terça-feira, 7 de outubro de 2014

20 Anos a Viajar

Passeio a… Vamos ver como é… com destino a…
05 de Outubro de 2014

Eram 09H00, quando saímos do Largo da Igreja de Tavarede para um Passeio Mistério comemorativo dos 20 anos de passeios em conjunto.

Foi de 01 a 05 de Outubro de 1994 - Viagem a Lourdes – França, que começaram estes passeios. Nestes 20 anos já aconteceram cerca de 90 passeios.
RELAÇÃO DE VIAGENS DOS 20 ANOS
1994
- Passeio ao Santuário de Nossa Senhora de Lourdes – 01 a 05 de Outubro
1995
- Viagem à Madeira – 03 a 07 de Setembro
1996
- À Descoberta dos Açores – 03 a 08 de Agosto
1997
- Viagem a Ceuta – 31 de Março a 04 de Abril
- Passeio ao Douro – 14 e 15 de Junho
1998
- Revendo as Amendoeiras em Flor – 14 a 16 de Fevereiro
- Passeio às Amendoeiras em Flor – 09 e 10 de Março
- Viagem ao Alentejo profundo, mergulho no Algarve – 30 de Abril a 03 de Maio
- Expo98 – Lisboa – 11 de Julho
- Expo98 – Lisboa – 18 de Julho
- Expo98 – Lisboa – 25 de Julho
- Expo98 – Lisboa – 29 de Agosto
2000
- Viagem ao Alto Alentejo – 03 e 04 de Junho
2002
- Viagem às Cerejeiras em Flor – 04 e 05 de Maio
- Viagem ao Alentejo – 08, 09 e 10 de Junho
- Passeio ao Douro  e ao Porto Capital Europeia da Cultura – 06 e 07 de Julho
- Passeio à Quinta da Aveleda – 14 de Agosto
- Passeio às Berlengas – 07 de Setembro
- Passeio à Feira da Gastronomia de Santarém – 27 de Outubro
- Na Rota da Castanha – 23 e 24 de Novembro
2003
- Viagem à Eurodisney, Futuroscope e Paris – 21 a 28 de Abril
- Passeio ao Museu do Pão – 07 de Junho
- Passeio à Festa dos Tabuleiros em Tomar – 06 de Julho
- Passeio ao Douro – Barca d’Alva/Pinhão – 16 e 17 de Agosto
- Passeio ao Oppidum de Conimbriga e às Terras de Sicó – 13 de Setembro
- Passeio aos Picos da Europa – 09 a 12 de Outubro
- Passeio Mistério – 22 de Novembro
2004
- Passeio à Serra da Estrela e Museu do Pão – 13 de Março
- Viagem ao Brasil – Rio de Janeiro – 29 de Abril a 08 de Maio
- Viagem ao Alentejo e Mérida – 02 a 05 de Outubro
- Visita ao Mundo Sporting – 25 de Outubro
2005
- Passeio às Amendoeiras em Flor e Senhora da Graça – 26 a 28 de Fevereiro
- Passeio a Salvaterra de Magos, Lisboa, Costa do Estoril e Sintra – 23 a 25 de
   Abril
- Passeio à Quinta de Lamas – 21 de Maio
- Douro, Régua e Pinhão – 08 de Outubro
- Feira de Gastronomia de Santarém – 05 de Novembro
- Viagem ao Brasil (Estado da Baía) – 26 de Novembro a 10 de Dezembro
- Passeio ao Freeport – 14 de Dezembro
2006
- Passeio às Ilhas dos Açores – 10 a 18 de Junho
- Barcelona, Andorra, Lourdes e Madrid – 30 de Setembro a 07 de Outubro
2007
- Passeio ao Alentejo e Lisboa – 05 a 07 de Outubro
2008
- Passeio a Santoínho – 12 e 13 de Julho
- Passeio ao Douro – 23 e 24 de Agosto
- Passeio ao Alentejo – 26 a 28 de Setembro
2009
- Passeio à Serra da Estrela – 14 de Fevereiro
- Passeio às Amendoeiras em Flor – 08 de Março
- Passeio ao Festival da Cereja em Resende – 30 e 31 de Maio
- Passeio Mistério – 18 de Julho
2010
- Passeio à Serra da Estrela – 28 de Março
- Passeio ao Fluviário de Mora – 29 de Maio
- Cruzeiro no Rio Zêzere – 26 de Junho
- Passeio ao Congresso de Medicina Popular – Vilar de Perdizes – 14 de
   Setembro
- Passeio à Ilha da Madeira – 01 a 05 de Outubro
2011
- Passeio às Amendoeiras em Flor – Algarve – 11 a 13 Fevereiro
- Passeio à Serra da Estrela – 20 de Março
- Passeio aos Picos da Europa e Santiago de Compostela – 19 a 22 de Abril
- Passeio no Rio Douro – 18 e 19 de Junho
- Passeio à Festa das Flores – Campo Maior – 29 e 30 de Agosto
- Passeio ao 30º Festival de Gastronomia de Santarém – 29 de Setembro
- Feira do Cavalo – Golegã – 12 de Novembro
- Passeio ao Casino Estoril – “O Melhor de La Féria” – 08 de Dezembro
2012
- Passeio ao Palácio da Brejoeira – Monção – 11 e 12 de Fevereiro
- Andalucía Monumental – 31 de Março a 03 de Abril
- Cruzeiro no Tejo & Lisboa com Fados – 19 e 20 de Maio
- Passeio às Amendoeiras em Flor – 10 de Março
- Passeio ao Alentejo e a Olivença – Espanha – 08 a 10 de Junho
- Passeio a Barcelona – 25 a 30 de Junho
- Passeio a Coimbra – À descoberta do seu passado histórico – 29 de Julho
- Passeio ao Teatro Politeama “Uma Noite em Casa de Amália” – 27 de
   Setembro
- Passeio às Aldeias Históricas do distrito da Guarda – 24 e 25 de Novembro
2013
- Passeio à Bairrada – 27 de Janeiro
- Passeio às Amendoeiras em Flor – 09 e 10 de Março
- Passeio ao Alentejo – 08 a 10 de Junho
- Passeio à “Pia do Urso” – 27 de Julho
- Vamos aos Fados – Lisboa – 21 de Setembro
- Passeio à Festa da Castanha em Marvão – 09 e 10 de Novembro
2014
- Passeio ao Festival do Azeite e do Fumeiro – Proença-a-Velha – 02 de Março
- Passeio ao Museu da Chanfana e ao Parque Biológico da Serra da Lousã –
   23 de Março
- Viagem à Madeira – Festa da Flor – 03 a 06 de Maio
- Passeio a Lisboa – Teatro Politeama: Revista “Portugal à Gargalhada” – 24
   de Julho
- Passeio a Viana do Castelo – Festas da senhora da Agonia – 23 de Agosto
- Passeio Mistério – Comemoração dos 20 Anos – 05 de Outubro
84 PASSEIOS nesta relação, mas sei que faltam alguns passeios que só o Tó Simões, que organizou estes passeios, poderá completar.

