11, 12 e 13 de Dezembro de 2016
Distância de Figueira
da Foz ao Piódão de carro: 130,068 km; Tempo de condução: 01H48; Velocidade
média (de carro): 77.9km.
No passado dia 11 de Dezembro, o nosso grupo “Musketeiros”,
deixou-se levar pelo encanto das paisagens verdejantes da zona centro. O nosso
grupo aproveitou para conhecer Arganil, passear pela Cascata da Fraga da Pena, Mata
da Maragaça, Chãs d’Égua e Piódão. Foram três dias que nos tornaram mais enriquecidos
pelo contacto com o Património Ambiental, Natural, Arqueológico e Cultural do
concelho de Arganil!
Dia 11 - Início do Passeio
Saímos
de Tavarede às 09H00 passámos por Montemor-o-Velho, Tentúgal, Eiras, Penacova, São
Pedro de Alva, Carapinha e chegamos a Coja onde parámos para uma visita.
Coja é uma bonita aldeia do Centro do País, pertencente ao
concelho de Arganil, e banhada pelo cristalino Rio Alva. Esta povoação tem origens remotas, com vestígios de
ocupações Romanas e Muçulmanas. Existiu
um Castelo anterior à nacionalidade, entre o Rio Alva e a foz da Ribeira da
Mata, destruído durante a reconquista Cristã.
Chegámos
a meio da manhã a Coja e fizemos uma
pausa para aconchegar os estômagos e visitarmos alguns dos sítios mais
emblemáticos.
Coja tem um Património que vale a pena conhecer, como a Igreja Matriz de São
Miguel, as Capelas de Santo António, do Senhor do Sepulcro, de Nossa Senhora da
Ribeira e da Casa do Prior Costa, o Pelourinho em estilo Manuelino ou mesmo a Senhorial
Casa da Praça do século XVIII.
A povoação está
envolvida por belos cenários bucólicos, com especial relevo da Praia Fluvial. Coja está junto à confluência da Ribeira
da Mata com o Rio Alva. No aspeto paisagístico, evidenciam-se os açudes do Rio
Alva, com particular destaque para o existente, junto ao Parque de Campismo,
que pelas suas características naturais permite a localização da praia fluvial,
zona fluvial que reúne condições para a prática da
atividade balnear. É constituída por um açude que criou na parte inferior, um
“espelho de água”, e cujas margens são constituídas por um areal que permite a
permanência de banhistas junto à água.
A antiga ponte sobre o Alva contém um importante acontecimento para
Coja. Em 1811, o arco da direita foi
cortado, não deixando que as tropas francesas vindas de Mouronho passassem o
rio fazendo o mesmo em Coja. Os franceses como não sabiam deste facto, iam sendo alvejados da casa
Dr. Alberto Vale, caindo assim ao rio. Para assinalar este facto, na
reconstrução da ponte ocorrida no ano de 1833, foi colocada uma lápide em
granito na sua cortina com gravação dos acontecimentos e respectivas datas.
Em
seguida seguimos até à vila de Avô,
considerada uma das vilas mais bonitas do país, onde fizemos uma visita muito
interessante, que nos agradou bastante, pela visita aos monumentos históricos,
assim como à paisagem verdejante circundante.
Avô é uma bonita vila
banhada pelo Rio Alva e pela ribeira de Pomares que aqui tem a sua foz, no Pego
do Avô, um pitoresco lago com uma ilhota no meio. A vila de Avô tem origens bem
antigas, tendo sido habitada por Romanos que aqui procuravam minérios de chumbo
e ouro, tendo sido estes os fundadores do Castelo, hoje em ruínas. Avô também
foi povoada pelos Mouros e reconquistada pelo 1º Rei de Portugal, D. Afonso
Henriques, que mandou reedificar o Castelo, que inclui as ruínas da Ermida de
São Miguel situada no âmbito do Castelo. Classificado como imóvel de interesse
público em 1963.
