quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ALGARVE

PASSEIO ÀS AMENDOEIRAS EM FLOR
11, 12 e 13 de Fevereiro de 2011


Dia 11
Nada melhor que um passeio turístico para conhecer um pouco da cultura, da história, dos costumes e tradições e dos mitos e lendas dos lugares que visitamos.
Desde que o mundo é mundo que as lendas existem, não sendo por isso um privilégio da nossa época. Há muitos e muitos anos atrás elas já estavam por aí sendo divulgadas de boca em boca.
Lenda das Amendoeiras em Flor - Há muitos e muitos séculos, antes de Portugal existir e quando o Al-Gharb pertencia aos árabes, reinava em Chelb, a futura Silves, o famoso e jovem rei Ibn-Almundim que nunca tinha conhecido uma derrota. Um dia, entre os prisioneiros de uma batalha, viu a linda Gilda, uma princesa loira de olhos azuis e porte altivo. Impressionado, o rei mouro deu-lhe a liberdade, conquistou-lhe progressivamente a confiança e um dia confessou-lhe o seu amor e pediu-lhe para ser sua mulher. Foram felizes durante algum tempo, mas um dia a bela princesa do Norte caiu doente sem razão aparente. Um velho cativo das terras do Norte pediu para ser recebido pelo desesperado rei e revelou-lhe que a princesa sofria de nostalgia da neve do seu país distante. A solução estava ao alcance do rei mouro, pois bastaria mandar plantar por todo o seu reino muitas amendoeiras que quando florissem as suas brancas flores dariam à princesa a ilusão da neve e ela ficaria curada da sua saudade.
Na Primavera seguinte, o rei levou Gilda à janela do terraço do castelo e a princesa sentiu que as suas forças regressavam ao ver aquela visão indescritível das flores brancas que se estendiam sob o seu olhar. O rei mouro e a princesa viveram longos anos de um intenso amor esperando ansiosos, ano após ano, a Primavera que trazia o maravilhoso espectáculo das amendoeiras em flor.”

A Lenda das Amendoeiras em Flor foi o mote para fazermos este passeio a terras algarvias, que teve início pelas 08H00 no Largo da Igreja de Tavarede.
Mais uma viagem organizada e bem conseguida pelo Tó Simões, num autocarro da AVIC, que tivemos o privilégio de estrear.
Cerca das 10H00, fizemos uma paragem “técnica” para um pequeno-almoço e outros afazeres essenciais e por vezes obrigatórios…

Perto das 11H30, chegámos a Santo Isidro de Pegões é uma freguesia do concelho de Montijo, distrito de Setúbal. No século XX, os terrenos foram arroteados para darem lugar a um projecto de colonização interna elaborado entre 1937/1938, utilizando os terrenos pertencentes à Herdade de Pegões. A Herdade de Pegões, foi então dividida em três núcleos, Pegões Velhos, Faias e Figueiras. Em cada um deles foram construídos casais agrícolas com uma área média de dezoito hectares, dotados de habitação e instalações agrícolas, beneficiando ainda de sistemas de captação de águas subterrâneas e de superfície. A cada casal correspondiam onze hectares de sequeiro, quatro de vinha, um de regadio e dois de pinhal, tendo ainda direito, por parte da Junta de Colonização, a uma vaca, uma vitela, uma égua, uma carroça com alfaias e um empréstimo de seis mil escudos.

Estas facilidades levaram a que, a partir de 1952, cinco anos após o início das obras de transformação da herdade, 207 colonos e respectivas famílias ali se fixassem. Os candidatos à ocupação de uma fracção da colónia deviam obedecer a cinco requisitos fundamentais: ser cidadão português, menor de 45 anos, robusto e saudável, não ser alcoólico, nem comunista. Os três núcleos contavam ainda com outras infra-estruturas, a saber, escolas primárias, centros de convívio, 3 centros sociais de apoio à infância e postos médicos, igreja paroquial em Pegões Velhos e capela no núcleo das Faias, 3 centros de assistência técnica, casas para os técnicos residentes e uma Pousada para o pessoal técnico exterior. Após a Revolução de Abril, a insistência dos colonos levou à atribuição da posse plena das suas fracções em finais da década de 1980. A 7 de Março de 1958 foi constituída a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões. Superada a fase de ocupação decorrente do processo revolucionário iniciado em Abril de 1974, a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro empreendeu um amplo projecto de recuperação e modernização que tornaram os vinhos de Pegões reconhecidos e premiados tanto a nível nacional como internacional.

