26 de Junho de 2013
Pelas 13H30, saiu do Largo da Igreja de Tavarede rumo a Lisboa, um autocarro da AVIC, conduzida mais uma vez pelo Magalhães, com 58 ocupantes e cuja organização é da responsabilidade do Tó Simões.
Pelas 16H30, estávamos a iniciar a visita à Casa-Museu Amália Rodrigues.
“A Fundação Amália Rodrigues é uma pessoa coletiva de direito privado e tipo fundacional sem fins lucrativos de solidariedade social e utilidade pública em geral, instituída por testamento de Amália Rodrigues, sua última vontade, exarado por escritura em 30 de Setembro de 1997 vindo a ser reconhecida em 25 de Janeiro de 2000 mediante a publicação na III Série do Diário da República n.º 38, de 15 de Fevereiro de 2000, através da Portaria n.º 281/2000.
Tem por missão auxiliar os mais desfavorecidos, instituições de beneficência ou de solidariedade social e nesse propósito, desenvolver todas as atividades que entender como adequadas à realização dos seus fins, sem nunca esquecer a vontade real ou presumível da sua fundadora.
Além do Presidente, a Fundação é constituída por um Conselho de Administração, um Conselho Fiscal e um Conselho Geral, com competências definidas nos seus Estatutos publicados no Diário da República n.º 301, da III Série, de 29 de Dezembro de 1999.
Tem a sua sede na Rua de São Bento n.º 193, em Lisboa, onde funciona a Casa Museu Amália Rodrigues, aberta ao público para visitas todos os dias do ano exceto às segundas-feiras e Feriados.
Reconhecida de utilidade pública com efeitos retroativos à data do pedido, por despacho da Presidência do Conselho de Ministros, assinado pelo Senhor Primeiro-Ministro, José Sócrates, em 28.09.2007.
A Fundação Amália Rodrigues é detentora dos direitos de nome e imagem da fadista, gerindo este património imaterial com o objetivo de captar apoios e receitas para concretizar a ação de solidariedade social que, por testamento de Amália Rodrigues, constitui o objetivo nuclear da Fundação.
Para fazer jus a este desiderato, a Fundação promove e apoia exposições e eventos associados ao nome de Amália Rodrigues e ao Fado, publicações literárias, álbuns e registos fonográficos e videográficos, objetos de ornamentação e coleção (desde joalharia a artigos de consumo alimentar).”
Visitamos então esta casa do nº 193 na Rua de São Bento, carregada de história onde Amália Rodrigues viveu meio século e onde também veio a morrer em 1999 e que foi transformada em museu com o objetivo de preservar e dar a conhecer aos seus muitos admiradores todo o ambiente, os espaços e objetos que povoaram a vida da artista e são testemunho vivo da sua carreira e das suas vivências pessoais. A Casa-Museu teve algumas remodelações, mas houve o cuidado de manter quase tudo como Amália deixou.
No total, encontram-se expostas mais de 30 mil peças.
No hall, em lambril de azulejos com motivos florais do séc. XVIII, já podemos apreciar muitas obras de arte.
A sala de estar, em lambril de azulejos azuis com motivos florais do séc. XVIII, guarda algumas das peças mais preciosas, como uma guitarra e bandolim do século XIX, um piano, diversas medalhas e condecorações.
A sala de jantar encontra-se preparada para uma noite de festa, com a mesa posta, numa mobília, séc. XIX, entre muitas outras peças que a compõem e decoram.
No piso superior encontramos o espaço mais íntimo e pessoal, o quarto de dormir, onde estão expostos objetos como perfumes, vestidos, um xaile, sapatos e joias.
Na Ante-Câmara: encontramos diversos quadros; vitrina com joias de cena; objetos de adorno e em prata; espelho Império; cómoda D. Maria; arca com Gavetas e um Busto de Amália em bronze.
No Quarto de Amália: sobre a cama pintura italiana, séc. XVIII; cómoda folheada a pau santo D. José / D. Maria, fins do séc. XVIII; oratório português policromado, séc. XVII; quadro a óleo sobre cobre, com motivos religiosos; toucador onde Amália se maquilhava; e vestidos usados em espetáculos.
Para quem gosta da Amália e do Fado, vai gostar de fazer esta visita. Nós gostámos de a fazer. Fomos guiados pela amiga e confidente de Amália, Estrela, que ao longo da visita respondeu a todas as dúvidas, assim como também foi contando histórias da fadista. Esta visita proporcionou-nos a possibilidade de conhecer mais um pouco a vida de Amália, que se encontra presente em toda casa e em cada um dos objetos e do mobiliário que constituíram o seu dia-a-dia.
Cerca das 18H00, chegámos à Baixa lisboeta.
Ficámos pela Rua das Portas de Santo Antão, onde iríamos jantar e mais assistir ao espetáculo no Teatro Politeama, Grande Revista à Portuguesa.
Alguns dos companheiros de viagem, seguiram a minha escolha de jantar no Restaurante “O Churrasco”.