Para além das ruínas do antigo
Castelo, Avô possui outros monumentos dignos de interesse: Pelourinho de Avô: Situado junto ao Largo dos
Combatentes da Grande Guerra, trata-se de uma peça do Séc. XVI de estilo
Manuelino, pertence ao grupo de pelourinhos classificados como sendo do tipo
pinha; Ponte de um só arco do
período de D. Dinis construída sobre o rio Alva. Construção datada do Séc. XIV;
Igreja Matriz:
Orago de N. Senhora da Anunciação. Segundo a tradição foi mandada construir por
D. Afonso Henriques (1164). Sofreu várias transformações, sendo o edifício
atual do Séc. XVIII. Contém obras de talha dourada destacando-se o retábulo do altar-mor
(barroco).
Após
um contemplativo passeio por esta vila, partimos na direção da Aldeia das Dez. Pelo caminho passámos
pela Ponte das Três Entradas, localidade assim chamada efetivamente por ter uma ponte
com três entradas, em formato de “Ypsilon” quiçá única no mundo, liga três
freguesias, Santa Ovaia, São Sebastião da Feira e Aldeia das Dez. Na Ponte das Três Entradas, local onde o
Rio Alvôco desagua no Alva, subimos entre panoramas de sonho até Aldeia das Dez onde toda a freguesia é
um constante miradouro. A partir daqui podemos
percorrer o Vale do rio Alva.
Entretanto
pelo caminho encontrámos o Restaurante
Varandas Verdes, onde parámos para o nosso almoço, que consistiu de:
Cozido à Portuguesa e Cabrito Assado; sobremesas: tigelada, pudim de laranja e
requeijão com doce de abóbora; tudo regado com vinho da região do Douro.
Um
belo e apetitoso repasto que nos preparou para enfrentar a tarde que nos
desafiava ainda a visitar alguns locais.
Seguimos
para a Aldeia das Dez, também conhecida
como Aldeia das Flores, pela tradição
dos aldeões decorarem as suas ruas com lindas e coloridas flores.
A
Aldeia das Dez é também rica em
património oral, como podemos constatar pela Lenda da Aldeia
das Dez, que
tem origem na Reconquista da península Ibérica e está ligada à
designação atual da Aldeia das Dez, uma freguesia portuguesa do concelho de
Oliveira do Hospital. Segundo a lenda, durante a Reconquista cristã dez
mulheres terão encontrado um tesouro numa caverna situada na encosta do Monte
do Colcurinho. De acordo com a tradição oral e alguns documentos que
sobreviveram, esse tesouro possuía um valor que ultrapassa o material. Estas
mulheres ter-se-ão apercebido da sua importância e, num pacto que persiste até
hoje, terão separado entre elas as peças que o compunham e passando-as de
geração em geração - mantendo até hoje por desvendar o segredo que encerram. Da
composição deste segredo pouco se sabe com exatidão. Quanto ao tesouro, crê-se
que dele façam parte moedas Antonini com inscrições cifradas - sendo que uma
destas encontrar-se-á cravada na moldura de um quadro que narra esta lenda.
Deste quadro pouco mais se sabe, além de ter ressurgido em meados do século XX
num antiquário de Oliveira do Hospital, para novamente desaparecer. Terá sido
pintado por uma das descendentes das dez mulheres e crê-se que retratando a
lenda poderá oferecer uma chave para o seu segredo.
A Aldeia das Dez, sobranceira ao rio
Alvôco, parece um miradouro com vista privilegiada para as serras envolventes.
Ficamos conquistados. Esta aldeia está construída em grande percentagem por
granito e detém um valioso património construído, donde se destaca a Igreja
Matriz, que infelizmente estava fechada.
Mas
uma senhora residente ali em frente à Igreja, aconselhou-nos a bater numa das
portas laterais, pois estava no seu interior um senhor a montar o presépio.