Visitámos a Igreja Paroquial de Santo Isidro de Pegões inaugurada em 1957 pela Junta de Colonização Interna. Na parte mais elevada do morro ergue-se a Igreja de Santo Isidro de Pegões. Do lado esquerdo de quem olha de frente, mas já em plano inferior, situam-se quatro pequenos edifícios. Dois deles foram destinados a residência de professores e um terceiro foi construído como local de habitação do pároco. O quarto edifício, de volumetria um pouco mais generosa, é um edifício escolar. Tal como aquele que se situa no outro lado do prolongamento do eixo da Igreja de Santo Isidro de Pegões, também de idêntica função. O templo da igreja tem a fachada virada a norte, desobedecendo portanto à norma habitual que estabelece o alinhamento do eixo dos templos no sentido Leste-Oeste, com o altar-mor situado a nascente (onde se localiza Jerusalém…) e, portanto, a cabeceira virada a sul. Neste conjunto, porém, o que mais surpreende o visitante da Igreja de Santo Isidro de Pegões é decerto o traço a que obedece o desenho, quer e sobretudo o do templo, quer, ainda, o dos edifícios residenciais e escolares vizinhos acima referidos.

Por volta das 12H00 na povoação de Fernando Pó fizemos uma visita com prova de vinhos na Casa Ermelinda Freitas, onde também alguns dos nossos companheiros de viagem tiveram a oportunidade de comprar algumas garrafas. Marateca é uma freguesia do concelho de Palmela, distrito de Setúbal, com mais de 500 anos de história, abrangendo as localidades de Águas de Moura, Margaça, Cajados, Fernando Pó, Fonte da Barreira e Agualva de Cima. O povoamento da freguesia remonta à época da colonização romana, século XII, existindo uma lenda popular que conta “ que um cavaleiro português se apaixonou por uma bela mourisca. Este cavaleiro residia no local onde hoje em dia é a Marateca. Para ficar com a sua amada, raptou-a e entregou-a aos de sua confiança, para que estes a entregassem, sem que fosse encontrada, a sua família. A bela muçulmana fez a viagem por mar e depois pelo Rio Sado, até chegar ao destino. Como não dominava a língua portuguesa, quando lhe perguntavam como tinha ali chegado, ela respondia “Mar até cá”. Actualmente esta designação dá o nome à freguesia de Marateca.

CASA ERMELINDA FREITAS - A Família Freitas produz vinhos nesta zona privilegiada da região de Palmela, há cinco gerações. A Casa Ermelinda Freitas propriedade da Dra. Leonor Freitas possui 102 ha de vinha dos quais 94 ha da casta Castelão, mais conhecida na zona por Periquita, e 8 ha da casta Fernão Pires (branco). O primeiro vinho a ser comercializado foi o Dom Freitas 1998 em homenagem ao avô da proprietária actual. Pretendendo ser uma mais valia para o turismo e a economia do concelho de Palmela, Leonor Freitas gostaria que a Casa Ermelinda fosse "um símbolo pedagógico da região, levando às escolas a cultura e a história da vinha e do vinho, uma arte secular." A adega, apetrechada com a mais moderna tecnologia, apresenta uma simbiose entre o moderno e tradicional, integrando no mesmo edifício um conjunto de áreas que vão desde a produção, estágio em barricas de carvalho e engarrafamento de vinhos. A Casa Ermelinda Freitas tem ganho vários prémios nos concursos mais prestigiados do mundo com as nossas principais marcas: Terras do Pó, Dona Ermelinda e Quinta da Mimosa.

Já perto das 13H00, depois desta visita e ainda na localidade de Pegões, fomos até ao Restaurante “O Coradinho”, onde nos esperava o almoço já antecipadamente marcado pelo nosso organizador Tó Simões. Com uma cozinha tradicional portuguesa, simples, ali nos serviram uma sopa de legumes, uma das especialidades da Casa: Bacalhau no Forno, sobremesas e acompanhamentos que nos agradou pela qualidade e simpatia dos funcionários. De tal modo que ficou já marcado o almoço para domingo na viagem de regresso a Tavarede/Figueira da Foz.
A chegada a Vilamoura foi feita por volta das 19H00, ao Hotel Luna Olympus de 4 estrelas, onde ocupamos os quartos: apartamentos amplos e modernos equipados com uma kitchenette, tv satélite, telefone e varanda. Possui piscina, bar, ténis e coffee-shop. Com o resto do tempo livre, ou seja a noite, um grande grupo de companheiros de viagem, juntou-se para o jantar num restaurante ali perto. Como a noite não estava agradável fomos todos descansar para o Hotel.