Inicio este meu relato do convívio deste dia comemorativo, com uma frase que o Tó Simões escreveu na folha que nos entregou referente a este Passeio Mistério, passo a citar:
“Este é um passeio diferente… estamos vivos e comemoramos 20 anos destes passeios… naturalmente recordaremos alguns que já partiram… mas que sempre nos acompanham…”

Eu escolhi viajar para descobrir a beleza da vida, as experiências que ficaram para sempre comigo, ganhando cultura, conhecendo o mundo e as pessoas maravilhosas que nele vivem. Viajar permitiu sentir-me mais ligado às pessoas, aos meus companheiros de viagem. Viajar tornou-me mais humano.
Vinte anos passaram e relembro aquela viagem com companheiros que se tornaram amigos e outros que já eram amigos e que o ficaram ainda mais.
Quando entrei naquele autocarro deparei com aquelas pessoas que pensei estarem sempre nas seguintes viagens comigo. Infelizmente, hoje olhando para trás, verifico que isso não é verdade, em alguma altura eles nos deixaram, sem a sua amizade e companhia insubstituível. Alguns deixam saudades eternas, outros passam despercebidos. Mas todos foram de uma maneira ou outra e à sua maneira ótimos companheiros. Porém outras pessoas interessantes foram sempre aparecendo. Sempre foram e serão bem-vindos.
Mas as viagens ao longo destes anos foram sempre preenchidas: com sonhos, fantasias, despedidas e por vezes retornos.
Acho que tem valido a pena viajar durante todos estes anos, porque eles me trazem boas recordações e amizades.
Tal como diz o poeta:
“Daqui a vinte anos, quando tu já fores velhinha
Talvez eu já não exista pra te ver
Ficas á lareira a fazer a tua renda
Mas que importa pois recordar é viver.”

Vivi momentos que jamais esquecerei com pessoas maravilhosas. Umas ainda estão comigo, outras já se foram, no entanto, o importante é nunca esquecê-las. Foram pessoas que estiveram comigo em momentos bons, tirando de mim os sorrisos mais sinceros nas situações mais divertidas. Momentos que ficarão por toda a minha vida e que tiram de mim sentimentos de saudade.
E continuando a citar o poeta:
“Vinte anos mais tarde, encontrei-te por acaso
Numa rua da cidade onde moravas
Ficamos parados e olhamo-nos sorrindo
Como quem se vê ao espelho pla manhã.”