Assim fizemos e tivemos sorte pois fomos autorizados a fazer a visita,
deparámos com umas imagens e uma maravilhosa talha dourada. Quando já vínhamos
a descer a colina encontramos uma outra senhora, muito simpática, moradora ali
perto, ávida por conversar. Esta senhora que tem 95 anos, acompanhou-nos até ao
fim da descida, sempre a contar histórias pessoais e da aldeia. Foi um encontro
muito simpático, tal como a dita idosa.
O povoamento de Aldeia
das Dez remonta à época pré-romana. Vestígios desse passado glorioso são
ainda possíveis de observar nas ruínas de um castro luso-romano. Quando em 1543
foi criada, a freguesia abrangia não só a área que presentemente tem, mas ainda
a do Piódão, hoje integrada no circuito das aldeias históricas. A freguesia
desta última povoação foi desanexada em 1676. A freguesia de Aldeia das Dez,
desde a sua criação teve vida autónoma até 1594; porém, a partir desta data,
foi anexada à da Santa Maria de Avô, até que, em 1602 ou 1603 adquiriu de novo
a sua autonomia, situação que se tem mantido até hoje. Até 1899, ano em que foi
concluída a estrada municipal que a liga à Ponte das Três Entradas, Aldeia das
Dez era uma povoação que vivia quase isolada, situação que, felizmente, hoje
não se verifica.
Património: Capela
de Santa Maria Madalena: construída em estilo Neoclássico com cantarias de
desenvoltura barroca (cunhais, cimalhas e vãos) no Séc. XIX (1819); Capela de Nossa Senhora das
Necessidades: situada no Monte Colcurinho a cerca de 14 Km de
Aldeia das Dez. Neste monte, a 1244 metros de altitude, pode «tocar o céu» e
observar panoramas infinitos e as encostas xistosas da Serra do Açor. Esta capela encontra-se ligada a uma
lenda, que se conta assim: Certo dia, há muitos séculos, uns pastoritos de Vale
de Maceira conduzidos por meia dúzia de ovelhas foram subindo até atingirem o
cimo da serra e aí encontraram uma imagem de Nossa
Senhora que logo trouxeram para o povoado mais próximo que era o Vale de
Maceira. Só que no dia seguinte a imagem já não estava no local onde tinha sido
colocada, a mesma tinha desaparecido sendo de novo encontrada no mesmo local
onde os pastores a tinham anteriormente encontrado. Isto repetiu-se por mais
duas ou três vezes o que levou o povo a deduzir que Nossa Senhora queria ser
venerada lá no monte. Como tal decidiram construir uma pequena capela e
mais tarde foi feita uma maior, que há alguns anos atrás foi devorada por um
violento incêndio, sendo depois reconstruída pela Irmandade de Nossa das Preces
com as ajudas dos crentes da região e de algumas terras distantes. Hoje a atual
capela dedicada a Nossa Senhora das Necessidades é visitada anualmente por
largas centenas de crentes.
Da Aldeia das Dez continuámos até ao
deslumbrante e acolhedor Vale de Maceira onde se situa o Santuário de Nossa Senhora da Preces, sendo o mais belo santuário mariano das
beiras! Situado em Vale de Maceira a cerca de 800 metros de
altitude oferece uma magnífica panorâmica da região. Segundo
a história, o santuário nasce no Vale de Maceira pelo difícil acesso ao Monte
do Colcurinho, pois era feito por caminhos de cabras, nem caminhos florestais
havia na época. Então o povo deitou mãos à obra e construiu uma capela pequena
que se pensa ser hoje onde está o altar da Senhora da Boa Morte na atual
igreja.
O Santuário fundado
no século XVIII foi enriquecido com fontes e lagos é composto por uma escadaria
monumental de estilo barroco, uma Igreja dedicada a Nossa Senhora e uma Via
Sacra com onze capelas dedicadas à Paixão de Cristo, decoradas com figuras de
madeira em tamanho natural do século XIX e ainda pela capela de Santa Eufémia e
a capela de Nossa Senhora das Necessidades que está situada no Monte Colcurinho
a cerca de 14 Km de Aldeia das Dez.