Vilamoura situa-se no Algarve, concelho de Loulé, freguesia de Quarteira. Dispõe de marina, uma academia de golfe e cinco campos de golfe, um casino, várias discotecas, clube de ténis, clube de mergulho, outras instalações de lazer, uma extensa praia, e dezenas de hotéis de 4 e 5 estrelas. Na área de Vilamoura situam-se as ruínas romanas do Cerro da Vila, onde é possível ver um complexo de banhos e os mosaicos de uma residência representando peixes. O empresário fundador de Vilamoura foi Cupertino de Miranda.

Dia 12
Saímos do Hotel às 09H00 para visitar Albufeira.

Albufeira é uma cidade pertencente ao Distrito de Faro. Albufeira é sede de um município limitado a noroeste pelo município de Silves, a nordeste por Loulé, e a sul tem uma costa ampla para o Oceano Atlântico. A partir de meados do século XIX verificou-se um desenvolvimento da economia graças à actividade piscatória. Porém, da década de 1930 à década de 1950, registaram-se tempos de decadência, as armações de pesca arruinaram-se, as fábricas fecharam, as embarcações desapareceram e muitas casas foram abandonadas.

O seu Património - Castelo de Albufeira, Bateria de Albufeira, Castelo de Paderne e Ponte medieval de Paderne. Miradouros - Dentro da cidade os melhores miradouros são os mirantes do Rossio e o Bem Parece. Existem muitas grutas e túneis a explorar, como por exemplo: a Cerro do Malpique, o Lajem do Cónego, a Cova do Xorino, entre outros locais.

Após um curto passeio por Albufeira, cerca de 30 minutos, o autocarro levou-nos até ao Carvoeiro, que é uma freguesia do concelho de Lagoa cujo património mais significativo, em termos turísticos, é o sítio do Algar Seco, um verdadeiro ex-líbris pelo conjunto harmonioso de formações rochosas, que o mar, o vento e as águas foram talhando pacientemente ao longo de milhões de anos. Foi sempre um local que impressionou o visitante, um quadro pintado de estranhas e irrepetíveis formas, de grutas, algares e falésias esculpidas no calcário e na argila, onde a imensidão azul e calma ou as vagas alterosas se escondem no horizonte infinito das suas rochas que formam autênticas varandas e janelas naturais sobre o mar. Algar, em português, significa “caverna, gruta, despenhadeiro”.
Este algar seco é uma rede de grutas que sobem do mar, passam por debaixo da linha de rochas costeiras e faz entrar a água das marés em piscinas interiores, onde rugem as ondas. No meio de rochas encontramos um anfiteatro de rara beleza, onde o homem foi também, ao longo dos anos, moldando escadinhas e recantos e um bar com esplanada.

Já a hora do almoço estava a chegar quando chegamos a Lagos e onde a primeira prioridade foi encontrar onde comer. A escolha foi numa tasquinha comesplanada “Casa do Zé”, junto ao Mercado. Ali entre outros pratos escolhemos “lulas fritas”. Todos os dias estamos de facto a aprender. As lulas apareceram, mas eram estufadas… questionada a senhora que nos atendia nas mesas, a D. Fernanda, nos informou de que na realidade eram “lulas fritas à moda do Algarve”. Esta troca de nomenclatura não nos convenceu e até nos divertimos, levando esta “trapalhada” na brincadeira.

Lagos é uma cidade histórica e turística e uma das cidades mais visitadas no Algarve devido à grande quantidade de praias, bares, hotéis e restaurantes que dispõe. A primeira localidade na região de Lagos, chamada de Laccobriga ou Lacóbriga, foi fundada cerca de 2000 anos antes do Nascimento de Cristo pelos cónios. Depois do almoço passeamos um pouco pela cidade tendo encontrado a Estátua de El-Rei D. Sebastião (Localizada na Praça Gil Eanes, da autoria de João Cutileiro, considerada por José Augusto França como um dos mais belos exemplares de escultura ao Sul do Tejo. Inaugurada em 1973, esta escultura é alusiva a D. Sebastião e à sua personalidade), o Mercado Municipal da Avenida, a Igreja Paroquial de Santa Maria de Lagos, Monumento ao Infante D. Henrique, a Igreja de Santo António, Forte de Nossa Senhora da Penha de França ou da Ponta da Bandeira, Monumento aos Navegadores, Fonte das Oito Bicas, percorremos a Avenida, ao longo da Ribeira de Bensafrim.


