel de pedra atual da torre, data de 1614, erguido após um grande incêndio causado por uma tempestade. A torre original, totalmente gótico, foi construída de mogno americano tinha estrutura piramidal, e era a torre mais alta de Espanha.

Iniciámos a visita ao interior da Catedral de estilo gótico mas com uma conceção do espaço, a luminosidade, os volumes e o seu tratamento respeitando a estética renascentista.

No seu interior, podemos contemplar as mais de vinte pequenas capelas que ladeiam a nave e a abside, todas elas repletas de grandes obras artísticas, cuja qualidade se deve à mão de grandes mestres.
O claustro foi um dos locais por passamos.

O coro foi um dos locais do templo que nos suscitou interesse.
Tivemos uma especial atenção na sala capitular, onde há tapeçarias flamengas do século XVII, além de múltiplas moedas, livros, móveis, pratas, esculturas e pinturas.
Acabamos a visita à catedral, dirigimo-nos ao exterior novamente encontramo-nos na Plaza Mayor, ponto de encontro com todos os companheiros de viagem e o “guia”.

Crítica:
Depois desta visita sem dúvida muito apreciada por toda a beleza e magnificência do monumento, entramos nos jardins do Alcázar, onde o nosso “guia” nos disse para darmos uma volta pelo recinto e nos juntarmos mais tarde num local combinado. Julgamos nós que tínhamos hora marcada para fazermos a visita ao Alcázar. Fomos mal informados, ou seja, nada nos foi dito que tínhamos o tempo livre e podíamos fazer a visita ao monumento. Havia tempo para isso e perdemos o tempo.

Dirigimo-nos para o Castelo ou Alcázar Real de Segóvia numa caminhada de cerca de 650 metros. Entramos nos jardins do Alcázar bem cuidados, onde tiramos algumas fotos.
Dali do cimo do penhasco onde nos encontrávamos a vista expande-se por muitos quilómetros.

Avistamos então o Alcázar com uma fachada muito linda, repleta de Romanescos.
Ao longo da sua história já serviu de palácio real, prisão, colégio real e academia militar e foi palco de um importante acontecimento para a historia espanhola quando em 1474 Isabel I de Castela casou-se com Fernando II de Aragão e foi coroada rainha de Castilla e León.

O Alcázaré um palácio fortificado em pedra, erguido em posição dominante sobre um penhasco rochoso na confluência dos rios Eresma e Clamores, próximo das montanhas de Guadarrama, é um dos mais distintos castelos-palácios em Espanha em virtude da sua forma - como a proa de um navio. O alcácer foi inicialmente construído como uma fortaleza, mas serviu.

Saímos desgostosos dos jardins do Alcázar, pois tínhamos tido tempo de fazer a visita ao monumento.

Percorremos novamente o caminho de regresso até ao Aqueduto pela Calle Cervantes e encontramos a Casa Duque, o restaurante mais antigo de Segóvia, fundado em 1895, desde então, várias gerações de "duques" continuaram trabalhando e mantendo o alto nível do conceito de comida em Segóvia.

António Simões e o guia Joaquim Borbon

Foi aqui que um pequeno grupo ainda teve tempo de saborear uma “caña” (cerveja), neste belíssimo estabelecimento que é um dos mais tradicionais da cidade, com um ambiente agradável e decoração requintada.

Por falar em bebida, na gastronomia de Segóvia, destaca-se o “cochinillo” (leitão) assado de Segóvia, temperado apenas com água e sal e que neste restaurante é “rei”.

Voltamos ao Hotel Acueducto, para almoçarmos.