Continuámos
o nosso caminho, percorremos a Serra do Açor, e encantamo-nos pelo aspeto majestoso
e puro da paisagem. Estávamos cheios de espectativa e impacientes para
vislumbrar o Piódão que teimava em
permanecer escondido. Parámos num dos muitos miradouros existentes para ler numa
pedra retangular: “Com o protesto do
corpo doente pelos safanões tormentosos da longa caminhada, vim aqui
despedir-me do Portugal primevo. Já o diz das outras imagens da sua
configuração adulta. Faltava-me esta do ovo embrionário. Miguel Torga”
De repente avista-se lá
em baixo o deslumbramento duma arquitetura harmoniosa que se adapta em redor
daqueles socalcos inóspitos: o Piódão.
Piódão, é
uma das aldeias mais belas de Portugal, com origem na Idade Média, esta aldeia
história está classificada como Imóvel de Interesse Público. Enquadrada pela
Paisagem Protegida da Serra do Açor, o contraste entre o negro das casas de
xisto e o branco da sua Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição é uma das
caraterísticas mais marcantes da aldeia.
Era
já lusco-fusco e as luzes da Aldeia já estavam acesas.
Dirigimo-nos
para o Hotel Inatel Piodão, que se situa
na Serra do Açor, na belíssima, sossegada e isolada localidade histórica de
Piódão. Esta unidade Hoteleira de 4 estrelas, construída
em xisto, situada na bela e ainda bastante isolada Aldeia Histórica do Piódão.
Para os que procuram a aventura, esta Unidade constitui um bom ponto de partida
para a descoberta da Serra. Dispõe de 27 quartos
totalmente equipados e com várias opções de lazer e entretenimento ao seu
dispor incluindo, bar/lounge, restaurante, piscina coberta aquecida,
sauna, jacuzzi, ginásio, sala de jogos eletrónicos/de mesa, sala de reuniões e
wi-fi. Parque de estacionamento privativo.
Fizemos o chek-in, marcamos o jantar e fomos tomar
conta do quarto. Como ainda era cedo estivemos a pôr a conversa em dia num dos
salões.
Antes do
jantar os homens equiparam-se para um mergulho na piscina coberta aquecida.
Foi um
momento de lazer, onde relaxamos do dia cansativo que tivemos de percorrer e
visitar.
Depois
de jantar estivemos mais algum tempo a conviver e a preparar o itinerário do
dia seguinte.
Dia 12 - O Passeio continua
O
acordar no Piódão, foi lá pelas 08H00 e pelas 09H00 tomámos o pequeno-almoço. A
saída foi pelas 10H00 para uma visita à Aldeia
do Piódão.
Estávamos em plena Serra do Açor que faz parte da Cordilheira Central,
de que fazem parte a Serra da
Lousã, Açor e Serra da Estrela.
Tem vários pontos de grande elevação, de que se destacam, O Monte do Colcurinho
(1242 m de altitude), o Alto de S. Pedro (1341 m), no Alto Ceira, o Cabeço do
Gondufo (1342 m de altitude) perto deste cabeço a 1118 m de altitude, nasce o
rio Ceira, temos ainda o Pico de Cebola (com 1418 m), ponto mais alto da Serra
do Açor, locais que são zonas de grande beleza e pontos de interesse turístico.
A Aldeia Histórica do
Piódão
é sem dúvida uma das mais bonitas aldeias
de Portugal. A aldeia de Piódão, situa-se numa encosta da Serra do Açor. As habitações possuem
as tradicionais paredes de xisto,
teto coberto com lajes e portas e janelas de madeira pintadas
de azul.