Às 15H00 saímos desta cidade na direcção de Silves.

Silves - é uma cidade no Distrito de Faro. Silves já foi capital do Algarve, mas perdeu esse estatuto, em parte, devido ao assoreamento do rio Arade. As freguesias de Silves são as seguintes: Alcantarilha, Algoz, Armação de Pêra, Pêra, São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra, Silves e Tunes. Xelb era o nome dado à cidade de Silves durante o domínio muçulmano. Anteriormente, durante o domínio Romano, chamar-se-ia Cilpes, nome que surge em algumas moedas Romanas batidas nesse local no Século I a.C.. Um dos espécimes encontrados apresenta no obverso o nome CILPES entre duas espigas deitadas e no reverso um cavalo a galope, para a esquerda. Como Património destaca-se: Castelo de Silves, em posição dominante sobre a foz do rio Arade, constitui-se no maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo da arquitectura militar islâmica no país; Castelo de Alcantarilha e Sé Catedral de Silves, situada no Largo da Sé, apresenta uma estrutura com um cunho principalmente gótico, mas também elementos de outras épocas, visto ter vindo a sofrer alterações ao longo dos séculos.
Fizemos uma visita guiada ao Castelo de Silves. Situado numa posição dominante sobre a foz do rio Arade, é o maior castelo da região algarvia, sendo considerado como o mais belo exemplo da arquitectura militar islâmica no país.

Para nos receber ergue-se a estátua de D. Sancho I à entrada do castelo.
No século VIII, com a Invasão muçulmana da Península Ibérica, iniciaram a fortificação de Silves, como o confirmam as recentes escavações. Foi por volta do século XI, que foi construída a configuração genérica do perímetro muralhado do castelo. A muralha ameada, rasgada por três portas, era reforçada por torres de planta quadrangular. Internamente a povoação era definida por duas ruas principais, constituindo dois eixos. Junto à porta principal (Porta de Almedina, Porta de Loulé) erguia-se o vasto Palácio da Varandas, hoje desaparecido, mas conhecido pela poesia de Al-Mu'tamid.
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, o monarca português D. Sancho I (1185-1211) também foi atraído pela prosperidade deste enclave. No Verão do ano de 1189, com um auxílio de uma nova frota de cruzados de Ingleses e Alemães, intenta a conquista de Silves, a quem impôs uma dura derrota.
A povoação e seu castelo mantiveram-se na posse de Portugal até à contra-ofensiva Almóada sob o comando do califa Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur, em 1191.
Foi apenas no início do século XIII a reforma Almóada das defesas do castelo, empreendida pelo último rei muçulmano, Ibn al-Mahfur, que lhe conferiu as linhas gerais que, com alterações, chegaram aos nossos dias.
A reconquista de Silves só retornou definitivamente às mãos de Portugal sob o reinado de D. Afonso III (1248-1279), em 1253, o soberano concedeu à povoação o seu Foral (1266), quando terá também determinado a recuperação e reforço das suas defesas. Posteriormente, D. Fernando (1367-1383) e D. João I (1385-1433) promoveram reparos nessas defesas. Quando do terramoto de 1755, a sua estrutura foi severamente danificada. Desde 1984 que decorrem escavações arqueológicas no interior do castelo. Actualmente, este castelo constitui um dos maiores e mais bem conservados monumentos do país. A fortificação é constituída por um típico exemplar da arquitectura militar islâmica, erguida com o emprego de taipa, revestida com grés (arenito), material abundante na região e que lhe confere uma tonalidade avermelhada.
A fortificação islâmica ordenava dois grandes espaços: a alcáçova e a almedina. Na alcáçova destacam-se ainda, as cisternas:
- a Mourisca, de dimensões monumentais, com abóbadaapoiada por cinco arcos de volta inteira assentes em colunas quadradas. Segundo a tradição, a sua capacidade era suficiente para abastecer a povoação durante todo um ano;
- a Cisterna dos Cães, com cerca de 70 metros de profundidade, ao que se crê, aproveitamento um antigo poço de exploração de cobre da época romana.