Obrigado a todas as pessoas que durante estes 20 anos foram aparecendo nestes passeios e me deixaram estar e conviver com elas.
Este Passeio Mistério começou a ser desvendado quando atravessámos a Ponte da Figueira sobre o rio Mondego e parámos nos Armazéns de Lavos, Núcleo Museológico do Sal, na Salina Municipal do Corredor da Cobra, inaugurado a 18 de Agosto de 2007, o qual visitámos.
“Durante séculos, a produção de pequenos cristais regulares de sal, isentos de impurezas, era utilizada em grandes quantidades pela frota piscatória local (bacalhau e sardinha). O sal subia o rio Mondego até aos diversos entrepostos que posteriormente o distribuíam pelos confins da Beira, para a conservação das carnes e dos queijos. Este sal saía também da barra e, em brigues e escunas, chegava a pontos tão distantes como o Báltico ou a Nova Inglaterra. A partir da década de 1970, as alterações drásticas no mercado e nos circuitos de comercialização levaram a uma desvalorização progressiva do sal produzido artesanalmente.  Gradualmente, as salinas conheceram um processo de abandono. Por esta razão e pelo facto de as salinas serem um elemento essencial da paisagem e do imaginário da Figueira da Foz, a Câmara Municipal adquiriu, em 2000, a Salina do Corredor da Cobra, no sentido de permitir à comunidade a fruição de todo este legado cultural. O Núcleo Museológico do Sal é uma extensão museológica do Museu Municipal Santos Rocha, dependente organicamente da Divisão de Cultura, Biblioteca e Arquivos da Câmara Municipal da Figueira da Foz, a quem cabe a gestão, promoção e divulgação. O conceito geral do Núcleo Museológico do Sal baseia-se na ideia que as salinas e o sal são uma actividade em que se cruzam múltiplos aspectos: históricos, etnográficos, paisagísticos, ambientais e económicos, e que devem ser explorados de forma integrada. Por outro lado, actualmente, os museus de sal e outros meios interpretativos em áreas salineiras, constituem instrumentos de valorização da actividade e dos sítios, e não apenas meros depósitos de instrumentos e documentação relacionados com o sal. 
No caso da Figueira da Foz, a criação de um núcleo museológico, em plena salina, constitui uma mais-valia notável, a que acresce a existência de um armazém e de uma rota pedestre, permitindo que a visita compreenda a integração destes três espaços que se complementam e completam: Marinha do Corredor da Cobra, Armazém de Sal e Núcleo Museológico.
Com a abertura do Núcleo Museológico do Sal, a Câmara Municipal da Figueira da Foz pretende globalmente difundir um espaço aberto, campo de experimentação e produção de conhecimento, estruturante de novas identidades que o constituem, a partir de diferentes formas de relação entre Homem, sociedade, cultura e natureza. Neste sentido, e dando apoio a uma estratégia global de informação suportada, desde o primeiro momento, na reactivação e manutenção contínua da actividade salineira, a Autarquia procurou igualmente dar condições para que esta salina funcionasse também como área de formação para novos marnotos, como centro interpretativo e laboratorial para diversos estudos de biodiversidade do seu ecossistema-tipo, e como unidade didáctica de lazer e de interactividade fruída pelos diversos públicos que visitam este espaço tão singular e característico. Assim, a criação de um Núcleo Museológico sito em plena salina – e complementado com a existência de um Armazém de Sal, de uma Rota Pedestre pelo salgado e de uma futura Rota Fluvial pelo estuário do Rio Mondego – permitirá a fruição integrada de diferentes espaços que se devem explorar na complementaridade e riqueza dos seus tributos e significados.

Finda esta visita, continuámos a desvendar os mistérios deste passeio, para o que tivemos de atravessar novamente a ponte da Figueira, agora indo na direcção de Coimbra. Porém, chegados a Montemor-o-Velho por ali ficámos. Como a hora do almoço tinha chegado, eram então cerca das 13H00, o nosso objectivo era então o Restaurante “A Moagem”. Estava assim desvendado mais um mistério, o local do nosso almoço.
O Restaurante “A Moagem” em Montemor-o-Velho, tem um espaço dividido em duas salas, uma com refeições rápidas e económicas e outra, mais recatada, com serviço à carta.
O nosso almoço constou do serviço de buffet: Entradas: carapaus fritos, feijão-frade, pastéis de bacalhau, queijo, camarão, presunto, especialidades da casa, etc.; Almoço: Sopa; Peixe: Bacalhau à MOAGEM; Carne: Vitela da Aba à LAFÕES, leitão, etc.; Bebidas: Vinho da casa, Águas, Refrigerantes; Sobremesas: doces diversos, fruta da época, salada de frutas, etc., café.
Foi um ótimo almoço, bem servido não só em quantidade, como também em qualidade. Todos os participantes ficaram muito satisfeitos. Boa escolha para fazermos o nosso almoço.