O azul que pinta as portas e janelas é outro dos
mistérios ainda por resolver. Ninguém sabe ao certo a razão. São várias as
explicações, mas a mais conhecida prende-se com o isolamento da aldeia e com a
chegada de uma lata de tinta azul. Não havendo escolha, o azul impôs-se e é
atualmente parte integrante do conjunto arquitetónico da aldeia do Piódão. O
aspeto que a luz artificial lhe confere, durante a noite, conjugado pela
disposição das casas, fez com que recebesse a denominação de “Aldeia Presépio”.
Os habitantes dedicam-se à agricultura, à criação de gado - ovelhas e cabras e em
alguns casos à apicultura.
A visita à Aldeia foi
logo iniciada mal chegámos, por ruelas que se vislumbram pelo meio das casas
que se dispõem num traçado e uma disposição típica de montanha. Já perto do
final do nosso passeio numa das ruelas que desemboca no largo da entrada
encontramos o senhor Sebastião que se pôs à conversa connosco divagando por
histórias antigas e pessoais. Destacamos os locais de interesse como a Igreja Matriz do séc. XVII, que não
visitámos porque só abre por volta das 17H00 para o terço e o Núcleo Museológico, que visitámos e
onde estão expostos os costumes, as tradições e o modo de vida destes locais.
Depois das visitas,
tomámos um café na esplanada do “Solar
dos Pachecos”, um café numa casa de xisto, situado perto de diversas lojas
tradicionais que nos oferecem, para além do artesanato local, licores, mel, pão
e outros artigos gastronómicos, no largo que serve de átrio da Aldeia.
Para aproveitar o
máximo o tempo partimos ainda para uma visita à aldeia de Chãs d’Égua, que segundo a tradição popular, a origem do nome deve-se
ao facto de, aquando do povoamento romano serem criadas nas chãs, local rico em
água e associado à exploração de minérios, éguas destinadas a serem atreladas
nos carros de desporto e combate.
Devido ao declive da
aldeia, foi necessário conquistar terreno à encosta, para o cultivo, que são
ligados por escadarias em xisto.
Cinco dezenas de
pinturas rupestres do Neolítico e da Idade do Bronze foram descobertas na zona
da aldeia de Chãs d’Égua. Ali existe um Centro Interpretativo de Arte Rupestre,
onde se podem apreciar 100 rochas gravadas descobertas, as mais antigas com
4.500 a 5.000 anos. Infelizmente não nos foi possível visitar este local por se
encontrar encerrado.
Voltamos
novamente para a Aldeia do Piódão
onde decidimos almoçar.
Escolhemos o Restaurante
“Piódão XXI”, situado na encosta de uma colina, mesmo à entrada da
Aldeia, com vista panorâmica sobre o
verde, para onde se abrem paredes envidraçadas, nasceu este restaurante entre o
clássico e o moderno, entre o sóbrio e o informal.
Cosmopolita e arrojado,
oscila entre paredes de pedra, teto em madeira e uma lareira de xisto. Colorido
a vermelho tinto, vive de uma atmosfera de requinte e dedica-se à gastronomia
tradicional. O nosso menu foi constituído de: Bucho Serrano e Bacalhau assado no
forno. Estava ótimo o repasto.
Iniciámos o nosso almoço já um pouco tarde e como demorámos
algum tempo desde que encomendámos o comer até o degustarmos já saímos deste
local um pouco tarde para podermos visitar outro local.
Optamos por dar mais uma volta ali pelo Piódão e depois voltarmos ao Hotel INATEL, onde descansámos e
darmos um mergulho na piscina antes do jantar.
Depois
do jantar e antes de recolhermos aos quartos, estivemos no salão de convívio a
conversar e a planificar as visitas do dia seguinte.
Dia 13 - Fim do Passeio
Novamente
despertámos pelas 08H00, para tomarmos o pequeno-almoço às 09H00. Chegou a
altura de arrumarmos as malas e fazermos chek-out.
Saímos do Hotel pelas 10H00, para o regresso a casa.
Pelo
caminho ainda visitámos alguns locais cheios de beleza natural. Seguimos então
até à Fraga da Pena que se localiza nas proximidades da aldeia de
Benfeita, Arganil.