Ao longo deste nosso passeio por terras algarvias, sempre rodeados por lendas, não poderia deixar recordar uma das mais belas, que o guia desta visita nos contou:

Lenda da Moura Encantada
Depois da conquista cristã formou-se no povo de Silves uma lenda que ainda hoje perdura. Na noite de S. João, à meia-noite, aparece na Cisterna Grande do Castelo (Cisterna chamada Mourisca) uma moura encantada, navegando sobre as águas numa barca de prata com remos de ouro e entoando hinos da sua raça. É uma princesa encantada que aguarda a chegada de um príncipe da sua fé que pronuncie as palavras necessárias para o desencanto.


E assim aconteceu a nossa viagem de regresso a Vilamoura, onde o jantar se realizou no mesmo restaurante da noite anterior.

O interesse de realçar este jantar é porque o prato principal tinha um nome original, pelo motivo do seu conteúdo ser muito vulgar. O curioso do nome do prato: “Ensopado de Galo”; a vulgaridade do conteúdo: grão, uma espécie de “Rancho”; a carne era: galo. Estava delicioso.
Após o repasto fomo-nos juntar a outros companheiros de viagem que se encontravam na Marina. Acabámos a noite a beber Sangria, no Bar “7 Figo & China”.




Dia 13
Saímos do Hotel Luna Olympus de 4 estrelas pelas 08H00.
Por volta das 10H00, aconteceu a paragem técnica do costume para o café e etc., numa área de serviço antes de Ourique.
Perto das 13H00, tal como já tinha ficado marcado na sexta-feira passada, o almoço foi no Restaurante “O Coradinho”, em Pegões. Agora foram escolhidos dois pratos: Bacalhau cozido e Feijoada de Chocos.

Após o almoço viajámos até Salvaterra de Magos, uma vila pertencente ao Distrito de Santarém, e sede de um município subdividido em 6 freguesias: Foros de Salvaterra, Glória do Ribatejo, Granho, Marinhais, Muge e Salvaterra de Magos. Como Património podemos salientar: o que resta do Paço Real, nomeadamente a Capela e a Falcoaria, a Igreja Paroquial de S. Paulo (1296), a Igreja da Misericórdia do século XVII, a bonita Fonte do Arneiro (1711), a grandiosa Ponte Ferroviária Rainha Dona Amélia, segundo projecto de Gustave Eiffel (1903), a barragem e albufeira de Magos (1936), localizada na ribeira de Magos, na bacia hidrográfica do rio Tejo e a Praça de Touros de Salvaterra de Magos (1920).


Já com a visita marcada fomos recebidos na Falcoaria Real, onde um falcoeiro fez uma demonstração com um falcão. Estão em exposição algumas aves falconídeas e existe na Falcoaria Real uma exposição interactiva que reúne toda a informação disponível sobre os primórdios da falcoaria, a evolução dessa arte até aos últimos anos do Palácio da Falcoaria Real em Salvaterra de Magos e informação adicional sobre reputados falcoeiros da região. Dois quadros digitais interactivos são a principal atracção desta exposição altamente formativa e informativa.
Próximo destino: Santarém. Já com o passeio quase no fim ainda faltava a visita, já combinada com o padre responsável, à Sé de Santarém. Como às 17H00, este monumento já se encontra encerrado, alguém estaria à nossa espera para nos acompanhar na visita, o que não aconteceu não sabendo na altura o motivo.
Desiludidos e com um tempo muito desagradável, começámos o nosso regresso a casa. Antes porém, parámos no Restaurante Snack-Bar “O Bigodes” para aconchegar as barrigas até à nossa chegada a Tavarede, o que aconteceu por volta das 21H00.


O próximo passeio já está na “forja”.
Então até à próxima…

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

ESCAPADA RURAL NA LOUSÃ

QUINTAL DE ALÉM DO RIBEIRO

10 e 11 de Dezembro de 2010

Saímos de Tavarede na direcção de Coimbra.
Uma vez em Coimbra seguimos na direcção da Estrada da Beira (N17) ou Lousã.
Atravessámos a ponte da Portela e percorridos 14 kms encontrámos a placa que indica a direcção da Lousã. Saímos à direita (EN236) e seguimos sempre em frente até Foz de Arouce onde atravessámos a ponte romana sobre o rio Ceira. Após 3,5 kms e depois de passarmos a Póvoa da Lousã encontrámos uma placa azul que indicava a direcção do Quintal em Ceira dos Vales. Depois de virarmos à esquerda foi só seguir as placas, em cerca de 1,7 kms, e chegámos finalmente ao Quintal de Além do Ribeiro. Estas indicações são dadas pelo proprietário, nós seguimo-las, este é o percurso para gozarem deste espaço, que vivamente aconselho.