Pela tarde fomos visitar Toledo e a sua Catedral. Chegamos à cidade de Toledo debaixo de um inesperado calor (27º).
Toledo é um município na província de Toledo, comunidade autónoma de Castela-Mancha. O primeiro assentamento conhecido na cidade de Toledo é uma série de muralhas celtibéricas, localizado no Cerro del Bu (colina na margem esquerda do rio Tejo), onde foram obtidos inúmeros vestígios nas escavações. O aço de Toledo, conhecido por ser muito duro e tecnologicamente avançado na época e chamou a atenção dos romanos quando foi usado por Aníbal nas Guerras Púnicas no século III a.C. O aço toledano era famoso pela sua liga de alta qualidade, a Hispânia era conhecida desde o século IV a.C., por causa da alta qualidade de espadas de todos os tamanhos e armaduras provenientes desta região, em desenho e ergonomia. Os romanos deixaram muitos vestígios em Toledo, principalmente na arquitetura e infraestruturas da cidade como um imponente aqueduto, dos quais apenas as fundações foram preservadas em ambos os lados do Tejo, estradas e pontes que existem até hoje, um circo, templos, teatros, um anfiteatro, igrejas antigas, moradias e muitos outros. Toledo foi a capital do Reino de Castela para enfrentar melhor os sarracenos oriundos do norte de Africa e extremo sul da Península, substituindo Burgos que até então era capital desde 1031. Desde tempos pré-romanos, Toledo era famosa por sua produção de aço, especialmente espadas e armaduras, e a cidade ainda é um centro de manufatura de facas e pequenas ferramentas de aço. Após Filipe II mudar a corte de Toledo para Madrid em 1561, a cidade entrou em lento declínio, do qual nunca se recuperou. A parte antiga da cidade está situada no topo de uma montanha, cercada em três lados por uma curva no rio Tejo, e tem muitos sítios históricos, incluindo o Alcázar, a catedral, e o Zocodover, seu mercado central.
Deixamos o autocarro num parque de estacionamento e subimos para a parte antiga da cidade por umas escadas rolantes tão compridas que parece que nunca mais chegávamos ao cimo.

De fato a altura é bastante grande. Mas valeu a pena, pois a vista é única, é fantástica. É de salientar que o rio que se vê na paisagem é o Tejo.
Seguimos para o centro da cidade, chegamos à sua Praça Maior que estava engalanada para as festas de “Corpus Christi” que iriam começar dentro de dias, de 31 de Maio a 3 de Junho.
Visitámos a Catedral de Toledo que é uma das três catedrais góticas espanholas do século XIII, sede da Arquidiocese de Toledo, sendo considerada a obra magna desse estilo no país. Foi construída de 1226 a 1493 e foi projetada a partir da Catedral de Bourges. Combina também algumas características do estilo mudéjar, principalmente no claustro.

Foi construída com pedras de Olihuelas, perto de Toledo. Uma de suas partes mais magníficas é o altar Barroco chamado El Transparente. O banho de luz que vem de uma apropriada fenda no teto, faz com que o altar, por alguns minutos, pareça estar se elevando aos céus, o que originou seu apelido.
A Catedral tem também mais de 750 vitrais. A principal fachada tem três portas: a Puerta del Perdón, a Puerta del Juicio Final e a Puerta del Infierno. A primeira tem esse nome porque costumava-se garantir as indulgências para aqueles que por ela entravam para pedir perdão. Hoje é aberta somente em ocasiões especiais. A terceira contém apenas decorações florais. Era usada para a procissão do Domingo de Ramos.

O rei de Portugal D. Sancho II está sepultado na Catedral de Toledo.

Como curiosidade da sua gastronomia, destaca-se um dos pratos emblemáticos de Toledo, são as carcamusas: guisado de carne magra de porco com molho de tomate e ervilhas, com um pouco de molho quente.

Fizemos, depois da visita, o regresso ao Hotel Acueducto, onde tivemos o nosso jantar. Depois do repasto ainda pensamos dar mais uma volta por Segóvia, mas estava a chover e o céu estava iluminado por imensos relâmpagos.


O mau tempo fez com que nos recolhêssemos mais cedo aos quartos para um descanso merecido.

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