É em plena Mata da Margaraça, é uma
pequena mancha florestal inserida na Área Protegida da Serra do Açor, que se esconde
a Fraga da Pena, um local privilegiado de encontro com a
natureza.
Um cenário idílico
onde a água abre caminho por entre a vegetação e a superfície xistosa, e se
despenha numa majestosa cascata com mais de 20 metros.
Uma extraordinária maravilha natural que permanece intocável pelo Homem e onde impera uma
impressionante serenidade apenas interrompida pelo som da água e do chilrear
dos pássaros. Originadas por um acidente geológico, as quedas de água que se
escondem por entre aquele conjunto florístico de elevado interesse, constituem
um recanto paradisíaco que se destaca pela sua autenticidade e frescura. Nas
suas margens existem alguns antigos exemplares de carvalho-alvarinho Quercus
robur e de castanheiro Castanea sativa, para além do medronheiro Arbutus unedo,
do trovisco Daphne gnidium e dos adernos Phillyrea latifolia e P. angustifolia.
Após
caminharmos por entre caminhos de mata e pinhal, e depois de uma descida
íngreme em degraus esculpidos na terra, chegámos à majestosa Fraga da Pena, envolvida
por uma paisagem luxuriante. Aqui as nossas máquinas fotográficas eternizam o
local em quadros de rara beleza. Por ali existem vários caminhos que
serpenteiam em redor e permitem observá-la de vários ângulos.
Após
terminarmos esta ótima e inesquecível visita, continuamos o nosso caminho de
carro então na direção de Arganil,
próxima paragem onde aproveitámos para almoçar.
Escolhemos
o restaurante “A Grelha”, onde
escolhemos os seguintes pratos: Rojões à beira Serra, Ossada à serrana, Chocos
grelhados.
O
restaurante é simples, a comida é tipo caseiro, muito boa e bem confecionada. O
espaço é agradável e simpático.
Bom
atendimento.
Após o almoço demos uma
volta pela vila Arganil.
“Os vestígios mais antigos da história
do concelho de Arganil situam-se na Lomba do Canho e Dólmen dos Moinhos de
Vento, bem perto da vila de Arganil. Pela cronologia da sua construção e
ocupação, centrada nos segundo e terceiro quartéis do século I a.C., bem antes
da criação da província da Lusitânia, a instalação militar corresponde a uma
fase de apropriação do território pelos romanos. A vila de Arganil já existia
no começo da monarquia lusitana, pois no ano de 1160 da era de César foi ela
doada à Sé de Coimbra pela rainha D. Tereza, mãe de D. Afonso Henriques
existindo já no seu termo o Mosteiro de S. Pedro de Folques.” A Sé de Coimbra
possuía o senhorio de Arganil. Em 1114 o Bispo D. Gonçalo deu o primeiro Foral
aos seus habitantes. O Foral Manuelino atribuído a Arganil é um códice em
pergaminho, outorgado por D. MANUEL I, em 1514.”
Terminado o almoço
fizemos um breve passeio a pé pelas ruas calmas, onde visitamos alguns dos
locais mais conhecidos como uma das Igrejas existentes e o Pelourinho.
Entretanto a tarde
estava a avançar e era a hora de partir e fazermos o nosso caminho de volta às
nossas casas, em Tavarede.
Chegámos à nossa Vila
às 17H00, o que coincidiu com a abertura das luzes da Árvore de Natal da Freguesia,
construída em material reciclado (pacotes de leite e garrafas de água), em cuja
montagem tive o prazer de participar.
Chegámos!
Fizemos a despedida
com todos bem-dispostos e sem vontade de nos separarmos.
O passeio foi
espetacular e adorei pessoalmente as curvas! (até parece)
O nosso grupo
“Muskiteiros” mais uma vez foi excelente.
Agradecemos a companhia
e esperamos que o próximo passeio seja num futuro muito próximo.
Até breve!
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