Desde Agosto, altura em que fizemos a primeira reserva, que por motivos diversos nos impediram de fazer esta “escapadinha”.
Foi algum tempo adiado.
Mas não foi tempo perdido.
Registamos o sossego do local, o conforto dos aposentos (Quarto do Caçador) e a simpatia de quem nos recebeu, o sr. Manuel Carvalhinho e a sua esposa D. Maria José, que decidiram abrir as portas desta sua casa setecentista a quem procura o ar puro e a eterna beleza natural da serena paisagem serrana da Lousã.
O pequeno-almoço foi servido com muito requinte, qualidade e em quantidade, numa salinha, que por acaso até estava junto ao nosso quarto: 3 tipos de pão; Iogurte de vários sabores; Sumo de laranja (natural); Água; Leite; Café; 2 tipos de Bolo Caseiro; Tábua de Queijos; Fiambre; Queijo Fresco; Requeijão; Compotas caseiras; Mel; Frutas e Cereais.
O horário era bastante abrangente, com início às 9H00 até às 12H00. Tinha ainda a curiosidade das mesas estarem marcadas com o nome de cada quarto.
E como já mencionei anteriormente ficamos no Quarto Caçador, decorado consoante o tema e equipado com uma cama de casal e uma outra cama individual, aquecimento central, TV, varanda e área exterior exclusiva.
O Quintal de Além do Ribeiro, consta de um conjunto arquitectónico rústico mas nobre, cuja construção provém do séc. XVIII, ao tempo das invasões napoleónicas, recuperado para manter conservado este valioso património de família.

Aproveitámos a nossa estadia para visitar lugares de interesse.

Dia 11 de Dezembro de 2010
À noite, fomos até à Lousã onde após uma breve visita à cidade, chegou a hora do jantar. Optámos pela Churrascaria Borges, tendo o grelhado misto ter sido a nossa escolha o qual estava muito saboroso, para além da quantidade de comida, onde destacamos os enchidos que estavam divinais.
Aconselhados pelo sr. Manuel Carvalhinho, nessa mesma noite telefonámos para o Restaurante “O Burgo”, situado junto às piscinas da Serra, para marcarmos o almoço para o dia seguinte, o que não conseguimos visto já estar esgotado. Paciência, pois vai ficar para a próxima visita à Lousã.

Dia 12 de Dezembro de 2010
Depois de uma noite que nos proporcionou um bom descanso acompanhado com a tranquilidade do silêncio, acordámos com os sons característicos do campo. Após um retemperador pequeno-almoço, com sabores caseiros, saímos do Quintal e dirigimo-nos para a cidade da Lousã.
Ali visitámos alguns locais de interesse, estivemos numa feira/mercado igual a todas as outras, contactámos o comércio local, que respira a época de Natal e até fizemos algumas compras, poucas pois a crise assim o obriga. Mas não deixámos de pensar no nosso netinho Tiago.
Almoçámos, por indicação do sr. Manuel Carvalhinho, no Restaurante “Casa Velha”, onde foi difícil escolher o que comer pela quantidade de pratos existentes. A ementa regional estava recheada de sabores (pensamos), mas escolhemos umas das sugestões do dia, uma carne assada, com um nome específico da casa que já não nos lembramos. Estava delicioso e parece que como é hábito por estas paragens o comer é servido em grandes quantidades. Recomendamos também este restaurante a quem vier passear para estas paragens.