Aqui faço um intervalo para as selfies:



E mais um mistério deste passeio se desvendou…
Após este repasto era apetecível uma caminhada.
O castelo de Montemor esperava-nos. Fizemos a escalada desde a vila até ao castelo pelas escadas rolantes, o que foi de agrado de todos. Já dentro do castelo implantado num local com vistas magníficas. As primeiras referências a este castelo, dão conta da sua reconquista aos árabes por volta de 848, mas cairia de novo nas mãos dos muçulmanos em 990, com nova reconquista cristã por volta de 1006, para voltar à posse árabe em 1026, e este alternar de conquistas e reconquistas só viria a estabilizar por volta de 1064, quando Fernando Magno reconquista toda a região, empurrando os árabes para lá do Mondego. Palco de muitas lutas, não só com os árabes, mas também devido às disputas entre os príncipes e reis de Portugal, e até nas invasões francesas, foi sendo reparado, ampliado e modificado ao logo dos séculos, mas se alguma coisa marca a história desta fortaleza, é o facto nela ter sido decidida a morte de Inês de Castro.
Foi a partir do ano de 1936 que começou a ser conservado e está classificado como Monumento Nacional. No seu interior encontram-se as ruínas do antigo paço senhorial, a Igreja de Santa Maria da Alcáçova, a Capela de Santo António, a Igreja da Madalena e as ruínas da Capela de São João.
Toda esta informação foi-nos dada por um senhor residente na vila de Montemor que fez de cicerone durante a nossa visita a este local histórico.
Já no final conto-nos a história da Lenda das Arcas:

“Há muito, muito tempo os primeiros habitantes de Montemor-o-Velho enterraram dentro das muralhas do Castelo, duas arcas. A primeira arca continha a felicidade e a riqueza. Tinha tanto ouro que se aberta fartaria todo Portugal. A outra arca é a arca maldita que contém a peste. Uma vez aberta trará a desgraça, a febre, a miséria e a fome, não tendo dó nem piedade por ninguém. Muitos, movidos pela audácia ou pelo desespero de tempos difíceis, aproximaram-se das arcas. Em épocas de crise muitos se juntaram para abrir a arca da fortuna… Mas… logo paravam atónitos e perplexos petrificados com o medo de abrir a arca da peste pois esta se aberta traria ainda mais desgraça e miséria… E as arcas lá continuam à espera de um dia alguém ter a ousadia de as procurar e a imprudência de as abrir...”


Novamente dentro do autocarro, rumámos na direção do mar. Estava próximo de descobrirmos mais um mistério. Onde seria o lanche?

Chegados à Figueira, o autocarro parou em frente ao Mercure Figueira da Foz Hotel, de 4 estrelas, com uma vista magnífica para a famosa praia da Claridade. Porquê e para quê?
Mais um mistério estava a deixar de o ser. Pois foi ali que tivemos o nosso lanche, um agradável lanche: croissants e bolinhos acompanhados com sumos e chás diversos.
Ali fizemos mais um pouco de confraternização, evoluindo as conversas pelas lembranças dos passeios que se fizeram e pela recordação de todos ausentes.
A tarde estava a caminhar a passos largos para o fim, o sol já se estava a pôr no horizonte e sentia-se já uma ligeira outonal.
Mas ainda faltava desvendar o último mistério… o da fotografia…
Mais uma vez já no interior do autocarro e aproveitando para apreciar ainda o que restava do pôr-do-sol, fomos até ao Cabo Mondego e subimos para a Serra da Boa Viagem.
Parámos então no Restaurante “A Pinha”, onde já estava à nossa espera um fotógrafo para nos tirar uma foto de conjunto para mais tarde recordar. Em seguida lá apareceram uma garrafinhas de um branco fresquinho, com o qual brindámos desejando saúde, felicidades e disposição para os próximos passeios. 
O final deste passeio mistério que já tinha deixado de o ser, aconteceu.
O Tó Simões entregou aos presentes mais um roteiro para o próximo passeio.
O futuro destes passeios já estava a acontecer.
Regressámos então ao ponto de partida, o Largo da Igreja de Tavarede.

Desejámos uns aos outros um reencontro para breve.

1 comentário:

  1. Vi, é um memorial muito completo e gostei. Por sinal também também escrevi algo sobre estes belos passeios no face e no meu blogue. Sem saber o que aqui se passava, dei o mesmo título. Parabéns!

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