Quase em frente do Coliseu, é um dos restaurantes que frequento sempre que vou a Lisboa. E tal como o seu nome indica, a especialidade é o frango assado no espeto, apesar de se poderem escolher outras especialidades tais como: Amêijoas; Arroz de marisco; Enguias; Ensopado de Enguias; Lampreia; Peixe Grelhado; Bacalhau assado; Bacalhau à Tia Anica; Arroz de Tamboril; Entrecosto de Vaca na Brasa; Tachinho da Casa; Cabrito assado; Carne de porco à alentejana; Carnes grelhadas; Coelho; Costeleta de novilho; Frango assado; Javali…
A decoração interior apresenta as paredes revestidas a madeira, com alguns painéis de azulejo e quadros espalhados por todas elas. Mas a nossa escolha para o jantar foi na esplanada.
Como eu e a minha esposa já conhecemos o frango assado sempre fantástico, aconselhámos os nossos companheiros de mesa a escolher este prato. Todos aceitaram. De início os empregados perguntam sempre: Peito ou perna? Pessoalmente comecei pelo peito. Claro que para acompanhamento sugeri as batatas fritas às rodelas, estaladiças e saborosas. Também decidimos optar por acompanhar também com o esparregado. Como estava muito calor, uma bebida fresca estava a calhar: vinho branco.
Uns adereços não muito usuais enfeitam as mesas: taças de barro com um molho picante, que com um pequeno pincel constituem uma boa opção para "pincelar" o frango, no nosso caso.
Os frangos, assim outras iguarias, são assados no carvão à vista de quem passa, junto à montra que dá para a rua, por um empregado muito simpático e com uma mão mágica que confere aos seus assados um gostinho especial.
Não quero deixar de salientar o alto nível profissional dos restantes funcionários.
Tal como eu também os meus companheiros não saíram desiludidos deste restaurante e até prometeram voltar na próxima vez que se deslocarem a Lisboa.
Às 21H00, tal como foi combinado pelo nosso organizador, Tó Simões, estávamos em frente ao Teatro Politeama, onde nos foram distribuídos os bilhetes.
Às 21H30, em ponto como mandam as regras, teve início a "GRANDE REVISTA À PORTUGUESA".
Este ano o Teatro Politeama está a comemorar 100 anos de existência. Para assinalar este facto, Filipe La Féria propôs apresentar esta revista.
Também ao comemorar 20 anos, da apresentação do musical “Passa por mim no Rossio”, La Féria volta a este género tão querido do público português com este musical que passa em revista toda a atualidade do nosso País com crítica mordaz, humor, música e coreografias, numa produção que de certeza ficará na memória de todos os portugueses.
“A Grande Revista à Portuguesa” tem como principais intérpretes os populares atores João Baião, Marina Mota, Vanessa, Maria Vieira, Ricardo Castro e Rui Andrade, à frente de um grande elenco de atores, cantores, bailarinos e acrobatas tendo quinzenalmente uma nova atração que contará com a participação dos maiores cantores e cómicos do espetáculo em Portugal como Herman José, Maria Rueff, Anabela, Fernando Mendes, Joaquim Monchique entre muitos outros.
“A Grande Revista à Portuguesa” é uma mega-produção que homenageia o género mais genuíno do nosso Teatro num espetáculo que revisita o humor e a arte de ser português. Conta com um texto original de La Féria e figurinos de Costa Reis, convida os espetadores a uma viagem ao Portugal de hoje com todos os seus “heróis”, fantasmas e hilariantes situações e equívocos, que proporciona uma noite de gargalhadas num país deprimido e em crise.
Ao rirmos das nossas tragédias, rirmos de nós mesmos é um espetáculo sofisticado, digno dos maiores palcos do mundo, interpretado por grandes artistas e que recorre aos mais sofisticados meios tecnológicos de vídeo em leds.
“A Grande Revista à Portuguesa” será um espetáculo histórico que marcará uma nova fase no Teatro para o grande público sob a direção, a arte e o engenho de Filipe La Féria.
Tive assim a grande oportunidade te assistir a um grande espetáculo. Os textos são políticos, críticos, bem escritos.
Os cenários são fabulosos! O guarda-roupa é deslumbrante!
A Marina Mota é uma senhora! A sua elegância, o seu talento e a sua jovialidade, estão aqui patentes com toda a sua pujança.
O João Baião é um verdadeiro “animal” de palco: a sua entrega, a sua versatilidade, com uma garra que até “cansa”; é impensável vê-lo quieto; é difícil imaginar este musical sem ele.
A Maria Vieira é um “mini vulcão”: a sua criatividade, a sua emotividade, todo o seu talento, torna-se uma peça fundamental para o espetáculo ser completo.
O Ricardo Castro, com algumas intervenções notáveis. Penso que vai continuar a aumentar o seu talento e que será um dos grandes actores do futuro.
A Vanessa arrasou com a sua voz e as suas fabulosas interpretações: no sem-abrigo e na marionete; foi emocionante.
Não quero deixar de salientar também o nome de Filipe Albuquerque, uma grande voz e um grande talento que desperta e a considerar no futuro.
Grande corpo de baile, que nos cria momentos de sonho.
Parabéns a todo o elenco e todas as pessoas que ajudaram a por o espetáculo de pé.
Adorei o espetáculo e merece ser visto e revisto!
Este espetáculo globalmente é um sonho!
É um espetáculo imperdível!
PS: como não se pode obter fotos nos locais visitados, utilizei algumas resultantes de alguma pesquisa da net.
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