A seguir ao almoço subimos até à Serra da Lousã.
Esta serra fica situada entre dois rios - O Ceira e o Zêzere - é o ponto de encontro da vegetação Atlântica e da tipicamente Mediterrânica, ou seja, nela encontramos árvores como o Azevinho, o Azereiro, a Azinheira ou o Sobreiro.
Elo dessa formidável cadeia de montanhas chamada Cordilheira Central, a Serra da Lousã não é a mais alta nem a maior de todas, mas é sem dúvida uma serra de uma enorme grandeza.
Estacionámos o carro junto ao Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, porque está localizado na margem direita do rio Arouce. Infelizmente estava fechado. As muralhas são em alvenaria e xisto, porque nesta região predomina este material.
Junto ao Castelo estivemos junto à Ermida de Nª. Senhora dos Aflitos, que também estava fechada. Mas como é muito pequena dá para se ver facilmente o seu interior.
Em seguida descemos a pé até às piscinas naturais, onde nos dias quentes convida a um bom mergulho. A água estava muito límpida e corria livremente já que nesta altura do ano não a prendem para que rio se transforme em piscina.
A tarde convidava a caminhar.
Perto das piscinas naturais encontra-se o Restaurante “O Burgo”.
Subimos mais um pouco e encontramos um parque de merendas e as Capelas de S. João, do Sr. da Agonia e de Nª. Senhora da Agonia.
Já um pouco cansados entramos no nosso carro para ainda nos encaminharmos na direcção das aldeias de xisto. Porém, a tarde já estava a caminhar para o anoitecer, pois que nesta altura do ano os dias são muito curtos.
Mas nenhuma viagem a esta serra pode ignorar o património das inconfundíveis aldeias de xisto. Erguidas com o que estava à mão, empilhando pedra sobre pedra, sem reboco nem pinga de tinta, as casas destas aldeias com janelas que parecem postigos tomam o aspecto de fortalezas. Quase todos estes povoados foram abandonados, mas alguns hoje estão recuperados para turismo.
Ao longo da estrada que se ondulava pela serra acima íamos vendo alguns punhados de casas que espreitavam por entre a folhagem.
Decidimos voltar para trás, já que estava rapidamente a escurecer e ainda corríamos o risco de já não podermos ver nenhuma casa de perto. Optámos por parar na aldeia de CANDAL que se ergue numa colina voltada a Sul. Estrategicamente colocada junto à Estrada Nacional, que liga Lousã a Castanheira de Pêra. A nossa visita foi recompensada ao subirmos as ruas inclinadas, com uma vista sobre o casario e a frescura da água da Ribeira do Candal.
Chegámos à Lousã já de noite.
O nosso dia estava a chegar ao fim. Uma noite reparadora esperava-nos no Quintal de Além do Ribeiro.

Dia 13 de Dezembro de 2010
A manhã nasceu enevoada, mas adivinhava-se um dia soalheiro…
O pequeno-almoço como primeira refeição é importante e foi um momento que foi partilhado por ambos para início do dia em que iríamos deixar este lugar já com alguma nostalgia. Não vou descrever o que nos foi apresentado para comer, pois já o fizemos anteriormente. Só não queremos deixar de mais uma vez salientar a boa qualidade dos alimentos, com a vantagem de serem caseiros.
Nestas duas noites foi-nos proporcionado um bom descanso e momentos de descontracção; um carregar de “baterias” para a semana de trabalho que se aproximava.
Gostámos da simpatia e disponibilidade demonstradas.
Obrigada pela vossa hospitalidade
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Seguramente esperamos voltar e recomendaremos a toda a gente o Quintal de Além do Ribeiro.

Chegou a hora de partirmos de regresso a nossa casa.

domingo, 28 de novembro de 2010

FADO - História de um Povo

de Filipe La Féria

Casino Estoril
Mais uma vez com organização do Tó Simões, dia 27 de Novembro de 2010, pelas 9H00 saímos no autocarro da AVIC, conduzido pelo Magalhães, junto à Igreja de Tavarede com destino ao Estoril para assistirmos ao actual espectáculo de Filipe La Féria.
Perto das 12H00, chegámos ao Campera Outlet Shopping, situado no Carregado.
O Campera recriou uma típica vila portuguesa, sendo o mais bem sucedido Outlet em Portugal onde encontramos algumas marcas nas 120 lojas de moda nacional e internacional, desporto, artigos para o lar, brinquedos, perfumaria, serviços, uma extensa área de restauração com o melhor da gastronomia nacional e internacional. Ali almoçámos e quem quis pode fazer algumas compras.
Às 14H30 minutos saímos na direcção do Estoril, onde no salão preto e prata do Casino tivemos o prazer de assistir ao espectáculo “Fado, História de um Povo”, de Filipe La Féria, durante cerca duas horas.
La Féria idealizou e realizou um grande espectáculo no Casino Estoril onde conta a História do Fado, desde as suas origens até a actualidade, com uma encenação que recorre às mais modernas tecnologias, utiliza três ecrãs de leds, transformando o cenário em 3D.
Saí não só emocionado mas também maravilhado com o que me foi dado ver.

Desde um guarda-roupa espectacular; passando por toda aquela combinação de sonho das luzes. Os textos emocionaram-me e alguns deles até me fizeram verter uma lágrima no canto do olho.
Os fados homenageiam os grandes mitos do Fado com saudade, como a Severa, Amália, Alfredo Marceneiro, Hermínia Silva (também uma grande “diva” do fado a par da Amália), Maria Teresa de Noronha, Carlos Ramos, Carlos do Carmo, Max, Tristão da Silva ou Tony de Matos, e ainda o Fado Vadio, o Fado Batido, o Fado Tango, enfim, todos os géneros do Fado.
Mas todo este espectáculo que tive o prazer de assistir ficou mais rico com todas as surpresas que La Féria idealizou, utilizando todos os meios disponíveis, não só técnicos como também do próprio edifício do casino. E assim, do tecto da sala apareciam como por magia lanternas gigantes, relembrando as das ruas de Lisboa, dentro das quais os bailarinos dançavam; tiras de tules branco onde bailarinos/acrobatas se retorciam numa dança inquietante; um cavalo enorme trazendo um dos grandes cantores do elenco que nos maravilhou com a sua voz.
Sempre a imaginação de Filipe La Féria aliada ao grande elenco constituído por um conjunto de vozes únicas, de tonalidades e interpretações excelentes.
Conjunto de actores, cantores, bailarinos, acrobatas e músicos, com a participação da Alexandra, ao lado de Henrique Feist, Liana, Gonçalo Salgueiro, Paula Sá, Inês Santos, Luís Matos, Elsa Casanova, Luís Caeiro, Flávio Gil e Jorge Silva, entre muitos outros artistas de grande talento.

Participam neste espectáculo mais de 80 actores, cantores, bailarinos, acrobatas e uma orquestra de 12 músicos sob a direcção do Maestro Mário Rui.
Foi para mim uma grande e boa surpresa que o Casino Estoril, no seu Salão Preto e Prata, tenha recebido agora o Fado, a alma e a história de todos nós.
Aconselho a todos os que poderem ver este espectáculo, a não o perderem, contituindo um óptimo cartão de visita da nossa cultura e da nossa história!!!

Nota: Imagens retiradas da NET

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

CANTIGAS DE TAVAREDE

CONCURSO NACIONAL DE MÚSICA DA FUNDAÇÃO INATEL

A Fundação INATEL, para o triénio 2009/2011, definiu as práticas culturais amadoras como um dos vectores estratégicos da sua política cultural.

A Sociedade de Instrução Tavaredense, tal como os outros grupos participantes, fez a sua candidatura tendo apresentado o seu programa que foi apreciado e aceite pela INATEL.

Foi no dia 3 de Outubro de 2010, domingo, que no Cine-Teatro Jardim, em Seia, decorreu a Eliminatória Regional do Centro do Concurso Nacional de Música da Fundação INATEL.Cantigas de Tavarede” coro da Sociedade de Instrução Tavaredense (SIT), dirigido pelo Maestro João Cascão, foi o grupo apurado para a Final Nacional de Música.

Foi ontem dia 21 de Novembro, domingo, que em Beja no Teatro Municipal Pax Júlia, numa excelente participação, honrando os pergaminhos da Sociedade de Instrução Tavaredense, o grupo “Cantigas de Tavarede”, com uma actuação de grande nível, recebeu do Júri uma Menção Honrosa.

Congratulo-me por esta distinção porque para além do que disse anteriormente, também tenho a honra de integrar este grupo de cantigas, onde senti como os meus companheiros e amigos a responsabilidade de dignificar a SIT e a nossa Vila de Tavarede.
O 1º lugar foi atribuído ao Coro Feminino do Conservatório do Vale de Sousa da Associação de Cultura de Lousada.

Esta nossa participação, segundo a minha opinião, teve pontos muito positivos. Pois para além da vertente competitiva, foi importante a troca experiências, de saberes e o convívio entre os grupos participantes.

Outro ponto que não quero deixar de focar foi a atitude do Júri. Antes de dar a conhecer a classificação fez uma análise sobre o trabalho de cada um dos grupos, onde foram focados não só os pontos positivos como também os aspectos a melhorar. Esta prática para mim é de uma grande correcção, pois que permite a cada grupo melhorar esses aspectos no futuro.

Finalmente, não quero deixar de fazer um reparo.
Os reportórios dos coros participantes não apresentaram temas de música portuguesa. Este facto também foi focado pelo próprio Júri do evento.

Para que fique a constar, vou seguidamente dar a conhecer a constituição do Júri:








Parabéns ao grupo "Cantigas de Tavarede"!


Parabéns à Sociedade de Instrução Tavaredense!